segunda-feira, 26 de novembro de 2012

LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO SOBRE A MÁGOA

"Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado. Às vezes nos falta esperança. Às vezes o amor nos machuca profundamente, e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa. Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar...é nossa razão de existir. Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino. Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa. Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um pôr do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto. É a força da natureza nos chamando para a vida. Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, lhe traíram sem qualquer piedade. Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo. Você descobre que algumas pessoas nunca disseram ‘eu te amo’, e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram... Descobre também que outras disseram ‘eu te amo’ uma única vez. E agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrado. Assim ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu, são fatores importantes: a relação com a família, as condições econômicas nas quais se desenvolveu. (dificuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter), os relacionamentos anteriores e as razões do rompimento, seus sonhos, ideais e objetivos. Não deixe de acreditar no amor. Mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá. Manifeste suas ideias e planos, para saber se vocês combinam. E certifique-se de que quando estão juntos, aquele abraço vale mais que qualquer palavra. Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa lhe deixar, então nada irá lhe restar. Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco. Pois em algum outro momento essa pessoa irá lhe deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado. Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário. Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo. A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna. A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem..."

A MÁGOA SEGUNDO CHICO XAVIER -

“Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível! Uma mágoa não é motivo pra outra mágoa. Uma lágrima não é motivo pra outra lágrima. Uma dor não é motivo pra outra dor. Só o riso, o amor e o prazer merecem revanche. O resto, mais que perda de tempo... é perda de vida." Aquele que persegue, ou seja, o provocador que faz gerar a mágoa, sofre desequilíbrios que desconhecemos e não é justo que nos afundemos, com ele, no fosso da sua animosidade. Seja qual for a dificuldade que nos impulsione à mágoa, procuremos reagir, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores. Através do cultivo de pensamentos salutares, nos manteremos acima das viciações mentais que agasalham esse magnetismo mortífero que, infelizmente, se alastra pela Terra de hoje, pestilencial, danoso, aniquilador. Incontáveis problemas que culminam em tragédias quotidianas são decorrência da mágoa, que virulenta se firmou, gerando o nefando comércio do sofrimento desnecessário. Buscando, através da fé sincera e raciocinada, os programas da renovação interior, é fundamental apurarmos aspirações e não nos afligirmos. Quando a provocação vier, por parte do ofensor, convém acionarmos todo o nosso empenho na direção do bem. Malsinados pela incompreensão, desculpemos. Feridos nos melhores brios, perdoemos. Se meditarmos na transitoriedade do mal e na perenidade do bem, não teremos outra opção, além daquela: amar e amar sempre, impedindo que a mágoa estabeleça nas fronteiras da nossa vida as balizas da sua província infeliz. Lembremos como nos alerta o Divino Mestre Jesus Cristo, incomparável conhecedor da alma humana, em sua mensagem dirigida aos corações de todos os tempos, através de seu exemplo incomparável de perdão: ‘Quando estiverdes orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que vosso Pai que está nos Céus, vos perdoe as vossas ofensas’.”

"COMO LIDAR COM A MÁGOA"

