domingo, 26 de janeiro de 2014

DOR FÍSICA X DOR EMOCIONAL

O maior medo do ser humano, depois do medo da morte, é o medo da dor. Dor física: um corte, uma picada, uma ardência, uma distenção, uma fratura, uma cárie. Dor que só cessa com analgésico, no caso de ser uma dor comum, ou com morfina, quando é uma dor insuportável. Mas é a dor emocional a mais temível, porque essa não tem medicamento que dê jeito. O que é mais dolorido, ter o braço quebrado ou o coração? Uma pessoa que foi rejeitada pelo seu amor sofre menos ou mais do que quem levou 20 pontos no supercílio? Dores absolutamente diferentes. Eu acho que dói mais a dor emocional, aquela que sangra por dentro. Qualquer mãe preferiria ter úlcera para o resto da vida do que conviver com o vazio causado pela morte de um filho. As estatísticas não mentem: é mais fácil ser atingida por uma depressão do que por uma bala perdida. Existe médico para baixo astral? Psicanalistas. E remédio? Anti-depressivos. Funcionam? Funcionam, mas não com a rapidez de uma injeção, não com a eficiência de uma cirurgia. Certas feridas não ficam à mostra. Acabar com a dor da baixa-estima é bem mais demorado do que acabar com uma dor localizada. Parece absurdo que alguém possa sofrer num dia de céu azul, na beira do mar, numa festa, num bar. Parece exagero dizer que alguém que leve uma pancada na cabeça sofrerá menos do que alguém que for demitido. Onde está o hematoma causado pelo desemprego, onde está a cicatriz da fome, onde está o gesso imobilizando a dor de um preconceito? Custamos a respeitar as dores invisíveis, para as quais não existem prontos-socorros. Não adianta assoprar que não passa. Tenho um respeito tremendo por quem sofre em silêncio, principalmente pelos que sofrem por amor. Perder a companhia de quem se ama pode ser uma mutilação tão séria quanto a sofrida por Lars Grael, só que os outros não enxergam a parte que nos falta, e por isso tendem a menosprezar nosso martírio. O próprio iatista terá sua dor emocional prolongada por algum tempo, diante da nova realidade que enfrenta. Nenhuma fisgada se compara à dor de um destino alterado para sempre. Para curar uma dor de amor, digam o que quiserem, só conheço um remédio: um amor novinho em folha. Enquanto nosso coração não encontrar outro pretendente, ficaremos cultivando o velho amor, alimentando-o diariamente, sofrendo por ele e, no fundo, bem no fundinho, felizes por ter para quem dedicar nossos ais e nossa insônia. A gente só enterra mesmo o defunto quando outra pessoa surge para ocupar o posto. Se isso lhe parece uma teoria simplista, toque aqui. É simplista sim. Isso de enterrar o defunto do dia pra noite só funciona quando o defunto era apenas uma paixonite, um entusiasmo, fogo de palha. Porém, se era algo realmente profundo, um sentimento maduro, aí o efeito do novo amor pode revelar-se um belo tiro pela culatra. Ele acabará servindo apenas para dar a você a total certeza de que aquele amor anterior era realmente um bem durável. E a dor voltará redobrada. Um beijo que deveria inaugurar uma nova fase em sua vida pode trazer à tona lembranças fortes do passado, e nem é preciso comparar os beijos, apenas as sensações provocadas. Quem já vivenciou isso sabe o constrangimento que é beijar alguém e morrer de saudades do antecessor. Um novo amor pode transformar o que era opaco em transparência: você não sabia exatamente o que sentia pelo ex, se era amor ou não, então surge outra pessoa e você descobre que sim, era amor, caso contrário não sentiria esse abandono, essa perturbação, essa forte impressão de que está fazendo uma tentativa inútil, de que não conseguirá ir adiante. Mas o que fazer? Encarar uma vida monástica, celibatária? Nada disso. Viva as tentativas inúteis! Uma, duas, três, até que alguma delas consiga superar de vez a inquietação do passado, que venha realmente inaugurar uma nova fase em sua agenda amorosa, que deixe você tranqüilo em relação ao que viveu e ao que deve viver daqui pra frente. No entanto, quanto mais escrevo, mais me dou conta de que não há fórmula que dê garantia para nossas atitudes, de que não há pessoa neste mundo que não possa nos surpreender, de que tudo o que vivemos são tentativas, e que inútil, inútil mesmo, nenhuma é. As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração. Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do que o necessário. A dor é uma ótima desculpa para problemas que não conseguimos resolver, passos que não tivemos coragem de dar, decisões que adiamos. A dor faz parte da vida - como faz parte a alegria, a fome, e a vontade de sonhar. Não adianta fugir, porque ela termina nos encontrando. Mas sua única função é nos ensinar algo. Aprendemos suas lições, e isso basta.

