domingo, 29 de setembro de 2013

NÃO ESTÁS DEPRIMIDO, ESTÁS DISTRAÍDO - Facundo Cabral

Não estás deprimido, estás distraído, distraído em relação à vida que te preenche. Distraído em relação à vida que te rodeia: Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios. Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando no mundo existem 5,6 milhões. Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me, o que é algo fundamental para viver. Não cais no que caiu teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria aos noventa. Só para citar dois casos conhecidos. Não estás deprimido, estás distraído, por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não podes ser dono de nada. Além disso, a vida não te tira coisas, a vida te liberta de coisas. Alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude. Do útero ao túmulo, vivemos numa escola, por isso, o que chamas de problemas são lições. Não perdeste nada, aquele que morre simplesmente está adiantado em relação a nós, porque para lá vamos todos. Além disso, o melhor dele é o amor,que segue em teu coração. Quem poderia dizer que Jesus está morto? Não existe a morte: existe mudança. E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, Michelangelo, Whitman, Santo Agostinho, a Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditavam que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados. Faze apenas o que amas e serás feliz e aquele que faz o que ama está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando deve chegar, porque o que deve ser será, e chegará naturalmente. Não faças nada por obrigação nem por compromisso, apenas por amor. Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível. E sem esforço, porque és movido pela força natural da vida, a que me levantou quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida. Deus te tornou responsável por um ser humano, e é tu mesmo. A ti deves fazer livre e feliz, depois poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros. Lembra-te de Jesus: "Amarás ao próximo como a ti mesmo". Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que estás vendo é uma obra de Deus; e decide agora mesmo ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição. Aliás, a felicidade não é um direito, e sim um dever, porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os que te amam. Um único homem que não possuía nenhum talento, nenhum valor para viver, mandou matar seis milhões de irmãos judeus. Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo. Temos para gozar a chuva no inverno, o sol no verão e as flores na primavera. O chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicanos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol dos brasileiros, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman, as músicas de Mahler, Mozart, Chopin, Beethoven, as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velázquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas. E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e as duas são boas: se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de moléstias: tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas... e se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido, portanto, facilmente feliz. Livre do tremendo peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente,.... como deve ser. Não estás deprimido, estás desocupado. Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Aliás o serviço é uma felicidade segura como gozar a natureza e cuidar dela para aqueles que virão. Dá sem medida e te darão sem medida. Ama até que te tornes o ser amado, mais ainda, converte-te no mesmíssimo Amor . E não te deixes confundir por uns poucos homicidas e suicidas. O bem é maioria, porém, não se nota porque é silencioso. Uma bomba faz mais barulho que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida. Se Deus possuísse uma geladeira, teria a tua foto pregada nela. Se ele possuísse uma carteira, tua foto estaria dentro dela. Ele te envia flores a cada primavera. Ele te envia um amanhecer a cada manhã. Cada vez que desejas falar, Ele te escuta. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, porém escolheu o teu coração. Enfrenta, amigo, Ele está louco por ti! Deus não te prometeu dias sem dor, riso sem tristeza, sol sem chuva, porém prometeu força para cada dia, consolo para as lágrimas e luz para o caminho. Quando a vida te apresenta mil razões para chorar, mostra que tens mil e uma razões para sorrir. Não, .... não estás deprimido, ... estás distraído!

O MAL DO SÉCULO -

Uns chamam de “mal do século”. Outros chamam de “doença da alma”. O fato é que a Organização Mundial da Saúde faz uma previsão assustadora: em 8 anos a depressão ocupará o segundo lugar na lista dos males que mais matam, sobrepondo-se até mesmo aos males do coração que é o fator que mais mata atualmente. Segundo a OMS, a depressão afeta hoje 121 milhões de pessoas em todo mundo. Portanto, a depressão é muito mais frequente do que imaginamos. E também começa a atingir pessoas em plena juventude. A média etária de sua primeira manifestação baixou de 40 para 26 anos. No entanto, crianças e adolescentes hoje integram o rol dos consumidores de antidepressivos. A depressão ganhou um caráter físico e químico quando se descobriu sua ligação com a falta de duas substâncias no cérebro: a serotonina e a noradrenalina. Essas substâncias são chamadas de neurotransmissores porque ajudam na realização da transmissão de energia entre as células nervosas. O que se dá o nome de sinapse. A doença acontece quando o sofrimento vem do nada ou é completamente desproporcional ao motivo que o disparou, arrastando-se por meses ou até anos. É um mal que atinge todas as classes sociais e todos estão ameaçados por ela, independentemente de idade, raça, sexo, religião, posição social ou formação mental. Depende apenas do tamanho da dor e da capacidade de suportá-la. Vamos compreender bem: depressão não é apenas um simples estado de tristeza ou melancolia. É um estado corporal indesejável e constante, acompanhado de mudanças no comportamento da pessoa e que independem da vontade dela. E algo extremamente preocupante é a alta ligação entre depressão e suicídio. A depressão é resultado de fatores genéticos e ambientais/históricos. O humor deprimido, o desânimo, a apatia e a dificuldade para se engajar na mudança independem da vontade! Costuma-se definir a alteração do humor como doença, quando uma série de sinais e sintomas característicos estão presentes com duração e gravidade a ponto de prejudicar o funcionamento do indivíduo, levando ao sofrimento, disfunção ou prejuízo competitivo em relação ao ambiente físico ou social. A depressão pode ser classificada em três tipos: depressão maior, distimia e transtorno bipolar. A depressão maior caracteriza-se pela combinação de alterações comportamentais, emocionais e de pensamento que incapacitam o indivíduo para realizar suas atividades profissionais, acadêmicas, de lazer, além de trazer alterações no apetite e sono. Já a distimia é considerada um tipo menos severo de depressão, em que não se observa a incapacitação, mas que estão presentes alterações indesejáveis no humor e demais alterações comportamentais de forma crônica. As pessoas constantemente mau-humoradas podem, na verdade, apresentar um quadro de distimia. O transtorno bipolar, conhecido como psicose maníaco-depressiva, tem uma prevalência menor que os anteriores e caracteriza-se por uma oscilação extrema do humor que vai da mania (episódios maníacos) à depressão (episódios depressivos). Quanto à intensidade, a depressão pode ser: leve que é formada por dois a três sintomas, o que não incapacita a pessoa de realizar suas atividades habituais; moderado, formada por mais de quatro sintomas, dificultando a pessoa acometida de realizar suas atividades habituais; grave com sintomas psicóticos, caracterizada por sintomas intensos, com idéias e atos de suicídio; grave com sintomas psicóticos, capaz de levar a pessoas a associação de alucinações e idéias delirantes, com risco de morrer de desidratação, desnutrição e suicídio e, finalmente, recorrente, cuja evolução se dá na forma de episódios recorrentes depressivos. As causas da depressão estão na combinação de fatores filogenéticos, ambientais/históricos (acontecimentos ao longo da vida) e sócio-culturais. Os fatores históricos, também chamados de psicológicos, são de extrema relevância tanto no surgimento da depressão quanto na sua manutenção. Uma história de vida com muitas perdas afetivas, perdas financeiras ou incapacidade de alcançar os objetivos traçados pode criar e cria um “terreno fértil”, propício, favorável à depressão. É importante ressaltar que um estilo de vida que não possibilite experiências agradáveis, conquistas, vitórias pode não só desencadear como manter um quadro de depressão. Lembremos, ainda, os sentimentos de menos valia e baixa auto-estima que atinge um grande número de pessoas e que podem levar a um estado depressivo.

