domingo, 25 de maio de 2014

V O C Ê - Augusto Cury

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. E você pode evitar que ela vá à falência. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torcem por você. Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É ter consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir uma história... Quantos projetos você deixou para trás? Quantas vezes seus temores bloquearam seus sonhos? Ser um empreendedor não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la. Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do amanhã. Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama. É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo. É desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção. Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a própria existência e desvendar seus mistérios. Dar a outra face é um símbolo de maturidade e força interior. Não se refere à face física, mas à psíquica. Dar a outra face é procurar fazer o bem para quem nos decepciona, é ter elegância para elogiar quem nos difama, altruísmo para ser gentil com quem nos aborrece. É sair silenciosamente e sem estardalhaço da linha de fogo dos que nos agridem. Dar a outra face previne homicídios, traumas, cicatrizes impagáveis. Os fracos se vingam, os fortes se protegem. Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade. Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso ou pessoas fracassadas. O que existe são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles. Infelizmente o Deus estudado pela teologia não corresponde ao Deus interpretado pela psicologia e filosofia. Jesus apresentou um Deus que não condena, não faz guerras para impor sua vontade, não agride, não discrimina, mas um Deus generoso, afetivo, sereno. Você discrimina prostitutas? Ele as abraça. Você rejeita drogados? Ele os ama. Você dá as costas a muçulmanos ou budistas por não serem cristãos? Ele é deslumbrado por eles. Não importa a opção sexual, a religião, a cultura a nacionalidade. Jesus nos apresentou um pai preocupadíssimo com cada ser humano. A maior aventura de um ser humano é viajar, E a maior viagem que alguém pode empreender É para dentro de si mesmo. E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro, Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros, Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas E descobrir o que as palavras não disseram... Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário. Não duvide do valor da vida, da paz, do amor, do prazer de viver, em fim, de tudo que faz a vida florescer. Mas duvide de tudo que a compromete. Duvide do controle que a miséria, ansiedade, egoísmo, intolerância e irritabilidade exercem sobre você. Use a dúvida como ferramenta para fazer uma higiene no delicado palco da sua mente com o mesmo empenho com que você faz higiene bucal. Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir. Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama. Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz. E, quando você errar o caminho, recomece. Pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência. Desejo que você Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE -

Imagine uma buzina que se mantém ligada ininterruptamente... Assim é o que a psicologia chama de transtorno de ansiedade. Estado de alerta constante, como se houvesse uma ameaça pairando no ar, como se houvesse um perigo constante. Ficar ansioso diante de algo novo em sua vida, como uma entrevista, uma viagem, um teste, etc. é normal e, na maioria das vezes, saudável, benéfico. Ansiedade é um termo um pouco indefinido. Nós dizemos “ansiosos” com diversas conotações, inclusive positivas. “Estou ansioso pela sua chegada”. Agora, viver em estado constante de alerta, é causa de muito sofrimento. Ansiedade é um intenso mal-estar físico e psíquico, acompanhado de aflição e agonia. É como se você sentisse ininterruptamente um desejo forte, veemente e impaciente. Tecnicamente ansiedade pode ser definida como uma emoção subjetiva, voltada para o futuro, (pode ser considerada como uma tentativa de preencher o intervalo de tempo entre o momento presente e o futuro), semelhante à sensação de medo, com manifestações físicas (taquicardia, respiração mais rápida, sensação de sufocação, tremores, sudorese, ondas de frio ou calor, etc), psíquicas (apreensão, expectativa, apreensão, insegurança, inquietação, etc.) e comportamentais (evitação ou fuga da situação que provoca a ansiedade). É considerada “normal” ou “positiva” quando leva à ação adequada, como estudar para uma prova ou preparar-se com antecedência para uma palestra. É negativa quando leva ao desespero, a não conseguir fazer uma prova nem estudar para a mesma, evitando-a ou tendo “branco”. Segundo a Psicologia, a ansiedade pode variar de simples apreensão aos ataques de fobias, melancolia e síndrome de pânico. Pode-se dizer que é um estado de agitação motora(dos movimentos) e excitação intelectual, provocado por sentimentos de natureza penosa, que se revela por movimentos desordenados, mas pouco variados, indicando medo, angústia, desespero, pavor etc. A ansiedade e os termos relacionados a ela, tais como, medo, angústia, melancolia, síndrome de pânico, não é somente de nossos dias, embora a correria do mundo moderno possa provocá-la mais intensamente do que no passado. Se você observar as pessoas quando estão em lugares de muita aglomeração, como dentro do ônibus ou metrô, aeroporto, etc., perceberá que a maioria não para de mexer nos seus aparelhos eletrônicos: parece que todos estão fugindo de si mesmos. Inconscientemente, provocam os sintomas da ansiedade. As diversas preocupações de subsistência, por exemplo de relacionamentos, de compromissos assumidos. Quando não são devidamente administradas, elas geram ânsia, que é a pressa para tudo resolver. Todos, em menor ou maior grau, estamos sujeitos à ansiedade: uns preferem racionalizá-la, outros narcotizá-la e outros ainda evitá-la. Diante de uma adversidade, devemos nos preparar para “lutar-ou-fugir”. A fuga pode gerar problemas futuros; a luta, embora penosa, pode gerar grandes benefícios. O medo é uma emoção mais específica que a ansiedade e ocorre diante de uma situação ou objetos definidos. A ansiedade é mais difusa, ligada a um perigos imaginários . Ambos, medo e ansiedade, podem levar à fuga ou evitação. O medo de elevador faz a pessoa ficar tão ansiosa que evita usá-lo, indo a determinado andar de escada ou não indo. “Tenho medo de elevador”. ”Fico ansioso só de pensar em me aproximar dele”. Quando a ansiedade vem, portanto, sem causa aparente ou em intensidade exagerada torna-se prejudicial. Aí é hora de buscar socorro médico. Primeiro, porque os sintomas são desagradáveis. Em seguida, porque nossa capacidade intelectual é atingida. Realmente, a ansiedade diminui a capacidade de pensar com clareza, de julgar apropriadamente, de aprender com eficiência ou de recordar coisas com precisão. Finalmente, ela altera uma série de funções vegetativas do organismo (que ocorrem de modo independente da vontade). Passamos a apresentar suores internos, tremores, tonturas, batedeiras, sudoreses, aumento no número de micções, dificuldade para dormir e uma terrível e persistente sensação de cansaço. Mas, afinal, por que temos ansiedade em excesso? Provavelmente, esse sentimento é uma manifestação de conflitos não resolvidos. Ou porque conhecemos o problema e não temos segurança ou clareza para resolvê-lo ou porque trazemos, inconscientemente, problemas não resolvidos de infância em relação a emoções como hostilidade, insegurança etc. Assim, a auto-ansiedade se alimenta, porque à medida que a sentimos em função de um sintoma tornamo-nos mais ansiosos. O estresse, no entanto, é o desgaste emocional. Não é uma doença, como a pneumonia e nem mesmo um sintoma, como a tosse. Ele é um processo do qual a pessoa pode entrar e sair. O estresse se apresenta em três fases: alerta, resistência e exaustão. Frequentemente, a pessoa entra e sai da fase de alerta. Mas se o fator psicológico, ou ambiental, que desencadeia a reação de estresse persiste, a pessoa pode progredir para os estágios seguintes. Se esse processo não for interrompido, ela poderá chegar à fase de exaustão e desenvolver doenças crônicas como hipertensão ou diabetes, precocemente. Os sintomas mais comuns, nesse caso, são queda de cabelo, constipação, alterações na pele, alergias freqüentes, disfunção erétil, esofagites, gastrites, infecções das vias aéreas superiores, sintomas depressivos, enxaquecas, labirintites, além da perda de neurônios. O organismo reage à ansiedade crônica com mudanças fisiológicas que incluem a liberação de cortisol, produzido pela parte superior da glândula suprarrenal e que está diretamente envolvido na resposta ao estresse. Esse hormônio atinge níveis bastante elevados e depois cai rapidamente. A função da liberação do cortisol, na ansiedade intensa, é aumentar rapidamente a glicose sanguínea para permitir ao animal mais energia para lutar ou fugir numa situação de ameaça. Quando a pessoa está na fase de alerta, atinge vários picos. O quadro se torna preocupante quando o indivíduo permanece cronicamente estressado. Além disso, na ansiedade crônica e elevada ocorre a desregulação do Sistema Nervoso Autônomo, que leva aos sintomas da fase se exaustão. Parte do oxigênio que respiramos transforma-se em radicais livres, substâncias que lesam as moléculas, e os tecidos aceleram o envelhecimento. Esses radicais são a base de muitas doenças. Quando estamos muito ansiosos, o ritmo respiratório aumenta, com maior consumo de oxigênio, há maior produção de radicais livres, o que pode acelerar o envelhecimento e dificultar o controle de doenças. Objetivamente, podemos dizer que fisicamente os sintomas são: palpitações, rigidez do tórax, suor, sequidão da boca, aumento da vontade de defecar ou urinar, dores de cabeça, tonturas. Psicologicamente, sentimentos de medo, pânico e tendências para temas de desgraças dominando os seus pensamentos.

domingo, 18 de maio de 2014

SOBRE A MORTE - Victor Ugo

Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: Já se foi. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: Já se foi, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: Lá vem o veleiro. Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: Já se foi. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado. Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: Já se foi, no mais Além, outro alguém dirá feliz: Já está chegando. Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena. A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos. Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da Imortalidade que somos todos nós. A cada vez que morremos ganhamos mais vida. As almas passam de uma esfera para a outra sem perda da personalidade, tornando-se cada vez mais brilhante. Eu sou uma alma. Sei bem que vou entregar à sepultura aquilo que não sou. Quando eu descer à sepultura, poderei dizer, como tantos: Meu dia de trabalho acabou. Mas não posso dizer: minha vida acabou. Meu dia de trabalho se iniciará de novo na manhã seguinte. O túmulo não é um beco sem saída, é uma passagem. Fecha-se ao crepúsculo e a aurora vem abri-lo novamente.

PARA ONDE VAMOS QUANDO MORREMOS?

