domingo, 27 de janeiro de 2013

" QUANDO ME AMEI DE VERDADE "

“Quando me amei de verdade, compreendi que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome... auto-estima. Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passava de um sinal de que estava indo contra as minha verdades. Hoje sei que isso é... autenticidade. Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de... amadurecimento. Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... respeito. Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama... amor-próprio. Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que o nome disso é... simplicidade. Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Hoje descobri a... humildade. Quando me amei de verdade. Desisti de ficar revivendo o passado, de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... plenitude. Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é... saber viver. Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.”

"SÍNDROME DO PÂNICO: MEDICAÇÃO E TRATAMENTOS"

Falamos, anteriormente, sobre as quatro teorias que existem e que tentam explicar o Transtorno do Pânico: a Teoria Neuroanatômica, a Teoria Comportamental, a Teoria Psicanalítica e a Teoria Espírita. Uma delas pode explicar as causas do seu padecimento com a Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico. Ou, ainda, cada uma delas pode trazer esclarecimento sobre o que tem provocado em você essa experiência. Hoje, falaremos sobre medicação, tratamentos e terapias e faremos algumas recomendações sobretudo para a família do paciente.
MEDICAÇÃO - O tratamento médico mais recomendado para o bloqueio das crises são os psicofármacos, ou seja, os remédios vendidos em farmácias e drogarias direcionados para tratamento de problemas psíquicos. Os principais inibidores seletivos da recaptura de serotonina, disponíveis para o tratamento do transtorno de pânico, são fluvoxamina, fluoxetina, paroxetina, sertralina e o citalopram. O tratamento com antidepressivos visa reduzir a intensidade e a freqüência dos ataques de pânico, diminuir a ansiedade antecipatória, reduzir a esquiva fóbica e tratar quadros depressivos associados. Em relação aos antidepressivos tricíclicos, os ISRS possuem algumas vantagens, tais como maior tolerabilidade a efeitos colaterais, menor número de tomadas e titulação da dose, e segurança na utilização pelo baixo risco de intoxicação.Os antidepressivos de todos os grupos e os tranquilizantes são eficazes no controle das crises. Atualmente, mediante a disponibilidade de vários psicofármacos, dificilmente um paciente não melhora com alguma medicação. A decisão quanto à escolha da medicação deve obedecer a critérios básicos como: outras doenças presentes no paciente, portadores de glaucoma não podem tomar alguns medicamentos, interações com outras medicações já em uso, história de reação indesejável a determinadas medicações em escolha, características individuais (por exemplo, os pacientes obesos devem optar preferencialmente pelos inibidores da recaptação da serotonina, os pacientes muito magros por tricíclicos). Pessoas com problemas sexuais devem evitar os inibidores da recaptação da serotonina. Por fim, como há entre essas medicações marcante diferença de preços, é válido considerar isso como critério de escolha desde que não seja feita em detrimento do bem estar do paciente. Os psicofármacos são um recurso dentre outros para o tratamento em Saúde Mental. O recurso aos psicofármacos só opera bem quando está subordinado ao vínculo e à escuta.O paciente tem uma boa relação com o psicofármaco apenas quando percebe que seu uso é um auxílio para pensar e expressar suas questões. Os psicofármacos são medicamentos de indiscutível utilidade, sobretudo para o alívio dos sintomas produtivos das psicoses, e de outros sintomas perturbadores, como insônia, a agitação psicomotora, a tristeza vital, etc. Contudo, em muitos casos e situações, são inúteis e/ou prejudiciais. Provocam efeitos colaterais incômodos e desagradáveis. Não são isentos de risco, exigindo moderação e cuidado em seu uso. Os estudos psicofarmacológicos são hoje fortemente controlados pela indústria farmacêutica, levando à prescrição indiscriminadas destes medicamentos. Muitas vezes, também, o profissional de Saúde prescreve psicofármacos para aliviar a sua própria angústia diante do sofrimento do paciente. Por conseguinte, devem ser usados apenas quando realmente necessários, seguindo a direção