domingo, 22 de setembro de 2013

FELICIDADE REALISTA - Mário Quintana

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas. Às vezes, a saudade da amada criatura é bem melhor do que a presença dela. Uma vida não basta ser vivida. Ela precisa ser sonhada. Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas, uma grande motivo para ser feliz. Já trazes, ao nascer, a tua filosofia. As razões? Essas vêm posteriormente, tal como escolhes, na chapelaria, a forma que mais te assente... Por que prender a vida em conceitos e normas? O belo e o feio... o bom e o mau... dor e prazer... Tudo, afinal, são formas, e não degraus do Ser! A arte de viver é simplesmente a arte de conviver. “Simplesmente”, disse eu? Mas como é difícil! UM DIA... descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem. Você não só não esquece a outra, como pensa muito mais nela... Descobrimos que se apaixonar, às vezes, é inevitável. Percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples. Percebemos que o comum não nos atrai. Saberemos que ser classificado como o “bonzinho” não é bom... Perceberemos que a pessoa que não liga é que mais pensa em você. Saberemos a importância da frase “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Percebemos que somos muito importantes para alguém mas não damos valor a isso. Percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais. Enfim… um dia descobrimos que apesar de viver quase 100 anos, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem de ser dito… O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras… Que quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

FELICIDADE POSSÍVEL -

Você ESTÁ feliz? Melhoremos a pergunta: você É feliz? O que você tem feito para ser feliz? A felicidade existe? Ora, se todos nós buscamos a felicidade é porque ela deve existir. Se não existisse, não haveria tanta gente em busca dela. Nos últimos tempos, felicidade tem sido uma das principais condições para conferir sentido à vida humana. O próprio objetivo da vida é perseguir a felicidade. Isto está bem claro. Se acreditamos em religião, ou não; se acreditamos nesta religião ou naquela; todos nós estamos procurando algo melhor na vida. Por isso, o próprio movimento da nossa vida é no sentido da felicidade... Agora repitamos a seguinte pergunta : Existe a felicidade? E quando pensamos se ela existe, normalmente trazemos a outra: Eu sou feliz? Para a primeira podemos usar da teoria reversa com uma outra pergunta: Se a felicidade não existe, por que a procuramos incessantemente? Ora, se procuramos por algo, este algo deve existir... Para a segunda pergunta podemos usar uma variação, pequena, para começarmos de uma forma mais amena: Eu estou feliz? Podemos notar que estar traduz algo relacionado ao tempo, ao momento, enquanto ser diz respeito a algo permanente. Temos que lembrar que nós estamos num mundo, que é o planeta terra, que não nos oferece a felicidade plena, portanto costumamos ter momentos de felicidade... Todos os dias nos deparamos com inúmeras decisões e escolhas. E por mais que tentemos, é freqüente não escolhermos aquilo que sabemos ser “bom para nós”. Em parte, isso está relacionado ao fato de que “a escolha certa” costuma ser a difícil – aquela que envolve algum sacrifício do nosso prazer. Ora, segundo Sigmund Freud, a força motivadora fundamental de todo o aparelho psíquico é o desejo de aliviar a tensão causada por impulsos instintivos não realizados. Em outras palavras, nossa motivação oculta é a busca do prazer. De uma coisa precisamos nos convencer: precisamos estar atentos à necessidade de cultivar estados mentais positivos como a generosidade e a compaixão que decididamente conduz a uma melhor saúde mental e à felicidade. O ódio, o ciúme, a raiva, entre outros são prejudiciais. São estados mentais negativos porque eles destroem nossa felicidade mental. Uma vez que abriguemos sentimentos de ódio ou rancor contra alguém, uma vez que nós mesmos estejamos cheios de ódio ou de emoções negativas, outras pessoas também nos parecerão hostis. Logo, disso resultam mais medo, maior inibição e hesitação, assim como uma sensação de insegurança. Essas sensações se desdobram e, com elas, a solidão em meio a um mundo visto como hostil. Todos esses sentimentos negativos derivam do ódio. Por outro lado, estados mentais como a bondade e a compaixão são decididamente positivos. São muito úteis e capazes de nos fazer felizes. Está bastante claro que os sentimentos de amor, afeto, intimidade e compaixão trazem sim a felicidade. Cada um de nós dispõe, portanto, da base para ser feliz, para ter acesso aos estados mentais de amor e compaixão que produzem a felicidade. Procuramos a felicidade, normalmente, nas coisas exteriores, fora de nós mesmos, enquanto podemos encontrá-la, e até mesmo devemos encontrá-la, no nosso íntimo. A felicidade reside em nós mesmos e costumamos procurá-la fora... Seria esta uma inverdade?! Ou será que podemos admitir isto como um fato? Primeiro vamos definir felicidade. Alguns acham que é uma revolução ou algo muito grande que acontece conosco, mas não é. Às vezes somos felizes e não sabemos que somos. A felicidade é um estado de contentamento, de completude, é quando sentimos que nada nos falta. É uma sensação de bem estar, é estar de bem consigo mesmo. Felicidade é capacidade de imaginar um futuro satisfatório – de acreditar no futuro e esperá-lo com alegria. Mas nosso cérebro insiste em imaginar o futuro sempre pior do que realmente será. E a isso se chama de ansiedade. A ansiedade nasce quando você não acredita no futuro e no sucesso do que vai fazer. E não esqueçamos que felicidade é capacidade de ter controle sobre a própria vida. É perceber que a sua vida é resultado dos seus atos, e não se sentir refém do mundo. Ter