DOR E SOFRIMENTO -

As pessoas padecem de uma falta de identidade e, em função disso, surgem as novas patologias, as novas doenças.
Outra fonte de nosso sofrimento é o amor. Ou pelo menos o que chamamos ou conhecemos como amor. "Amor é fogo que arde sem se ver/é ferida que dói e não se sente/é um contentamento descontente/ é dor que desatina sem doer". Da poesia lírica de Luís de Camões ou dos versos da música de Renato Russo, pode-se retirar a essência de um dos temas mais atuais para os estudos da psicologia e da psicanálise: o sofrimento. As manifestações da arte, como por exemplo a literatura, a música e o teatro, conseguem ser a mais completa expressão do significado exato do sofrer para os seres humanos. Tradicionalmente, na literatura, amor e paixão são sinônimos de sofrimento. O fato é que o ser humano, em geral, experimenta uma sensação eterna de incompletude. Na verdade, somos todos doentes de incompletude. Assim como mudaram as formas de sofrimento no mundo moderno, também surgiram novos casos de depressão e melancolia. Os deprimidos e melancólicos dos estudos de Freud, deixavam-se morrer. Hoje, os deprimidos, tomados por uma sensação de vazio, buscam ativamente a destruição. Os melancólicos e deprimidos são os que possuem menor tolerância a estados de falta de satisfação. Pessoas com experiências infantis dolorosas levam-nas a uma depreciação completa de si mesmas. Para esses deprimidos, existe o ‘eu’ ideal e o ‘eu’ real, que se encontram muito distantes um do outro. Assim, os prazeres possíveis não valem a pena porque não são suficientes para fechar a distância que separa os dois ‘eus’ .. Lembremo-nos ainda que doenças orgânicas podem ser desencadeadas por estados depressivos e/ou melancólicos. A depressão, aliás, está na pauta da OMS (Organização Mundial da Saúde) como um dos mais importantes males do futuro. Hoje, o transtorno já é a quarta causa de incapacitação no mundo. Em 2020, será a segunda -atrás apenas do grupo de doenças cardíacas. Estima-se que 121 milhões de pessoas ao redor do mundo estejam, neste momento, deprimidas. Historicamente, a procura do bem-estar pela droga é antiga. No século 19, atingidos pelo "mal do século", como é chamada a depressão, os homens buscaram no ópio a solução para a sua fragilidade diante das dificuldades da vida. Em sentido geral, dor é a sensação desagradável e penosa, resultante de uma lesão, contusão, ferimento ou funcionamento anormal de um órgão. Por extensão, o termo se aplica a sentimentos de tristeza, mágoa, aflição, pesar, que podem repercutir de maneira mais ou menos intensa sobre o organismo, causando mal-estar. Por outro lado, sofrimento é a dor física ou moral. Segundo o Espiritismo, quando enfrentado pelo indivíduo com coragem e resignação torna-se fator de aperfeiçoamento espiritual De acordo com a medicina, a dor tem duas características importantes: a) fenômeno dual, em que de um lado está a percepção da sensação e, do outro, a resposta emocional do paciente a ela; b) dor sentida como aguda. Nesse caso, ela pode ser passageira ou crônica (persistente). O combate à dor física é feito com diagnósticos, exames, remédios e cirurgias auxiliadas pelas modernas técnicas computadorizadas. A dor física anuncia que algo em nós não vai bem e precisa de melhora. Embora sempre queiramos fugir dela, ela nos oferece a oportunidade de reflexão — volta para o nosso interior —, objetivando o conhecimento de nós mesmos. Dada a grande coerência da dor, tanto sofrem os grandes gênios e como as pessoas mais apagadas. Nesse sentido, observe o sofrimento anônimo daqueles que dão exemplo de santidade aos que lhe sentem os efeitos, mesmo ocultos e sigilosos. Aprendamos que a dor não é castigo: é contingência inerente à vida. A dor é fisiológica; o sofrimento, psicológico. O sofrimento é um conceito mais abrangente e complexo do que a dor. Em se tratando de uma doença, é o sentimento de angústia, vulnerabilidade, perda de controle e ameaça à integridade do eu. Pode existir dor sem sofrimento e sofrimento sem dor. O sofrimento, sendo mais vasto, é existencial. Ele inclui as dimensões psíquicas, psicológicas, sociais e espirituais do ser humano. A dor influi no sofrimento e o sofrimento influi na dor. A simples reflexão sobre a dor e o sofrimento basta para evidenciar que eles têm uma razão de ser muito profunda. A dor é um alerta da natureza, que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar. Se não fosse a dor sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo. O sofrimento, mais profundo do que a simples dor sensível e que afeta toda a existência, também tem a sua razão de ser. É através dele que o homem se insere na vida mística e religiosa. Por mais real que seja a razão de um sofrimento, não basta apenas a coragem para enfrentá-lo; necessitamos também do estímulo místico, ou seja, da religião. (Idígoras, 1983)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

DEFINITIVO - Carlos Drummond de Andrade

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...