Na origem de nossos males – por mais que insistamos em culpar os outros - , sempre está a própria criatura, herdeira de si mesma. Alguém nos desprezou profundamente. Lançou sobre nossa alma o punhal da ironia. Do escárnio. Julgou-nos impiedosamente, afirmando que o fracasso era destino fatal em nossa vida. Olhou-nos com desdém e, com leve sorriso sarcástico, deu-nos as costas como se não tivéssemos nenhuma importância. Nesse momento, nosso peito se inflamou pela dor do descaso, o coração ardeu envolvido numa estranha aura de desamparo. Eis a mágoa. A mágoa, como já dissemos no programa anterior, pode surgir de muitos motivos: por rompimento afetivo, por maledicência, por preconceito em relação a idade, trabalho, raça, sexo, modo de ser, por ingratidão, por abandono, por traição amorosa, por discriminação social, sobretudo quando se é pobre. Aliás, ninguém consegue viver sem nunca se magoar com alguém ou com alguma coisa. A mágoa é uma das muitas emoções humanas e só não se emocionam os corpos feitos de pedra, uma vez que as emoções nas criaturas vivas revelam a importância que elas dão a si mesmas, aos outros e aos acontecimentos. Se nada nos importasse, nunca teríamos mágoa, mas isso é impossível. A importância que damos a tudo que existe mede o grau de sentimento que possuímos por algo ou por alguém. Como definir a mágoa? A palavra, que tem origem no latim macula, representa um sentimento de desgosto, pesar, sensação de amargura, tristeza, ressentimento. É um descontentamento que, embora frequentemente leve e brando, pode deixar marcas que podem durar um bom tempo. Por vezes é possível percebê-lo no semblante, nas palavras e nos gestos de uma pessoa. Aconselhar uma pessoa ofendida a imediatamente esquecer, não se magoando com a ofensa, seria o mesmo que pedir-lhe que agisse como se a agressão sofrida nunca tivesse acontecido. “Nunca se magoar e sempre esquecer” é um conselho dado por muitos. E essa pode ser uma ideia equivocada, pois a não-aceitação de uma emoção real resulta no seu deslocamento para coisas fora do mundo interior – o fato desagradável fica focalizado no exterior, e a verdadeira causa da emoção permanece no escuro. Essa postura de comportamento recebe o nome de ocultação de sentimentos ou repressão. Só conseguiremos trabalhar melhor nossas mágoas não as reprimindo nem as intensificando, mas desprendendo-nos, deslingando-nos, ou melhor, colocando-nos a certa distância mental e emocional dos fatos ocorridos e das pessoas que neles se envolveram. Isso não significa que devemos nos afastar hostil e friamente, viver alienados e impermeáveis aos problemas ou nos deixando de importar com tudo o que aconteceu, mas podemos viver mais tanquilos e menos transtornados para analisar e, por consequência, concluir que, as situações e os acontecimentos que nos cercam são reflexos ou criações materializadas dos nossos pensamentos e convicções. Acreditamos que, ao fazer o proposto “distanciamento psicológico”, teremos sempre mais possibilidades para perceber o processo interno que há por trás de toda mágoa. Paulo de Tarso nos diz, em uma carta aos efésios: “Irai-vos, mas não pequeis: não se ponha o sol sobre a vossa ira”. As palavras do apóstolo vêm confirmar essa ideia. “Irai-vos, mas não pequeis” quer dizer: admita a mágoa, não viva com emoções recalcadas, porque quem assim vive transita cotidianamente em contante irritabilidade, sem saber de onde veio, para onde vai e quanto tempo vai ficar. “Por o sol sobre a vossa ira” significa não intensificar, não reavivar fatos doloridos, não transportá-los do passado para o presente. Não se magoar é impossível, mas perpetuar ou ignorar o fato desagradável pode ser comparado ao comportamento do escorpião que, quando enraivecido, injeta veneno em si mesmo com o próprio ferrão. Perdoar não significa apenas esquecer as mágoas ou mesmo fechar os olhos pra as ofensas alheias. Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão e aceitação dos sentimentos humanos, por saber que nós e os outros ainda estamos distantes de agir corretamente. A Doutrina Espírita possui vasta informação sobre a ação perturbadora ocasionada pela mágoa, uma vez que a concebe enraizada no orgulho e no egoísmo. Estuda a fundo seus mecanismos desequilibradores e também os meios de combate. Joanna de Angelis, espírito que psicografa através de Divaldo Pereira Franco, compara-a à ferrugem perniciosa que destrói o metal em que se origina, classificando-a como síndrome alarmante de desequilibro. A presença da mágoa, segundo a Doutrina Espírita, faculta a fixação de graves enfermidades físicas e psíquicas no organismo de quem a agasalha. Normalmente, o sentimento de mágoa se instala nos redutos do amor-próprio ferido e aos poucos se desdobra em seguro processo enfermiço, que termina por vitimar o hospedeiro. Ou seja, a pessoa que abriga a mágoa. Joanna de Angelis nos adverte que, se permitirmos a mágoa habitar os tecidos do sentimento, desdobra-se em modalidades várias, para sorrateiramente apossar-se de todos os departamentos da emotividade, engendrando cânceres morais irreversíveis. Ao seu lado, instala-se, quase sempre, a aversão, que estimula o ódio, etapa grave do processo destrutivo. A mágoa, além de desgovernar aquele que a vitaliza, emite verdadeiros dardos negativos que atingem outras vítimas imprudentes, aquelas que fizeram as causadoras conscientes ou não do seu nascimento. Sua ação entorpece os canais por onde transita a esperança, impedindo a ação do consolo. Quem se sente magoado disfarça-se, habilmente, utilizando-se de argumentos bem arquitetados para negar-se ao perdão ou fugir ao dever do esquecimento. Muitas distonias orgânicas são o resultado do veneno da mágoa que, gerando altas cargas tóxicas sobre a maquinaria mental, produz desequilíbrio no mecanismo psíquico com lamentáveis conseqüências nos aparelhos circulatório, digestivo, nervoso... À semelhança de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a mágoa desgasta, pouco a pouco, as peças delicadas das engrenagens orgânicas do homem, destrambelhando-lhe os equipamentos muito delicados da organização psíquica. A mágoa é conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são imprevisíveis. Penetra no âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos socorros do otimismo, da esperança e da boa vontade em relação aos fatores que o machucam. Instalando-se, arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando-a a atitudes desesperadas, desde que lhe satisfaça a programação vil. Exala amargura e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir para a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias negativas, que exteriorizam mau humor e azedume. Quem acumula mágoas coleciona lixo mental. O melhor que temos a fazer é reagir às tentativas de alojamento da mágoa nos nossos sentimentos. Nós não estamos no mundo por acaso. Estamos aqui com finalidades antes estabelecidas a que devemos tender e fazer de cada experiência, mesmo as mais amargas, oportunidade de crescimento e aperfeiçoamento. Acompanha a marcha do Sol e enriquece-te de luz, não mergulhando na sombra dos ressentimentos destrutivos. Sorri ante o infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá-lo através dos valores éticos e educativos que já possuis, poupando-te à consumação de que é portadora a mágoa." Somos, sem dúvida, aquilo que vitalizamos pelo pensamento. Nossas ideias, nossas aspirações constituem o campo vibratório no qual transitamos e em cujas fontes nos nutrimos. Depreciando os ideais e espalhando infundadas suspeitas, a mágoa consegue isolar a pessoa ressentida, impossibilitando a cooperação dos socorros externos, procedentes de outras pessoas. O melhor meio de combatermos os malefícios da mágoa é detectarmos implacavelmente os indícios de sua presença inferior, que conspiram contra a paz íntima. O ofensor merece nossa compaixão, nunca o nosso revide. Os sentimentos ruins são frutos de expectativas frustradas. Colocamos no outro ou naquela oportunidade a responsabilidade de resolver nossos problemas como se eles não fossem consequências dos nossos próprios atos, daí a mágoa e o ressentimento.
Na medida em que não extravasamos este sentimento e vamos dando a ele uma conotação negativa maior do que de fato ele deveria ter, sufocamos nossos limites emocionais e daí aparecem os sintomas físicos. "Todos nós criamos expectativas sobre a vida e toleramos até certo limite algumas frustrações. Quando elas extrapolam este limite, que é pessoal, e nos fazem sofrer, significa que algo está em desequilíbrio e é preciso resolver. O problema é que a maioria das pessoas acha que resolver os ressentimentos é resolver com o outro aquilo que está pendente, o que deve ser feito mesmo, porém, antes disso, é preciso entender o que de fato lhe fez mal e porque ganhou tamanha dimensão na sua vida para daí buscar o equilíbrio. DUAS PERGUNTAS QUE TALVEZ VOCÊ MESMO FARIA: Por que não consigo expressar meus sentimentos? Muita gente costuma guardar a mágoa e os sentimentos ruins por não conseguir extravasar, daí vem a tristeza e a angústia. Isso acontece porque temos temperamentos e limites diferentes fazendo com que alguns enfrentem, sem traumas, as decepções do dia a dia, enquanto outros guardem e fiquem remoendo as dores. É algo muito pessoal a forma que cada um reage às adversidades. Se você é tímido, reage de um jeito; se é inseguro, age de outra maneira. O importante nesta questão é perceber que quem cria a conotação negativa que gera a mágoa e o ressentimento somos nós. A pessoa pode até ter errado com você, mas a intensidade disso na sua vida quem dá é você mesmo. Sentimento reprimido é igual a saúde em perigo? A dor emocional se torna física quando a intensidade que damos ao fato que nos magoa chega a interferir na atividade cerebral de modo a dificultar o envio de estímulos nervosos responsáveis pela execução de algumas funções de nosso organismo. "O cérebro deixa de comandar alguma função e o corpo reage sinalizando onde está o problema", explica. A gente se adapta as novas situações, isso é um processo natural, porém, quando algo nos machuca a ponto de extrapolar nossos limites, a dor emocional bloqueia alguma função física que já é propensa a ter problemas ou intensifica os sintomas de alguma doença já existente. Os sintomas emocionais podem acometer três áreas interdependentes das nossas vidas de modo a influenciar umas as outras de acordo com a origem do problema emocional. "Quando a pessoa tem uma doença que tem origem emocional, dificilmente consegue desempenhar com total desenvoltura suas atividades sociais e começa a dar sinais físicos. É um conjunto de fatores que se somam e vão se acumulando. Quando o corpo reage com sintomas de alguma doença é porque a pessoa extrapolou seu limite emocional e o organismo responde tentando eliminar a dor. Você vai acumulando sentimentos de mágoa e uma hora você estoura! Pois é, isso não é o problema, o grave é quando você o faz e desconta nos outros as dores que são suas, magoando as pessoas ao seu redor. Para evitar que isso aconteça e para lhe ajudar a extravasar, sugiro o seguinte: 1. Aceite que algo lhe incomoda sem medo de expor seus sentimentos, assim você não intensifica a dor remoendo mágoa dos outros. 2. Detecte o que de fato lhe fez mal para não sair atirando para todos os lados. 3. Não crie expectativas em relação ao outro para não se decepcionar depois. "Só você pode curar sua dor, não adianta achar que o outro vai te livrar do sofrimento", diz Denise. 4.Busque em você e na sua vida todos os recursos que podem lhe ajudar a superar esta dor: amigos, praticar esportes, terapia, entre outros. "Se pergunte quais destas possibilidades fariam mais efeito na hora de trabalhar a dor que está te maltratando e corra atrás dela. Nem sempre o que lhe indicam é o melhor para você e, às vezes, uma conversa franca é mais útil do que uma consulta", explica. 5-Trabalhe sua auto estima: "As pessoas lhe maltratam se você deixa que isso aconteça. É você quem escolhe as relações que quer estabelecer com as pessoas, por isso, em vez de culpar o outro pelo seu sofrimento, olhe para si mesmo e se ajude. 6-Perdoe. Perdoar não é esquecer o que lhe fez mal e sim superar e se libertar daquele sentimento ruim: só nos curamos quando viramos a página e, para isso, é preciso disposição e paciência. Não dá para achar que superou só porque você quer se sentir assim, você tem que ser sincero para ser verdadeiro.