Quando nosso corpo físico morre, no final do período de uma vida terrena, ou encarnação, nossa alma nasce para o mundo espiritual, sua morada original. Em outras palavras, quando nascemos para cá, morremos para o mundo espiritual. E quando morremos para o mundo físico, nascemos para o mundo espiritual. A morte é apenas mudança de dimensão. "A cada um será dado conforme suas obras", frase do apóstolo Paulo, resume de forma brilhante o que ocorre após nossa morte. Há uma distorção grande em relação à construção da imagem de um Deus que castiga e pune seus filhos pecadores. Isso porque o livre-arbítrio nos é de direito, é uma verdade incontestável, entretanto, a lei do retorno -ou karma- mostra, não só pelos olhos da espiritualidade, que toda ação gera consequências. Essa é uma lei universal que nós seres humanos precisamos compreender bem antes de colocar a culpa em Deus, ou ainda temer sua fúria... Isto é um grande erro! Deus nos criou por amor, e é por isso que quer que evoluamos, que nos aperfeiçoemos. Castigo não existe! Existem consequências aos nossos atos. Sim, sempre há o retorno para qualquer atitude; no entanto, isso não é castigo... O que chamamos de castigo é tão somente uma reação aos nosso atos. Se você joga um tijolo para cima, em menos de um segundo, ele cai. Se você estiver embaixo, provavelmente, ele irá bater com força em seu corpo podendo lhe machucar. Quanto mais força você coloca para arremessar o tijolo, maior será o impacto na queda. Lembre-se: o tijolo estava parado, foi você quem quis jogá-lo para cima. Aí, perguntamos: foi Deus quem castigou? Não! Foram as leis do universo que se manifestaram. E qual a diferença em relação aos nossos atos? Nenhuma, a não ser pelo fato de que as coisas acontecem em um tempo um pouco diferente! Com isso, a máxima "A cada um será dado conforme suas obras" segue valendo. Você pode até dizer que essa comparação não tem qualquer relação com nossas vidas, mas tem sim. O grande erro humano é não compreender as leis universais que regem a evolução de nossa espécie. Isso nos atrapalha muito, nos rouba tempo, nos aprisiona. Precisamos ir ao encontro dessas verdades que nos libertarão. Existe céu e inferno? Sim, mas são estados de consciência, criados por nós mesmos. Quando desencarnamos, a nossa sintonia espiritual, resultante de nossos atos, padrão moral, caráter, ética, nos leva por atração magnética, para dimensões de mesma sintonia. Mais uma vez reiteramos: não existe castigo de Deus, existem consequências aos nossos atos! Quer saber se vai para o inferno ou umbral quando você desencarnar no final dessa existência? Não precisa chegar até esse dia para saber, pergunte-se agora, avalie-se: - O que eu estou emitindo para o Universo? É amor, ódio, alienação e lixo psíquico? - Como me sinto agora? - Quais são as minhas atitudes, meu padrão moral e minha ética? - Tenho amor dentro de mim e o expresso aos meus semelhantes e ao mundo à minha volta? - Amo o meu próximo como a mim mesmo? - Faço para o outro somente aquilo que quero que façam comigo? É isso! O tipo de morada que sua alma imortal irá encontrar após sua passagem no final dessa vida depende muito das respostas a estas perguntas... Reflita. É típico da sabedoria universal nos levar para a morada que melhor for adaptada ao nosso estado de consciência. Por exemplo: Se você não compreende o grave erro que é cometer suicídio, ou seja, abreviar a sua experiência terrena, sem que nenhum benefício seja conquistado com isso, é quase lógico que a pessoa será atraída para zonas do plano espiritual em que a dor e o sofrimento serão companheiros de caminhada. Não porque há um Deus que pune. Ao contrário, há uma sabedoria suprema que proporciona ao ignorante das verdades universais a ferramenta pedagógica precisa que o leve a um aprendizado necessário ao seu nível evolutivo. Aprenderemos pelo amor ou pela dor, só não temos como trancar a lei máxima de evolução constante, ou seja, temos que aprender, de um jeito ou de outro. "Há as conseqüências que são comuns a todos os casos de morte violenta; as que decorrem da interrupção brusca da vida. Observa-se a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que liga o Espírito ao corpo, porque este laço está quase sempre em todo o vigor no momento em que foi rompido (Na morte natural, ele enfraquece gradualmente e, às vezes, se desata antes mesmo da extinção completa da vida). As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento do estado de perturbação, seguido da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz o Espírito acreditar que ainda se encontra no mundo dos vivos. A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de recuperação do estado do corpo sobre o Espírito (ou seja, o espírito ainda sente, de certa forma, as ações que o corpo sofre), que assim se ressente dos efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e de horror. Este estado pode persistir tão longamente quanto tivesse de durar a vida que foi interrompida. Nesse caso citado, a exposição de um suicida em condições tão adversas, acaba qualquer orgulho, vaidade, materialismo, arrogância, pela reflexão provocada com profundidade ("na base da força"), o que na vida terrena, lhe foi dada a chance de ter feito por espontânea vontade, pelo caminho da consciência e do amor. Todavia, como a opção pelo amor não surtiu efeito, a dor se faz necessária. Lembremos sempre que o gesto máximo de desistir da vida começa a partir dos nossos pequenos desânimos não solucionados. Começa nos dias em que nós vamos acumulando a descrença, a tristeza, a insaturação das alegrias que achamos que nunca temos e que nunca teremos. Os amigos espirituais nos têm reiteradamente transmitido mensagens chamando-nos a atenção para o fortalecimento do nosso coração, da nossa consciência, do nosso espírito aguerrido, porque dizem que os próximos quatro anos na Terra serão de enormes lutas e dificuldades para todos nós, pessoal e coletivamente. A verdade é que a morte física nos faz de novo recuperar a memória eterna. Extraordinário pensar que todos nós fomos criados por Deus para essa beleza que às vezes mal percebemos, mas que um dia será toda nossa, a verdade da Vida Maior. E mais generoso e sábio é também percebermos que os nossos adversários, aqueles que não nos amam, aqueles que não nos entendem, aqueles que até nos prejudicam, foram criados pelo mesmo ato divino, foram criados para a mesma destinação. E, portanto, respeitar a Deus e às forças do Bem que protegem o universo é também respeitar o outro, mesmo quando esse outro não tem o necessário equilíbrio e nem maturidade para praticar respeito. Se nós vamos acusar alguém, se vamos apontar alguém, verifiquemos se não estamos em situação igual ou até mais difícil do que aquele companheiro que estamos apontando. Por quanto tempo teremos que sofrer, quando a opção pelo amor não foi aceita? Até que as leis que regem os acontecimentos se cumpram... Até que a vontade de Deus prevaleça... Até que os níveis de consciência, mesmo que de forma modesta, sejam elevados... Até que a luz clareie a escuridão... Até que da lama nasça a Flor de Lótus... E é assim... O plano divino, com essa paciência e amor incondicional por todas as criaturas, promove condições para que vida após vida possamos ainda seguir evoluindo. Ir para o céu ou para o inferno depende exclusivamente de nós mesmos. A todo o momento podemos tomar decisões que nos sintonizem com essas duas frequências opostas. E, mais uma vez: "Orai e vigiai" torna-se uma das mais importantes ferramentas que temos. Existem cidades astrais, tanto de luz ou de trevas, para onde somos literalmente tragados após nosso desencarne, sempre pela nossa sintonia energética... Tudo se dá pela lei de afinidade. Contudo, o que importa na prática desse importante tema é o aprendizado. E para trazer para a prática, para a realidade do dia-a-dia de sua vida, basta que você olhe para a realidade atual do Planeta. O que ocorre por aqui, de alguma forma é a extensão do que acontece nos planos mais sutis. São áreas de guerra e de paz. Não nos referimos apenas aos países em conflito e guerrilha. Pense também no caos urbano, no trânsito, na falta de respeito entre os semelhantes. Não deixe para pensar na morte apenas quando a idade avançar. Pensar na morte com olhar da evolução espiritual não é pessimismo, é consciência! Quantos de nós já estão no inferno, em suas depressões, egoísmos, materialismos, doenças e vícios das mais diferentes espécies. Quantos de nós já vivem no céu em seus estados de paz, harmonia, paciência, bem querer e plenitude! São tantos exemplos, olhe à sua volta... O inferno é ilusão, dor, controle, apego, medo, egoísmo, negligência, fascínio, vaidade, futilidade. O céu é o amor, a entrega espiritual, a paciência, a tolerância, o respeito, o perdão, a gratidão. Onde você está hoje? No céu ou inferno? Para onde você vai amanhã? Depende de você! Acredite, é possível estarmos no céu. Acho que estamos no caminho...