A DOR DE TODOS NÓS -

Você que tem 40, 50, 60 ou 70 anos já percebeu como tem surgido novas doenças ultimamente? Novas formas de sofrimento no mundo em que vivemos? Muitos buscam psiquiatras, psicanalistas, psicólogos e eles se ocupam cada vez mais em tentar entender, em suas atividades clínicas, a origem desse sentimento. Sofre-se por falta de emprego, por falta de um amor, pela incapacidade de lidar com o amor, pelo vazio que sentimos atualmente e, principalmente, pela ausência de planos e perspectivas para o futuro. E muitas vezes buscamos soluções mágicas para a cura da dor, dor que causa do incômodo ao mal-estar, na sociedade considerada normal. O ser humano é o único dotado de um sofrimento interior, decorrente do excesso, de algo que incomoda, perturba ou provoca insatisfação. Quem não sente dor? Nem me refiro às angústias, às incertezas, aos sentimentos de inadequação, rejeição, solidão que, às vezes mais, às vezes menos, irremediavelmente nos atingem. Existe um campo da Ciência que concebe a doença mental como um excesso (a que se chama de pathos), a Psicopatologia Fundamental não pretende se ocupar das doenças existentes, mas procura trabalhar com experiências vividas no dia-a-dia da atividade clínica. O sofrimento humano não é novidade, mas constitui-se em um dos principais desafios para a Psicopatologia Fundamental. Por que nós sofremos? A teoria psicanalítica de Freud já estudava a dor humana. Para Freud, o sofrimento poderia brotar de três fontes: do corpo, do mundo externo e das relações com os outros. Depois de tanto tempo, entretanto, o sofrimento não acabou, mas adquiriu novas faces, fomentando a violência. O sofrimento é uma marca bem própria do ser humano. Em todas as épocas e lugares o animal humano se deparou com o sofrer, seja este ligado ao medo de situações ameaçadoras à vida existentes no mundo natural ou ao pavor frente ao sobrenatural. Não se pode pensar em excluir o sofrimento da vida humana. Ele é fator essencial na formação da sociedade e suas instituições, da cultura e da religião. Essas construções humanas ao mesmo tempo em que tentam absorver o sofrível, servem para expressá-lo em suas várias possibilidades. O sofrimento aqui inclui tanto o seu lado somático como o psíquico, apesar desta distinção ser artificial uma vez que o corpo é lugar privilegiado -senão o único - para a manifestação do padecer psíquico. Seja qual for a delimitação mais adequada, o sofrimento,numa visão mais geral, se manifesta sempre ativamente, se impondo ao indivíduo. Essa vertente passiva do sofrente aparece contemplada na acepção comum do termo sofrimento. Houaiss o define, dentre outros significados, como “experimentar com resignação e paciência; suportar; tolerar; agüentar... não evitar ou criar impedimento para; admitir, permitir, aceitar”. Nesse sentido, uma vez acometidos pelo sofrimento, não nos resta outra possibilidade senão suportá-lo, experimentá-lo. Mas de qual sofrimento estamos falando? São todos iguais os desconfortos causados por uma depressão, uma ansiedade brutal, um pavor de estar sendo perseguido? Se não existe algum antídoto contra a angústia, como é que fica o bem-estar, a felicidade tão aspirada e propósito último dos homens? Se há um consenso invisível sobre o sofrimento em sua força inescapável, a pergunta essencial que nos assalta a partir daí é: Qual a intensidade e/ou a qualidade do sofrimento que devo considerar como sendo um elemento próprio à minha existência? As novas formas de sofrimento enfrentadas pela sociedade contemporânea são criadas em torno de modificações sociais e políticas às quais fomos submetidos. Globalização, neoliberalismo, processos de ajuste econômico, tudo contribuiu para o surgimento dos novos deprimidos e angustiados no mundo pós-moderno, e é fato que a sociedade de consumo controla o indivíduo. Os shoppings, por exemplo, passaram a ser templos da nova religião que se impôs no mundo moderno e, nesse lugar, não há espaço para o sofrimento.