controle sobre uma situação provoca impacto positivo sobre a felicidade. Você tem controle sobre as situações de sua vida? Ou você deixa que outras pessoas controlem sua vida e nela interfiram? Você permite que outras pessoas decidam por você o que você vai vestir, estudar, onde vai trabalhar? O que tem na sua casa são escolhas suas? Porque, se não for, aí está uma causa para começar a entender porque você não é tão feliz como gostaria. Logo, sempre que fazemos nascer um desejo em nós por algo ou alguém, e não concretizamos, começamos um estado de infelicidade, de insatisfação. Por outro lado, o estado de felicidade não significa ausência de problemas. Podemos sim ser felizes mesmo com os problemas que nos desafiam. Não podemos permitir que os problemas ameacem nosso estado de contentamento íntimo. Como podemos alcançar esse contentamento íntimo? Existem dois métodos. Um consiste em conseguir tudo o que se quer e deseja – todo o dinheiro, todas as casas, os automóveis, o parceiro perfeito e o corpo perfeito. Tudo isso nos trará um contentamento momentâneo, passageiro e logo nos frustramos porque coisas nos trazem uma satisfação passageira. O segundo método, que é mais confiável, consiste em não ter tudo o que queremos mas, sim, em querer e apreciar o que temos. A felicidade que depende principalmente do prazer físico é instável. Um dia, ela está ali, no dia seguinte, pode não estar. Na verdade, é difícil dizer o que é felicidade, mas percebemos quando eu a vemos. Porque é simplesmente se sentir bem. No dia-a-dia, podemos perceber que a felicidade não é uma sensação eterna, é um estado de êxtase, daqueles que se atingem nos momentos de extremo prazer. Há um estado de alternância em estar feliz ou triste. Hora estamos felizes, hora estamos tristes. Mas, precisamos aprender que, apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam como momentos para amadurecer, pensar e repensar as atitudes, os projetos. E, se bem pensarmos, chegaremos à conclusão que aprendemos muito mais com a tristeza do que com a felicidade, ou felicidade. Uma dói e por isso nos transforma. A outra só nos deixa em paz e por isso não provoca as mudanças de que necessitamos para sermos melhores. Embora não existam respostas concretas que nos possa levar até a felicidade, há pistas do que nos poderá levar até ela. O filósofo grego Aristóteles afirmava, há mais de 2 mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse. Por isso, não nos angustiemos quando colocarmos como condição de felicidade ter coisas e não conseguirmos. As coisas e pessoas não podem nos fazer felizes. Nós é que podemos. Por ser a felicidade um estado de satisfação, vai depender somente de nós, de estarmos satisfeitos com o que somos e com o que temos. Precisamos compreender que dentro de nós próprios, no mais profundo, há uma inteligência enorme, simples, natural que sabe sempre o que fazer e onde nos levar. Trata-se de não bloqueá-la, mas sim deixá-la fluir, para que nos indique o caminho. Ao ouvirmos e acolhermos tudo o que surge em nós: tristeza, alegria, coisas boas ou más, bonitas ou feias, sem preconceitos, sem bloqueios e sem nos opormos, descobriremos o contacto com o nosso espaço interior e com a nossa essência. Observar os incômodos e as inquietudes que invadem o nosso espaço interior e acolher tudo o que é nosso, o que gostamos e o que não gostamos é a via mestra para estarmos bem com nós próprios. Nos aceitarmos e deixarmos a nossa essência nos guiar, a desabrochar e a realizar o nosso caminho sem esforços e sem guerras interiores pela vida. O terapeuta e escritor, Roberto Shinyashiki, nos diz que "Felicidade não é o que acontece na nossa vida, mas como nós lidamos com esses acontecimentos. A diferença entre o sábio e o ignorante é que o primeiro sabe aproveitar suas dificuldades para evoluir, enquanto o segundo se sente vítima de seus problemas." Você pode mudar como você se sente, mudando o modo como você pensa. Quando você perceber que pode mudar o modo como você se sente, com certeza você será mais feliz, você não sentirá angústias. Você pode e deve mudar esses sentimentos, a fórmula é: MUDAR O MODO COMO VOCÊ PENSA. Seus pensamentos dão origem aos seus sentimentos. Enquanto você estiver pensando que os outros só abusam e falam mal de você, que sua vida é muito chata, que seus problemas são difíceis demais pra você, sua vida se torna um tanto quanto difícil. Para mudar os pensamentos, você precisa mais do que força de vontade. Não é só decidir mudar sua cabeça que, de uma hora para outra, você vira uma nova mulher, ou um novo homem. Você precisa aprender a fazer as mudanças de que necessita em sua vida. Não seja um refém das suas emoções, não se deixe levar por seus sentimentos, perceba que você pode levar os seus sentimentos para onde você quiser. Se definirmos a felicidade como um estado de perfeição, com tudo correndo exatamente como esperávamos, jamais seremos felizes. Se dependermos de outra pessoa para sermos felizes, estaremos destinados ao sofrimento e à dor sempre que essa pessoa deixar de fazer o que queríamos ou que esperávamos que ela fizesse. E, pior, quase morreremos quando ela nos deixar. Se definirmos a felicidade como prazer, excitação ou aventura, ela será, na melhor das hipóteses, passageira e transitória. Além de poder nos trazer doenças, perigos ou tragédias. E o que é realmente a FELICIDADE? A felicidade é o sentimento que temos de que tudo está bem. É o sentimento de completude que nos faz sentir que não nos falta nada. Ela é ausência de medo, de perturbação e de conflito. É um lugar de tranqüilidade, satisfação e prazer. É paz de espírito. A coisa mais importante que temos de aprender sobre a felicidade é que ela é uma escolha. Está sempre ao nosso alcance; está dentro de cada um de nós.

