domingo, 29 de dezembro de 2013

SUGESTÕES PARA O ANO NOVO -

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA. Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes. Desejo para todo mundo esse olhar especial. 2013 foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. E isso é normal. Às vezes se espera demais das pessoas. Também é normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal também. O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de uma frase que adoro: cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade). 2014 poderá ser um ano especial, um ano muito legal,se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. Feliz olhar novo!!! Feliz ano novo! Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos o justo e acreditarmos neles! O que eu desejo pra todos nós é sabedoria! É que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência! Desejo pra todo mundo esse olhar especial. 2014 pode ser um ano especial se nosso olhar for diferente. Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensar tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles. Um ano inteiro pela frente, um ano para ser feliz e correr em busca de seus sonhos e objetivos, ou ano para sentar e ficar à espera que tudo venha até seu encontro. Porém, acredite, mesmo que vier, não será fácil, pois nada vem de graça, tudo possui seu real valor, até mesmo um simples beijo, porque ele apenas será realmente bom se vier como recompensa de uma conquista. Não faça de seus medos sua prisão e aprenda a caminhar sem transformar pessoas em alicerces. Se for para pular ondinhas, se jogue em alto mar, se for para guardar sementes de uvas na carteira, jogue a carteira e guarde o sabor da uva, porque o melhor, o que temos de mais valioso, jamais poderá ser guardado em qualquer outro lugar que não em nosso coração. Não se preocupe com números, adicionar “amigos” em listas. Quem realmente se importa, saberá exatamente onde você estará no momento que mais precisar, amigos são amigos, não são troféus para exposição de seu ego, não são partes de uma coleção. Você terá uns 365 dias pela frente, reserve pelo menos 1 e visite um hospital, um asilo ou orfanato, seja egoísta e faça verdadeiramente algo por você, algo que lhe fará crescer. Tente dominar seus instintos, mas não permita que este domínio seja absoluto, pois é necessário sempre uma boa dose de ousadia. A loucura é uma das portas para a sabedoria e a sabedoria é apenas uma tênue linha para sua ignorância. Se ficar bravo, cante. Se ficar com ódio dance, a música é divina em qualquer estado de espírito. Se estiver amando também escute várias músicas, mas saiba o momento em que será necessário aprender os privilégios do silêncio ou as consequências da verdade. Ore sempre, agradeça mais, reclame menos e se não for capaz de sorrir, tome um porre de conhecimento, leia vários livros e se embriague de novos conhecimentos, pois as maiores viagens são aquelas em que nosso corpo permanece no mesmo lugar. Caso você encontre seu amor este ano, saiba cativá-lo sem que perca a lucidez de sua essência. E se já tiver encontrado seu grande amor, lembre-se que por maior que seja, poderá se perder se você não for louco suficiente para ser e permanecer perdidamente apaixonado por si mesmo. "É preciso a certeza de que tudo vai mudar; É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós: Onde os sentimentos não precisam de motivos, nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração; Pois a vida está nos olhos de quem sabe ver... Se não houve frutos, valeu a beleza das flores. Se não houve flores, valeu a sombra das folhas. Se não houve folhas, valeu a intenção da semente."