domingo, 12 de janeiro de 2014

SER FELIZ -

Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo. O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder e mesmo assim era infeliz. A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza. Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente. Havia doentes cheios de vontade viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer. A felicidade é amor, só isto. Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito. Mas amar e desejar não é a mesma coisa. O amor é o desejo que atingiu a sabedoria. O amor não quer possuir. O amor quer somente amar. Alguns sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. Ser feliz não é um acaso do destino, mas uma conquista de quem sabe ver-se, querer-se, aceitar-se. Corremos o risco de não sermos felizes porque assumimos o papel de vítimas dos nossos problemas. Precisamos, sim, nos tornar autores da nossa própria história. Capacitar-se para atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua própria alma. E agradecer, a cada manhã, pelo milagre da vida. Seremos felizes quando aprendermos a não ter medo dos nossos próprios sentimentos. Aprender a falar de si mesmo. Aprender a ter coragem para ouvir um “não” com a mesma serenidade de quando ouvimos um “sim “. Tente fazer de sua vida um canteiro de oportunidades. Que nas suas primaveras você seja amante da alegria. Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria. Aprenda a amar o sol quando o sol sair e a chuva quando ela cair. E, quando você errar o caminho, comece tudo de novo. Assim você será cada vez mais apaixonado pela vida e descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. mas é aceitar as imperfeições da vida, inclusive as próprias imperfeições. É feliz quem é tolerante consigo e com os outros. Quem aprende a ser tolerante com seus próprios erros para sê-lo com os dos outros. Desistir de ser feliz é desistir de seu próprio objetivo de vida. É desistir da própria vida. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre.