domingo, 15 de setembro de 2013

EFÊMERO - Chico Xavier

Que diferença fará, daqui a 100 anos, Se você morou em uma mansão ou numa casa muito simples? Se vestiu roupas caras de boutiques ou roupas da sulanca? Se comeu em prato de porcelana ou numa simples marmita? Se possuía um lindo carro importado ou andava a pé? Se pisava sobre tapetes persas ou sobre um piso de terra batida? Se tinha milhões na poupança ou vivia com um salário mínimo por mês? Que diferença isso fará daqui a 100 anos ? Nenhuma! Absolutamente nenhuma! No entanto, há uma coisa que fará muita diferença em sua vida, não só daqui a 100 anos, mas por toda a eternidade. É a maneira como tratou o irmão que Deus colocou mais próximo de você. Com que interesse ou indiferença soube escutar sua dor. Se a dor daquele que estava mais próximo lhe despertou misericórdia ou se lhe foi insensível. Se conseguiu se fazer compreensível e indulgente diante das imperfeições dos seus semelhantes ou algoz dos seus deslizes. São essas as escolhas que fazem a vida diferente. São elas que denunciam a presença de Deus em nós e nos tornam imitadores do seu dileto filho Jesus Cristo. Vivamos nossas vidas sem ódio, sem mágoas, sem machucar as pessoas, principalmente as pessoas que vivem mais próximas a nós. São as pessoas que nos amam como somos e com as quais somos verdadeiros , sem máscaras, com nossas dificuldades e somos perdoados. Se estamos aqui com essas pessoas, é porque há uma razão maior de ser, então... vamos aproveitar as oportunidades e crescer! Lembre-se, Não há dificuldade que o amor não vença; Doença que o amor não cure; Porta que o amor não abra; Obstáculo que o amor não transponha; Muralha que o amor não derrube; Pecado que o amor não redima. Não importa que o problema se ache há muito tempo enraizado. Que as perspectivas não ofereçam esperança; Que o erro tenha as dimensões que tiver. O sentimento autêntico do amor dissolverá tudo. “O Cristo não pediu muita coisa ; não exigiu que as pessoas escalassem o Monte Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros. A caridade é um exercício espiritual. Quem pratica o bem coloca em movimento as forças da alma. Quando os espíritos nos recomendam, com insistência, a prática da caridade, eles estão nos orientando no sentido de nossa própria evolução; não se trata apenas de uma indicação ética, mas de profundo significado filosófico...Nenhuma atividade no bem é insignificante... As mais altas árvores nascem a partir de minúsculas sementes. A repercussão da prática do bem é inimaginável... No Mundo Espiritual, ninguém vai querer saber o que fomos, o que possuímos, que cargo ocupávamos na terra; o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo... Tudo o que pudermos fazer no Bem, não devemos adiar, deixar para depois... Precisamos somar esforços, criando, digamos, uma energia dinâmica que se oponha às forças do mal... ninguém tem o direito de se omitir, de ficar indiferente... A gente deve lutar contra o comodismo e a ociosidade; caso contrário, vamos retornar ao Mundo Espiritual com enorme sensação de vazio... E a questão mais aflitiva para o espírito no Além é a consciência do tempo perdido.”