traçada pelo projeto terapêutico em seus diversos planos. A prescrição de psicofármacos segue a mesma regra básica para todos os medicamentos: devem ser utilizados nas mínimas dosagens necessárias para atingir o efeito clínico visado. É necessário clareza e paciência na orientação sobre o uso. Alguns psicofármacos têm um efeito imediato agradável (por exemplo, os benzodiazepínicos), mas trazem danos diversos quando usados a longo prazo. A discussão clara da relação custo-benefício é um importante fator para obter o consentimento e a participação do paciente. TERAPIAS - A terapia cognitivo-comportamental pode ser indicada para o tratamento do pânico, contudo as medicações são mais rápidas no bloqueio das crises (colocam a “casa interna” em ordem). Junto ao tratamento médico e psicoterápico, podem ser utilizados remédios florais de Bach e homeopáticos, como apoio. Sabendo da forte influência espiritual atuando neste tipo de transtorno, recomenda-se ao paciente e à sua família que procurem desenvolver a religiosidade, seja a denominação que for, dentro de instituições sérias e tradicionais. Se o paciente for espírita, recomenda-se que vá ao Centro Espírita, procurando tomar passes várias vezes na semana, participar de trabalhos de desobsessão, e procurar se engajar em trabalhos voluntários em sua comunidade civil ou religiosa. Enfim, exercitar a caridade em todos seus aspectos (material e moral). Consequências Frequentemente encontramos entre os pacientes com pânico certas reações diferentes do próprio pânico, mas que se originaram dele. A mais comum é a agorafobia. A ansiedade antecipatória é uma ocorrência comum em outros transtornos de ansiedade, trata-se simplesmente da preocupação excessiva que antecede os eventos, às vezes por alguns dias. A pessoa não sabe viver o “aqui e agora”. Como o paciente com pânico nunca sabe quando sofrerá nova crise, está sempre apreensivo, quando relaciona à crise a determinado local ou situação passa a ter ansiedade referentes a ele. A evitação é o comportamento decorrente da atribuição do local à sua crise; por exemplo: quem tem medo de ter crises em túneis dá voltas maiores para evitá-lo. Por fim, a hipocondria é uma manifestação freqüente no transtorno do pânico, apesar de encontrarmos poucas referências nos livros a esse respeito, na prática é uma relação bastante comum. Como as crises são fortes e muitas vezes associadas a mal estar cardíaco, os pacientes acreditam que sofrem algum mal cardiológico e por isso são encontrados nos consultórios e laboratórios de exames cardíacos, além das emergências gerais quando julgam estarem tendo um ataque cardíaco. A ligação entre o pânico e doenças cardíacas é nula, conforme diversos estudos mostraram, ou seja, não existem evidências de que os ataques de pânico com forte dores no peito venham a provocar qualquer tipo de doença cardíaca, nem as doenças cardíacas por outro lado podem causar pânico. A família Frequentemente os doentes com pânico sofrem muito duas vezes, a primeira por causa dos ataques e suas consequências, e a segunda por causa da incompreensão de que são vítimas. Muitos pacientes falam que seus filhos, pais, cônjuges os criticam por causa das crises, dizendo que são besteiras psicológicas, entre outras coisas. Em verdade, a primeira coisa que os familiares têm que fazer é compreender, aceitar e apoiar os doentes. O transtorno do pânico é uma doença como outra qualquer, a pessoa não quer tê-la, nem pode evitá-la. Aqui estão algumas recomendações às pessoas que convivem com quem tem o transtorno do pânico: Evite dizer: "Relaxe, acalme-se..." "Você pode lutar contra isso..." "Não seja boba(o)!" "Não seja covarde!" Etc. RECOMENDAÇÕES AOS FAMILIARES DE PACIENTES COM TRANSTORNO DO PÂNICO - Evite fazer suposições a respeito do que a pessoa com pânico precisa, pergunte a ela; Seja previsível, evite surpresas; Proporcione a quem sofre de pânico a paz necessária para se recuperar; Procure ser otimista para com quem tem pânico, procure aspectos positivos nos problemas; Não sacrifique sua própria vida, pois acabará criando grandes ressentimentos e mágoas; Não entre em pânico quando o doente tiver um ataque; Seja paciente, aceite e respeite as dificuldades de quem tem pânico, mas não se conforme como se ele(a) fosse um(a) inválido(a); Encaminhe o doente para atendimento e tratamento espirituais em instituições religiosas sérias e tradicionais, e o incentive à prática da caridade, de forma sistemática.