SOMATIZAÇÃO -

A hipófise é uma glândula que possui ligação com a região do hipotálamo no cérebro, é a responsável pelo mecanismo que desencadeia a doença, uma vez que ela produz hormônios que controlam todas as funções do organismo. As emoções e sentimentos mais fortes são percebidos pelo hipotálamo, estas emoções alteram as funções do hipotálamo e sua conexão com a hipófise. As doenças respiratórias, de pele, circulatórias e gastrointestinais causadas ou agravadas pela tensão nervosa são resultados desta alteração. Sendo assim, pode-se dizer que as doenças psicossomáticas têm componente psíquico, a manifestação de doenças orgânicas é ocasionada por problemas emocionais. Os problemas emocionais dão origem à somatização. Somatização diz respeito aqueles sintomas físicos que a medicina não consegue explicar a origem e nem constituem um quadro clínico específico, mas a psicologia entende, pois são de origem emocional. Estes sintomas tem sua origem nos pensamentos disfuncionais e emoções fortes que abalam o sistema psíquico. Por exemplo, uma pessoa está andando pela calçada quando começa a sentir falta de ar. Ela tenta continuar sua caminhada, mas o coração dispara, sente uma forte urgência em ir ao banheiro e sua cabeça não consegue ter pensamentos claros sobre o que está acontecendo, ela só sabe que quer sair correndo dali e procurar um pronto socorro, pois está com uma forte taquicardia. Chegando lá os médicos não encontram nada que possa explicar tudo isso e muitas vezes não identificam a falta de ar, pois percebem a pessoa respirando normalmente apesar dela declarar que não consegue respirar. Conclusão final: Síndrome do Pânico. Muitos sintomas orgânicos, mas a causa é a ansiedade que subitamente chegou a níveis altíssimos. E por que isso acontece? Normalmente por ansiedade não tratada, e muitas vezes esta ansiedade não é percebida. Muitas pessoas que dizem que não são nada ansiosas, mas falam isso com a voz ofegante e tão rápido, com tantos elementos ao mesmo tempo e sem permitir que outra pessoa participe da conversa pois emendam um assunto no outro. Ela é patologicamente ansiosa e não sabe. A palavra psicossomática, na visão dos profissionais de saúde que compreendem o ser humano de forma integral, não pode ser compreendida como um adjetivo para alguns tipos de sintomas, pois tanto a medicina quanto a psicologia estão percebendo que não existe separação entre mente, corpo, alma e espírito que transitam nos contextos sociais, familiares, profissionais e relacionais. Então, psicossomática é uma palavra substantiva que pode ser empregada para qualquer tipo de sintoma, seja ele físico, emocional, psíquico, espiritual, profissional, relacional, comportamental, social ou familiar. Por isso, na visão junguiana ou da psicologia integral, todo sintoma é psicossomático e pode ser um meio para que o processo do autoconhecimento possa acontecer e, por isso mesmo, Hipócrates, o pai da medicina, no seu aforismo já citava: "Homem, conheça-te a si mesmo, para poder conhecer os deuses e reconhecer o Deus que habita em ti". Então, qualquer sintoma ou queixa pode ser entendido como uma manifestação psicossomática, além de ser uma janela de oportunidade para o autoconhecimento! O termo também pode ser compreendido, tal como descreve Mello Filho[1], como "uma ideologia sobre a saúde, o adoecer e sobre as práticas de saúde, é um campo de pesquisas sobre estes fatos e, ao mesmo tempo, uma prática, a prática de uma medicina integral". Passou por séculos de elaboração até ser definida pela primeira vez por Heinroth (psicossomática, 1918 e somatopsíquica, 1928). A Psicossomática evoluiu das investigações psicanalíticas que contribuem para o campo com informações acerca da origem inconsciente das doenças, a vantagem que o indivíduo obtém, mesmo que indiretamente, quando adoece, etc. Em seguida dos estudos behavioristas com homens e animais. Atualmente a psicossomática tem se desenvolvido segundo uma ótica multidisciplinar promovendo a interação de vários profissionais de saúde, dentre eles, médicos, fisioterapeutas e psicólogos. Literalmente e redutivamente, alguns profissionais de saúde ainda fazem a distinção entre as doenças psicossomáticas e outras de fatores genéticos, acidentais, ambientais ou orgânicos e, neste caso limitam as manifestações psicossomáticas exclusivamente nas alterações com causas de origem psicológicas. Aceitando que a mente, por não conseguir resolver ou conviver com um determinado conflito emocional, passa a produzir mecanismos de defesa com o propósito de deslocar a dificuldade e/ou "ameaça" psíquica para o corpo. Com isso, acaba drenando, na forma de doença e seus respectivos sintomas, o afeto doloroso. Neste sentido, entre várias doenças aceitas como psicossomáticas podemos citar: Artrite Câncer e todos os tipos de doenças auto-imunes Manchas no corpo Úlcera Asma Praticamente todos os transtornos de pele Alergias variadas Rinites Impotência sexual Muitas disfunções oftálmicas Hipertensão arterial Fibromialgia O surgimento dos sintomas, no entanto, depende e varia dependendo de três fatores interdependentes: Qualidade de vida, incluindo hábitos alimentares, atividades físicas, sedentarismo, etc. Herança genética, que pode deixar os indivíduos mais predispostos para desenvolverem alguns tipos de doenças. Fatores psicoafetivos de acordo com o manejo das emoções, dos traumas e dos sentimentos de abandono, rejeição, inclusão, culpa, etc. Quais são os sinais que a pessoa apresenta? Depois de ir ao médico por sentir dores, taquicardia, falta de ar, alterações na digestão, sudorese, etc. e sair de lá sem que o médico saiba o que esta pessoa tem, devemos investigar a possibilidade de estar somatizando e tratar as causas emocionais. O que leva a pessoa a isso? Preocupação elevada. Falta de percepção de