domingo, 11 de maio de 2014

MÃES MÁS/MÃE DESNECESSÁRIA - Dr. Carlos Hecktheuer e Márcia Neder

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: “Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde iam, com quem iam e a que hora regressariam. Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia. Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram dos supermercados ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”. Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos. Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas dos meus olhos. Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso ( e em alguns momentos até odiaram)." Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer: “Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo... As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ah! ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo muito chata! Ela não deixava que saíssemos logo que nossos amigos buzinavam para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto, aos 12 anos, todos podiam voltar tarde, tarde da noite, tivemos que esperar pelo menos completar 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata ainda levantava, quando voltávamos, para saber se a festa foi boa ( só para ver como estávamos ao voltar). Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência. FOI TUDO POR CAUSA DELA! Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos “PAIS MAUS”, COMO MINHA MÃE FOI. Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS! Aquelas que já são mães, principalmente se forem assim más, que NÃO se culpem, e aquelas que serão, que isso sirva de alerta e de lição!" A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Uma hora há em que é preciso reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha difícil, reconheço. Quando começar a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas têm dentro de si, lembre logo da frase.Se você fizer o seu trabalho de mãe direito, tem que se tornar desnecessária. Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso. Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não para de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que nós, os pais, estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis. Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar. Lembre-se sempre do conselho do Dalai Lama: "Dê a quem você Ama : - Asas para voar... - Raízes para voltar... - Motivos para ficar..."