ANO NOVO: TEMPO DE REFLEXÃO -

Cada ano que termina em nossa existência temporária aqui, na Terra, é uma fração do tempo que usamos, bem ou mal, no nosso processo evolutivo. O fim do ano é assim uma oportunidade para avaliarmos nosso bom ou mau uso do tempo, realizando um balanço de nossa vida, da mesma maneira que as empresas comerciais procedem ao seu balanço anual de atividades, lucros e perdas. É muito errado pensarmos que o fim do ano nada significa. O ano chega ao fim: pensemos o que fizemos durante o seu transcurso, e vejamos o que podemos fazer de melhor, no novo ano. Mas se verificarmos que perdemos o ano que está findando, não nos desesperemos. Há pela frente um novo ano, ainda intacto, um presente de Deus, para o nosso desenvolvimento na duração desta nossa encarnação. É sempre assim... Geralmente antes do Natal já começamos a refletir sobre o que foi nossa vida neste ano que termina. Ao embalo das vibrações harmônicas deste período, passamos desde segundos, até minutos ou horas avaliando e reavaliando o que fizemos ou deixamos de fazer neste ano. Aprendamos que "O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias". Diante disto, o fim do ano, por exemplo, nada mais seria do que um limite convencional, sem maiores significações para nossas vidas? E para nós espíritas e espiritualistas, em geral, que conhecem a eternidade da alma, não deveríamos levar em consideração estas medidas relativas? Elas teriam mesmo importância? Esta medida de tempo que utilizamos nos leva a marcar dias, meses, anos. Herculano Pires, um dos escritores espíritas, afirma que 'embora convencional, esta medida tem, portanto, uma realidade que a fundamenta. Contando os anos, estamos contando a nossa percepção do fluir da duração na eternidade, da mesma maneira porque, contando os quilômetros, estamos contando o fluir da extensão na imensidade". Interessante, não? Tudo bem, alguns podem contestar ser esta medida relativa. Sim, sim, assim como nossa percepção de tempo e espaço são, para nós, essenciais para seres que vivem no mundo do relativo, do transitório, das formas passageiras. Seguindo o exemplo das empresas comerciais e seus balanços de fim de ano, que tipo de avaliação poderemos dar ao nosso ano que já termina? Sábio será nem desvalorizá-lo, nem supervalorizá-lo. Não devemos nos desesperar porque não fizemos nada do que havíamos nos prometido, nem devemos passar por ele como se nada representasse. Analisemos tudo o que fizemos, admitindo com seriedade o que fizemos de errado e buscando fincar os pés no chão quando estivermos preparando uma nova lista de prioridades para o ano novo. Se não fizemos tudo o que desejávamos, ainda temos um novo ano repleto de possibilidades. Se não alcançamos tudo o que queríamos, temos ainda um novo ano para alcançar a vitória. Aproveitemos, pois o tempo é uma medida relativa das coisas transitórias, pois se o tempo passa, nós, que somos espíritos, somos eternos. Enquanto nosso corpo envelhece, nós permanecemos os mesmos, só que com mais experiências, mais maturidade. Busquemos conquistar mais conhecimento, mais serenidade, mais paciência, mais compaixão, doar mais atenção aos nossos companheiros de jornada, mais amor, mais carinho, mais atenção. É essencial considerar este período, esta data como importante, como sincera, verdadeira. Com um significado que muitas vezes damos pouco valor. Poderíamos iniciar o ano novo refletindo sobre a vida. A vida que precisa ser transformada. Não esqueçamos que a vida é muito curta para perdermos tempo, por exemplo, odiando alguém. Seja sincero consigo mesmo e avalie o que lhe acrescenta odiar alguém, alimentar mágoa por alguém. Nós nos iludimos achando que assim punimos aquele que nos magoou. Mas, nós é que saímos prejudicados pelo envenenamento a que nos submetemos. Na verdade, tomamos o veneno e esperamos que aconteça a morte daquele que nos magoou. Ora, morre quem ingere o veneno e a mágoa e o ódio nos matam a longo prazo. Seja mais atencioso com seus filhos, seus pais e seus amigos. Não esqueça deles. Eles só lhe farão bem. Seu trabalho não vai cuidar de você, quando você adoecer. Eles vão... E lembre-se que seus filhos só têm, em sua companhia, uma infância. Não perca essa oportunidade! Não se prive do choro. Procure alguém, em quem você confia, e chore com ele ou ela. È mais curador do que chorar sozinho. Não esqueça que Deus é nosso pai e está sempre atento às nossas necessidades. Às necessidades dos seus filhos. As suas dificuldades não são castigos de Deus. Elas são o resultado de suas escolhas. Faça melhores escolhas e terá bons frutos. Mesmo o sofrimento provocado por uma doença grave. Analise bem e descobrirá que ela é fruto do mau uso que fez do corpo físico, do acúmulo de mágoas e problemas somatizados. O acúmulo de problemas não resolvidos só nos trás problemas de saúde. Assine um acordo de paz com seu passado para que ele não estrague o seu presente. O passado é história, já passou. O futuro ainda é incerto, é algo que está por vir. Portanto, viva intensamente o presente e empenhe-se para que ele seja o melhor momento de sua vida. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não faz ideia do que é na realidade a jornada deles. Mesmo aqueles que você supõe ter uma vida melhor que a sua por ter mais recursos financeiros. Lembre-se que o grau de responsabilidade é maior toda vez que temos mais oportunidades do que os outros. Não há nenhuma razão para ter inveja. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo de que precisa. Se você não está satisfeito com sua vida, tente mudar o que for possível. Lembre-se que toda mudança começa pelo desejo de que aconteça. Sua vontade para isso tem um peso incalculável e que você nem imagina. Quando estiver muito preocupado, muito estressado, respire fundo. A respiração bem feita pode lhe trazer muitos benefícios. Isso acalma a mente. O começo de um ano novo é um bom momento para que se desfaça de tudo o que não lhe é útil, bonito e prazeroso. Você precisa esvaziar os espaços necessários para serem ocupados pelo que deseja, pelo novo. Se o que deseja vier, mas não encontrar espaço, como ele irá se instalar? Aprenda, pois é uma verdade, que o que não lhe mata o torna mais forte. Até o erro cometido nos traz aprendizagem e a vantagem de não mais o cometermos. Torne seu ambiente mais agradável. Mais do que ninguém, você merece. Limpe a casa, aromatize, acenda incensos, coloque os lençóis bonitos, use a roupa elegante. Não guarde nada para uma ocasião especial. Lembre-se, você é especial e hoje é um momento especial. Sobre felicidade, temos que aprender definitivamente que ninguém é responsável por nossa felicidade, além de nós mesmos. Toda vez que lhe acontecer achar que sua felicidade está dependendo de alguém, pense assim: “Epa! Tem algo errado comigo!” E tem mesmo. Lembre-se que em qualquer momento você só poderá contar com você mesmo, com mais ninguém. Ninguém tem culpa de não fazer você feliz. A culpa é sua. Só você pode se fazer feliz. O resto é culpa de nossa baixa auto estima e carência afetiva. Elas é que precisam ser curadas. Todas as vezes que lhe acontecer o que chamamos de “desastre”, pense consigo mesmo: “Que importância isso terá daqui a cinco anos?” Certamente, nenhuma... Em qualquer circunstância, escolha sempre a vida. Faça escolhas de vida, nunca escolhas de morte. A droga, o cigarro, o álcool, o desamor, a mágoa, o ódio são exemplos de escolhas de morte. Perdoe tudo de todos. O perdão não é uma atitude de santidade, mas uma atitude de sanidade. O perdão é bom para quem perdoa, não para quem é perdoado. Ele faz bem para quem perdoa. Você sentirá que perdoou, quando não sentir ressentimento ao lembrar a mágoa. O que os outros pensam de você não é da sua conta. É um problema apenas deles. Você dá muita importância ao que falam de você. Dê-se apenas a quem lhe merece. O que mais importa é o que você pensa de você. De resto, não dependa do conceito que os outros têm de você. Alimente a paz de estar bem consigo mesmo. Uma boa notícia para você: o tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo. Deixe que o tempo aja. Lembre-se que o universo conspira a seu favor. Independentemente se a situação é boa ou ruim, ela irá mudar. Fique certo disso... Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva... Ria das situações. Ria, inclusive, de você mesmo. O bom humor ajuda, e muito, a viver bem. Acredite em milagres e menos em mágicas. Lembre-se que tem que fazer sua parte para que o milagre aconteça. Exija de sua religião mais verdades e menos fantasias. Qualquer religião é boa, se nos torna melhores do que somos. Lembre-se também que religião nenhuma salva. A religião que salva é a religião do amor. Deus lhe ama por causa de quem Deus é. Não pelo que você faz ou deixa de fazer. Tudo em Deus é infinito, inclusive seu amor por nós. Ele só espera que nos melhoremos e voltemos para Ele. Ele está de braços abertos a nossa espera. Esse retorno só será possível, se tomarmos o caminho do bem. Se praticarmos a caridade na sua essência e em todas as suas dimensões. Não faça auditoria de sua vida. Faça o melhor dela agora. Ninguém se torna bom por decreto. É pelo exercício diário que nos transformamos. Que nos afirmamos filhos do Pai de Infinito Amor e Infinita Bondade. Envelhecer ainda é melhor do que a outra alternativa, a outra escolha: morrer jovem. Há muitas vantagens que nos traz a maturidade: menos ansiedade, menos medo em relação ao futuro, menos insegurança, menos ilusões. O que são algumas rugas, cabelos brancos e algumas pequenas dores diante dessas vantagens? Pode-se ser bonito também na velhice. É só cuidar-se e dar alguns retoques, não é mesmo? Lembre-se que tudo o que importa no final é que você amou. E ame tanto quanto puder. O amor é a única coisa que quanto mais se dá, mais se tem. Ame também aqueles com os quais não tem nenhuma ligação de sangue. Há muitos que lhe olham desejando seu afeto. Não lhes negue! Saia, vá passear. Não se guarde em casa. Milagres estão esperando acontecer em todos os lugares. Você acha que tem grandes problemas? Tem nada... Se todos nós jogássemos nossos problemas em uma pilha, onde pudéssemos ver os de todo mundo, com certeza pegaríamos os nossos de volta. Você nem imagina o tamanho dos problemas dos outros. Acredite, o melhor está por vir. A vida não vem embrulhada em papel e com laço, mas é um presente. E, como diz Chico Xavier, “embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”