NÃO JULGAR -

Você já percebeu como vivemos julgando um ao outro? Como é comum o julgamento, sem reservas nem ressalvas, principalmente por parte daqueles que pretendem ser proclamadores da verdade e defensores da lei, da moral ou da religião... Curiosamente, os religiosos são os que mais julgam na história da vida humana sobre a Terra. Querem defender uma verdade que, na maior parte das vezes, é relativa e muitíssimo restrita ao seu ponto de vista ou ao interesse do grupo do qual participam. Para defender sua visão de mundo e seu sistema de crenças, atacam o outro pelo julgamento, sem piedade. É impressionante como os que se dizem seguidores do Cristo envolvem-se em intrigas, disputas e, por fim, formam grupos que disputam por um lugar no céu ou por seu patrimônio espiritual, como se esse fosse o único modo de ver o mundo e viver a espiritualidade. Ignoram outras verdades, e pior: o fazem por escola própria, porque deliberadamente fecham os olhos à diferença. Muitas vezes, isso faz com que vejam seus irmãos, parentes e membros da comunidade um alvo a ser convertido, avaliado, julgado, principalmente quando o outro não adota a perspectiva desejada por ele. Ai, então , o indivíduo transformado em seu alvo mental torna-se proscrito da espiritualidade, um herege que merece ser punido de alguma maneira. E métodos de punição não faltam na mente da pessoa que se sente ultrajada e injuriada porque seu ponto de vista foi recusado. Vocês já pararam para observar como as pessoas que têm segurança em relação a si mesmas quanto a religião, raça, ou orientação sexual desenvolvem uma serenidade que não é perturbada nunca pela diferença de experiência de vida do outro, do próximo? Pessoas como Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá, Dom Hélder Câmara, etc. são grandes exemplos. Para essas pessoas a diferença no outro era motivo de aprendizagem e nunca de ameaça. Quando empregamos nosso tempo para compreender, para ouvir, silenciar outras vezes e amparar o próximo, não há espaço para julgamentos. Foi isso que Jesus Cristo quis exemplificar quando nos disse: “Não julgueis, e não sereis julgados. Não condeneis, e não sereis condenados”. As palavras de Jesus Cristo merecem reflexão, como se faz a partir de uma recomendação inteligente; seu exemplo deve ser visto como a atitude mais sensata a adotar, porque produz satisfação e felicidade, em vez de ser tomado como fórmula religiosa de santificação. Crueldade é atributo da criatura que sente prazer em atormentar severamente os outros, utilizando atitudes rigorosas e inflexíveis para lidar com o mundo em seu derredor. Toda crueldade nasce da fraqueza e da incapacidade das pessoas que não sabem relacionar-se com elas mesmas, com seu mundo interior. Isentamos de responsabilidade sobre os fatos violentos, dando nome de paixão, de honra, de ordem social, de verdade única, para dissimular os pontos fracos e desajustados que possuímos. As leis religiosas do passado mantiveram a humanidade sob o jugo de uma crueldade incalculável, com a imposição do sofrimento e da mortificação, justificando-os como sendo uma das maneiras que a Divina Providência utilizava para corrigir e reparar possíveis erros do presente e do passado. O que era um absurdo, pois, na verdade, Deus é amor, misericórdia e compreensão em abundância. A História nos conta que todos aqueles que se atreveram a contrariar os padrões, normas ou dogmas(que são verdades incontestáveis) estabelecidos por uma doutrina ou por uma grupo tiveram as mãos e as línguas decepadas e o corpo marcado com ferro. Quantos julgamentos sumários de supostos hereges e feiticeiros acusados de crimes contra a fé! Quantos impiedosos apedrejamentos, quantas práticas perversas, quantos órgãos retalhados, quantos olhos queimados com brasa! Longos foram os tempos de domínio pela crueldade, pelo medo e pela exploração emocional. Homens insensíveis utilizaram os mais variados métodos desumanos para manipular e controlar, de forma abominável, as pessoas em nome do bem-estar, da tradição, da religião, da família, dos bons costumes. O castigo nunca evita o crime, somente a educação e o amor corrigem as almas – eis a grande proposta da Divina Providência. No entanto, o homem, de tanto ser cruel consigo mesmo, aprendeu a projetar a crueldade no mundo que o rodeia. De tanto se julgar de forma tirânica, aprendeu a ser déspota também com os outros. Os “requintes de perversidade” estão introduzidos na sociedade de forma tão sutil e imperceptível que, muitas vezes, não conseguimos identificá-los de imediato. Não existem mais inquisidores propriamente ditos; mas, ainda persistem restos da atmosfera dessas ideias preconcebidas. Não existem mais fogueiras e guilhotinas, mas todos podemos nos converter em controladores e juízes da moral alheia se as circunstâncias forem propícias, forem favoráveis. Alguns de nós usam técnicas indiretas e passivas, consideradas elegantes e sutis, mas, no seu conteúdo profundo, são frias, brutais e desumanas. Todo comportamento cruel está, na realidade, estabelecendo não somente uma sentença ou um veredicto, mas, ao mesmo tempo, um juízo, um valor, um peso e uma medida de como trataremos a nós mesmos. Assim nos esclarece a Doutrina Espírita quando diz que todos os “estratagemas cruéis” se voltarão contra a própria fonte criadora. Julgamentos impiedosos que fazemos em relação aos outros informam sobre tudo aquilo que realmente temos por dentro. Em outras palavras, a “forma” e o “material” utilizados para julgar ou condenar os outros residem dentro de nós. No Evangelho de João, diz o Mestre de Nazaré: “Se alguém ouvir minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo, pois não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo”. Jesus não julgava, não media ou sentenciava ninguém. Quem aprende a não condenar os outros não mais se condenará. Ele, o nosso Divino Senhor e Mestre, deixou-nos as lições da compreensão, da compaixão, da mansuetude e do amor como forma de vivermos bem, não somente com os outros mas também com nós mesmos. Existem, na verdade, dois tipos de pecado: pecados do corpo e pecados do espírito. Na parábola do Novo Testamento, o Filho Pródigo abandona sua família e sai pelo mundo, enquanto o irmão mais velho fica junto ao pai. Depois de muitas desgraças, o Filho pródigo resolve voltar, e o pai dá uma grande festa em sua homenagem. Ao saber disso, o irmão mais velho revolta-se contra o pai: “Não fiquei aqui ao seu lado esse tempo, trabalhando, enquanto ele gastava sua herança?”, pergunta. Podemos considerar que o Filho Pródigo comete o primeiro tipo de pecado, o pecado do corpo, enquanto o irmão, o segundo tipo, o pecado do espírito. A sociedade, curiosamente, garante saber qual dos dois tipos de pecado é o pior, e sua condenação cai, sem sombra de dúvida, sobre o Filho Pródigo. Mas será que estamos certos? Não temos nenhuma balança para pesar o pecado dos outros, e “melhor” ou “pior” são apenas duas palavras do vocabulário. Mas eu digo a vocês: faltas mais sofisticadas podem ser muito mais graves do que as simples e óbvias. Aos olhos Daquele que é o Amor, um pecado contra o Amor é cem vezes pior. Não existe nenhum vício, ou desejo, ou avareza, ou luxúria, ou embriaguez que seja pior que um temperamento intolerante. Por tornar a vida amarga, por destruir comunidades, por acabar com muitas relações, por devastar lares, por sacudir homens e mulheres de suas bases, por tirar toda a exuberância da juventude, por seu poder gratuito de produzir miséria, a intolerância não tem concorrentes. Olhamos para o irmão mais velho, o correto, trabalhador, paciente, responsável. Vamos dar a ele todo o crédito de suas virtudes – olhamos para esse rapaz, para essa criança que agora se encontra na porta da casa, humilhado, diante de seu pai. “Ele se indignou”, nós lemos, “e não quer entrar”. Como a atitude do irmão deve ter afetado o Filho Pródigo! E quantos filhos pródigos são mantidos fora do Reino de Deus por causa dessas pessoas sem amor, que garantem estar do lado de dentro! Como devia estar o rosto do irmão mais velho ao dizer aquelas palavras? Coberto por uma nuvem de ciúme, raiva, orgulho, crueldade, certeza de que havia agido sempre direito. Determinação, ressentimento, falta de caridade. São esses os ingredientes dessa alma escura e sem amor. São esses os ingredientes da intolerância e do preconceito. E todos nós, que já sofremos esse tipo de pressão muitas vezes na vida, sabemos que esses pecados são muito mais destruidores do que os pecados do corpo. Não falou o próprio Cristo a esse respeito, quando disse que as prostitutas e os pecadores entrariam primeiro no Reino dos Céus, na frente dos sábios escribas de sua época? Não existe lugar no Reino para os preconceituosos e os intolerantes. Um homem preconceituoso conseguiria tornar o Paraíso insuportável para si e para os outros. Se o intolerante não nascer de novo, deixando de lado tudo aquilo que julga intocável e certo, ele não pode – simplesmente não pode – entrar no Reino dos Céus. Porque, para entrar no Reino dos Céus, o homem precisa carregar o Paraíso em sua alma.