capacidade em resolver questões complicadas do dia a dia. Traumas causados por situações anteriores de vida onde a pessoa se percebeu acuada e sem recursos. Como evitar esse tipo de problema? Mantendo a cabeça livre de distorções perceptivas que levam a pessoa a pensamentos disfuncionais e consequentemente a picos de ansiedade. A psicoterapia pode ajudar a identificar o que ocorreu com a pessoa e como está funcionando (ou melhor dizendo “não funcionando”) e quais técnicas aplicar para que os pensamentos disfuncionais sejam diluídos. Se estamos convivendo diariamente com uma situação que nos desagrada e nos deixa ansiosos, como um chefe hostil, colegas não cooperativos ou desleais, um trabalho árduo, um familiar doente, um problema financeiro, um congestionamento no trânsito, um ambiente social desconfortável, uma separação conjugal, um relacionamento amoroso inseguro, excesso de responsabilidades, entre tantas outras, podemos concluir que estamos sendo submetidos a uma duradoura ação do estresse sobre o organismo. O corpo por sua vez, após passar por constantes esforços de adaptação, pode chegar ao esgotamento. A partir daí pode-se iniciar o processo de somatização, que nada mais é do que a tendência de transferir para o corpo e manifestar em forma de sintomas ou doenças, as situações conflitantes do dia-a-dia. Algumas pessoas sentem opressão no peito ou dores de cabeça, podendo apresentar aumento da pressão arterial; outras manifestam sintomas gastrointestinais como dores estomacais, diarreias, vômitos ou intestino preso; algumas ainda apresentam dores musculares, devido à tensão; além de muitos outros sintomas que podem surgir pela somatização do estresse. Quando somos submetidos a uma nova situação, seja ela de natureza física ou psíquica, o nosso organismo responde através do estresse, como forma de nos adaptarmos a esta mudança. Apesar do estresse contribuir para nossa sobrevivência, já que oferece meios para que o nosso corpo fique em posição de alerta e se prepare para fugir ou enfrentar o perigo, nos dias de hoje ficamos excessivamente ansiosos e preocupados a todo momento. O estresse surge quando nos deparamos com uma situação geradora de insegurança ou de ameaça. E nossa vida atual é cheia de momentos de ansiedade devido aos desafios do trabalho, da vida familiar, da vida em sociedade, dos relacionamentos amorosos. Além disso, esse sentimento também pode surgir quando temos medo de enfrentar algo novo, insegurança em tomar decisões, preocupação com o futuro e as mais diversas circunstâncias que temos que enfrentar. O nosso organismo reage a todas essas situações, com maior ou menor intensidade, de acordo com as características individuais e a capacidade de adaptação de cada um de nós. O nosso corpo, ao tentar se adaptar aos constantes momentos de tensão e ansiedade, libera descargas hormonais, que embora possam ser menos intensas, ocorrem com maior frequência. É exatamente devido a esses habituais estados ansiosos que surge a somatização. Se passarmos por uma situação estressante e logo conseguirmos nos livrar daquilo, o organismo se adapta e tudo volta ao normal. Mas se o estresse permanece por mais tempo, por não nos livramos do que o ocasionou, aí mora o perigo. Quando falamos em somatização, significa que há uma queixa física, mas o aparecimento da dor ou de outro sintoma pode não ser detectado nos exames clínicos, pois surgiram ou são mantidos por força das emoções. Os sintomas expressam conflitos reprimidos e, de acordo com a psicossomática, esta é uma forma simbólica do corpo se comunicar. Para resolver esse conflito, a melhor coisa a fazer é manter o bom humor diante dos pequenos problemas do dia-a-dia e procurar não permanecer por muito tempo em situações que nos desagradam. Como na maioria das vezes não podemos mudar situações externas, sempre nos resta mudar nossa maneira de encarar os conflitos. O corpo possui suas próprias defesas, ou seja, ele manifesta, coloca para fora as emoções que às vezes a pessoa tenta esconder por meio de tremor, dores de barriga, gestos e travamento de dentes. Por isso, vale lembrar: nada de ira, nada de pressa, nada de receio, nada de tristeza. É oportuno lembrar que existem algumas pessoas que desenvolvem a chamada de Síndrome da Insatisfação Crônica. Ela acomete mais pessoas do que podemos imaginar. A síndrome da insatisfação nos dá uma sensação de que nada na nossa vida dá certo, nada se encaixa, que podemos e merecemos ter muito mais que temos vivenciado. Nada é suficiente, nada basta. O amor nunca é tão intenso e verdadeiro como deveria, a profissão nunca satisfaz como deveria, os amigos nunca são tão presentes como deveriam, a família não nos entende, o sistema está contra nós, etc. Remamos contra a maré e nos perdemos, nos consumimos em insatisfação. Nem a natureza consegue agradar a essas pessoas: se chove, se irrita, se faz sol reclama do calor. Ela se incomoda com absolutamente tudo e todos. Como poderemos estar bem com o outro, com o trabalho, com o sistema, com a família se não estamos bem com nós mesmos? Como cobrar do mundo uma resposta para a qual não temos a pergunta ? "Eu estive em todos os lugares e só me encontrei em mim mesmo", disse sabiamente John Lennon. Não precisamos colocar uma mochila nas costas, atravessar oceanos e caminhos em busca de.. de que? Buscamos, no final das contas, por nós mesmos. É dentro de nós que moram as respostas que trarão a direção e o sentido de viver. É preciso que volte-se para si e procure entender a sua alma. Sozinha ou com a ajuda de uma terapia. Depois de se descobrir e se compreender, encontrará coragem para escolher e aceitar um caminho. E sua viagem pelo mundo será muito mais enriquecedora e prazerosa - se até lá ainda entender que quer fazê-la - porque então será uma escolha e não uma fuga.

