domingo, 10 de agosto de 2014

O AMOR QUE A NÓS MESMOS DEVEMOS -

A primeira regra para viver com saúde é o auto amor. Ame-se, porque quem não se ama a ninguém ama. Trabalhe interiormente para ser saudável. E, quando você adquirir essa postura, de uma pessoa saudável, lembre-se de que você é algo mais que um corpo. As células estão imantadas umas às outras, graças ao equilíbrio psicofísico, na estrutura molecular da Física Quântica, através de íons, uma micro partícula. Micro partícula essa, inerente ao psicossoma, ao perispírito, ao corpo astral, como se queira chamar. É esse campo modelador que estrutura as células, graças ao agente, que é o espírito. O espírito que pensa, esse campo vibratório que modela a matéria que se corporifica. Do campo da mente, vem a realidade para o mundo da forma. Do mundo da forma vão as mensagens para o campo da mente. Sabemos que há em volta da Terra um campo magnético. Nós não sentimos nada, mas uma bússola de imediato detecta o norte magnético do planeta. Nós temos um campo de energia específica, chamado aura. É a irradiação da realidade que somos. Da realidade pensante que é o mundo causal. Da realidade verbal, aquilo que exteriorizamos, da realidade atuante, aquilo que fazemos. Essa irradiação tem o degradê de tonalidades que correspondem à mente, ao verbo e à ação. Ao pensamento, ao desejo e ao mundo da forma. É natural, portanto, que, de acordo, com o que nós cultivamos, exteriorizamos respostas equivalentes. Se começarmos o trabalho de auto amor, vamos estimular os linfócitos, o aparelho imunológico. Geralmente se prega o amor aos outros e esquece-se do amor que devemos a nós mesmos. O fato é que muitos não se amam. Todos viemos de uma doutrina muito castradora, de uma convicção religiosa muito pessimista, em que se pretende negar o mundo para afirmar Deus, negar-se para entregar-se a Deus. Não, isso não está no Evangelho. Negar ao mundo é não ser mundano, pervertido. É afirmar o mundo sendo cidadão. Optar por Deus é ter Deus dentro de si. Não se pode amar o deus de fora, se não se ama o deus que está em nós. É necessário que eu primeiro ame o deus que sou, para poder identificar o Deus no qual estou. Jesus disse-nos que “se vós não amais ao que vedes, como amareis aquilo que não vedes?” A moderna proposta das terapias alternativas na área de psicologia transpessoal e na área das doutrinas de auto-cura e da cura aos demais começa no auto amor. Auto amar-se não é ter egoísmo. Eu conheço pessoas que se detestam e são ególatras, amam ao ego, não a si mesmas. O ego é a máscara. Egoísta é aquele que açambarca para si. Ter auto estima e auto amor é trabalhar para ser melhor. Para Trabalhar para expandir a luz. É colocar combustível na chama para que ela adquira tonalidades miríficas e possa brilhar. Essa é a diferença sutil. Quando não se ama, a pessoa muitas vezes se impõe sacrifícios absolutamente desnecessários. É uma reminiscência masoquista que há nessas pessoas. Deus não é de sofredores. Ele ama os sofredores também, mas é dos triunfadores, aqueles sofredores que vencerão e chegarão lá. Não é esse Deus dos infelizes que o poeta Castro Alves canta tão bem no Degredo da África, quando ele fala do Deus dos escravos, dos infelizes, do navio negreiro. Mas é o Deus que deseja a nossa plenitude. Não é o Deus que quer que nós soframos. O sofrimento é opção nossa. Ele é o enfoque errado que nós adquirimos porque optamos por uma atitude menos feliz. A visão de Deus não é punitiva, mas é educativa, é reparadora. Se eu causar um prejuízo a um proprietário de uma casa, por exemplo, o que importa aos seus proprietários é que o prejuízo seja pago. Não é importante para eles quem faça o ressarcimento. Agora, para mim. É importante que eu não fique a dever a quem pague o prejuízo por mim. Se uma amigo o faz por mim, eu não poderei dizer que estou livre, porque meu débito apenas mudou de mão. Mas, na hora que eu fizer algo a alguém que corresponda em equivalência aquele valor, eu estarei quite com a lei universal. O perdão é bom para quem perdoa, não para quem é perdoado. E, se a outra pessoa também não perdoa, problema dela. Porque o outro se auto perdoa. O segundo passo é esse: perdoe-se, dê-se o direito de ser gente. E quem é gente se equivoca. Precisamos tirar da cabeça essa ideia de pecado, essa ideia castradora do mal. O mal real, do ponto de vista filosófico, não existe. O mal é apenas a ausência do bem. É a sensação desagradável que foi resultado de uma escolha infeliz, uma escolha negativa. Muitos dizem: “Eu perdoo com muita