domingo, 18 de novembro de 2012

" M Á G O A "

Toda vez que alguém ou alguma coisa se choca com o bem-estar de outra pessoa, com o seu prazer, irá imediatamente produzir a chispa da raiva. Esta poderá abrandar-se logo ou atear incêndio, dependendo da área que tenha atingido. A raiva é a reação emocional imediata à sensação de se estar sendo ameaçado, sendo que esta ameaça possa produzir algum tipo de dano ou prejuízo. Não há quem já não tenha sido vítima da raiva. Todos os dias nos deparamos com diversas pessoas, no trabalho, no trânsito, nas conversações cotidianas...sendo estas as mais diversas, portadoras dos mais variados estados de ânimo. Não raro, alguma palavra mal empregada, algum tom de voz equivocado, e então nos sentimos ofendidos, tendo a raiva como reação imediata. Sentir raiva é atitude natural e normal no quadro das experiências terrenas. Canalizá-la bem, elucidando-a até a sua diluição, é característica de ser saudável e lúcido, conforme assevera a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis. Mas como impedir que esta sensação inquietante se alastre e não ocupe mais espaços na nossa mente e sentimentos? O primeiro passo a ser dado é a aceitação de se estar sentindo raiva. Não há motivos para nos envergonhar da raiva e do fato de senti-la. Camuflá-la ou disfarçá-la com atitudes de falsa humildade e dissimulação são atitudes de quem ilude a si próprio, optando pelo parecer em detrimento do ser. Em seguida, devemos nos perguntar: “ Por que fiquei tão bravo ou brava com a atitude daquela pessoa? Por que me deixei atingir tanto? O que esta pessoa fez de tão desagradável a ponto de conseguir me desequilibrar o restante do dia?” Neste momento inicia-se a racionalização da raiva, e aí, então, é que percebemos que nós mesmos tivemos uma participação ativa na sua elaboração. Não foi o outro que produziu raiva em mim, pois somos nós que estamos sentindo raiva. Logo, nós mesmos a produzimos. Está em nós a sua origem e não no exterior. Como dissemos, a raiva é uma reação emocional que ocorre toda vez que alguém vai de encontro ao nosso bem-estar, de maneira que nos sentimos ameaçados. O que então nos deixou tão ameaçados? Que área do meu ser aquela palavra proferida pelo ofensor atingiu de maneira tão precisa? Por que aquilo que foi dito significou tanto para nós? A partir desse momento nós começamos a perceber que na verdade a sensação de inferioridade ou de ofensa não foi produzida pelo outro, ela já existia dentro de nós. Seria como se a palavra empregada fosse a chave certa para uma determinada idéia existente dentro de nós mesmos – ela já estava ali – bastava acioná-la. Decorre daí o enunciado de Joanna de Ângelis, de que “a raiva é o lançamento de uma cortina de fumaça sobre nossos próprios defeitos, a fim de que eles não sejam percebidos pelos outros”, sendo que, quanto maior for o complexo de inferioridade da pessoa, mais vulnerável, mais sensível ela será a tudo o que for direcionado a ela do mundo exterior. Canalizar bem a raiva significa, assim, refletir sobre o porquê de nosso desequilíbrio momentâneo. Da mesma forma, outro recurso deve ser empregado: refletir sobre a origem do ato na outra pessoa. Isso significa perceber que a pessoa estava em desarmonia no momento em que agiu, de forma impensada, produzindo o conflito. Significa tentar perceber que o outro agiu sem nenhuma intenção de produzir o dano que nós agora sentimos. Isso não significa, de maneira alguma, que devamos ser coniventes e concordarmos com o desrespeito e ironia das pessoas ao nosso redor, as quais agem sem pensar nas conseqüências de seus atos. Mostrar-se ofendido, mostrar-se desgostoso com a situação, demonstrar os sentimentos de contrariedade e até mesmo a raiva inerente à ofensa são reações perfeitamente normais, de quem respeita a si mesmo e se considera merecedor do respeito e consideração dos seus semelhantes. Da mesma forma, dar uma corrida, realizar exercícios físicos ou algum trabalho que leve à exaustão, são recursos valiosos para se diluir a raiva. Extravasar, contar para os amigos como se sente, também são atitudes saudáveis e terapêuticas. O que não se deve fazer é camuflá-la, reprimi-la, disfarçá-la, pois então estaremos oportunizando o surgimento da mágoa e do ressentimento.
Certamente há situações em que a dor nos atinge sem que possamos nos defender. Ocorrências em que ficamos paralisados, sem saber como agir, tamanha nossa surpresa e decepção. Entretanto, parece que nunca estamos preparados para as decepções. Acreditamos que sempre seremos estimados e considerados por todos, e que as pessoas nunca irão nos trair. E quando isso acontece, nos magoamos. A ingratidão e a calúnia ainda fazem parte do orçamento moral da humanidade, e não há quem não se depare com elas em algum momento. Dependendo da pessoa autora do disparo, do lançamento do dardo, este parece penetrar o mais profundo da alma, produzindo enorme sofrimento. Muitas vezes, aquela pessoa em quem nós mais confiávamos nos trai, nos decepciona, nos fere – e a dor então é perfeitamente natural. Chorar, considerar a ocorrência injusta, demonstrar os sentimentos ao agressor, mostrando-lhe os ferimentos, são atitudes que auxiliam para que a dor diminua e se abrande. Contar aos amigos o ocorrido, demonstrando como se sentiu diante da situação, dizer o quê o magoou, são recursos que colaboram para que a mágoa não se instale na criatura. Em nenhum momento devemos nos permitir guardar a mágoa, diz o espírito Hammed. Quando a mágoa se instala, o indivíduo vai perdendo aos poucos a alegria de viver, avançando em direção aos estados depressivos e de melancolia – extinguindo-se o prazer pela vida. A mágoa cultivada aloja-se em determinado órgão e o desvitaliza, alterando o funcionamento normal das células. Quando dissimulada e agasalhada nas profundezas da alma, se volta contra o próprio indivíduo, em um processo de autopunição inconsciente. Neste caso, o indivíduo passa a considerar a si próprio culpado pelo ocorrido, e então se pune, a fim de expiar a sua culpa. Segundo Sigmund Freud, o grande psicanalista do século vinte, todos nós temos uma certa predisposição orgânica para cedermos à somatização de algum conflito. Esta se dá geralmente em algum órgão específico. Desta forma, muitos de nossos adoecimentos repentinos são fruto do que ele chamou de complacência somática. Nós guardamos a mágoa ou “fazemos de conta” que ela não existe. Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser, ferindo aquele que lhe deu abrigo. Mais uma vez, assevera Joanna de Ângelis, devemos recorrer à racionalização do ocorrido. Refletirmos sobre o desequilíbrio da outra pessoa, sobre sua insensatez e situação infeliz, o que faz com que a mágoa vá perdendo terreno para a compreensão e impedindo que o acontecimento venha a repetir-se continuamente na mente da criatura através do ressentimento. O ressentimento é o produto direto da repressão da raiva. Não expressamos nossos sentimentos ao ofensor, não lhe demonstramos nosso desapontamento e desgosto e então passamos a guardá-la, a fim de desferi-la no momento oportuno. O ressentimento é fruto de nosso atraso moral. Nós guardamos a dor da ofensa a fim de esperar o momento oportuno da vingança, do revide, a fim de sobrepormos nosso ego ferido em relação ao ego do ofensor. Quando isto acontece, um sentimento de animosidade cresce dentro de nós a cada dia, até que a convivência com a outra pessoa se torne insuportável. Um olhar não suporta mais o outro e a relação cessa por completo. Muitas amizades terminam assim, por falta de diálogo, de sinceridade e humildade em reconhecermos para o outro que ficamos chateados com sua atitude. Casais acumulam memórias de brigas, guardando lembranças de atritos que já ocorreram há meses, sem trocarem sequer uma palavra sobre o assunto, criando um clima silencioso o qual vai tornando o ressentido amargo e infeliz. Assim, há pessoas que possuem sobre o olhar uma “máscara espessa”....que encobre qualquer sorriso...Chegam a nos causar quase medo! É a amargura...que vai retirando toda a alegria de viver da pessoa. Nós devemos reagir imediatamente ao ressentimento, impedindo o seu desdobramento. Sem dúvida que existem pessoas que se comprazem na calúnia, em proferir ofensas e mentiras sobre toda e qualquer pessoa. Não devemos sintonizar com este tipo de faixa vibratória e aceitar-lhes os dardos infamantes. Quando optamos por não guardar ressentimentos, estamos fazendo um bem a nós mesmos, impedindo a desarmonia e inquietação decorrentes da sua instalação nos painéis da emotividade. O outro, porque se encontra em desequilíbrio, receberá os frutos de suas ações, decorrente da faixa em que se encontra. A causa destes algozes da alma humana, tais como a raiva, a mágoa e o ressentimento, quase sempre é a mesma: a falta de auto-estima da criatura, ou seja, a falta de amor por si mesmo. Quando valorizamos em demasia o olhar de amigos, colegas e familiares, estamos nos apoiando em terreno movediço. Nos tornamos apegados e dependentes. Por outro lado, quanto mais nos descobrimos, quanto mais passamos a desenvolver nossas potencialidades, reconhecendo nossos valores e nossa beleza única, mais seguros nos tornamos, de maneira que a raiva e a mágoa não encontram espaço para sua instalação. Aquele que se ama e valoriza não se magoa facilmente e tampouco fica irado com qualquer palavra descabida de um colega de trabalho ou amigo. Dessa forma, trabalhar pelo desenvolvimento de nossa auto-estima é o melhor antídoto para evitarmos o acúmulo do lixo mental dos ressentimentos e mágoas.