domingo, 20 de janeiro de 2013

" A CURA PELO AMOR"

Muitos são os doentes da Alma... Doenças que assolam os dias de hoje... O pessimismo e a falta de fé chegam e nem se percebe... Pela sutileza dos maus pensamentos e por decisões tomadas e não pensadas, o coração angustiado, sem ânimo em suas batidas descompassadas... A depressão toma conta e nem é percebida... Curiosos a olhar o outro que está ao nosso lado... não percebem que a falta do amor toma conta de sua Alma. A alma está em dificuldades na obscuridade da falta de coragem em reagir... Indiferença... Corpo físico doente, mentes vazias do bem, mentes caladas para o bem...Injusto? Não, apenas o reflexo do que se quer... do que se pensa... Somente o Amor pode amparar e curar os que sofrem... É preciso perdão...É preciso compreensão... É preciso humildade...É preciso principalmente Amor... O único remédio deixado aqueles que sofrem... Sede amorosos com os sofredores e caridosos para com os que vos suplicam ajuda... Curai através da demonstração do Amor incondicional de irmãos que somos... Jesus, o mestre dos mestres, deixou o Amor para ser entendido e praticado.

"TEORIAS SOBRE O TRANSTORNO DO PÂNICO"

A Síndrome do Pânico é uma vivência geralmente repentina e sem motivos aparentes, levando o individuo portador a um estado de pavor, medo de morrer e de enlouquecer, como sentimento de estranheza e vários sintomas orgânicos, tais como taquicardia, sudorese, mau estar, boca seca, falta de ar e outros. A SÍNDROME DO PÂNICO E SUAS PROVÁVEIS CAUSAS - As causas dos ataques de pânico são desconhecidas, contudo, cada um dos pensamentos teóricos vigentes possui suas próprias teorias e argumentos em relação às causas da doença :
TEORIA NEUROANATÔMICA - Baseando no princípio de que o ataque de pânico é uma perturbação do sistema fisiológico que regula as crises normais de medo e ansiedade, cientistas elaboraram hipóteses do fluxo de acontecimentos no cérebro dos pacientes com pânico. A reação de pânico começa no locus ceruleus (LC) porque sua estimulação produz quase todas as reações fisiológicas e autonômicas do pânico. O LC por outro lado se conecta ao nervo vago que se estende a regiões do tórax e abdômen, podendo explicar a origem do mal estar abdominal, sensação de sufocação e taquicardia tão frequentes nas crises de pânico. A ponte, onde está localizado o LC, possui amplas conexões com o sistema límbico, logo acima, e é neste sistema onde se localizam as reações de medo e ansiedade. A ponte é também caracterizada por estar fora da área onde se pode exercer influência voluntária como no córtex, isto poderia explicar a origem inesperada e incontrolável das crises.
TEORIA COMPORTAMENTAL - Para o modelo comportamental, a teoria neuroanatômica é insuficiente. Vários princípios comportamentais estão envolvidos no desenvolvimento do pânico: o condicionamento clássico, o princípio do medo do medo, a teoria da interpretação catastrófica e a sensibilidade à ansiedade. No princípio do condicionamento clássico, o paciente desenvolve o medo a partir de um determinado estímulo e sempre que exposto a esse estímulo, a recordação de medo é evocada fazendo com que a pessoa associe a idéia do medo ao local onde se encontra. Por exemplo, ao passar num túnel, caso sinta-se mal por qualquer motivo, passa a relacionar o túnel ao mal estar e gerando equivocadamente nova reação de ansiedade que passa a ser reforçada pelo alívio da saída do túnel. Este modelo não pode explicar todas as crises de pânico, nem é pretensão do pensamento comportamental explicar tudo a partir de uma só teoria comportamental. TEORIA PSICANALÍTICA - A teoria psicanalítica afirma que as crises de pânico se originam do escape de processos mentais inconscientes até então reprimidos. Quando existe no inconsciente um processo como uma ideia ou