domingo, 22 de dezembro de 2013

A INFELICIDADE EM JUNTAR COISAS -

Você já percebeu como as pessoas hoje colecionam quinquilharias? Sabia que isso pode significar uma situação de infelicidade? Essa tentativa de preencher o vazio da vida colecionando quinquilharias? Muitos desperdiçam suas vidas colecionando bobagens. Grandes coleções de cursos inacabados, amores frustrados, projetos engavetados, centenas de livros não lidos, relações sem afeto, sapatos não usados, casas de praia abandonadas. Há até quem sinta mais orgulho em mostrar sua coleção de vinhos do que em saboreá-los... No propósito de querer agradar aos pais, muitos abrem mão do que lhes é realmente importante. Desistem de realizar a própria vocação. Por isso começam a colecionar conquistas não para si, mas para os pais. É o caso da criança que não quer estudar balé, mas se rende ao fato de a mãe ter desejado, na juventude, ser bailarina. Para agradar a mãe, começa, então, a colecionar troféus até que, um dia, conclui que nada daquilo contribui para sua felicidade. Outros habituam-se a colecionar virtudes para conquistar a simpatia alheia ou para mostrar para os outros uma imagem que não corresponde ao que realmente é. O “direito à felicidade”, que se tornou uma crença partilhada tanto por religiosos quanto por ateus na nossa época, tem sido causa de considerável sofrimento. Se você acredita que tem direito à felicidade, de preferência todo o tempo, ao sentir frustração, tristeza, angústia, decepção, medo e ansiedade, só pode olhar para esses sentimentos como se fossem algo anormal . Ou seja: eles não lhe pertencem, estão onde não deveriam estar, precisam ser combatidos e eliminados. O que sempre pertenceu à condição humana passa a ser uma doença – e como doença deve ser tratado, em geral com medicamentos. Deixamos de interrogar os porquês e passamos a calar algo que, ao ser visto como patologia, deve ser “curado”, porque não faz parte de nós. É um tanto fascinante os caminhos pelos quais a felicidade vai deixando o plano das aspirações abstratas, da letra dos poetas, para ser tratada em consultório médico. Poucos fenômenos são tão reveladores sobre a forma como olhamos para a condição humana em nosso tempo como o “direito à felicidade”. Sem esquecer que este tema está relacionado a outros dois fenômenos atuais: a medicalização da vida e a judicialização dos sentimentos. Ou, dito de outro modo: tratar o que é do humano como patologia, ou seja, doença e dar aos juízes a arbitragem dos afetos. É importante – sempre é – ressaltar que obviamente existem doenças mentais e situações nas quais o uso de medicamentos é necessário e benéfico, desde que com acompanhamento rigoroso. O que se questiona aqui são os casos – infelizmente frequentes – de leviandade nos diagnósticos psiquiátricos e o consequente abuso no uso de medicamentos, que tem criado uma multidão de dependentes de drogas legais, cujas consequências só serão conhecidas nas próximas décadas. É íntima a relação deste fenômeno com a crença da felicidade que assinala nosso tempo. O que se percebe é que tem havido uma mudança na maneira como as pessoas entendem a felicidade. Num passado não muito distante a felicidade era um bem a ser conquistado, quase uma utopia. Hoje, as pessoas se sentem na obrigação de serem felizes. A psicanálise entende a nossa época como a “era do direito ao gozo”. Ou seja: hoje, todos têm o direito de gozar plenamente, sem restrições. Nesse caso, a felicidade deixou de ser uma contingência, um evento, e passou a ser um direito que supostamente deveria ser garantido. Vivemos sob a ditadura da felicidade, e, por isso, grande parte das pessoas tem dificuldade de passar por momentos de infelicidade, de frustração e de perdas com naturalidade, entendendo isso como parte da existência. As pessoas, além de sofrerem pelo motivo que as levou a procurar ajuda, sofrem ainda mais pela angústia de ter que se livrar daquele sofrimento rapidamente, a qualquer custo. Não compreendem que aquilo que sentem pode ter um significado e um motivo que precisam ser escutados, pela própria pessoa. Também sentem muita necessidade de dar um nome para o que sentem. Querem logo receber um diagnóstico. Quando alguém, por exemplo, perde um ente querido e a própria pessoa – ou alguém da família, ou até mesmo outro profissional de saúde – solicita atendimento especializado pelo fato de ele ou ela estar sofrendo ou chorando muito. Enterram o pai num dia e querem estar prontos para ir ao cinema no fim de semana seguinte. Na verdade, o que causa infelicidade às pessoas não mudou muito. Sofremos, em geral, pelo mesmo motivo apontado por Freud há quase 100 anos. Sofremos, na imensa maioria das vezes, do mal-estar resultante das nossas relações com os outros. Entretanto, o que mudou muito foi a forma como as pessoas lidam com esse mal-estar, com sua infelicidade cotidiana. Num passado não muito distante o profissional da saúde mental era, em geral, procurado para ajudar a pessoa a compreender seus mal-estares, decifrá-los. Hoje, um número cada vez mais crescente de pessoas procura os terapeutas com um único objetivo: se livrar dos mal-estares. Não querem saber nada sobre seus sofrimentos ou sobre sua infelicidade, não desejam decifrá-los ou interrogá-los. Querem apenas que o sofrimento e a infelicidade silenciem, e ainda exigem dos terapeutas uma resposta rápida, eficaz e, especialmente, que não lhe exija muito esforço. Estamos nos tornando uma geração de humanos que temem sua própria humanidade. Vivemos numa sociedade que pretende negar e rejeitar toda espécie de tragicidade que a condição humana carrega consigo. Para a psicanálise, nossos mal-estares são oportunidades que temos para reconduzir e aperfeiçoar nosso processo de subjetivação, de construção de nós mesmos, processo este que nunca cessa. São esses mal-estares que nos fazem repensar nossos valores, objetivos, nosso modo de ser e nossas relações. As lagartas, para se transformarem em borboletas, precisam antes passar pela fase do casulo. Se quisermos aproveitar esta metáfora para entender o processo de subjetivação humano, diríamos que somos capazes de viver esse processo de transformação um sem número de vezes. De lagarta para borboleta, de borboleta para lagarta, e assim sucessivamente. Estas transformações, por sua vez, só acontecem quando questionamos nosso modo de ser e de estar no mundo. Quando paramos de nos interrogar, perdemos a oportunidade de passar por essas transformações, ficando paralisados, fixados em uma só condição: ou lagarta, ou borboleta. E é muito melhor quando podemos aproveitar todas as possibilidades de estar nesse mundo.
Estamos a dois dias do Natal e não poderia deixar de falar hoje da maior festa do calendário cristão. Quando chega dezembro, parece que acontece uma transformação nas pessoas, no movimento, no ar. É como se ventos da transformação soprassem... Há uma certa mudança no ar. E não são apenas os apelos da sociedade de consumo. As pessoas ficam mais sensíveis à necessidade do outro, como se a fraternidade fosse um imperativo em suas vidas.Pensa-se mais no outro, pensa-se mais em presentear o outro. É o momento em que o outro toma o lugar do eu do ano inteiro. É como se os mensageiros de Deus viessem lembrar aos homens sua vocação para o amor e soprassem os ventos da solidariedade, da piedade, da misericórdia, tão esquecidos durante o ano. Precisamos compreender definitivamente que esses são os valores verdadeiros, que eles são a moeda corrente de um reino que não é deste mundo, mas que começa aqui e agora, de cujo regente comemoramos o nascimento. O reino de Jesus não é deste mundo, Ele bem o disse. Sua realeza nasceu do mérito pessoal e sobrepôs-se ao tempo. Para ter lugar nesse reino é preciso abnegação, humildade, caridade em toda a sua prática cristã, e benevolência para com todos. E não adianta nos iludirmos e até tentarmos uma negociação com Deus para conquistarmos um bom lugar. Lá não seremos questionados sobre que posição ocupamos aqui, nem sobre que religião professamos, mas sobre o bem que praticamos, as lágrimas que enxugamos. São os atalhos mais difíceis da vida que nos levarão para lá. “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância.” “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” “Todo aquele que bebe da minha água não terá mais cede.” “Vinde a mim todos que vos achais fatigados e angustiados e eu vos aliviarei.” Tudo isso pode ser lido no Evangelho de Jesus Cristo e expressam as melhores certezas e promessas que Jeus nos afirma constantemente através dos séculos. Deus, em sua infinita paciência, continua a esperar que entendamos e escolhamos os caminhos que nos poderão levar a esse Reino. Jesus sempre viveu em si mesmo os ensinamentos e conceitos salvadores passados ao homem terreno e o conteúdo do seu Evangelho é o mais avançado Código de Leis de aperfeiçoamento espiritual. Hoje as pessoas estão tomadas pela desconfiança; veneram a ciência que lhes dá o conforto material, mas não lhes ameniza a angústia do coração; adotam os projetos de inovações sociais e educativas, que planejam um futuro brilhante, mas não proporcionam a paz de espírito. Esquecemos que o único medicamento salvador do homem moral e psiquicamente enfermo do século atual é Jesus Cristo, através do seu projeto de vida, expresso em seu Evangelho. Só seu Amor e o seu Evangelho poderão amainar as paixões humanas e harmonizar as pessoas numa convivência pacífica. O cristo deve ser recebido como um apelo a transformações profundas na nossa vida diária, sobretudo diante dos outros, irmãos porque acolhidos pelo mesmo Pai. A terra comemora a vinda d'Aquele que veio reajustar os ensinamentos dos seus antecessores. “Já um pequenino se acha nascido para nós, e um filho dado a nós, e o nome com que se apelidado será Deus forte, Pai do futuro século, Príncipe de Paz. O seu império se estenderá cada vez mais e a Paz não terá fim”, anunciava o profeta Isaias, tocado pela graça do Senhor e pressentindo essa “descida vibratória” do Mestre. O natal não é mais do que a renovação do apelo dirigido a cada homem de boa vontade para que a missão daquele que foi enviado se concretize na realização do grande projeto de Deus que quer a perfeição para cada uma de suas criaturas. Viver o espírito do natal hoje é pendurar na árvore da própria vida valores apregoados pelo Cristo e que têm a força do brilho de mil luzes: o amor, a solidariedade, a misericórdia, a compaixão, a indulgência, a caridade...