domingo, 4 de novembro de 2012

"MAIS VIDA DO QUE MORTE"

A verdade é que nós somos aquilo que nós mesmos fazemos de nós, e, do outro lado da vida, um dia, nós vamos contar a nossa própria história, queiramos ou não, acreditemos ou não. Porque, para voltarmos à Terra, e voltar à Terra ainda será necessário para nós por muito tempo, já que a Terra é o hospital-escola que nos acolhe, nós vamos ter de refazer a nossa programação, vamos ter de observar tudo o que deixamos de fazer e o que fizemos de errado. Hoje isso pode nos parecer a mais absoluta tolice, mas, amanhã, do outro lado da existência, entenderemos a gravidade de todos os nossos gestos, palavras, do silêncio, dos sonhos, das mentalizações, daquilo que pensamos embora não tenhamos falado, porque pelos nossos pensamentos também somos observados. Por isso tudo é que Jesus afirmava: “o Pai vê o que fazes em segredo.”... E Paulo de Tarso disse que somos acompanhados por uma nuvem de testemunhas invisíveis... Fora da matéria, quem sabe já não teremos sido nós também obsessores, perseguidores daqueles que amávamos e que não queríamos ver felizes sem a nossa presença. Quem sabe já não tenhamos nós também sido suicidas??? Muitos de nós vivem todo esse processo de escondermo-nos de nós mesmos. Muitos de nós também somos especialistas nisso: em fingir; em esquecer; em fingir que somos felizes, para não tocarmos em determinadas feridas que precisamos severamente solucionar; em fingir que respeitamos o outro, quando queremos que o outro esteja sob nossa tutela e faça somente aquilo que é conveniente e “bom” para nós... Muitas vezes nós afirmamos que nossos filhos têm toda a liberdade, que podem fazer o que quiserem, mas, se nos contrariam, sonhando algum sonho que nós não queremos que eles sonhem, então já ficamos desesperados. Mas nossos filhos também são almas que vêm do espaço, como diz o Evangelho Segundo o Espiritismo, para progredir em nossos braços. E, não nos esqueçamos, muitas vezes suas escolhas não serão aquelas que nós pretendíamos, por considerarmos serem as melhores. Emmanuel dizia, através da mediunidade de Chico Xavier, que, às vezes, um pai ia procurar orientação espiritual, querendo o filho engenheiro ou médico, mas que uma enxada, nas mãos daquele filho, ensinaria muito mais!... E, é óbvio, ninguém quer isso: queremos nossos filhos brilhando, nossos filhos, se possível, com mais de uma universidade... mas, às vezes, a alma vem não para ser um doutor, mas para recuperar emocionalmente aquilo que desgastou pelo caminho em vidas em que conseguiu ser um doutor, mas não soube honrar o diploma, ou a própria profissão escolhida. Todas essas pessoas que hoje vemos, muitas vezes pela televisão, como pessoas enlouquecidas, dementadas, assassinas, vingativas, pessoas tresloucadas que não perdoam, que roubam e que, naturalmente, muitas das vezes, não serão talvez capturadas pela justiça terrena, no mundo espiritual certamente estarão em um processo de loucura, e muitas delas não serão mais convidadas nem mesmo a habitarem a Terra. Irão para um planeta pior do que a Terra. Não esqueçamos que o afeto está intimamente relacionado à nossa saúde, à nossa capacidade de pensar com discernimento, e que a Medicina só avançará quando os médicos não nos virem mais apenas como um corpo, mas como um todo complexo.
E é por isso que os amigos espirituais nos afirmam que, num futuro não muito distante, na Terra, os médicos terão, inclusive, acesso às nossas vidas anteriores, para que possam entender, junto conosco, o porquê de situações como a de quem nunca fumou, mas traz uma enfermidade pulmonar; a situação de quem nunca provou álcool, mas tem o fígado problemático; ou a situação de quem, por exemplo, nunca está bem, ou nunca cometeu qualquer excesso, mas traz insuficiência renal inexplicável... Somos o passado em forma de presente! “Ama e obterás as bênçãos do amor.”, disse Emmanuel tantas vezes através de Chico. Amemos até doer, como dizia Madre Tereza de Calcutá. E, quando sentirmos vontade de orar pelas almas suicidas, façamos isso, sem nenhum problema. Elas não se aproximarão de nós, não estarão ligadas a nós pelo sofrimento, mas agradecerão, de onde estiverem, a bênção daquele pequeno bálsamo. Oremos, mesmo que não tenhamos, na nossa família ou entre amigos, nenhum caso assim. Não deixemos de, pelo menos de vez em quando, orar por aqueles que desistiram da vida dessa forma dramática, mas que retornarão de forma talvez ainda mais dramática para recomeçar, muitas vezes do zero... Somos, sim, o passado em forma de presente! E trabalharemos sempre pela nossa recuperação, viveremos para isso, não para ocultarmos o nosso passado, mas para transformá-lo, porque fomos criados por Deus, para a beleza e perfeição que nós vamos alcançar de alguma forma, um dia. Conseguiremos, no máximo, adiar, com atitudes menos dignas e nobres, a chegada triunfal do nosso coração totalmente belo e digno à verdadeira morada de todos nós. Lá, haverá, sim, trabalho, porque nós vamos passar a ajudar aqueles que ainda estão no caminho, como hoje nos ajudam os mentores espirituais, aqueles seres que estiveram conosco, que foram nossos amigos, nossos namorados, nossos filhos, mas que, por motivos diversos , se adiantaram, foram na frente, enquanto nós ainda permanecemos na estrada... Um dia seremos um pouco mais felizes quando o estivermos todos unidos aos corações que mais amamos. É por isso que, muitas vezes, quando os relógios apontam as seis horas da tarde, muitos de nós sentem suave melancolia, ou, dependendo do nosso problema, uma tristeza grande. Essa é a hora em que Maria, mãe de Jesus, recolhe a súplica de todas as criaturas... É a hora em que até no Vale dos Suicidas o silêncio acontece. É a hora em que, no Hospital Maria de Nazaré, instituição existente no mundo espiritual no Vale dos suicidas para cuidar deles, todos voltam o olhar para o chão, para implorar a proteção da mãe de Jesus ao seu recomeço. Há uma frase, não se sabe de que autoria, que diz assim: “ó Senhor dos grandes recomeços, aqui estou eu, mais uma vez!...”. No fundo, todos nós fazemos a mesma coisa: a cada encarnação, a cada retorno à Terra, nós somos aqueles que, à frente de Deus, dizemos: aqui estou eu, Senhor, mais uma vez, para recomeçar... Por isso, o que nos importa se as pessoas não nos amarem como queremos?!.. O que nos importará, se as pessoas duvidarem de nós, se as pessoas nos invejarem, se não nos compreenderem, se não observarem a vida como nós observamos?! Todos nós amadureceremos, todos nós chegaremos a esse grande fanal que é a felicidade sem nenhuma mácula, e, quando lá estivermos, nós vamos querer todas as criaturas felizes também. Por isso, também pensemos: as coisas da Terra são tão pequenas, são tão passageiras, e nós nos envolvemos de tal forma com elas, que ficamos totalmente amargurados, paralisados, passamos as semanas, os meses, os anos, reclamando que a vida não é aquilo que nós sonhamos quando crianças ou adolescentes, não é aquilo que pretendíamos, mas, muitas vezes, nada fazemos para nos modificar e modificar o nosso destino, não vamos em busca das grandes transformações, ficamos mesmo sem coragem para os grandes desafios, permanecemos com medo de encarar de frente aquilo que nós estamos adiando, muitas vezes há varias vidas, para solucionarmos. Se quisermos, nós sempre encontraremos uma desculpa, sempre haverá uma justificativa, um “ah, eu não posso”, ou “ah, eu não tenho forças”, “não é do jeito que eu queria”... e assim a vida irá passando, porque 100 anos, dizia Emmanuel, através de Chico Xavier, “é um relâmpago na eternidade...”. Chico Xavier, certa feita, recebeu uma senhora que, em grave perturbação, foi até ele e lhe disse: “Chico, eu vim te dizer uma coisa: essa história de Doutrina Espírita não serve para nada. No dia a dia não adianta!!!”. E o Chico, muito tranquilamente, lhe respondeu: “minha amiga, provavelmente você tenha toda a razão...”. A mulher ficou frustradíssima, foi embora, mas, dois anos depois, retornou ao mesmo Chico Xavier e lhe disse: “Chico, eu vim te pedir perdão: Chico, eu estava doida! Chico, a Doutrina Espírita é tudo! Chico, a Doutrina Espírita resolve tudo na vida da gente!...”. E aí o Chico voltou a responder: “É verdade, minha amiga: provavelmente você tenha toda a razão!”. “Por isso que o Chico nunca ficava doente das emoções!”, comentavam seus amigos. Chico Xavier tinha muitos problemas de saúde no corpo físico, mas, emocionalmente, ele era perfeito. E era perfeito também porque ele sabia que a loucura dos outros tem de ficar com os outros, não conosco... Às vezes, temos aqueles amigos tão queridos, amados, que nos lançam os seus xingamentos, que nos lançam toda a sua mágoa, que nos lançam a sua inveja, toda a sua desfaçatez... e, depois de tudo, saem ótimos e ainda nos dizem: “nossa! Eu adoro conversar com você! Eu fico ótimo!”. E você, ali, desmaiado; a sua samambaia, morta; o seu cachorro, no veterinário!!! Todo mundo pega um pedaço da carga! E, o pior, ainda tem gente que acaba se achando um “médium” daqueles, porque pegou a rebarba e aguentou firme! Mas também é preciso ter cuidado para ajudar. Porque, muitas vezes, de tanto pegar a carga emocional dos outros, e sofrer junto, chorar junto, se amargurar junto, nós podemos acabar adoecendo também da nossa emoção, da nossa vontade, do nosso desejo de sermos melhores e, consequentemente, da nossa disposição para sermos mais felizes. Não nos esqueçamos, meus amigos, que, dia a dia, os anos vão passando - e como passam rápido! Então felizes de nós se tivermos a sabedoria de tudo aceitar para transformar, não para nos conformarmos. Porque nós precisamos nos indignar sempre com a injustiça, com as maldades, com o que não é certo. Busquemos amparo nos ensinamentos da Doutrina Espírita, dessa doutrina maravilhosa, mesmo que não sejamos de fato espíritas e professemos outra religião. Essa doutrina que nos diz que somos imortais, que voltaremos à Terra quantas vezes forem necessárias, para refazermos o nosso destino. Você já assistiu ao filme “Nosso Lar”? Se ainda não assistiu, assista. Você vai aprender muito com ele. Os camelôs cariocas estão vendendo DVDs de Nosso Lar, dizendo: “Comprem Nosso Lar: você não precisa mais morrer para saber como é o céu!” E, mais: o jornal O Globo, há um tempo atrás, trazia uma nota, numa coluna social, muito pitoresca: dizia que agora, no Rio de Janeiro, não se diz mais “fulano morreu”, nem que “ fulano faleceu”. O bonito é dizer que “fulano partiu para o Nosso Lar.”! Felizes de nós, meus amigos, se pudermos voltar um dia para lá, porque dizem os espíritos que muitos de nós viemos de lá, de Nosso Lar. E prometemos nos encontrar , quem sabe, dentro de uma casa espírita para, ao menos de vez em quando, sermos cutucados pela nossa própria consciência.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

