sexta-feira, 2 de novembro de 2012

" AUTO-ESTIMA "

Auto estima significa o amor a si mesmo e, numa definição bem clara, a opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma. Ter auto estima é ser capaz de respeitar, confiar e gostar de si. A auto estima é a apreciação que uma pessoa faz de si mesma em relação à sua autoconfiança e seu auto-respeito. Através dela, podemos enfrentar desafios e defender nossos interesses. É na infância que a auto-estima começa a se formar, a partir de como as outras pessoas nos tratam. Quando criança, podemos alimentar ou destruir a autoconfiança. Utilizando o tratamento que se dá à criança como peça chave, ou seja, se a criança for sempre oprimida em relação a suas atitudes, com certeza terá baixa auto estima e, se a criança for sempre apoiada em relação a suas atitudes, terá auto estima elevada. Quando criança, podemos alimentar ou destruir a autoconfiança. É importante ressaltar que a criança pode ser apoiada em momentos em que é advertida por alguma atitude, pois em momentos em que ocorrem as advertências, dá-se a essa criança o devido valor e ainda a ensina a ter domínio próprio e a distinguir atitudes positivas e negativas. A importância da auto estima é consideravelmente grande, pois através dela nos identificamos com o eu interior e com outras pessoas com as quais nos relacionamos. Para a contribuição da formação da auto estima é importante que essa seja positiva. Nessa contribuição, não critique, não culpe, não rejeite, não humilhe, não frustre e não exponha à perda. Ao contrário, pode-se contribuir com incentivos que levam a criança a se conhecer, a se gostar, a perceber suas qualidades e a acreditar que é amada e respeitada. A baixa auto estima é o sentimento que se manifesta em pessoas inseguras, criticadas, indecisas, depressivas e que buscam sempre agradar outras pessoas. A auto estima elevada, em contrapartida, é a condição vivida por pessoas que são elogiadas, apoiadas, autoconfiantes, que têm amor-próprio, não vivem em conflito e não são ansiosas e inseguras. O mais verdadeiro ato de amor a si consiste na trabalhosa tarefa de fazer brilhar a luz que há em nós. Permitir o brilho da criatura cósmica que se encontra nos bastidores das máscaras e ilusões. Somente assim, escutando a voz de nosso guia interior, nos desviaremos das ilusões do ego que nos inclina para as atitudes insanas da arrogância. Quando não nos amamos, queremos agradar mais aos outros que a nós, mendigamos o amor alheio, já que nos julgamos insuficientes e incapazes de nos querer bem. Neste início do século XXI, a esperança acena com horizontes iluminados para a caminhada de ascensão espiritual da humanidade. O resgate de si mesmo há de se tornar meta prioritária das sociedades sintonizadas com o progresso. O bem-estar do homem, no seu mais amplo sentido, se tornará o centro das cogitações da ciência, da religião e de todas as organizações humanas. Não podemos esquecer que os fatores de ordem educacional e social estimulam vivências íntimas da criatura em sua caminhada de aprendizagem. A s últimas duas gerações que sofreram de modo mais acentuado os processos históricos e coletivos da repressão atingem a meia idade na atualidade. Renasceram ao longo das décadas de cinqüenta e sessenta e se encontram em plena fase de vida produtiva, sofridas pelas sequelas psicológicas marcantes de auto desamor. O complexo de inferioridade é, na maioria das vezes, condição cármica criada pelo homem em seu próprio desfavor. Nada, porém, é capaz de bloquear ou diminuir o fluxo de sentimentos naturais e divinos que emanam da alma como apelos de bondade, serenidade e elevação.Nem a formação educacional rígida ou os velhos condicionamentos são suficientes para tolher a escolha do homem por novos aprendizados. Precisamos aprender a ouvir nossos sentimentos verdadeiros, os reclames do Espírito que somos nós mesmos. Ouvir a alma é aprender a distinguir entre sentimentos e o conjunto variado de manifestações íntimas do ser, formadas na longa trajetória evolutiva, tais como instintos, tendências, hábitos, complexos, traumas, crenças, desejos, interesses e emoções. Escutar a alma é aprender a distinguir o que queremos da vida, nossa intenção-básica. A intenção do Espírito é a força que impulsiona o progresso através do leque dos sentimentos. A intenção genuína da alma reflete na experiência