um desejo, ou uma emoção com o qual o indivíduo não consegue lidar, as estruturas mentais trabalham de forma a manter esse processo fora da consciência do indivíduo. Contudo quando o processo é muito forte ou quando os mecanismos de defesa enfraquecem, os processos reprimidos podem surgir "desautorizadamente" na consciência do indivíduo pela crise de pânico. A mente, nesse caso, trabalha no sentido de mascarar a crise de tal forma que o indivíduo continue sem perceber conscientemente o que de fato está acontecendo consigo. Por exemplo, o indivíduo tem uma atração física por uma pessoa com quem não pode estabelecer contato, neste caso a própria irmã. Este desejo, então, fica reprimido porque a real manifestação dele causaria intensa repulsa, raiva ou nojo de si próprio. Para que esses sentimentos negativos permaneçam longe da consciência, a estrutura mental do indivíduo mantém o desejo reprimido. Caso esse desejo surja, apesar do esforço por reprimir, o aparato mental transforma o desejo noutra imagem, podendo esta ser uma crise de pânico. Uma vez que o equilíbrio mental foi ameaçado, o funcionamento mental inconsciente transforma o conteúdo da repressão numa crise de pânico.
TEORIA ESPÍRITA - O transtorno do pânico pode também ser causado pela obsessão (ação de entidade espiritual sobre uma pessoa viva). Cito aqui, um caso, em que o paciente em outra encarnação havia prejudicado uma pessoa que, agora, desencarnada, se aproximou dele para acertar contas. A presença da culpa, de forma inconsciente, instalou uma “tomada” psíquica no paciente (o devedor), que lhe permitiu se conectar ao seu desafeto (espírito perseguidor), surgindo um intercâmbio psíquico dos envolvidos na mesma trama infeliz. Assim, sem nenhum atendimento em nível espiritual, instalou-se o transtorno psíquico do paciente, e, lentamente, ele foi sendo dominado pela força do agente agressor desencarnado, que se lhe assenhorou a casa mental, se apossou da mente, de forma permanente, levando-o à loucura irremediável. GRUPOS DE RISCO - Aproximadamente 1,5 a 2% das pessoas são afetadas por esse transtorno, o que significa uma prevalência alta, sendo ainda mais alto, de 3 a 4% se os critérios para diagnóstico não forem inteiramente preenchidos, ou melhor, se considerarmos as crises parciais e os quadros de ataques de ansiedade atípicos. As mulheres são mais afetadas do que os homens, sendo aproximadamente o dobro a incidência do transtorno do pânico sobre as mulheres em relação aos homens. A idade de início concentra-se em torno dos trinta anos, podendo começar durante a infância ou na velhice. A mulher de 30 anos é o grupo sobre o qual observa-se maior incidência desse transtorno. DURAÇÃO - O curso do pânico é imprevisível, tanto pode durar alguns meses como pode durar vários anos. Desde que o pânico começou a ser estudado, há poucas décadas, ainda não foi possível se verificar em que percentagem ele dura a vida toda. Os estudos de longo seguimento chegam a perto de uma década e aproximadamente 10% dos pacientes continuam sintomáticos após esse período, ou seja, continua tendo ataques de pânico quando as medicações são suspensas. É importante notar que o tratamento não cura o pânico, apenas suprime os sintomas e permite o paciente ter uma vida normal, mas a suspensão do tratamento leva a uma recaída, caso não tenha ocorrido uma remissão espontânea do transtorno. O tratamento, mesmo quando bem conduzido, não traz garantia de cura, ou os sintomas remitem sozinhos ou permanece a necessidade de utilização das medicações. Há relatos de casos de remissão espontânea durante a gestação. A meu ver, dentro da visão espírita, essa remissão que ocorre durante a gravidez é justamente pelo fato de que o obsessor que causava o pânico pode ser o bebê que está se preparando para a reencarnação.