" BAIXA AUTO ESTIMA"

Muitos de nós nos comportamos como se o amor não fosse um sentimento a ser aprendido e compreendido. Agimos como se ele estivesse guardado, parado em nosso mundo íntimo, e passamos a viver à espera de alguém ou de alguma coisa que possa despertá-lo do dia para a noite. Temos dado passos e até realizado alguns atos no amor, mas raras vezes, temos sabido amar a nós próprios. Precisamos conhecer a nossa parte sóbria, uma vez que nem tudo em nós é luz. Existirá amor maior a si que esse de saber lidar com essas sobras interiores que tentam ofuscar nossos desejos de Luz? Precisamos aprender esse amor e nos tornarmos mais felizes. Amar nossa “sombra”, conquistando-a e transformando-a aos poucos. Isso é possível se aprendermos a tolerar nosso passado, sem as impiedosas recriminações. Amar-nos, apesar do nosso passado de escolhas infelizes e decisões precipitadas, é fundamental para iniciarmos um recomeço de vida espiritual rumo à liberdade. Aprender o auto-amor é arar a terra mental para “ser”. Quando o conseguirmos, recuperaremos a serenidade, o estado de gratificação com a vida, a compreensão de nós mesmos, porque o sentimento será então um espelho translúcido das potencialidades excelsas depositadas em cada um de nós pela “inteligência suprema do universo”. É lamentável que tenha se formado em muitos de nós uma “cultura de sofrimento”, fundamentada na Lei de Causa e Efeito, espalhando a dor como situação insubstituível ao progresso. Acentua-se tal teoria com a supervalorização de fantasias sobre um passado de outras vidas no qual são destacados crimes e desvarios. As conseqüências de tal enfoque podem ser sentidas no quadro de baixa auto-estima e desacordo consigo mesmo em que se encontra grande parte dos cristãos. Alimentando crenças de desmerecimento e menosprezo mais não fazemos que desamarmo-nos e impedir o crescimento pessoal e do grupo. O pior efeito, a pior conseqüência, de semelhante quadro psicológico é acreditar que não merecemos ser felizes, automatizando um sistema mental de cobranças intermináveis e uma autoflagelação, ambas, em várias ocasiões, sustentadas e induzidas por adversários espirituais astutos e vampiros da morbidez das sensações, gerando situações neuróticas de perfeccionismo e puritanismo quase incontroláveis. Esse auto-desamor é um subproduto do tradicional religiosismo que construímos no psiquismo, em séculos de superficialidade moral, cuja imagem condicionada na vida mental foi a de um ser pecador e miserável, indigno daquele paraíso onde esperávamos refestelar-nos com as vantagens dos céus. Porque não aprendemos ainda o auto-amor, costumamos esperar compensações e favores do amor alheio, criando um alto nível de insegurança e dependência dos outros, pelo excessivo valor que depositamos no que eles pensam sobre nós. A auto-estima é fator determinante das atitudes humanas. Quando temos pouca auto-estima, somos sempre escravos de complexos de inferioridade atormentadores, por mais melhores que sejam as vantagens de nossas vidas. Passamos a cultivar hábitos que visam camuflar supostos “males” para que os outros não os percebam.No entanto, não conseguimos sempre nos enganar usando dessa espécie de “maquiagem” e, quando tomamos consciência dela, nos tornamos revoltados, indefesos, deprimidos e ofendidos. Essa situação tem um limite suportável até certo ponto em que nossas decisões e ações começam a ser comprometidas por estranhas formas de agir e, muitas vezes, podem criar episódios neuróticos de gravidade, com estreitos limites com as psicoses. Em muitos casos, necessário é que se diga, surgem interferências espirituais, aumentando o sofrimento desses corações, acentuando-lhes o sentimento de desmerecimento, de rejeição e desânimo, levando-nos a idéias terríveis e a escolhas infelizes. Na base de nossas escolhas infelizes está a baixa auto-estima. É ela que nos inspira a fazer escolhas que só nos causam danos em todos os aspectos. Escolher a droga, seja ela qual for, como fonte de prazer, é um grande atestado de que não nos amamos, de que somos conduzidos por caminhos tortuosos porque não nos amamos o suficiente para buscar fontes de prazer que não tragam prejuízos para nossas vidas, que coloquem nossas vidas em risco. Quando enchemos nossas vidas com coisas ou pessoas que em nada contribuem para o nosso crescimento, que só nos causam danos os mais variados, é indício de baixa auto-estima, de que não nos amamos o suficiente. Vivemos um sistema de compensações pela nossa falta de amor a nós mesmos. E ainda há as opiniões sobre nós com as quais tantas vezes temos que lidar. Essas opiniões são valorosas e merecem ouvidos atentos, quando se tornam críticas construtivas. E uma crítica para ser construtiva precisa de sinceridade fraterna, “olhos nos olhos”, sentimento de solidariedade e, sobretudo, quem critica para ajudar apresenta alternativas de melhoria ou solução. Fora isso, opiniões sobre nós não passam de palavras ao vento, maledicência ou inveja. A auto-estima é muito importante, mas você é capaz de perceber como ela influencia sua vida? Muitas pessoas expressam insegurança e inadequação para adotar as atitudes necessárias para ser feliz na vida. Esse comportamento pode ser conseqüência de baixa auto-estima, definida como a avaliação que o indivíduo faz de sua experiência de vida e do juízo de valor que faz de si mesmo. Expressam insegurança e inadequação para adotar as atitudes necessárias para ser feliz na vida. Esse comportamento pode ser conseqüência de baixa auto-estima, definida como a avaliação que o indivíduo faz de sua experiência de vida e do juízo de valor que faz de si mesmo. A ideia que temos de nós mesmos condiciona em grande parte as nossas ações. Por isso, muitas vezes as pessoas procuram evitar situações e desafios que consideram acima de sua capacidade, praticando sempre aquelas ações que conseguem manejar com mais facilidade. Assim, deixam de realizar algumas coisas que poderiam ser de grande importância para sua vida e para sua realização pessoal. Quem acredita na sua capacidade de enfrentar desafios, consegue se recuperar mais depressa dos fracassos, pois confia no seu poder de promover