domingo, 24 de novembro de 2013
ESPIRITUALIDADE E RELIGIÃO -
Toda pessoa, independente da sua idade, é racional. Isso porque toda pessoa é dotada da capacidade do pensamento. Toda pessoa é afetiva porque é capaz de desenvolver laços afetivos, porque é capaz de criar laços com outras pessoas. Toda pessoa é social porque relaciona-se com as outras pessoas. Toda é física, pois se encontra em um corpo físico. Toda pessoa é sensível porque é dotada de sensibilidade e também é espiritual, uma vez que trás em si uma outra dimensão, além da física. Eu diria até que somos mais espirituais do que físicos. Nós não temos um espírito, mas somos um espírito e o espírito que cada um de nós é apenas utiliza-se do corpo, que é perecível (se acaba) e temporário, enquanto ele, o espírito, é eterno. Entramos e saímos de experiências nos corpos físicos e continuamos a nossa trajetória em busca da perfeição.
É preciso, então, que cada pessoa se desenvolva como uma unidade, relacionando-se bem consigo mesmo, com os outros, com o mundo e com o transcendente, ou seja, com Deus.
Vamos começar refletindo sobre o que é espiritualidade, que conceitos ou definições temos e como vivenciamos a espiritualidade no dia-a-dia.
É preciso que compreendamos que espiritualidade e religião são duas coisas bastante diferentes. A espiritualidade faz parte da natureza humana. A religião é apenas um conjunto de regras de comportamentos que são impostos aos seguidores dessa religião.
Hoje, religião é tão somente um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam os seus seguidores com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos,tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e a do universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana, passando a ser tão somente um sistema regulador da moral daqueles que a professam, através de constantes ameaças de punição. É uma tentativa de agradar a um deus desconhecido que seus seguidores acham que “precisa” ficar satisfeito para não se encolerizar e mandar castigos para aqueles que se rebelam contra sua suposta lei. Lembremo-nos que Deus É. Consequentemente, Ele não precisa de mim, nem de ninguém. Nós, na verdade, somos os necessitados.
A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença, mas a religião difere da crença privada na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões tem comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos, reuniões regulares ou serviços para fins de veneração ou adoração de uma divindade ou para a oração, lugares (naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas para seus praticantes. A prática de uma religião pode também incluir sermões, comemoração das atividades de um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança, ou outros aspectos religiosos da cultura humana.
A pergunta feita atualmente e com certa frequência é “Religião salva?”. E a resposta é “NÃO”. Nem o Espiritismo ou qualquer outra religião salva. Primeiro, entendamos que ‘salvar’ é um verbo que inclui ‘de que’. Salva-se de um perigo, por exemplo. Se uma religião insiste em salvar é porque existe uma ameaça declarada ou velada para me levar a um determinado comportamento. Aquele que adquire conhecimento, consequentemente adquire consciência e passa a compreender que ‘Salvar’ é tomar também consciência da Verdade e o que faz o Espírito se salvar, nesse sentido, é o esforço da pessoa em praticar boas ações, instruir-se para vencer suas más inclinações, adquirir sabedoria e fazer todo o bem possível ao seu próximo. Que fique claro para todos nós: o que salva é a doutrina de Jesus, explicitada em seu Evangelho. Para os que ainda não sabem, Jesus é a entidade, ou espírito, responsável pelo nosso planeta Terra. Ele esteve aqui, no plano físico para revelar a Lei na sua maior clareza. Todo aquele que a compreende e a vivencia em espírito e verdade, entrará no Reino de Deus, ou seja, no mundo do entendimento da realidade.
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