SÓ O PERDÃO CURA A MÁGOA -

A mágoa é como a ferrugem que destrói o metal em que está incrustada. É síndrome alarmante de desequilíbrio. A presença da mágoa provoca a fixação de graves enfermidades físicas e psíquicas no organismo de quem insiste em alimentá-la. Normalmente, o sentimento de mágoa se instala nos redutos do amor próprio ferido e, paulatinamente, se desdobra em seguro processo enfermiço, que termina por vitimar aquele que a mantém. A mágoa, no início, é de fácil combate, podendo ser expulsa através da prece. Se, entretanto, a permitimos habitar os tecidos delicados do sentimento, desdobra-se em modalidades várias, para sorrateiramente apossar-se de todos os departamentos da emotividade, engendrando cânceres morais irreversíveis. Ao seu lado, instala-se, quase sempre, a aversão, que estimulam o ódio, etapa grave do processo destrutivo. A mágoa, além de desgovernar aquele que a vitaliza, emite verdadeiros dardos negativos que atingem outras vítimas desavisadas, aquelas que se fizeram as causadoras conscientes ou não do seu nascimento. Aquelas que provocaram a raiva inicial. Sua ação entorpece os canais por onde transita a esperança, impedindo a ação do consolo. Quem se sente magoado, disfarça-se habilmente, utilizando-se de argumentos bem pensados para negar-se ao perdão ou fugir ao dever do esquecimento. Muitas distonias orgânicas são o resultado do veneno da mágoa, que, gerando altas cargas tóxicas sobre a maquinaria mental, produz desequilíbrio no mecanismo psíquico com lamentáveis conseqüências nos aparelhos circulatório, digestivo, nervoso... Precisamos ficar atentos para o fato de que somos, sem dúvida, aquilo que vitalizamos pelo pensamento. Nossas ideias, nossas aspirações constituem o campo vibratório no qual transitamos e em cujas fontes nos nutrimos. Depreciando os ideais e espalhando infundadas suspeitas, a mágoa consegue isolar a pessoa ressentida, impossibilitando a cooperação dos socorros externos, procedentes de outras pessoas. O melhor meio de combatermos os malefícios da mágoa é detectarmos implacavelmente os indícios de sua presença inferior, que conspiram contra a paz íntima. O ofensor merece nossa compaixão, nunca o nosso revide. Segundo o dicionário (Dicionário Michaelis) a palavra perdão significa “conceder perdão, absorver, remitir (culpa, dívida, pena, etc), desculpar e poupar-se”. Sim! O ato de perdoar envolve tudo isso e ainda muito mais. Pesquisas e estudos vêm sendo desenvolvidos nesses últimos anos para mostrar e comprovar o poder e os benefícios do perdão. Porém, não é justo dizer que somente agora o mundo está se dando conta do poder do perdão. No aspecto científico, talvez, mas crenças e religiões já pregam a importância do perdão há muitos e muitos anos, principalmente como um ato importante para a saúde do espírito. Algum tempo atrás, uma professora de psicologia do Hope College, em Michigan, EUA, e seus colegas, fizeram uma experiência com 71 voluntários. Nela, foi pedido a eles que se lembrassem de alguma ferida antiga, algo que os tivesse feito sofrer. Nesse instante, foi registrado o aumento da pressão sanguínea, dos batimentos cardíacos e da tensão muscular, reações idênticas às que ocorrem quando as pessoas sentem raiva. E quando foi pedido que eles se imaginasse entendendo e perdoando as pessoas que lhes haviam feito mal, eles se mostraram mais calmos, e com pressão e batimentos menores. A questão principal, porém, é que o ato de perdoar não é uma das tarefas mais fáceis para nós, seres humanos. Tribos, sociedades, países, famílias e amigos já travaram e ainda travam batalhas, e verdadeiras guerras, por causa de diferenças entre as pessoas, ou devido a algum ato que desagradasse ou prejudicasse, espalhando pelo mundo ainda mais rancor e nem um pouco de paz. O perdão é uma forma de se atingir a calma e a paz, tanto com o outro quanto consigo mesmo. Precisamos nos encorajar a ter maior responsabilidade sobre nossas emoções e ações, e sermos mais realistas sobre os desafios e quedas de nossas vidas. Rancor e desesperança são particularmente perigosos para o bem-estar. A vida tem dificuldades frequentes. Precisamos de um caminho para superá-las e, assim, nos libertarmos... é para isso que existe o perdão. O perdão pode ser considerado como uma cura para doença físicas e mentais advindas de problemas emocionais ou psicológicos. Ele reduz