mudanças. O sentimento decorrente da própria eficácia é muito estimulante, sendo acompanhado de uma sensação de segurança que motiva e conduz a outras ações eficazes e estimulantes. A capacidade de desenvolver habilidades no dia-a-dia abre caminho para a solução de situações imprevisíveis, confusas e estressantes. Ser otimista com relação à própria capacidade produz atitudes que impedem de cair na apatia, no desespero e na tristeza diante das adversidades. Os otimistas, aqueles com boa auto-estima, consideram que seus fracassos se devem a algo que pode ser mudado, e que na próxima oportunidade obterão melhores resultados. Acreditam que as situações mais difíceis não duram para sempre. As pessoas com tendência dominadora e centralizadora, que precisam se sentir no controle de tudo o que está à sua volta, estão sujeitas a altos níveis de estresse. Essas características podem ser uma manifestação de baixa auto-estima. É uma forma de esconder as próprias imperfeições. Se essas características da personalidade forem bem resolvidas, a pessoa terá mais tranqüilidade, com bons resultados para si e para suas relações com as outras pessoas. Para alguém com baixa auto-estima, estar acima do peso ideal pode constituir um fator de ansiedade. É necessário melhorar a própria imagem, e isso pode exigir mudança no estilo de vida. É mais difícil atingir e manter o peso desejado quando o equilíbrio emocional precisa ser aprimorado. Se você perceber que está na hora de promover mudanças para aumentar sua auto-estima, lembre-se que nunca é tarde para isso. Lute para restabelecer seu amor-próprio e se necessário procure ajuda especializada. Lembre-se sempre que a pessoa mais importante para você deve ser você mesmo! CONSEQUÊNCIAS DA BAIXA ESTIMA
A “baixa auto-estima” pode desenvolver nas crianças sentimentos como a angústia, a dor, o desânimo, a rejeição de si mesmos, a preguiça, a vergonha, e outros sentimentos. Assim, é fundamental ajudá-las a manter a auto-estima positiva, alta, para o crescimento saudável das crianças. A família é o principal influenciador na auto-estima. É na família que as crianças vão crescem e formam sua personalidade. Em razão disso, é recomendável que os pais valorizem as conquistas dos seus filhos, e não vivam apontando seus defeitos e dificuldades, mas deem apoio e ajuda para que eles possam superá-los. Se pensarmos então nos pré-adolescentes e adolescentes, rapidamente iremos entender o quanto serão drásticas e “dramáticas” as conseqüências. Levando muitos a se envolverem com o álcool e para as drogas o passo é mínimo. O importante em todo o processo de crescimento dos nossos filhos é que demos a eles a possibilidade de SER, de sentir-se bem com eles mesmos. Que nosso esforço esteja vinculado ao afeto, ao carinho, à observação, a valorizar suas qualidades e apoiá-los quando algo vai mal. E para isso é necessário conhecê-los a cada dia, criando oportunidades de conversas, de interação e o contato físico para maior compreensão. Existem sentimentos que muitas vezes não percebemos, que desconhecemos em nós. Sentimentos como a dor, a tristeza, o rancor, a mágoa, a culpa e outros, se não remediados, se não resolvidos, acabam convertendo-se e ganhando dimensões incontroláveis. Esses sentimentos podem levar uma pessoa, não somente a sofrer depressões contínuas, como também a ter complexo de culpa, mudanças repentinas de humor, crise de ansiedade, de pânico, reações inexplicáveis, indecisões, inveja excessiva, medos, hipersensibilidade, pessimismo, impotência e outros males. A baixa auto-estima também pode levar uma pessoa a desenvolver o sentimento de “menos-valia”, sente-se desvalorizada, e, em razão disso, a estar sempre comparando-se com os demais, supervalorizando as virtudes e as capacidades dos outros. Como também pode levá-la a viver menosprezando-se constantemente e não acreditando em si mesma. Ignora que pode ter capacidades a desenvolver tanto quanto qualquer outra pessoa . As pessoas que desenvolvem a “menos-valia” passam a ver a vida em “preto e branco”, a não ver sentido na vida e tão pouco a ter objetivos e a convencer-se de que é incapaz de conseguir qualquer coisa a que se proponha. Tem dificuldade de compreender que todos nós somos diferentes e únicos, e que ninguém é perfeito. Que todos temos virtudes e defeitos, que erramos , acertamos e a ideia é que recomecemos sempre. O constante sentimento de rejeição, de menos-valia, que sempre “andam” juntos, levam a uma série de sentimentos negativos que acabam por causar uma série de situações negativas e frustrantes. A baixa auto-estima leva até a sentimentos de violência, desde a verbal até a física. Seja tanto a violência contra o outro quanto a violência praticada contra si mesmos. A pessoa dita “violenta” está ferida de alguma forma, se frustra por não acreditar que vá obter o que quer, e por isso se vira contra os outros e/ou contra si mesma. Sendo comum também ocorrer a auto violência . Quando uma pessoa está com baixa-estima, geralmente espera que o “outro” faça aquilo que ela mesma não faz por si mesma. Geralmente para “compensar” o mau trato que faz a si mesmo, a pessoa começa a supervalorizar ainda mais o outro, fazendo absolutamente “tudo” para esse outro, o que esse outro quer, o que sem dúvida leva essa pessoa a se anular como pessoa. Passa a ter medo de “perder” a atenção, o afeto e a consideração do “outro”. Culpa-se, acreditando nunca ser capaz o suficiente, de ser bom o suficiente, sendo assim o primeiro ou a primeira a se por para baixo. Passa a ter uma exigência absurda para consigo mesmo. O importante é que as pessoas possam ter coragem de, como jovens adultos e adultos, compreender que podem fazer a diferença, a partir desse momento de suas vidas. Que o que já aconteceu em suas vidas até então já passou e não pode mais aterrorizá-los, não fazer do que já passou uma sentença de infelicidade, que esses fantasmas do passado precisam ser exorcizados. Precisamos entender que o mais importante na vida somos nós mesmos, até para poder nos relacionarmos bem com as outras pessoas. Que quanto mais estamos bem por dentro, mais fácil fica enfrentarmos o que de ruim acontecer fora.