domingo, 13 de janeiro de 2013

"A VIDA SEMPRE VALE A PENA" - TEXTO

A vida tem me ensinado e eu tenho aprendido... A dizer adeus às pessoas que amo, mas sem tirá-las do meu coração; Sorrir para as pessoas que não gostam de mim, Para mostrar a elas que sou diferente do que elas pensam; Fazer de conta que tudo está bem, quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar; Calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal eu posso ser sempre melhor. A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo. A ser forte quando os que amo estão com problemas; Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho; Ouvir a todos que só precisam desabafar; Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos; Perdoar incondicionalmente, pois já precisei ou precisarei desse perdão; Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor; A alegrar a quem precisa; A pedir perdão; A sonhar acordado; A acordar para a realidade (sempre que for necessário); A aproveitar cada instante de felicidade; A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar; Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las; A ver o encanto do pôr-do-sol; A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; A abrir minhas janelas para o amor; A não temer o futuro; Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenho que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher. O bom da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O bom da vida é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e AGORA! Claro que a vida às vezes prega peças : o bolo queima ou sola, o pneu fura, chove demais, faz calor demais. Mas... pense um pouco : tem graça viver sem rir, mas rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Será que não nos tem faltado um pouco de humor diante da dor, do sofrimento e da desgraça? Se a dor, o sofrimento e a desgraça nos levam, no mínimo, ao aprendizado, por que temos que olhá-los como inimigos. Quando os compreendermos como desafios, possivelmente passaremos a chamá-los de irmã-dor, irmão-sofrimento, irmã-desgraça. O escritor nos diz que “existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta que sofrer é uma perda de tempo”. Pense nisso. Quanto de sofrimento não temos buscado por falta de jeito para ser feliz. Às vezes esperamos demais das pessoas... tudo bem... é normal, mas se elas não corresponderem a nossas expectativas, a culpa não é delas... A culpa é das expectativas que nós mesmos criamos. Sofremos com a grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou... tudo isso faz parte... é normal. Devemos transformar tudo em uma boa experiência. O nosso desejo não se realizou? Sem problema! Vai ver que não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento. E aí lembro-me de uma frase : “Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade”. Chorar de dor, de solidão, de tristeza, tudo isso faz parte da condição humana. Não adianta lutar contra isso. Sempre haverá falta de algo. Acredito que, ou nos conformamos com a falta de algumas coisas, ou não nos esforçaremos para realizar todos os nossos desejos. Onde estará o impulso da vida, se não contarmos com a força dos desejos? Mas, seja forte o suficiente para enfrentar os obstáculos; paciente para saber esperar os resultados; e capaz de reconhecer, no final de tudo, seu esforço e ver que ele não foi em vão. No final de cada jornada – e a vida é cheia delas – olhe para trás e enxergue uma vida maravilhosa, cheia de alegrias, viagens, sorrisos, amores, paixões, beijos, abraços, amigos, realizações, conquistas. Tenha inúmeros bons momentos dos quais possa lembrar; veja o por do sol e o seu nascer; tenha momentos difíceis também; eles nos ensinam a crescer e foi para isso que viemos. Tenha noites de insônia, daquelas que acabam virando momentos reflexivos de nossa vida. Mas tenha também noites de poucas horas de sono, por causa daquela festa a que não se recusou ir. Ao olhar pra trás, veja que cometeu algumas loucuras, alguns erros, em certos momentos, mas olhe-se com misericórdia e perdoe-se. A vida precisa de um pouco de equilíbrio... A cada fase, seus problemas. Eles são nossos companheiros constantes... Quem não os tem? Chore, quando for preciso desabafar aquela agonia incontrolável. Sinta-se cansado, exausto... mas de tanto pular, gritar, dançar e cantar... E que no fim da noite você possa pensar sozinho consigo: VALEU A PENA!!! Não se esqueça : a vida não é um rascunho... a gente não tem a chance de passar a limpo o que escrever!