domingo, 5 de janeiro de 2014

SOFRER POR ANTECIPAÇÃO -

Podemos notar que muitas pessoas têm o hábito, de querer vivenciar fatos que ainda não ocorreram. Sofrem, na maior parte do tempo, conjecturando acontecimentos ruins com elas, e ou com aqueles mais próximos. Passam a não viver, perdem a alegria, sofrem com ansiedade e medo, pois estão sempre esperando o pior. Não podemos nos esquecer de que a mente é fonte criadora, tanto de coisas boas quanto de coisas ruins. O pensamento cria forma e pode tornar algo imaginário em fato real. Tenhamos cuidado com os pensamentos. Assim, confiemos na Providência Divina, acreditando que tudo acontece, da forma como deve ser, e com certeza, nosso Pai Celestial que tudo vê, sabe das nossas necessidades e o que é melhor para cada um de nós. Vivamos cada dia , sem preocupações, entregando nossas incertezas nas mãos do nosso Pai Criador. Com certeza, Ele nos conduzirá como um pai conduz uma criança, bastando para isso que nos entreguemos a Ele e ao seu amor infinito. Vivamos o presente lembrando que o nosso futuro depende do hoje. Tenhamos somente pensamentos de otimismo e esperança, confiando sempre, pois o Universo trabalha a nosso favor. Muitas vezes, nós é que agimos contra o Universo. Siga a correnteza da vida, sem desespero, sem revolta, confiando em Deus e certamente você chegará, um dia, ao mundo de alegria e felicidade que o aguarda em algum lugar na eternidade. Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo eu sabendo que as rosas não falam. Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre. Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa... Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas... Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver,reconhecer e retribuir esta ajuda. Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia. Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo pode não sentir o mesmo sentimento por mim... Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos... Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos. Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas. Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu. Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos... Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma... Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigirá esforços incríveis para manter a sua harmonia. Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado. Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno... E, acima de tudo, Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois.... A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR! Amorosamente, Francisco Cândido Xavier

POR QUE SOMOS TÃO VAMPIRIZADOS ENERGETICAMENTE?