facilidade, mas não esqueço.” E não esqueça mesmo! É psicológico, porque esquecer é da memória. Perdoar é do sentimento e nem sempre a memória apaga quando nós queremos. Perdoar é não desejar o mesmo mal que nos foi feito. É dar o direito de ser uma pessoa menos feliz e não revidar. Não é amar desvairadamente. Vamos começar a nos perdoar, mas perdoar mesmo... Uma senhora contou a Divaldo Franco que cometeu 16 abortos e esperava que ele tivesse uma reação. Ele apenas disse: -Pois não? -O senhor não se espanta? -Não senhora. -Mas por que não? -Porque a senhora teve o direito de praticar os 16 abortos. -Mas não é um crime? -Aí já é outra coisa. Estamos agora no julgamento. A senhora me contou o crime. Vamos deixar o julgamento para a sua consciência e a Divindade. Tem a sua justificativa, mas a senhora não tem o direito agora de destruir sua vida porque cometeu 16 abortos. A senhora está viva. Não deveria ter feito, mas fez. Vamos agora tentar reparar os danos que causou. -Mas, como? Eu não poderei ter 16 filhos na idade em que estou. -A senhora comece procurando algumas crianças que necessitam estudar e que tem dificuldades. Ajude-as! Ajude familiares menos abastecidos economicamente. Ajude-se primeiro a si. Faça uma análise do porquê. Já que a senhora sabe que o sexo leva a conseqüências dessa natureza. Refaça seus conceitos e comece tudo outra vez. -Mas, seu Divaldo, todo mundo me condena. -Mas não é importante que os outros lhe condenem, nós nos condenamos reciprocamente por mecanismos de transferência. Faz-nos bem condenar os outros. Preocupe-se com o seu estado de consciência. O que a senhora sente? -Me sinto abjeta, impura... -Pois agora comece a sentir-se gente. Viva plenamente! Ame! Até agora a senhora não amou. A senhora experienciou manifestações sexuais e elas deixaram queimaduras morais. Tente amar! -Senhor Divaldo, estou com câncer uterino. Foram os 16 abortos? -Eu conheço muita gente que tem câncer uterino e nunca teve relacionamento sexual. Por que temos que fazer logo a culpa e a punição? Não, é uma incidência natural porque a senhora tem útero. Se não tivesse útero, teria câncer de outra coisa. -Mas o que fazer? -Siga a orientação do médico e diga ao seu útero cansado: “desculpe-me, meu amigo, vamos recomeçar tudo. Não é questão de arrepender-se e ficar atormentada, sair de um conflito para outro conflito. Liberte-se do conflito. A senhora reconhece que não deveria ter feito, certo? Comece a fazer coisas que a senhora acha que deve e que pode fazer. Ela fez uma histerectomia. Libertou-se do útero, dos órgãos anexos e continua uma mulher plena; não morreu. Mudou de atitude. Ninguém agora leve para o outro lado e diga que sou favorável ao aborto. Não se trata disso. O aborto é um crime hediondo. Eu não sou juiz daqueles que abortam. E a finalidade é psicoterapêutica e não condenatória. A pessoa tem o direito de fazer da sua vida o que lhe apraz, e sofrer as conseqüências daquilo que elegeu. A nossa função é terapêutica, ou seja, ajudar a pessoa a sair do conflito, a sair do problema. Ela precisava trabalhar o auto-perdão. A sua dificuldade estava em que nunca amou a nenhum daqueles homens. No dia em que ela amar a um homem e fizer a curva da ternura, vai ver como é possível perdoar-se. Ela já está com 50 anos. Não encontrou especificamente um amor, mas ela resolveu amar e foi muito melhor. Agora ela ama a muitas pessoas e está muito tranquila. Alguém espírita poderia até dizer que ela é muito obsidiada pelos espíritos daqueles que cometeu abortos. Divaldo respondeu que nunca viu. Porque o Deus a quem amamos, não é aquele que pune com obsessores, é o que abre a porta para quem deseja redenção. Não é importante saber se ela tem obsessores ou anjos de luz. O importante é que ela seja feliz. Perdoe-se! Se nós nos auto amamos, poderemos amar os outros. Se nós nos auto perdoamos, poderemos perdoar os outros. Nessa condição, já estaremos fazendo a auto cura, porque encontraremos a alegria de viver, motivação para viver e teremos o significado em nossas vidas, que antes eram vazias. O período que nos encontramos é o período das pessoas vazias. Pessoas sem significada existencial. São pessoas queixosas, estão só na superfície, ainda não entraram, não quiseram ter o desafio de auto penetrar-se. Na hora que eu começar a entender que tenho o direito de errar, eu darei esse direito aos meus irmãos que erram. Porque, se eu erro, por que eles não? Dou-lhes o direito e a vida me fará muito mais saudável.

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