"SÍNDROME DO PÂNICO" - DIAGNÓSTICO

O transtorno do pânico é considerado como patológico, quando apresenta crises recorrentes, ou seja repetidas, de forte ansiedade ou medo. Ganha o nome de transtorno do pânico, quando essa mesma reação acontece sem motivo, espontaneamente. O diagnóstico do transtorno do pânico possui critérios bem definidos, não podemos classificar como transtorno do pânico qualquer reação intensa de medo. Os critérios usados para fazer este diagnóstico são: a) Existência de vários ataques, no período de semanas ou meses. b) Dentre vários sintomas, pelo menos quatro dos seguintes devem estar presentes: 1- Aceleração da frequência cardíaca ou sensação de batimento desconfortável (o coração parece que quer sair pela boca) 2- Suor abundante difuso ou localizado (mãos ou pés) 3- Tremores finos nas mãos ou extremidades ou difusos em todo o corpo 4- Sensação de sufocação ou dificuldade de respirar 5- Sensação de desmaio iminente. 6- Dor ou desconforto no peito (o que leva muitas pessoas a acharem que estão tendo um ataque cardíaco) 7- Náusea ou desconforto abdominal. 8- Tonteiras, sensação de estar com a cabeça leve ou vazia. 9- Despersonalização* ou desrealização** - Essas duas sensações ocorrem em aproximadamente 70% da população geral, não significando como ocorrência isolada uma manifestação da doença. *A despersonalização é uma sensação comum nos estados ansiosos que pode surgir mesmo fora dos ataques de pânico. Caracteriza-se por dar a pessoa uma sensação de não ser ela mesma, como se estivesse saindo de dentro do próprio corpo e observando a si mesmo. **A desrealização é a sensação de que o mundo ou o ambiente em volta estão diferentes, como se fosse um sonho ou houvesse uma nuvem (a pessoa fica “aérea”). 10- Medo de enlouquecer ou de perder o controle de si mesmo. 11- Medo de morrer. 12- Alterações das sensações táteis como sensação de dormências ou formigamento pelo corpo. 13- Enrubescimento ou ondas de calor, calafrios pelo corpo. c) Há substâncias que podem gerar reações de pânico, como os estimulantes. Quando o pânico ocorre sob esse efeito não se pode dar este diagnóstico assim como também não pode ser dado em decorrência de outros estados ansiosos anteriores como um ataque de pânico secundário a uma exposição forçada de um fóbico social por exemplo.