a agitação que leva a problemas físicos. Perdoar reduz o estresse que vem de pensar em algo doloroso, mas não pode ser mudado. Ele também limita a ruminação que leva ao sentimento de impotência que reduz a capacidade de cuidar de si mesmo. O perdão é uma cura... A diminuição da ira e de mágoa vem de se vivenciar o perdão. O perdão é a experiência interior de se recuperar a paz e o bem-estar. Pode acontecer de alguém perdoar um dia, e a raiva volta depois, e isso é normal. Dessa forma, o perdão é um processo que deve ser praticado. Se você permanece falando ou pensando com rancor de alguém, então o perdão ainda não aconteceu. O momento certo para dar início ao processo do perdão é logo depois do tempo necessário para vivenciar a perda. Às vezes, a pessoa foi realmente prejudicada. O perdão não elimina esse fato; apenas o torna menos importante. O perdão implica que se pode ficar em paz mesmo tendo sofrido um mal. Não podemos escapar de todos os males. Quando se perdoa e se continua intranquilo, é porque o problema ainda persiste. O perdão reconhece o mal, mas permite que o prejudicado leve a vida em frente. O perdão pode conviver com a justiça e não impede que se faça as coisas justas ou adequadas. Você apenas não as faz de uma perspectiva rancorosa ou transtornada. Quando a pessoa se encontra num “processo” de perdoar alguém, pode acontecer dela perceber que ela mesma também tem culpa na situação e pode ter causado algum mal ao outro Muitas situações são complexas e não se pode simplesmente distinguir nelas uma pessoa boa e uma ruim, mas sim duas pessoas que criaram juntas uma situação difícil. É bom lembrar que o perdão pode ser estendido à própria pessoa e que, às vezes, o perdão implica em reconciliar um relacionamento, e outras vezes, em abrir mão desse relacionamento. A ausência de perdão causa estresse sempre que se pensa em alguém que nos feriu e com quem não fizemos as pazes. Isso prejudica o corpo e provoca emoções negativas. Aquele que persegue, ou seja, o provocador que faz gerar a mágoa, sofre desequilíbrios que desconhecemos e não é justo que nos afundemos, com ele, no fosso da sua animosidade, do nosso ódio. Seja qual for a dificuldade que nos impulsione à mágoa, procuremos reagir, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores. A mágoa é um sentimento de dor, de tristeza em relação ao próximo, em conseqüência de uma agressão física, moral ou espiritual, e o maior prejudicado, é a pessoa que sente. Às vezes o ofensor nem sabe que ofendeu porque não houve intenção para isso. Geralmente quem tem mágoa não assume e é comum ouvirmos a frase: “ não tenho mágoa do fulano, mas também quero distância dele”, ou seja, não tem mágoa, mas não quer nem olhar para ele? Ao lembrar da pessoa, o sujeito sente imediatamente uma pontada no coração, uma tristeza, um sentimento de vingança em revide à agressão que ela sofreu, a mágoa é maléfica para todos que a possuem dentro de si. As pessoas que possuem mágoa têm mais tendência a terem depressão. As pessoas que sentem mágoas também são mais suscetíveis a desenvolverem doenças crônicas, como alteração na pressão cardiovascular, problemas psicológicos e emocionais. Pessoas que têm mágoa são pessoas de difícil convívio social e até mesmo de relacionamento, pois são pessoas fechadas e introvertidas, problema esses que podem afetar o seu convívio social com familiares, colegas de colégio, colegas de faculdade e familiares. Através do cultivo de pensamentos salutares, nos manteremos acima das viciações mentais que agasalham esse magnetismo mortífero que, infelizmente, se alastra pela Terra de hoje, pestilencial, danoso, aniquilador. Incontáveis problemas que culminam em tragédias quotidianas são decorrência da mágoa, que virulenta se firmou, gerando o nefando comércio do sofrimento desnecessário. Buscando, através da fé sincera e raciocinada, os programas da renovação interior, é fundamental apurarmos aspirações e não nos afligirmos. Quando a provocação vier, por parte do ofensor, convém acionarmos todo o nosso empenho na direção do bem. Atingidos pela incompreensão, desculpemos. Feridos nos melhores brios, perdoemos. Se meditarmos na transitoriedade do mal e na perenidade do bem, não teremos outra opção, além daquela: amar e amar sempre, impedindo que a mágoa estabeleça nas fronteiras da nossa vida as balizas da sua província infeliz.