domingo, 8 de setembro de 2013

A VIDA SEMPRE VALE A PENA -

O grande lance da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e AGORA! Claro que a vida às vezes prega peças : o bolo queima ou sola, o pneu fura, chove demais, faz calor demais. Mas... pense um pouco : tem graça viver sem rir, mas rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Será que não nos tem faltado um pouco de humor diante da dor, do sofrimento e da desgraça? Se a dor, o sofrimento e a desgraça nos levam, no mínimo, ao aprendizado, por que temos que olhá-los como inimigos. Quando os compreendermos como desafios, possivelmente passaremos a chamá-los de irmã-dor, irmão-sofrimento, irmã-desgraça. O escritor nos diz que “existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta que sofrer é uma perda de tempo”. Pense nisso. Quanto de sofrimento não temos buscado por falta de jeito para ser feliz. Às vezes esperamos demais das pessoas... normal, mas se elas não corresponderem a nossas expectativas, a culpa não é delas... A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou... normal. Devemos transformar tudo em uma boa experiência. O nosso desejo não se realizou? Beleza! Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento. E aí lembro-me de uma frase : “Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade”. Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte da condição humana. Não adianta lutar contra isso. Sempre haverá falta de algo. Acredito que, ou nos conformamos com a falta de algumas coisas, ou não nos esforçaremos para realizar todos os nossos desejos. Onde estará o impulso da vida se não contarmos com a força dos desejos? Mas, seja forte o suficiente para enfrentar os obstáculos; paciente para saber esperar os resultados; e capaz de reconhecer, no final de tudo, seu esforço e ver que ele não foi em vão. No final de cada jornada – e a vida é cheia delas – olhe para trás e enxergue uma vida maravilhosa, cheia de alegrias, viagens, sorrisos, amores, paixões, beijos, abraços, amigos, realizações, conquistas. Tenha inúmeros bons momentos dos quais possa lembrar; veja o por do sol e o seu nascer; tenha momentos difíceis também; eles nos ensinam a crescer e foi para isso que viemos. Tenha noites de insônia, daquelas que acabam virando momentos reflexivos de nossa vida. Tenha noites de poucas horas de sono, por causa daquela tão esperada balada. Ao olhar pra trás, veja que cometeu algumas loucuras em certos momentos, mas olhe-se com misericórdia e perdoe-se. A vida precisa de um pouco de equilíbrio... A cada fase, seus problemas. Eles são nossos companheiros constantes... Quem não os tem? Chore quando for preciso desabafar aquela agonia incontrolável. Sinta-se cansado, exausto... mas de tanto pular, gritar, dançar e cantar... E que no fim da noite você possa pensar sozinho consigo: VALEU A PENA!!! Não se esqueça : a vida não é um rascunho... a gente não tem a chance de passar a limpo!

MAIS TOLERÂNCIA -

O intolerante não perdoa, nem mesmo atenua as falhas humanas e, por isso, falta-lhe a moderação nas apreciações para com o próximo. Vê apenas o lado errado das pessoas, o que em nada estimula o bem proceder. A fácil irritação é também um aspecto predominante do tipo intolerante. O senso de análise e de crítica é nele muito forte. Na sua maneira de ver, quem erra tem que pagar pelo que fez. Não há considerações que possam aliviar uma falta. Por que somos ainda tão intolerantes? Vemos o cisco no olho do nosso vizinho e não enxergamos a trave no nosso. Gostamos de comentar só o lado desagradável e desairoso das pessoas, e isso até nos dá prazer. Será que nessas críticas não estamos inconscientemente projetando nos outros o que mais ocultamos de nós mesmos? Não estaríamos assim salientando nas pessoas o que não temos coragem de encarar dentro de nós? A intolerância doentia é um sintoma indicativo de que algo muito sério precisa ser corrigido dentro do nosso próprio ser. Por que exigimos perfeição dos que nos rodeiam e somos complacentes com nossos abusos? Sejamos primeiro rigorosos conosco e, então, compreensivos com os outros. Mostrando o mal nos outros, ressaltamos as supostas qualidades que acreditamos ter. É manifestação de orgulho, não nos enganemos. É proceder contrário à caridade “que Jesus se empenhou tanto em combater, como o maior obstáculo ao progresso”. A censura que façamos a outra pessoa deve antes ser dirigida a nós próprios procurando indagar se não a mereceríamos. Analisemos, identifiquemos e lutemos por eliminar completamente a intolerância dos nossos hábitos. Diante da inveja, da injusta acusação, da ingratidão, da incompreensão, da injúria, da ignorância e da grosseria, resta-nos, como saída segura e cristã, exercitar a tolerância. Não poderemos nunca medir o tamanho dos problemas por que passam os que nomeamos como nossos “ofensores” e que os levam a ter tais comportamentos. Contudo, podemos com certeza entender que no íntimo de cada um deles há sofrimentos e angústias indecifráveis para as outras pessoas. Disso sabemos porquê também carregamos dificuldades ocultas. Sempre devemos nos colocar na posição de quem erra, a fim de compreendermos e perdoarmos com sinceridade. É indispensável que não esqueçamos de que aquele que hoje nos magoa pode mostrar-se para nós como grande instrumento de socorro amanhã. Quem se pretende possuir “a verdade”, ou melhor, “a certeza”, termina sendo intolerante em aceitar outros posicionamentos, se fechando a escuta de tudo que se apresente como diferente ou incompreensível ao seu esquema conceitual de fala e ação. E essa postura de “certeza” que muitos carregam traz sempre consigo uma atitude de prejulgamento e de preconceito. Diz a Madre Teresa de Calcutá que “quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las.” O fato é que nos arvoramos a ser juízes dos outros e julgar os outros quando estão tão somente tentando acertar e que, como nós, estão distantes da santidade que exigimos do outro e que ainda não desenvolvemos em nós. E os cristãos, como julgam! Como cada irmão julga o outro, como se alguns fossem detentores da salvação e pudessem manipular a verdade e manipular até Deus. Dois mil anos se passaram e ainda não aprendemos a lição do “amai-vos uns aos outros”. Pelo visto, ainda julgamos principalmente aqueles que não pensam e nem rezam segundo nossa cartilha. Quando uma pessoa emite julgamentos sobre alguém é de se esperar que tenha conhecimentos de causa e elementos para tal, que tenha uma visão mais ampla e acertada do outro e, principalmente, que tenha ao menos uma proposta melhor para oferecer no que diz respeito ao fato motivador de sua reação crítica. Quem de nós pode oferecer proposta de melhor quando se trata da felicidade do outro? Ao avaliar fria e francamente o hábito de julgar, convenhamos que não estamos habilitados nem sequer a ajuizar sobre nossas próprias intenções. Quantas e quantas vezes praticamos determinadas ações ou tomamos atitudes das quais nos arrependemos posteriormente e, perguntados por que agimos de tal maneira, respondemos com honestidade: “Não sei!”? Claro, ainda não temos sabedoria ou inteligência, justiça e equidade para podermos avaliar justamente o outro.