domingo, 6 de janeiro de 2013

NÃO ESTÁS DEPRIMIDO, ESTÁS DISTRAÍDO! - Texto de Facundo Cabral

Não estás deprimido, estás distraído, distraído em relação à vida que te preenche. Distraído em relação à vida que te rodeia: Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios. Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando no mundo existem 5,6 milhões. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me, o que é algo fundamental para viver. Não cais no que caiu teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria aos noventa. Só para citar dois casos conhecidos. Não estás deprimido, estás distraído, por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não podes ser dono de nada. Além disso, a vida não te tira coisas, a vida te liberta de coisas. Alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude. Do útero ao túmulo, vivemos numa escola, por isso, o que chamas de problemas são lições. Não perdeste nada, aquele que morre simplesmente está adiantado em relação a nós, porque para lá vamos todos. Além disso, o melhor dele é o amor,que segue em teu coração. Quem poderia dizer que Jesus está morto? Não existe a morte: existe mudança. E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, Michelangelo, Whitman, Santo Agostinho, a Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditavam que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados. Faze apenas o que amas e serás feliz e aquele que faz o que ama está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando deve chegar, porque o que deve ser será, e chegará naturalmente. Não faças nada por obrigação nem por compromisso, apenas por amor. Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível. E sem esforço, porque és movido pela força natural da vida, a que me levantou quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida. Deus te tornou responsável por um ser humano, e é tu mesmo. A ti deves fazer livre e feliz, depois poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros. Lembra-te de Jesus: "Amarás ao próximo como a ti mesmo". Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que estás vendo é uma obra de Deus; e decide agora mesmo ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição. Aliás, a felicidade não é um direito, e sim um dever, porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os que te amam. Um único homem que não possuía nenhum talento, nenhum valor para viver, mandou matar seis milhões de irmãos judeus. Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo. Temos para gozar a chuva no inverno, o sol no verão e as flores na primavera. O chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman, as músicas de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven, as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas. E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e as duas são boas: se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de moléstias: tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas... e se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido, portanto, facilmente feliz. Livre do tremendo peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente,.... como deve ser. Não estás deprimido, estás desocupado. Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Aliás o serviço é uma felicidade segura como gozar a natureza e cuidar dela para aqueles que virão. Dá sem medida e te darão sem medida. Ama até que te tornes o ser amado, mais ainda, converte-te no mesmíssimo Amor . E não te deixes confundir por uns poucos homicidas e suicidas. O bem é maioria, porém, não se nota porque é silencioso. Uma bomba faz mais barulho que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida. Se Deus possuísse uma geladeira, teria a tua foto pregada nela. Se ele possuísse uma carteira, tua foto estaria dentro dela. Ele te envia flores a cada primavera. Ele te envia um amanhecer a cada manhã. Cada vez que desejas falar, Ele te escuta. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, porém escolheu o teu coração. Enfrenta, amigo, Ele está louco por ti! Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva, porém prometeu força para cada dia, consolo para as lágrimas e luz para o caminho. Quando a vida te apresenta mil razões para chorar, mostra que tens mil e uma razões para sorrir. Não, .... não estás deprimido, ... estás distraído!

" DEPRESSÃO E SÍNDROME DO PÂNICO "