domingo, 15 de dezembro de 2013

O SUCESSO É SER FELIZ - Roberto Shinyashiki

1.Seja ético. A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança. 2. Estude sempre e muito. A glória pertence aquele que tem um trabalho especial para oferecer. 3. Acredite sempre no amor. Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, ou está com a pessoa errada ou amando de uma forma ruim para você. Caso tenha se separado, curta a dor, mas se abra para outro amor. 4. Seja grato a quem participa das suas conquistas. O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Agradecer e a melhor maneira de deixar todos motivados. 5. Eleve suas expectativas. Pessoas com sonhos grandes obtém energia para crescer. Os perdedores dizem: "Isso não é para nós". Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo. 6. Curta muito a sua companhia. Casamento dá certo para quem não é dependente. Aprenda a viver feliz mesmo sem uma pessoa ao lado. Se não tiver com quem ir ao cinema, vá com a pessoa mais fascinante: você! 7. Tenha metas claras. A história da humanidade é cheia de vidas desperdiçadas. Amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam a carreiras de sucesso. Ter objetivos evita o desperdício de tempo, energia e dinheiro. 8. Cuide bem do seu corpo. Alimentação, sono e exercícios são fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para que os outros gostem de você também. 9. Declare o seu amor. Cada vez mais as pessoas devem exercer seu direito de buscar o que querem (sobretudo no amor), mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais. 10. Amplie os relacionamentos profissionais. Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos. 11. Seja simples. Retire de sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários. Crie espaço para desfrutar mais a viagem da vida. 12. Mulher, não imite o modelo masculino. Os homens fizeram sucesso à custa da solidão e da restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: infartos e suicídios. Sem duvidas, temos mais a aprender com as mulheres do que vocês conosco. Preserve a sensibilidade feminina - é mais natural e lucrativa. 13. Tenha um orientador. Viver e decidir na neblina sabendo que o resultado só será conhecido quando pouco restar a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e bem sucedido, para lhe orientar nas indecisões. 14. Jogue fora o vicio da preocupação. Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem! Defina suas metas, conquiste-as e deixe a neura para quem gosta dela! 15. O amor é um jogo cooperativo. Se vocês estão juntos, é para jogar no mesmo time. Ficar mostrando dificuldades do outro ou lembrando suas fraquezas para os amigos não tem graça. 16. Tenha amigos vencedores. Campeões falam com campeões. Perdedores só tocam na tecla perdedores. Aproxime-se de pessoas com alegria de viver e afaste-se de gente baixo-astral. 17. Diga adeus a quem não merece. Alimentar relacionamentos que só trazem sofrimento e masoquismo, atrapalha sua vida. Se você tiver um cônjuge que não esteja usando, empreste, venda, alugue, doe e deixe espaço livre para um novo amor. 18. Resolva. A pessoa do próximo milênio vai limpar de sua vida as situações e os problemas desnecessários. Saiba tomar decisões, mesmo as antipáticas. Você otimizará seu tempo e seu trabalho. A vida fluirá muito melhor. 19. Aceite o ritmo do amor. Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração. 20. Celebre as vitórias. Compartilhe o sucesso, mesmo pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes. 21. Perdoe. Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também. 22. Arrisque! O amor não é para covardes. Quem fica à noite em casa sozinho só terá de decidir que pizza pedir e o único risco que corre será o de engordar. 23. Tenha uma vida espiritual. Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Ore antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Oração, meditação são forças de inspiração.