" AUTO-ESTIMA "

Auto estima significa o amor a si mesmo e, numa definição bem clara, a opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma. Ter auto estima é ser capaz de respeitar, confiar e gostar de si. A auto estima é a apreciação que uma pessoa faz de si mesma em relação à sua autoconfiança e seu auto-respeito. Através dela, podemos enfrentar desafios e defender nossos interesses. É na infância que a auto-estima começa a se formar, a partir de como as outras pessoas nos tratam. Quando criança, podemos alimentar ou destruir a autoconfiança. Utilizando o tratamento que se dá à criança como peça chave, ou seja, se a criança for sempre oprimida em relação a suas atitudes, com certeza terá baixa auto estima e, se a criança for sempre apoiada em relação a suas atitudes, terá auto estima elevada. Quando criança, podemos alimentar ou destruir a autoconfiança. É importante ressaltar que a criança pode ser apoiada em momentos em que é advertida por alguma atitude, pois em momentos em que ocorrem as advertências, dá-se a essa criança o devido valor e ainda a ensina a ter domínio próprio e a distinguir atitudes positivas e negativas. A importância da auto estima é consideravelmente grande, pois através dela nos identificamos com o eu interior e com outras pessoas com as quais nos relacionamos. Para a contribuição da formação da auto estima é importante que essa seja positiva. Nessa contribuição, não critique, não culpe, não rejeite, não humilhe, não frustre e não exponha à perda. Ao contrário, pode-se contribuir com incentivos que levam a criança a se conhecer, a se gostar, a perceber suas qualidades e a acreditar que é amada e respeitada. A baixa auto estima é o sentimento que se manifesta em pessoas inseguras, criticadas, indecisas, depressivas e que buscam sempre agradar outras pessoas. A auto estima elevada, em contrapartida, é a condição vivida por pessoas que são elogiadas, apoiadas, autoconfiantes, que têm amor-próprio, não vivem em conflito e não são ansiosas e inseguras. O mais verdadeiro ato de amor a si consiste na trabalhosa tarefa de fazer brilhar a luz que há em nós. Permitir o brilho da criatura cósmica que se encontra nos bastidores das máscaras e ilusões. Somente assim, escutando a voz de nosso guia interior, nos desviaremos das ilusões do ego que nos inclina para as atitudes insanas da arrogância. Quando não nos amamos, queremos agradar mais aos outros que a nós, mendigamos o amor alheio, já que nos julgamos insuficientes e incapazes de nos querer bem. Neste início do século XXI, a esperança acena com horizontes iluminados para a caminhada de ascensão espiritual da humanidade. O resgate de si mesmo há de se tornar meta prioritária das sociedades sintonizadas com o progresso. O bem-estar do homem, no seu mais amplo sentido, se tornará o centro das cogitações da ciência, da religião e de todas as organizações humanas. Não podemos esquecer que os fatores de ordem educacional e social estimulam vivências íntimas da criatura em sua caminhada de aprendizagem. A s últimas duas gerações que sofreram de modo mais acentuado os processos históricos e coletivos da repressão atingem a meia idade na atualidade. Renasceram ao longo das décadas de cinqüenta e sessenta e se encontram em plena fase de vida produtiva, sofridas pelas sequelas psicológicas marcantes de auto desamor. O complexo de inferioridade é, na maioria das vezes, condição cármica criada pelo homem em seu próprio desfavor. Nada, porém, é capaz de bloquear ou diminuir o fluxo de sentimentos naturais e divinos que emanam da alma como apelos de bondade, serenidade e elevação.Nem a formação educacional rígida ou os velhos condicionamentos são suficientes para tolher a escolha do homem por novos aprendizados. Precisamos aprender a ouvir nossos sentimentos verdadeiros, os reclames do Espírito que somos nós mesmos. Ouvir a alma é aprender a distinguir entre sentimentos e o conjunto variado de manifestações íntimas do ser, formadas na longa trajetória evolutiva, tais como instintos, tendências, hábitos, complexos, traumas, crenças, desejos, interesses e emoções. Escutar a alma é aprender a distinguir o que queremos da vida, nossa intenção-básica. A intenção do Espírito é a força que impulsiona o progresso através do leque dos sentimentos. A intenção genuína da alma reflete na experiência da afetividade humana, construindo a vastidão das vivências do coração – a metamorfose da sensibilidade. A conquista de si mesmo consiste em saber interpretar com fidelidade o que buscamos no ato de existir, a intenção magnânima que brota das profundezas da alma em profusão de sentimentos. É necessário que reflitamos sobre a importância do auto-amor como condição indispensável ao bom aproveitamento da reencarnação. Estar em paz consigo é recurso elementar na boa aplicação dos Talentos Divinos a nós confiados. Amar-se não significa lutar por privilégios e vantagens pessoais, mas o modo como convivemos conosco. Resume-se, basicamente, na forma como tratamos a nós mesmos. A relação que estabelecemos com o mundo íntimo. Sobretudo, o respeito que exercemos àquilo que sentimos. A auto-estima surge quando temos atitude cristã com nossos sentimentos. Amar-se é ir ao encontro do Si Mesmo.
Eis alguns tópicos sugestivos que poderão nos ajudar: . Responsabilidade – Somos os únicos responsáveis pelos nossos sentimentos. . Consciência – O sentimentos é o espelho da vida profunda do ser e expressa os recados da consciência. Nossos sentimentos são a porta que se abre para esse mundo gloriosos que se encontra “oculto”, desconhecido. . Ética para conosco – Somos tratados como nos tratamos. Como sermos merecedores de amor do outro, se não recebemos nem o nosso próprio amor? . Juízo de valor – Não existem sentimentos certos ou errados. . Automatismos e complexos – O sentimento pode ser sustentados por mecanismos alheios à vontade e à intenção. . Auto-amor é um aprendizado – Construir um novo olhar sobre si, desenvolver sentimentos elevados em relação nós, constitui um longo caminho de experiências nas fileiras da educação. . Domínio de si – Educar sentimentos é tomar posse de nós próprios. . Aceitação – Só existe amor a si, através de uma relação pacífica com a sombra. . Renovação do sistema de crenças – Superar os preconceitos. Julgamentos formulados a partir do sistemas de crenças desenvolvidas com base na opinião alheia desde c infância. . Ação no bem – Integração em projetos solidários. A aquisição de valor pessoal e convivência com a dor alheia trazem gratidão, estima pelas vivência pessoais. Cuidando bem de nós próprios, somos, ao mesmo tempo, levados a estender ao próximo o tratamento que aplicamos a nós. Quando aprendemos a gostar de nós, independente de sermos amados, passamos a experimentar mais alegria em amar. A ética de amor a si deve estar afinada com o amor ao próximo. . Assertividade – Diálogo interno. Uma negociação íntima para zelar pelos limites do interesse pessoal. . Florescer a singularidade – O maior sinal de maturidade. Estamos muito afastados do que realmente somos. . Ter as rédeas de si mesmo – Para muitos o personalismo surge nesse ato de gerir a vida pessoa com independência. Pelo simples fato de não saberem como manifestar seus desejos e suas intenções, renunciam ao controle íntimo e submetem-se ao controle externo de pessoas e normas. . Construção da autonomia – Autonomia é capacidade de sustentar sentimentos nobres acerca de nós próprios. . Identificação das intenções – Aprender a reconhecer o que queremos, qual nossa busca na vida. Quase sempre somos treinados a saber o que não queremos. Sentir-se bem consigo é sinônimo de felicidade, acesso à liberdade. É permitir que a centelha sagrada de Deus se acenda em nós. Quem ainda não aprendeu a amar a si próprio não pode amar aos outros. Não peçamos amor antes de dá-lo a nós mesmos, pois o amor que tenho é o que dou e o que recebo. Quanto mais aprendemos a nos amar, mais nos desvinculamos de coisas que não nos são saudáveis, tais como: pessoas, obrigações, crenças e tudo que possa nos invadir a individualidade e nos prostrar ou rebaixar. Muitos chamarão essa atitude de egoísmo, no entanto deveremos reconhecê-lo como o ato de amar a si mesmo. Quando nos colocarmos a serviço do amor verdadeiro, a auto-estima nascerá em nossa vida como valiosa aliada nas dificuldades existenciais. Na verdade, o exercício da aprendizagem do amor inicia-se pelo amor a si mesmo e, consequentemente, pelo amor ao próximo, chegando ao final à plenitude do amor a Deus. “AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO”. Eis o grande conselho que nos vem sendo dado pelo Cristo há mais de mil anos.