domingo, 4 de maio de 2014

AMAR ANTES QUE SEJA TARDE -

Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se. Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança. O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja. Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito. Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades, você saberá o quanto é amado! Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz! O desafio da vida é esse: que você possa ser mais do que você faz! Dos relacionamentos que você já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente vc foi modificado para melhor? Será que você é a lembrança doida na vida de alguém? Será que você já construiu cativeiros? Ou será que já viveu em algum? Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar situações e as pessoas certas? Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa, pois as perguntas são pontes que nos favorecem travessias. Eu sempre acho que, às vezes na vida, a gente vive tão mal, e às vezes a gente precisa perder as pessoas para descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer pra gente saber a importância que elas tinham. Fico pensando que às vezes na vida o ensinamento mais doído seja esse, quando na vida nós já não temos mais a oportunidade de fazer alguma coisa, e o inferno talvez seja isso, a impossibilidade de mudar alguma situação. E quando as pessoas morrem, já não há mais o que dizer, por isso precisamos perdoar, antes que um ou outro morra. Precisamos sorrir antes para não nos tornarmos em espíritos tristes. Precisamos amar, antes que a morte atravesse o nosso caminho, levando aqueles que precisam ouvir de nós que nós os amamos. Digamos antes que seja tarde... Ouça o outro com calma e paciência, antes que você não tenha mais tempo para fazê-lo. Eles podem partir, sem que haja tempo para isso. Se soubéssemos que é a última oportunidade, não teríamos pressa para o que quer que seja e aproveitaríamos a última chance. Nós não temos o direito de esperar amanhã pra dizer para as pessoas que as amamos, para perdoar, para abraçar, dizer que elas são especiais. Não! O amanhã eu não sei se existe, mas o agora eu sei que existe, e às vezes na vida nos perdemos... Não espere as pessoas morrerem, irem embora, não espere o definitivo bater na sua porta, nós não conhecemos a vida e não sabemos o que virá amanhã, viva como se fosse o último dia da sua história, como se hoje você tivesse que realizar a sua última ceia, porque você fosse conhecedor que hoje é o último de sua vida, certamente você não teria tempo pra pressa. Você celebraria até o fim e gostaria de ficar no lado de quem você ama. Viva como se fosse o ultimo dia da sua vida, viva como se fosse a ultima oportunidade de amar quem você ama, de olhar nos olhos de quem pra você é especial. E depois que uma pessoa que a gente ama morre, em um tempo bem passado, a gente pode descobrir o significado da música do Tim Maia. Ela não fala de um amor que foi embora, o compositor fez para a filha que morreu em um acidente, então a gente descobre no meio das palavras, por que é assim, quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ela ocupava. “Não sei por que você se foi Quantas saudades eu senti E de tristezas vou viver E aquele adeus não pude dar... Você marcou na minha vida Viveu, morreu Na minha história Chego a ter medo do futuro E da solidão Que em minha porta bate... E eu! Gostava tanto de você Gostava tanto de você... Eu corro, fujo desta sombra Em sonho vejo este passado E na parede do meu quarto Ainda está o seu retrato Não quero ver pra não lembrar Pensei até em me mudar Lugar qualquer que não exista O pensamento em você... E eu! Gostava tanto de você Gostava tanto de você... Não sei por que você se foi Quantas saudades eu senti E de tristezas vou viver E aquele adeus não pude dar... Você marcou em minha vida Viveu, morreu Na minha história Chego a ter medo do futuro E da solidão Que em minha porta bate... E eu! Gostava tanto de você Gostava tanto de você... Eu corro, fujo desta sombra Em sonho vejo este passado E na parede do meu quarto Ainda está o seu retrato Não quero ver pra não lembrar Pensei até em me mudar Lugar qualquer que não exista O pensamento em você... E eu! Gostava tanto de você Gostava tanto de você... Eu gostava tanto de você! Eu gostava tanto de você! Eu gostava tanto de você! Eu gostava tanto de você! Agora, o triste da música é que a gente precisa conjugar o verbo no passado, a pessoa já morreu, já não há mais o que fazer. Mas não tem nenhum sofrimento nessa vida que passe por nós sem deixar algum ensinamento,...tem que nos ensinar, não dá pra sofrer em vão, alguma coisa a gente tem que extrair...Extraia o sofrimento e descubra o ensinamento. Já que o passado, dizem, é coisa do inferno e a gente não está no passado, muito menos no inferno...resta, a possibilidade de mudar o verbo de trazê-lo para o presente e de cantá-lo olhando para as pessoas que são especiais, quem sabe, cantando para aquela pessoa nesse momento...se ela está do seu lado, se você tem algum amigo que mereça ouvir isso de você, alguém que faz diferença na sua história...ao invés de você dizer que gostava, você diz que gosta! Vamos mudar o verbo! Vamos amar a vida! Vamos amar as pessoas antes que elas vão embora! E eu...EU GOSTO TANTO DE VOCÊ! EU GOSTO TANTO DE VOCÊ!