INFELICIDADE -

Todas as pessoas falam da infelicidade, já a sentiram alguma vez e acreditam conhecer seus vários aspectos. Na verdade, quase todas as pessoas se enganam, pois a verdadeira infelicidade não é aquilo que as pessoas infelizes supõem. Elas vêem a infelicidade na miséria, na mesa sem comida, nas dívidas para pagar, no berço vazio do anjo que se foi, nas lágrimas, no caixão que se acompanha com o coração partido, na angústia da traição, na miséria do orgulhoso que gostaria de se vestir com roupas caras e que esconde com dificuldade sua nudez sob os farrapos da vaidade. A tudo isso e ainda a muitas outras coisas damos o nome de infelicidade na linguagem humana. Tudo isso é a infelicidade para aqueles que apenas vêem o presente. Precisamos compreender que a verdadeira infelicidade está mais nas conseqüências de um fato do que nele próprio. O acontecimento mais feliz para o momento, mas que depois resulta em conseqüências desastrosas, é na realidade mais infeliz do que aquele que à primeira vista causa uma viva contrariedade, mas acaba produzindo o bem. Por exemplo, a tempestade que inunda ruas e arranca árvores, mas que saneia o ar ao eliminar os vírus insalubres que causam a morte, não é antes uma felicidade do que uma infelicidade? Para que possamos julgar algo como sendo gerador de felicidade ou infelicidade precisamos perceber as conseqüências. É assim que, para avaliar o que faz o homem feliz ou infeliz, é preciso se transportar além desta vida, pois é lá que as consequências se fazem sentir. Muitas das nossas escolhas são geradoras de felicidade numa avaliação ligada aos prazeres do mundo físico, no entanto podem nos colocar numa situação de infelicidade em relação ao nosso futuro, depois de sairmos desse plano físico. Portanto, tudo o que chamamos de infelicidade, segundo nossa curta visão, cessa com a vida corporal e encontra sua compensação na vida futura. A infelicidade pode vir enganosamente disfarçada de felicidade, nos iludindo facilmente. A infelicidade é , por exemplo, essa alegria falsa, esse prazer egoísta, a fama enganadora, a agitação fútil, a louca satisfação da vaidade que faz calar a consciência, que perturba a ação do pensamento, que confunde o homem quanto ao seu futuro. A infelicidade é a droga do esquecimento que buscamos incessantemente. A maioria de nós passa a maior parte da vida em função de satisfazer as imposições do corpo físico e esquece o espírito que é. Não nos esqueçamos que ninguém transgride impunemente as leis de Deus; ninguém foge das responsabilidades de seus atos. As provações, essa credoras impiedosas e cruéis, com a sequência de desgraças que nos atinge na miséria, observam o nosso repouso enganador, para nos mergulhar, de repente, na agonia da verdadeira infelicidade, aquela que surpreende a alma enfraquecida pela indiferença e pelo egoísmo. A Coca-Cola bem que gostaria que os consumidores acreditassem que a felicidade poderia ser enlatada em uma latinha de 350ml com um delicioso liquido açucarado. Propagandas da empresa de refrigerantes relacionam seus produtos com os momentos mais agradáveis na vida - Sair com os amigos, Festas, Família etc. Monitorar o consumo de coca-cola que uma pessoa bebe, não é a forma mais científica para medir a felicidade. - Vejamos 5 sinais comprovados cientificamente que mostram que você não está feliz, espero que não seja o seu caso. ASSISTIR MUITA TV - Pessoas infelizes ficam na frente da TV 30% mais do que as pessoas felizes. Às vezes, depois de um dia estressante simplesmente muitos gostam de ficar vegetando na frente da TV, relaxando e deixando a mente se derreter no mar dos reality-shows, novelas, dramas etc. Se essa é sua rotina de noite após noite, é melhor abandonar o controle remoto por um tempo. Segundo estudos realizados desde de 2008, o tempo excessivo na frente da TV é um possível sinal da infelicidade. MAL RELACIONAMENTO - Pessoas infelizes podem ter mais dificuldade de resolver questões ou problemas de imediato. Eles não conseguem ampliar os círculos de amizade e conhecer novas pessoas. E normalmente, as novas amizades azedam rapidamente. Stress incontrolável. De acordo com a psicologia positiva, um ambiente de bem-estar desempenha um papel importante na busca das pessoas pela felicidade. Sentindo-se seguro e confortável, gera contentamento e satisfação. Por outro lado, um ambiente excessivamente estressante promove a ansiedade e insegurança. Um estudo que comparou estresses controláveis e incontroláveis constatou que este último proporcionou maior infelicidade. Embora o estresse nos obrigue a trabalhar mais eficientemente e alcançar objetivos maiores, pode afetar a felicidade a longo prazo. INSÔNIA - Após uma noite se revirando na cama, você finalmente consegue dormir, quando percebe o alarme toca e já é hora de levantar. Sem dúvida essa não é a melhor maneira de começar o dia. Em uma pesquisa da revista "Science", 909 mulheres que trabalharam de bom humor e mantiveram um bom relacionamento durante o dia. Ao pedir para que não dormissem o suficiente, no dia seguinte elas apresentaram um elevado nível de estresse e consequentemente, infelicidade. Busca constante por prazer. Na década de 1970, uma equipe de psicólogos liderada por Philip Brickman chegou a uma conclusão surpreendente sobre os seres humanos e a felicidade. A pesquisa comparou o nível de felicidade de um grupo de vencedores de loteria com a de um grupo de recém-paraplégicos e descobriu que ambos os grupos não tiveram mudança de felicidade a longo prazo. Os investigadores atribuíram esse fenômeno à capacidade de adaptação do ser humano. Com o tempo as pessoas irão adaptar-se às circunstâncias, sendo elas positivas ou negativas. No caso dos ganhadores de loteria, o fato de se tornar milionário da noite para o dia não os trouxe felicidade a longo prazo. Em vez disso, as pessoas podem ficar presas no que Brickman chamou de "esteira ergométrica", ou seja, uma busca incessante por melhores bens materiais e prazer. O problema com esta busca é seu vazio interior. Por definição, o prazer é momentâneo - nos deixa sempre querendo mais. O contentamento, por outro lado, significa apreciar as circunstâncias presentes. Infelicidade é viver para impressionar os outros. Nós nascemos com um potencial infinito de realização. Porém, à medida que vamos sendo educados, durante a infância e adolescência, perdemos a reta original de nossa própria existência. Deixamos de fazer aquilo que nos realiza e passamos a agir em função dos outros: pais, professores e, depois, toda a sociedade. Nosso objetivo de vida nos é imposto e passamos a condicionar nosso sucesso ao aplauso das pessoas que nos cercam. Para continuar essa aprovação, progressivamente abandonamos nossas vocações e passamos a realizar os desejos alheios. A maioria das pessoas vive para ser admirada por uma multidão de olhos vorazes que, muito provavelmente, não se cruzarão mais. Quando elas param para perceber o rumo dado a suas vidas, verificam que apenas colecionaram cupons que não servem para nada. Quem consegue realizar as metas de sua alma é feliz e desperta admiração devido a sua integridade como pessoa. Ao contrário, quem vive para ser admirado sempre será infeliz, porque está deixando de lado o compromisso consigo mesmo. Não se consegue ser feliz valorizando mais a opinião dos outros do que seus próprios sentimentos. Alguns se sentem infelizes, mas raciocinam: "Se os outros estão aplaudindo é porque estou no caminho certo". E avançam nas suas frustrações. Você é mais importante do que qualquer julgamento alheio. Para ser feliz, viva para surpreender a si próprio, e não aos outros. Infelicidade é desperdiçar a vida. Infelicidade é acumular desperdícios. A maioria das pessoas costuma jogar fora as oportunidades. Não conseguem aproveitar o tempo, não valoriza o amor, não desenvolve a capacidade criativa. Fala-se muito em desperdícios materiais, como energia elétrica, água, dinheiro. Mas o pior de todos é o desperdício da vida. É triste ver pessoas que não sabem utilizar seus talentos, pois qualquer tipo de aptidão exige dedicação para desabrochar, assim como o amor requer cuidados constantes para acontecer em toda a sua plenitude. A maioria das pessoas, no entanto, passa pelas oportunidades sem lhes dar atenção. Muitas se arrependem por não ter se dedicado ao grande amor de suas vidas; outras, por ter jogado fora oportunidades profissionais. Quando alguém se dedica a alimentar ilusões, perde oportunidades. Quem se propõe a apenas acumular dinheiro perde a oportunidade de conviver com o filho, com a pessoa amada e consigo próprio. Quem se preocupa muito com segurança ignora as oportunidades profissionais e amorosas. Muitos reclamam dos impostos municipais, estaduais e federais, que consomem parte dos seus rendimentos. Principalmente quando o governo não aplica bem o dinheiro arrecadado, nós encaramos os impostos como um grande desperdício. Mas o pior imposto que existe na vida é o Imposto Sobre Falta de Visão. Alguém com falta de visão, que não percebe o que realmente é importante na vida, perde amores, empregos, amigos e, o que é pior, a própria vida. É comum ouvirmos: "Ah, se eu soubesse... se eu tivesse ... se eu pudesse..." Precisamos aprender que as oportunidades são poucas e que não podemos desperdiçá-las; por isso, não podemos perder muito tempo com nossas escolhas. Muitas vezes, a questão resume-se em pegar ou largar, e para isso devemos estar preparados. Quanto mais rápida for nossa capacidade de analisar e decidir, mais plenamente viveremos.