da afetividade humana, construindo a vastidão das vivências do coração – a metamorfose da sensibilidade. A conquista de si mesmo consiste em saber interpretar com fidelidade o que buscamos no ato de existir, a intenção magnânima que brota das profundezas da alma em profusão de sentimentos. É necessário que reflitamos sobre a importância do auto-amor como condição indispensável ao bom aproveitamento da reencarnação. Estar em paz consigo é recurso elementar na boa aplicação dos Talentos Divinos a nós confiados. Amar-se não significa lutar por privilégios e vantagens pessoais, mas o modo como convivemos conosco. Resume-se, basicamente, na forma como tratamos a nós mesmos. A relação que estabelecemos com o mundo íntimo. Sobretudo, o respeito que exercemos àquilo que sentimos. A auto-estima surge quando temos atitude cristã com nossos sentimentos. Amar-se é ir ao encontro do Si Mesmo.
Eis alguns tópicos sugestivos que poderão nos ajudar: . Responsabilidade – Somos os únicos responsáveis pelos nossos sentimentos. . Consciência – O sentimentos é o espelho da vida profunda do ser e expressa os recados da consciência. Nossos sentimentos são a porta que se abre para esse mundo gloriosos que se encontra “oculto”, desconhecido. . Ética para conosco – Somos tratados como nos tratamos. Como sermos merecedores de amor do outro, se não recebemos nem o nosso próprio amor? . Juízo de valor – Não existem sentimentos certos ou errados. . Automatismos e complexos – O sentimento pode ser sustentados por mecanismos alheios à vontade e à intenção. . Auto-amor é um aprendizado – Construir um novo olhar sobre si, desenvolver sentimentos elevados em relação nós, constitui um longo caminho de experiências nas fileiras da educação. . Domínio de si – Educar sentimentos é tomar posse de nós próprios. . Aceitação – Só existe amor a si, através de uma relação pacífica com a sombra. . Renovação do sistema de crenças – Superar os preconceitos. Julgamentos formulados a partir do sistemas de crenças desenvolvidas com base na opinião alheia desde c infância. . Ação no bem – Integração em projetos solidários. A aquisição de valor pessoal e convivência com a dor alheia trazem gratidão, estima pelas vivência pessoais. Cuidando bem de nós próprios, somos, ao mesmo tempo, levados a estender ao próximo o tratamento que aplicamos a nós. Quando aprendemos a gostar de nós, independente de sermos amados, passamos a experimentar mais alegria em amar. A ética de amor a si deve estar afinada com o amor ao próximo. . Assertividade – Diálogo interno. Uma negociação íntima para zelar pelos limites do interesse pessoal. . Florescer a singularidade – O maior sinal de maturidade. Estamos muito afastados do que realmente somos. . Ter as rédeas de si mesmo – Para muitos o personalismo surge nesse ato de gerir a vida pessoa com independência. Pelo simples fato de não saberem como manifestar seus desejos e suas intenções, renunciam ao controle íntimo e submetem-se ao controle externo de pessoas e normas. . Construção da autonomia – Autonomia é capacidade de sustentar sentimentos nobres acerca de nós próprios. . Identificação das intenções – Aprender a reconhecer o que queremos, qual nossa busca na vida. Quase sempre somos treinados a saber o que não queremos. Sentir-se bem consigo é sinônimo de felicidade, acesso à liberdade. É permitir que a centelha sagrada de Deus se acenda em nós. Quem ainda não aprendeu a amar a si próprio não pode amar aos outros. Não peçamos amor antes de dá-lo a nós mesmos, pois o amor que tenho é o que dou e o que recebo. Quanto mais aprendemos a nos amar, mais nos desvinculamos de coisas que não nos são saudáveis, tais como: pessoas, obrigações, crenças e tudo que possa nos invadir a individualidade e nos prostrar ou rebaixar. Muitos chamarão essa atitude de egoísmo, no entanto deveremos reconhecê-lo como o ato de amar a si mesmo. Quando nos colocarmos a serviço do amor verdadeiro, a auto-estima nascerá em nossa vida como valiosa aliada nas dificuldades existenciais. Na verdade, o exercício da aprendizagem do amor inicia-se pelo amor a si mesmo e, consequentemente, pelo amor ao próximo, chegando ao final à plenitude do amor a Deus. “AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO”. Eis o grande conselho que nos vem sendo dado pelo Cristo há mais de mil anos.

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