domingo, 1 de setembro de 2013

DESEJO - Victor Hugo

Desejo primeiro que você ame, E que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim, Mas se for, saiba ser sem desesperar. Desejo também que tenha amigos, Que mesmo maus e inconsequentes, Sejam corajosos e fiéis, E que pelo menos num deles Você possa confiar sem duvidar. E porque a vida é assim. Desejo ainda que você tenha inimigos. Nem muitos, nem poucos, Mas na medida exata para que, algumas vezes, Você se interpele a respeito De suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, Para que você não se sinta demasiado seguro. Desejo depois que você seja útil, Mas não insubstituível. E que nos maus momentos, Quando não restar mais nada, Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante, Não com os que erram pouco, porque isso é fácil, Mas com os que erram muito e irremediavelmente, E que fazendo bom uso dessa tolerância, Você sirva de exemplo aos outros. Desejo que você, sendo jovem, Não amadureça depressa demais, E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer E que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e É preciso deixar que eles escorram por entre nós. Desejo por sinal que você seja triste, Não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra Que o riso diário é bom, O riso habitual é insosso e o riso constante é insano. Desejo que você descubra, Com o máximo de urgência, Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos, Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta. Desejo ainda que você afague um gato, Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro Erguer triunfante o seu canto matinal Porque, assim, você se sentirá bem por nada. Desejo também que você plante uma semente, Por mais minúscula que seja, E acompanhe o seu crescimento, Para que você saiba de quantas Muitas vidas é feita uma árvore. Desejo, outros sim, que você tenha dinheiro, Porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano Coloque um pouco dele Na sua frente e diga “Isso é meu”, Só para que fique bem claro quem é o dono de quem. Desejo também que nenhum de seus afetos morra, Por ele e por você, Mas que se morrer, você possa chorar Sem se lamentar e sofrer sem se culpar. Desejo por fim que você sendo homem, Tenha uma boa mulher, E que sendo mulher, Tenha um bom homem E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes, E quando estiverem exaustos e sorridentes, Ainda haja amor para recomeçar. E se tudo isso acontecer, Não tenho mais nada a te desejar. * * *