domingo, 8 de dezembro de 2013

O QUE É VIVER BEM?

Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo pra você, não pense. Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velho. Eu não digo. Eu não digo estou velho, e não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. Procuro sempre ler e estar atualizado com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga pra você que está ficando esquecido, porque assim você fica mais. Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótimo. Eu não digo nunca que estou cansado. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansado e esquecido, mais esquecido fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então, silêncio! Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velho não. Você acha que eu sou? Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos. Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo. Tenho consciência de ser autêntico e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o DECIDIR. Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes. Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranquilas, vividas, se entregam ao vento. Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros. Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos. Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio. Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação. Não damos um beijo carinhoso “porque não estamos acostumados com isso” e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos. E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente. Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos consumimos. Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente. E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença! E o tempo passa... Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa. Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: e agora?! Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos. Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso. Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente! Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós. Pense!... Se você está lendo esta mensagem é porque ainda tem tempo!!! Não o perca mais!...

AUTOCONHECIMENTO: PRIMEIRO PASSO PARA EVOLUIR

Todos nós sabemos o quanto temos hoje priorizado, dado mais atenção, ao lado material do que ao lado espiritual, contrariando as advertências de Jesus Cristo: “Não junteis tesouros na terra...”, “De que serve ao homem vir a ganhar o mundo, se perder sua alma?...”, “Vivei segundo o espírito...”. Paralelamente nós temos desenvolvido nossa verdadeira e derradeira miserabilidade. Os distúrbios psicológicos vividos por muitos companheiros do nosso tempo atestam a história de vida desses indivíduos. Insegurança produz pânico, ciúmes e egoísmo produzem a mais pura paranóia, timidez excessiva leva à impotência sexual psicológica, solidão e isolamento destrutivo. Por ser tão fácil a mudança é justamente a razão de não a efetuarmos. A razão óbvia dessa afirmativa é o julgamento nocivo de não nos acharmos merecedores. Necessitamos do stress ou desgaste intensos para que nos esforcemos para modificar nossa vida. Passamos a acreditar que apenas o sofrimento extremo nos dará o direito a algo. Todos nós aprendemos desde cedo que ainda não deu uma cota de sacrifício e que o sofrimento faz parte da vida, No entanto não nos convencemos de que a busca de um verdadeiro autoconhecimento é necessário para avançarmos na tarefa do aperfeiçoamento. A essência de muitas religiões em nossa era é a descrença absoluta em nosso potencial, em nosso valor e em nossa possibilidade de transformação no Bem. Por que será que o preenchimento da nossa carência através do consumismo é tão nocivo na atualidade? Muitos adotam o consumismo, como forma de preenchimento da carência, como forma de compensação para cada acontecimento passado de descaso ou inoperância na afetividade, solidariedade e troca. Aprender o uso correto do dinheiro por aqueles que possuem grande soma nunca deveria passar por um insano desejo de superioridade em relação aos outros, mas apenas o tornar-se independente economicamente da família ou situações de constrangimento perante as necessidades básicas, refletindo constantemente sobre quais realmente são nossos sonhos materiais que fazem diferença em nossa existência. Estar atento e estudar as raízes da insensibilidade em nosso tempo é fundamental para o autoconhecimento. Perguntar-se, por exemplo, quando tal fenômeno tomou nosso espírito? Quando uma das pessoas mais próximas não esteve disponível na ora que mais necessitávamos? Quando vimos o ódio surgir por alguém ter tirado proveito de nossa ingenuidade ou dedicação? Ou que apesar de uma pessoa nos ter feito tanto mal, mesmo assim conseguimos eliminar a mesma de nossas mais profundas lembranças de prazer ou desejo? O conflito se enquadra em praticamente todo o processo da vida e ao mesmo tempo todos tentam negá-lo. Precisamos avaliar se todo nosso esforço diário resulta na mesma proporção de prazer ou satisfação ou apenas mais tédio e falta de sentido na vida. Autoconhecimento é saber procurar ao menos em parte o lugar certo para nossas aptidões ou anseios e administrar a possibilidade de realização de nossos desejos. Por que insistimos em uma relação que só traz desafetos, conflitos e decepções? Por que insistimos num trabalho que corrói nossa força vital? Temos insistido em acumular dinheiro, prazer ou hedonismo. Hedonismo é a tendência a considerar que o prazer individual e imediato é a finalidade da vida. Intelectualidade, vaidade e narcisismo, dama e desejo de imortalidade na adulação de outrem, envelhecer com alguém, ter filhos, criá-los de um modo diferente. Essas são possibilidades em nossas vidas e realmente são muitas escolhas e poucos conseguem descobrir o que realmente dá um pleno sentido à vida. No caminho percorrido por todos nós, em nossas relações com as outras pessoas, precisamos avaliar o que mais acumulamos, amigos ou inimizades, e a razão de tal fato. Precisamos constatar se o ódio, mágoa ou rancor nos trouxe algo de positivo. Esse é , sem dúvida, um dos mais difíceis testes a serem efetuados. Tanto a pessoa que se nutre do conflito como o hipócrita que almeja uma espécie de unanimidade em torno de sua imagem são pessoas prepotentes e frustradas. Ambos centralizam tudo em seu ego, se esquecendo da sua tarefa individual e social de proporcionarem também um espaço para que outros possam adquirir algum ganho no contato com eles; infelizmente essa é uma