Uma em dez pessoas já passou pela depressão pelo menos uma vez na vida, em geral aconteceu em conseqüência de uma situação infeliz, stress constante ou, em alguns casos, por uma doença grave ou por morte de alguém muito próximo e querido. Outras vezes, quando a causa não está em um agente externo, ou seja exógena, falamos em depressão endógena. De acordo com os neurobiólogos, o distúrbio seria conseqüência da falta de certa substância química, chamada de neurotransmissores no cérebro. Há vários neurotransmissores: dopamina, noradrenalina e, principalmente, a serotonina, que são hormônios reguladores de nossos sentimentos. Quando acontece essa falta dos neurotransmissores e essa carência sai dos eixos, os psiquiatras receitam antidepressivos, como fluoxetina e sertralina, que podem intervir de forma controlada e melhorar o humor. Hoje em dia, quase tudo é depressão. A síndrome foi convertida em uma maneira de explicar o homem moderno. Confunde-se, porém, o quadro depressivo clinicamente verificável com manifestações isoladas que podem ser apenas reações comuns de qualquer sujeito diante de situações adversas. Essa indiscriminação acaba por encobrir sintomas de pessoas infelizes, incapazes de se beneficiar da “felicidade total” prometida pela sociedade industrial, com seus monumentais progressos tecnológicos e ofertas fáceis de alegria que podem ser compradas a crédito. A palavra “depressão” substitui o uso comum que se fazia das expressões “doença dos nervos” e “sistema nervoso”. Ela tem a finalidade de descrever qualquer tipo de sensação ou mal-estar do indivíduo. Se é possível verificar clinicamente se o sujeito está deprimido pelo mapeamento dos prejuízos físicos e psíquicos que o estado depressivo ocasiona, também o é, e com grande freqüência, pela classificação de reações e padrões de comportamentos corriqueiros. O diagnóstico positivo da síndrome pode significar apenas que o indivíduo está ocasionalmente triste ou que nele se instalou um quadro passível e possível de ser verificado clinicamente, no qual indícios denotam que o sujeito está sem condições de superar seu mal-estar. Há uma grande diferença entre classificar o sujeito como depressivo, quase um jeito de ser, e/ou como deprimido, uma espécie de estado superável, do qual ele com certeza sairá. É importante dizer que, em princípio, o desenvolvimento dos medicamentos pareceu colocar ao homem a possibilidade de recuperar sua liberdade, seja do encarceramento em manicômios, seja do enclausuramento que a doença psíquica provoca. Em relação aos ansiolíticos e antidepressivos, pessoas que sofriam distúrbios neuróticos limitantes tiveram a oportunidade de se sentir melhor. Porém, com a utilização indiscriminada dessas drogas, as pessoas foram gradativamente condenadas a uma nova forma de alienação com a promessa do fim do sofrimento psíquico por meio de pílulas que apenas suspendem sintomas para reorganizá-los de outro modo. É como se o sujeito precisasse ser curado da condição humana. Pacientes, psicanalistas, psicoterapeutas, psiquiatras e médicos em geral passaram a recorrer às terapêuticas medicamentosas, supostamente eficazes, já que solucionariam em grande parte os problemas dos sujeitos deprimidos. A psicofarmacologia colocou-se imperiosamente em campo, determinando diagnósticos e tratamentos inquestionavelmente baseados em substâncias químicas oferecidas no mercado. Tornou-se assim o símbolo da ciência triunfante, capaz de explicar o irracional e curar o incurável. O medicamento antidepressivo se transformou ruidosamente na pílula mágica, na alternativa de cura para os mais diversos males. A mesma medicação antidepressiva é ministrada a sujeitos que apresentam distúrbios graves (melancolia ou transtornos psicóticos do humor) e a pessoas que não sofrem de distúrbios psíquicos significativos, apenas enfrentam imprevistos, tragédias ou infortúnios. As pílulas foram inventadas e podem trazer benefícios inegáveis, mas transformá-las em solução radical seria condenar o homem a se contentar com os estados de embriaguez e êxtase. Mais grave ainda seria retirar do ser humano a capacidade de reagir, de se defender e de encontrar formas de nomear as suas experiências. Quando o medo é a dor maior, acontece o famigerado transtorno do pânico. O transtorno do pânico é definido como crises recorrentes, ou seja repetidas, de forte ansiedade ou medo. As crises de pânico são intensas, repentinas e inesperadas que provocam nas pessoas sensação de mal estar físico e mental, juntamente a um comportamento de fuga do local onde se encontram, seja indo para um pronto socorro, seja buscando ajuda de quem está próximo. A reação de pânico é uma reação normal quando existe uma situação que favoreça seu surgimento - estar num local fechado onde começa um incêndio, estar afogando-se ou em qualquer situação com eminente perigo de morte. Nas situações em que a própria vida está ameaçada, o organismo toma medidas que normalmente não tomaria, perdendo o medo de pequenos perigos para livrar-se de um perigo maior. Para fugir de um leão podemos subir numa árvore mesmo tendo medo de altura ou fazendo esforços incomuns, sofrendo pequenos ferimentos que no momento não são percebidos. O estado de pânico é, portanto uma reação absolutamente normal e necessária para a auto preservação. Aqueles que fogem mais rapidamente do perigo de morte têm mais chances de sobreviver. Desta forma é feita a seleção natural em nosso planeta. O pânico passa a ser identificado como patológico, e por isso ganha o título de transtorno do pânico, quando essa mesma reação acontece sem motivo, espontaneamente.