O QUE FAZEMOS DE NÓS -

A verdade à qual nenhum de nós escapa: nós somos aquilo que nós mesmos fazemos de nós, e, do outro lado da vida, um dia, nós vamos contar a nossa própria história, queiramos ou não, acreditemos ou não. Porque, para voltarmos à Terra, e voltar à Terra ainda será necessário para nós por muito tempo, já que a Terra é o hospital-escola que nos acolhe, nós vamos ter de refazer a nossa programação, vamos ter de observar tudo o que não fizemos e o que fizemos de errado. Hoje isso pode nos parecer a mais absoluta tolice, mas, amanhã, do outro lado da existência, entenderemos a gravidade de todos os nossos gestos, palavras, do silêncio, dos sonhos, das mentalizações, daquilo que pensamos embora não tenhamos falado, porque pelos nossos pensamentos também somos observados. Por isso tudo é que Jesus afirmava: “o Pai vê o que fazes em segredo.”... E Paulo de Tarso disse que somos acompanhados por uma nuvem de testemunhas invisíveis... Não é o fato de não vermos que não existe. Fora da matéria, antes de virmos para cá, para a atual experiência no corpo físico, quem sabe já não teremos sido nós também obsessores, perseguidores daqueles que amávamos e que não queríamos ver felizes sem a nossa presença. Quem sabe já não tenhamos nós também sido suicidas? Muitos de nós têm doenças não justificadas pela medicina porque se tratam de heranças de nossa experiência anterior e que estão impressas no nosso perispírito. Dor de cabeça crônica, hipertensão, cardiopatia, esquizofrenia e até certos tipos de cânceres. Muitos de nós vivem todo esse processo de escondermo-nos de nós mesmos. Muitos de nós também somos especialistas nisso: em fingir; em esquecer; em fingir que somos felizes, para não tocarmos em determinadas feridas que precisamos severamente solucionar; em fingir que respeitamos o outro, quando queremos que o outro esteja sob nossa tutela e faça somente aquilo que é conveniente e “bom” para nós... Muitas vezes nós afirmamos que nossos filhos têm toda a liberdade, que podem fazer o que quiserem, mas, se nos contrariam, sonhando algum sonho que nós não queremos que eles sonhem, então já ficamos desesperados. Mas nossos filhos também são almas que vêm do espaço, como diz o Evangelho Segundo o Espiritismo, para progredir em nossos braços. E, não nos esqueçamos, muitas vezes suas escolhas não serão aquelas que nós pretendíamos, por considerarmos serem as melhores. Emmanuel dizia, através da mediunidade de Chico Xavier, que, às vezes, um pai ia procurar orientação espiritual, querendo o filho engenheiro ou médico, mas que uma enxada, nas mãos daquele filho, ensinaria muito mais!... E, é óbvio, ninguém quer isso: queremos nossos filhos brilhando, nossos filhos, se possível, com mais de um curso em universidade... mas, às vezes, a alma vem não para ser um doutor, mas para recuperar emocionalmente aquilo que desgastou pelo caminho em vidas em que conseguiu ser um doutor, mas não soube honrar o diploma, ou a própria profissão escolhida. Todas essas pessoas que hoje vemos, muitas vezes pela televisão, como pessoas enlouquecidas, dementadas, assassinas, vingativas, pessoas tresloucadas que não perdoam, que roubam e que, naturalmente, muitas das vezes, não serão talvez capturadas pela justiça terrena, no mundo espiritual certamente estarão em um processo de loucura, e muitas delas não serão mais convidadas nem mesmo a habitarem a Terra. Irão para um planeta pior do que a Terra. Não esqueçamos que o afeto está intimamente relacionado à nossa saúde, à nossa capacidade de pensar com discernimento, e que a Medicina só avançará quando os médicos não nos virem mais apenas como um corpo, mas como um todo complexo. E é por isso que os amigos espirituais nos afirmam que, num futuro não muito distante, na Terra, os médicos terão, inclusive, acesso às nossas vidas anteriores, para que possam entender, junto conosco, o porquê de situações como a de quem nunca fumou, mas traz uma enfermidade pulmonar; a situação de quem nunca provou álcool, mas tem o fígado problemático; ou a situação de quem, por exemplo, nunca está bem, ou nunca cometeu qualquer excesso, mas traz insuficiência renal inexplicável... Somos o passado em forma de presente. Somos, sim, o passado em forma de presente! E precisamos trabalhar sempre pela nossa recuperação, vivemos para isso, não para ocultarmos o nosso passado, mas para transformá-lo, porque fomos criados por Deus, para a beleza e perfeição que nós vamos alcançar de alguma forma, um dia. Se não entendermos isso e não começarmos de imediato, estaremos apenas adiando, com atitudes menos dignas e nobres, a chegada triunfal do nosso coração totalmente belo e digno à verdadeira morada de todos nós. Não adianta pensarmos que depois da morte estaremos dormindo à espera do julgamento. O que haverá lá, na verdade, é trabalho, porque nós vamos passar a ajudar aqueles que ainda estão no caminho, como hoje nos ajudam os mentores espirituais, aqueles seres que estiveram conosco, que foram nossos amigos, nossos namorados, nossos filhos, mas que, por motivos diversos à sua própria intenção, se adiantaram, foram à frente, mas que hoje se dedicam a nos ajudar para nos saiamos bem nessa jornada aqui na terra. Muitas vezes, quando os relógios apontam as seis horas da tarde, muitos de nós sentem suave melancolia, ou, dependendo do nosso problema, uma tristeza grande, porque essa é a hora em que Maria, a mãe de Jesus, recolhe as súplicas de todas as criaturas... É a hora em que até no Vale dos Suicidas o silêncio acontece. É a hora em que, no Hospital Maria de Nazaré, instituição existente no mundo espiritual no Vale dos suicidas para cuidar deles, todos voltam o olhar para o chão, para implorar a proteção da mãe de Jesus ao seu recomeço. “Ama e obterás as bênçãos do amor.”, disse Emmanuel tantas vezes através do Chico. Amemos até doer, dizia Madre Tereza de Calcutá. E, quando sentirmos vontade de orar pelas almas suicidas, façamos isso, sem nenhum problema. Elas não se aproximarão de nós, não estarão ligadas a nós pelo sofrimento, mas agradecerão, de onde estiverem, a bênção daquele pequeno bálsamo. Oremos, mesmo que não tenhamos, na nossa família ou entre amigos, nenhum caso assim. Não deixemos de, pelo menos de vez em quando, orar por aqueles que desistiram da vida dessa forma dramática, mas que retornarão de forma talvez ainda mais dramática para recomeçar, muitas vezes do zero... Há uma frase não se sabe de que autoria que diz assim: “ó Senhor dos grandes recomeços, aqui estou eu, mais uma vez!...”. No fundo, todos nós fazemos a mesma coisa: a cada encarnação, a cada retorno à Terra, nós somos aqueles que, à frente de Deus, dizemos: aqui estou eu, Senhor, mais uma vez, para recomeçar... Por isso, o que nos importa se as pessoas não nos amarem como queremos?!.. O que nos importará, se as pessoas duvidarem de nós, se as pessoas nos invejarem, se não nos compreenderem, se não observarem a vida como nós observamos?! Todos nós amadureceremos, todos nós chegaremos a esse grande final que é a felicidade sem nenhuma mácula, e, quando lá estivermos, nós vamos querer fazer todas as criaturas felizes também. Por isso também pensemos: as coisas da Terra são tão pequenas, são tão passageiras, e nós nos deixamos envolver por elas, ficamos totalmente amargurados, paralisados, passamos as semanas, os meses, os anos, reclamando que a vida não é aquilo que nós sonhamos quando crianças ou adolescentes, não é aquilo que pretendíamos, mas, muitas vezes, nada fazemos para nos modificar e modificar o nosso destino, não vamos em busca das grandes transformações, ficamos mesmo sem coragem para os grandes desafios, permanecemos com medo de encarar de frente aquilo que nós teimamos em adiar. Para quando, não se sabe. Se quisermos, nós sempre encontraremos uma desculpa, sempre haverá uma justificativa, um “ah, eu não posso”, ou “ah, eu não tenho forças”, “não é do jeito que eu queria”... e assim a vida irá passando, porque 100 anos, dizia Emmanuel, através de Chico Xavier, “é um relâmpago na eternidade...”. Chico Xavier, certa feita, recebeu uma senhora que, em grave perturbação, foi até ele e lhe disse: “Chico, eu vim te dizer uma coisa: essa história de Doutrina Espírita não serve para nada. No dia a dia não adianta!!!”. E o Chico, muito tranquilamente, lhe respondeu: “minha amiga, provavelmente você tenha toda a razão...”. A mulher ficou frustradíssima, foi embora, mas, dois anos depois, retornou ao mesmo Chico Xavier e lhe disse: “Chico, eu vim te pedir perdão: Chico, eu estava doida! Chico, a Doutrina Espírita é tudo! Chico, a Doutrina Espírita resolve tudo na vida da gente!...”. E aí o Chico voltou a responder: “É verdade, minha amiga: provavelmente você tenha toda a razão!”. “Por isso que o Chico nunca ficava doente das emoções!”, comentavam seus amigos. Chico Xavier tinha todos os problemas de saúde no corpo físico, mas, emocionalmente, ele era perfeito. E era perfeito também porque ele sabia que a loucura dos outros tem de ficar com os outros, não conosco... E, às vezes, temos aqueles amigos tão queridos, amados, que nos lançam os seus xingamentos, que nos lançam toda a sua mágoa, que nos lançam a sua inveja, toda a sua desfaçatez... e, depois de tudo, saem ótimos e ainda nos dizem: “nossa! Eu adoro conversar com você! Eu fico ótimo!”. E você, ali, desmaiado; a sua samambaia, morta; o seu cachorro, no veterinário!!! Todo mundo pega um pedaço da carga! E, o pior, ainda tem gente que acaba se achando um “médium” daqueles, porque pegou a rebarba e aguentou firme! Mas também é preciso ter cuidado para ajudar. Porque, muitas vezes, de tanto pegar a carga emocional dos outros, e sofrer junto, chorar junto, se amargurar junto, nós podemos acabar adoecendo também da nossa emoção, da nossa vontade, do nosso desejo de sermos melhores e, consequentemente, da nossa disposição para sermos mais felizes.