das maiores mazelas de nossa era, a recusa de se doar algo positivo ao outro. Assim como alguns ou muitos ascenderam economicamente, apesar de constantes crises, no plano pessoal também encontraremos pessoas com sua capacidade para amar preservada e sem medo de deixar fluir seus sentimentos. Nossa realidade não é composta somente pela miséria, nem tampouco por ilusão. O sofrimento não pode se tornar a medida fixa e imutável da generalização. Os infortúnios não podem ser vistos como combustível para o processo da depressão ou desesperança, mas apenas nos dizem de nosso dever da continuidade, afinal de contas esta é a mais simples regra da vida. Devemos ser honestos e francos, estamos diariamente tão absortos no processo da competição que como resultado não conseguimos utilizar o “melhor” para nós mesmos, criando o conflito psicológico diário, este é sem dúvida alguma o núcleo do chamado stress. Precisamos estar atentos para que a questão mais angustiante não passe por nada material. Poucos têm consciência do “soberano” de nossa alma: o medo. Nunca tão inato aparato se desenvolveu de tantas formas no psiquismo humano. Praticamente todas as nossas ações diárias têm a intenção de afugentá-lo, e o efeito é drasticamente o oposto. São tantos acontecimentos do tipo: obsessões, auto-imolação, pensamentos catastróficos, pânico súbito e incompreensível. Sem dúvida um prato cheio para a indústria do remédio. O fato que todos devem se perguntar é se o envelhecimento mudou ou está mudando algo em nossa vida. Conseguimos com o tempo ser menos bloqueados, menos inseguros, menos avarentos, menos covardes, ou apenas aumentamos tudo isso? Será que o final de uma vida não poderia trazer algo mais reconfortante do que a pura e simples morte? O que a realidade nos mostra é que as coisas todas se acabam, apesar de que a nossa relação com elas seja a de alguém que acredita ser elas eternas. E quando observamos essa finitude das coisas e pessoas, o que sobra certamente é a busca inesgotável e inata em todo ser humano por compreensão, independente de sua cultura, neurose ou estado de espírito. Ou evoluímos mental e espiritualmente, ou apenas ficaremos com o avanço da medicina em prolongar por mais dez, vinte ou trinta anos alguns prazeres fisiológicos e materiais, mas também será prolongado todo nosso tédio, raiva e consternação perante a inutilidade de estruturas sociais e pessoais que vivemos criticando, mas que somos os maiores responsáveis por sua perpetuação. O conhecimento de si mesmo é a chave do melhoramento individual. Muitos de nós usam de argumentos para justificar sua falta de disposição para novas atitudes. O avaro, por exemplo, acredita ser simplesmente econômico e previdente; o orgulhoso acredita somente ter dignidade. Quando estivermos indecisos sobre o valor de uma de nossas ações, perguntemo-nos como a qualificaríamos se fosse feita por outra pessoa; se a censuramos nos outros, não poderá ser mais legítima em nós, porque Deus não tem duas medidas para a justiça. Procuremos, assim, saber o que os outros pensam, e não esqueçamos a opinião dos opositores, porque estes não têm nenhum interesse em dissimular a verdade e, muitas vezes, Deus os coloca ao nosso lado como um espelho, para nos advertir com mais franqueza do que faria um amigo. Que aquele que tem a vontade séria de se melhorar consulte sua consciência, a fim de arrancar de si as más tendências, como arranca as más ervas de seu jardim. Que faça o balanço de sua jornada moral, como o mercador faz a de suas perdas e lucros, e tenhamos a certeza de que isso resultará em seu benefício. Se puder dizer a si mesmo que seu dia foi bom, pode dormir em paz e esperar sem temor o despertar na outra vida.

domingo, 1 de dezembro de 2013

AMIZADE -

A amizade é um amor que nunca morre. A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe, alguns descobrem, mas poucos reconhecem. A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para tudo, mas, de estarmos abertos a todas as perguntas. A dor alimenta a coragem. Você não pode ser corajoso se só aconteceram coisas maravilhosas com você. A esperança é um empréstimo pedido à felicidade. A felicidade não é um prêmio, e sim uma conseqüência, a solidão não é um castigo, e sim um resultado. A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la. A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga. A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você. A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos. A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar. A maior fraqueza de uma pessoa é trocar aquilo que ela mais deseja na vida, por aquilo que ele deseja no momento. A persistência é o caminho do êxito. A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros. A SOLIDÃO É UMA GOTA NO OCEANO QUE SÓ OLHA PARA SI MESMA... UMA GOTA QUE NÃO SABE QUE É OCEANO... Amigos são a outra parte do oceano que a gota procura... A tua única obrigação durante toda a tua existência é seres verdadeiro para contigo próprio. A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais poderá apagar. A verdadeira amizade é aquela que não pede nada em troca, a não ser a própria amiga. A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém que nunca vai descobrir. A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si. Algumas pessoas acham-se cultas porque comparam sua ignorância com as dos outros. Amigo de verdade é aquele que transforma um pequeno momento em um grande instante. Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer. Amigo é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você! Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados... Amigo é aquele que, a cada vez, nos faz entrever a meta e que percorre conosco um trecho do caminho Amigos são como flores cada um tem o seu encanto por isso cultive-os. Amizade é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom, vibram juntas... Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais... Deve ser guardada e conservada no coração!!! As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem. Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas, dando-lhes sempre algum significado. Diante de um obstáculo não cruzes os braços, pois o maior homem do mundo morreu de braços abertos. Elogie os amigos em público, critique em particular. Errar é humano, perdoar é divino. Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor meio de ser infeliz. Faça amizade com a bondade das pessoas, nunca com seus bens! Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.