MÁGOA E AUTO-ESTIMA -

A causa dos algozes da alma humana, tais como a raiva, a mágoa e o ressentimento, quase sempre é a mesma: a falta de auto-estima da criatura, ou seja, a falta de amor por si mesmo. Quando valorizamos em demasia o olhar de amigos, colegas e familiares, estamos nos apoiando em terreno movediço. Nos tornamos apegados e dependentes. Por outro lado, quanto mais nos descobrimos, quanto mais passamos a desenvolver nossas potencialidades, reconhecendo nossos valores e nossa beleza única, mais seguros nos tornamos, de maneira que a raiva e a mágoa não encontram espaço para sua instalação. Aquele que se ama e valoriza não se magoa facilmente e tampouco fica irado com qualquer palavra descabida de um colega de trabalho ou amigo. Dessa forma, trabalhar pelo desenvolvimento de nossa auto-estima é o melhor antídoto para evitarmos o acúmulo do lixo mental dos ressentimentos e mágoas. O melhor que temos a fazer é reagir às tentativas de alojamento da mágoa nos nossos sentimentos. Nós não estamos no mundo por acaso. Estamos aqui com finalidades antes estabelecidas a que devemos tender e fazer de cada experiência, mesmo as mais amargas, oportunidade de crescimento e aperfeiçoamento. Somos, sem dúvida, aquilo que vitalizamos pelo pensamento. Nossas ideias, nossas aspirações constituem o campo vibratório no qual transitamos e em cujas fontes nos nutrimos. Depreciando os ideais e espalhando infundadas suspeitas, a mágoa consegue isolar a pessoa ressentida, impossibilitando a cooperação dos socorros externos, procedentes de outras pessoas. O melhor meio de combatermos os malefícios da mágoa é detectarmos implacavelmente os indícios de sua presença inferior, que conspiram contra a paz íntima. O ofensor merece nossa compaixão, nunca o nosso revide. Chico Xavier nos diz: “Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível! Uma mágoa não é motivo pra outra mágoa. Uma lágrima não é motivo pra outra lágrima. Uma dor não é motivo pra outra dor. Só o riso, o amor e o prazer merecem revanche. O resto, mais que perda de tempo... é perda de vida." Os sentimentos ruins são frutos de expectativas frustradas. Colocamos no outro ou naquela oportunidade a responsabilidade de resolver nossos problemas como se eles não fossem consequências dos nossos próprios atos, daí a mágoa e o ressentimento. Na medida em que não extravasamos este sentimento e vamos dando a ele uma conotação negativa maior do que de fato ele deveria ter, sufocamos nossos limites emocionais e daí aparecem os sintomas físicos. Todos nós criamos expectativas sobre a vida e toleramos até certo limite algumas frustrações. Quando elas extrapolam este limite, que é pessoal, e nos fazem sofrer, significa que algo está em desequilíbrio e é preciso resolver. O problema é que a maioria das pessoas acha que resolver os ressentimentos é resolver com o outro aquilo que está pendente, o que deve ser feito mesmo, porém, antes disso, é preciso entender o que de fato lhe fez mal e porque ganhou tamanha dimensão na sua vida para daí buscar o equilíbrio. Aquele que persegue, ou seja, o provocador que faz gerar a mágoa, sofre desequilíbrios que desconhecemos e não é justo que nos afundemos, com ele, no fosso da sua animosidade. Seja qual for a dificuldade que nos impulsione à mágoa, procuremos reagir, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores. Através do cultivo de pensamentos salutares, nos manteremos acima das viciações mentais que agasalham esse magnetismo mortífero que, infelizmente, se alastra pela Terra de hoje, pestilencial, danoso, aniquilador. Incontáveis problemas que culminam em tragédias quotidianas são decorrência da mágoa, que virulenta se firmou, gerando o nefando comércio do sofrimento desnecessário. Você vai acumulando sentimentos de mágoa e uma hora você estoura! Pois é, isso não é o problema, o grave é quando você o faz e desconta nos outros as dores que são suas, magoando as pessoas ao seu redor. Para evitar que isso aconteça e para lhe ajudar a extravasar, sugiro o seguinte: 1. Aceite que algo lhe incomoda sem medo de expor seus sentimentos, assim você não intensifica a dor remoendo mágoa dos outros. 2. Detecte o que de fato lhe fez mal para não sair atirando para todos os lados. 3. Não crie expectativas em relação ao outro para não se decepcionar depois. "Só você pode curar sua dor, não adianta achar que o outro vai te livrar do sofrimento", diz Denise. 4.Busque em você e na sua vida todos os recursos que podem lhe ajudar a superar esta dor: amigos, praticar esportes, terapia, entre outros. "Se pergunte quais destas possibilidades fariam mais efeito na hora de trabalhar a dor que está te maltratando e corra atrás dela. Nem sempre o que lhe indicam é o melhor para você e, às vezes, uma conversa franca é mais útil do que uma consulta", explica. 5-Trabalhe sua auto estima: "As pessoas lhe maltratam se você deixa que isso aconteça. É você quem escolhe as relações que quer estabelecer com as pessoas, por isso, em vez de culpar o outro pelo seu sofrimento, olhe para si mesmo e se ajude. 6-Perdoe. Perdoar não é esquecer o que lhe fez mal e sim superar e se libertar daquele sentimento ruim: só nos curamos quando viramos a página e, para isso, é preciso disposição e paciência. Não dá para achar que superou só porque você quer se sentir assim, você tem que ser sincero para ser verdadeiro. Buscando, através da fé sincera e raciocinada, os programas da renovação interior, é fundamental apurarmos aspirações e não nos afligirmos. Quando a provocação vier, por parte do ofensor, convém acionarmos todo o nosso empenho na direção do bem. Malsinados pela incompreensão, desculpemos. Feridos nos melhores brios, perdoemos. Se meditarmos na transitoriedade do mal e na perenidade do bem, não teremos outra opção, além daquela: amar e amar sempre, impedindo que a mágoa estabeleça nas fronteiras da nossa vida as balizas da sua província infeliz. Lembremos como nos alerta o Divino Mestre Jesus Cristo, incomparável conhecedor da alma humana, em sua mensagem dirigida aos corações de todos os tempos, através de seu exemplo incomparável de perdão: ‘Quando estiverdes orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que vosso Pai que está nos Céus, vos perdoe as vossas ofensas’.”