Você já percebeu como, na maioria dos dias, ao final da tarde, normalmente nos sentimos esgotados? É comum vir aquele cansaço, aquela tensão, até uma dorzinha de cabeça e mal estar estomacal. Também vem a falta de paciência e o desânimo. O motivo? Estamos exauridos, esgotados de energia, ou melhor dizendo, fomos sugados. Qual é a causa para tantas perdas de energia? O fato é que fomos vampirizados na nossa energia. Por que somos tão vampirizados na nossa rotina de vida? São muitos os fatores que podem promover os “roubos” energéticos, mas alguns são mais marcantes, logo mais significativos. Antes de tudo, é importante dizer que o corpo físico humano só existe e se mantém graças a uma força vitalizadora essencial que alguns chamam de fluido vital, outros de prana ou simplesmente Ki. São muitos os nomes dados ao longo da história da humanidade, mas o fato principal é que somos energia. Precisamos nos convencer de que somos essencialmente energia, energia concentrada num conjunto de órgãos físicos, como se o corpo fosse o recipiente dessa energia. Saibam, os que ainda não sabem, que a força vital que nos alimenta recebe influência direta dos pensamentos e sentimentos que desenvolvemos durante o dia, e é aí que residem os principais detalhes a serem observados quando o assunto for roubo de energia. Pensamentos e sentimentos ruins prejudicam intensamente a qualidade da energia que abastece o campo de energia humano. Precisamos, por exemplo, adquirir o hábito de evitar comentários negativos. Eles também desorganizam e roubam nossa energia. Da mesma forma, pensamentos e sentimentos positivos promovem a manutenção desta bioenergia, da energia da vida. O problema é que somos seres muito emocionais, o que quer dizer que facilmente entramos de cabeça em uma ou outra emoção intensa, e estas por sua vez, são como fogos de artifício que explodem, expandem-se e movimentam-se freneticamente. Quando essa explosão de emoções acontece, seja pelo motivo que for, há um consumo excessivo de energia vital e a bioenergia humana se desequilibra. Então, junte todos esses acontecimentos do dia, enumere-os um a um, e perceba que esses eventos são muito comuns na vida da esmagadora maioria das pessoas deste mundo. Seu time perdeu nos pênaltis, você sente um estado de nervoso... Você se desgasta. Você assiste a uma notícia muito ruim na televisão e sofre com isso... Você se desgasta. Você sente raiva no trânsito... Você se desgasta. Você sente medo de não conseguir pagar as suas contas... Você se desgasta. Você se chateia com um amigo, parente ou companheiro ou companheira de vida... Você se desgasta. Você julga o comportamento alheio, faz muitas críticas... Você se desgasta. Você reclama da vida, do seu cabelo, do seu cansaço... Você se desgasta. Todos esses pequenos acontecimentos, comuns na vida da maioria das pessoas, são os principais responsáveis pelo estado de exaustão energética em que normalmente nos encontramos ao final do dia. Este fator contribui muito para o aumento da intolerância, do estresse, da raiva, da falta de amor e das doenças físicas e emocionais no mundo. Mas a principal causa de tudo isso é o esquecimento... O esquecimento de quem somos, de onde viemos e qual a nossa missão aqui na Terra. Ter emoções é humano! Mas aprender a controlá-las também é uma habilidade humana de uma pessoa que está em sintonia com ela mesma, com a sua essência ou Eu interior. Não podemos mais viver no "piloto automático", sem pensar nossos propósitos e sem cuidar da nossa alma. Podemos nos encontrar com a nossa essência no banco do trem, avião ou metrô, na fila de um banco e até mesmo em pequenos intervalos de um ou dois minutos que temos antes e depois das refeições. Não devemos fechar os olhos apenas para dormir, mas para olhar para dentro de nós. Nós temos vivido muito mais para o exterior, para as coisas que acontecem fora de nós, e esquecemos daquelas que acontecem dentro de nós. Precisamos aprender a ouvir o que a nossa essência fala. E ela fala! Podemos dar inúmeras dicas que são incríveis para reverter esse processo de exaustão energética, ou como dizemos na comunidade espiritualista, vampirismo energético. Mas a principal dica, ou melhor, a causa principal do problema e que deve ser observada: o esquecimento de quem somos e da nossa essência. Volte-se para você durante o seu dia, ouça a voz da sua consciência, respire fundo alguns minutos, eleve-se a Deus, faça uma oração do seu jeito e desenvolva a gratidão. E não esqueça de exercitar a generosidade! Se você tomar essas práticas como uma rotina, em uma semana você já será uma nova pessoa. Pode fazer o teste! Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é. De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma doença, isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem. A doença não é uma causa, é uma consequência proveniente das energias que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. André Luiz (espírito) explica que "assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais." Permanentemente recebemos energias que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, também somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. A cada dia a medicina e a ciência descobrem novas evidencias de que as doenças estão ligadas ao estado psicológico do paciente. Ou seja, sentimentos como a raiva, a angústia e o medo podem desregular o organismo e causar doenças. Deste modo, a preocupação deixa de ser somente voltada à parte física e abrange também a parte espiritual. Mais do que combater as doenças e seus sintomas é preciso descobrir as causas psicológicas de cada uma delas para que possam ser evitadas. Um exemplo simples que comprova a relação entre espiritual e físico é o caso em que o paciente sofreu um infarto pelo estresse do dia a dia. Mas a situação é muito mais abrangente e, embora o número de pesquisas venha aumentando, ainda falta muita coisa para ser esclarecida sobre o assunto. Segundo o filósofo Aristóteles, a felicidade está no equilíbrio. Partindo deste raciocínio, é possível concluir que mente, corpo e espírito têm que estar em equilíbrio para que haja saúde. Saúde não é ausência de doenças, mas um estado de equilíbrio. Deste modo, não adianta só fazer exercícios físicos e não cuidar dos outros dois fatores, bem como não é suficiente ocupar a mente com pensamentos saudáveis e ignorar o resto. Segundo a psicóloga americana Louise L. Hay, todas as doenças têm origem no estado de não-perdão, ou seja, todos os sentimentos e ressentimentos guardados são causa de agressões ao organismo. Por isso é importante que sempre nos perdoemos e também ao próximo, procurando esquecer os erros e mágoas do passado. Ela também afirma que problemas de saúde diferentes têm uma origem diferente. Confira a lista das doenças e suas causas e observe se alguma delas diz respeito a você: DOENÇAS / CAUSAS: AMIDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada. ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo. APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom. ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem. ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo. ASMA: Sentimento contido, choro reprimido. BRONQUITE: Ambiente familiar inflamado. Gritos, discussões. CÂNCER: Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo. COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria. DERRAME: Resistência. Rejeição à vida. DIABETES: Tristeza profunda. DIARRÉIA: Medo, rejeição, fuga. DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de auto-valorização. DOR NOS JOELHOS: medo de recomeçar, medo de seguir em frente. Pessoas que procuram se apoiar nos outros. ENXAQUECA: Raiva reprimida.. Pessoa perfeccionista.. GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação. HEMORRÓIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado. HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças. INSÔNIA: Medo, culpa. LABIRINTITE: Medo de não estar no controle. MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio. NÓDULOS: Ressentimento, frustração. Ego ferido. PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo. PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido. PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado.. Medo de não ter dinheiro suficiente. QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução. RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas. REUMATISMO: Sentir-se vítima.. Falta de amor. Amargura. RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição. RINS : Medo da crítica, do fracasso, desapontamento. SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.. TIREÓIDE: Humilhação. TUMORES: Alimentar mágoas.. Acumular remorsos. ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante. VARIZES: Desencorajamento, desânimo. Sentir-se sobrecarregado. Atualmente já é do conhecimentos dos médicos de todas as áreas : corpo e mente - de que as doenças são psicossomáticas. As doenças psicossomáticas podem exercer ação na saúde do corpo de maneira intensa. O corpo possui suas próprias defesas, ou seja, ele manifesta, coloca para fora as emoções que às vezes a pessoa tenta esconder por meio de tremor, dores de barriga, gestos e travamento de dentes. Por isso, vale lembrar: nada de ira, nada de pressa, nada de receio, nada de tristeza, se você quer ter uma vida com saúde.