O SENTIDO ESPIRITUAL DA VIDA -

Desde o momento em que começamos nossa experiência neste mundo até o momento de nossa saída dele, nós experimentamos um sentimento de desamparo. Todos nós temos naturalmente a necessidade de proteção e vivemos constantemente em busca de explicações que possam nos dar respostas a três perguntas: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Vivemos constantemente em busca do sentido da vida e precisamos saber que cada estágio de nossa existência inclui a realização de sua própria espiritualidade. Cada dia é uma oportunidade única para sentirmos o pulsar da vida e para agradecer ao Criador do Universo pelas sucessivas oportunidades de aperfeiçoamento em corpos diferentes. Espero que você não mais viva na dúvida em relação as nossas sucessivas idas e vindas, através da bênção da reencarnação. Isso significa que saímos da carne, com nossa morte, e voltamos para outro corpo para nova experiência, depois de algum tempo no mundo espiritual, até que alcancemos a perfeição. Inicialmente, para que você possa avançar no desenvolvimento espiritual, precisa se aceitar, se acolher como é. Ou você se aceita como é ou viverá constantemente em luta contra si mesmo. A paz em você também é conseqüência de estar em paz consigo mesmo, de se aceitar como você é. Você existe e é um projeto de Deus. Precisa, portanto, gostar de morar na casa que é o seu corpo, para que possa acolher também as outras pessoas. Espiritualidade não é algo para depois da morte, mas é algo para desenvolvermos a partir dessa nossa existência. É algo para aqui e agora. Lembremos que desenvolvimento espiritual é nada mais nada menos do que a conquista de certos sentimentos constantemente apontados por Jesus Cristo, em seu Evangelho. Segundo Leonardo Boff, um teólogo católico, ex-padre franciscano e escritor, “Espiritualidade diz respeito às qualidades do espírito humano: solidariedade, tolerância, amor, perdão, compaixão, compreensão, indulgência, caridade... Espiritualidade é o modo de ser da pessoa e não apenas um momento de sua vida. É a busca do sentido para o próprio existir; para a própria vida. Espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior.” O sentido espiritual da vida faz com que nós nos tornemos mais compreensivos para com as outras pessoas: para com as crianças, para com os adolescentes, para com os adultos e para com os mais velhos. Falemos de Espiritualidade na terceira idade. Sei que muitas pessoas que me ouvem nesse momento já se encontram nessa fase da vida e os que não se encontram, uma dia vivenciarão, com a graça de Deus. Espiritualidade na terceira idade dá o tom de uma velhice tranquila e saudável, se você cultiva a fé. É através da fé que acreditamos na valorização do nosso ser; é através da fé que irradiamos alegria pelo dom da vida; é igualmente pela fé que garantimos “vida aos anos”, nas palavras de um médico geriatra, chamado Dr. João Filho. A espiritualidade na terceira idade tem características bem próprias. É o tempo de celebrar, relacionar, contemplar, aceitas os próprios limites... Aqueles que estão sob nossos cuidados podemos ajudá-los e estimulá-los a cultivarem a consciência de que eles têm um papel importante, que eles têm muito a passar às jovens gerações. Estimulá-los a se perguntarem não tanto sobre o que fizeram de sua vida, mas sobre o que farão com a vida que lhes resta. Ajudá-los a manterem sua mente ativa, ocupada com projetos adequados às suas condições de vida e tempo. Leituras, viagens, estudos são coisas muito receitadas pelos médicos geriatras. Os que se encontram na terceira idade precisam fazer da vida vivida uma oração de louvor e agradecimento e do momento presente a oportunidade de viver a fé e a esperança para que o futura seja de serenidade e paz. Ora, a Espiritualidade é uma atividade do espírito. E aí, surge a pergunta: Como cuidar deste espírito? O cuidado com o espírito implica colocar os compromissos éticos acima dos interesses pessoais ou coletivos. É cuidar dos valores que dão rumo à nossa vida e das significações que geram esperança. Nossa dimensão espiritual vive da gratuidade, da disponibilidade, da ternura, da escuta da realidade e da contemplação. Num mundo preocupado com o desempenho e as realizações pessoais, é necessário insistir na SOLIDARIEDADE. No mundo apressado é preciso definir e viver o ESSENCIAL. No mundo aturdido pelo ruído é preciso cultivar o SILÊNCIO. No mundo obsecado pelo dinheiro, despertar o sentido de DESAPEGO, DOAÇÃO e de GRATUIDADE. Num mundo considerado da comunicação, desenvolver o RELACIONAMENTO. A espiritualidade não se mede por quantidade de orações, por volume, por números, por estatística. A verdadeira espiritualidade fundamenta as atitudes na FÉ e na ESPERANÇA que nos levam a olhar para a frente com otimismo e alegria, buscando vencer as dificuldades. A Espiritualidade vive da gratuidade e da disponibilidade, vive da capacidade de enternecimento e de compaixão, vive da honradez em face da realidade e da escuta da mensagem que vem permanentemente desta realidade. Quebra a realização de posse das coisas para estabelecer uma relação de comunhão com as coisas. Mais de que usar, contempla. A partir da experiência espiritual não há só coisas e fatos. Começa a existir a irradiação das coisas e o sentido que vem dos fatos. Começamos a compreender que ninguém entra em nossas vidas por acaso, como nada nos acontece por acaso. Tudo tem um sentido, uma razão de ser. Nas crises mais profundas, mesmo quando morre um ente querido, quando se desfaz um matrimônio, quando perdemos um filho por causa da droga, podemos sempre perguntar: Qual o significado disso tudo para mim? Que coisa, que caminho, que direção essa realidade quer me mostrar? Não basta chamar um terapeuta, não é suficiente tomar um antidepressivo e dormir horas a fio. É preciso que nos confrontemos perguntando corajosamente: Que sentido mais profundo esta realidade traz para mim? De que me purifica? Em que me faz crescer? ” Em momentos assim é fundamental a espiritualidade. É poder ver a temporalidade das coisas, a usura do tempo, e saber que não estamos vivos apenas porque ainda não morremos, mas porque a vida é uma oportunidade para crescer, para aceitar nossas canseiras, nossos limites, nosso envelhecimento e nossa mortalidade. Só assim maduraremos para outro tipo de vida, interior, espiritual, inalcançável pelo desgaste e pela morte”. A nossa aprendizagem durante uma encarnação é constante significativa: aprendemos como pessoas crianças, como pessoas adultas , como pessoas de idade madura e como pessoas. Ela é contínua porque representa uma necessidade para manter o indivíduo integrado, ativo, participativo e para que possa mantê-lo participativo e estar em sintonia com a atualidade, numa contínua busca de desenvolvimento e educação. A espiritualidade ajuda as pessoas a ser melhores e a amar as outras pessoas. Motiva as pessoas a encarar a vida com serenidade e entusiasmo. Dá sentido à vida e as inter-relações dos seres humanos. Dá equilíbrio e direção às nossas vidas; faz a gente melhorar diariamente nas nossas relações com as outras pessoas. Ela nos fortalece para enfrentar os problemas com coragem e fé e traz paz interior. Ajuda ainda a ver a vida com mais coragem e entusiasmo e a aceitar as limitações que a vida impõe com o passar dos anos e nos torna mais capazes de compreender as pessoas a saber perdoar. A espiritualidade traz mais tranquilidade, mais fé e esperança e ajuda na convivência com as outras pessoas e na valorização do outro. A Espiritualidade consiste, enfim, na busca pessoal de sentido para o próprio existir e agir. É um dom gratuito que nos é oferecido, mas que, no exercício do nosso livre arbítrio, podemos aceitar e cultivar ou não... Pela espiritualidade nos preparamos para o grande encontro, face a face, com o Pai e Mãe de infinita bondade e misericórdia, criador de todas as coisas e fonte do nosso ser. O que importa, então, é preparar-se para o grande mergulho na realidade suprema, no Deus vivo e acolhedor.