domingo, 28 de abril de 2013

E S C O L H A S -

São muitas as escolhas diante das quais a vida nos coloca. Escolhas que podem nos levar à felicidade, ou não... Por exemplo... - Você pode viver intensamente – ser quem você é, do jeito que você for... Ou simplesmente viver infeliz por não ser quem você gostaria de ser. - Você pode assumir sua individualidade... Ou reprimir seus talentos e fantasias, tentando ser o que os outros gostariam que você fosse. Consciente, no entanto, de que seus atos podem magoar e comprometer pessoas; e que perdê-las é responsabilidade sua. - Você pode “produzir-se” e ir divertir-se, brincar, cantar e dançar... Ou, então, dizer, em tom amargo, que já passou da idade e que essas coisas são fúteis. - Você pode olhar com ternura e respeito para si próprio e para as outras pessoas... Ou com aquele olhar de censura que poda, pune, fere e mata sem nenhuma consideração para com os sentimentos, desejos, limites e dificuldades do outro... inclusive os seus... - Você pode amar e deixar-se amar de maneira incondicional... Ou viver se lamentando pela falta de gente a sua volta. - Você pode ouvir seu coração e viver apaixonadamente... Ou agir de acordo com a fórmula da sua cabeça, tentando analisar e explicar a vida antes mesmo de vivê-la. - Você pode deixar a vida como está “pra ver como é que fica”... Ou, com paciência e trabalho, lutar para realizar as mudanças necessárias na sua vida e no mundo a sua volta. - Você pode deixar que o medo de perder paralise seus planos... Ou partir para a ação com o pouco que tem, mas com muita vontade de ganhar. - Você pode amaldiçoar a sua sorte... Ou encarar a verdade de que, no fim das contas, é você quem deve decidir o tipo de vida que quer levar. - Você pode escolher seu destino e, através de ações concretas, caminhar firme em direção a ele, com marchas e contramarchas, avanços e retrocessos... Ou continuar acreditando que ele já estava escrito nas estrelas e que nada lhe resta a fazer se não sofrer. - Você pode viver desfrutando o máximo das coisas que possui... Ou se acabar de ansiedade e desgosto por não ser ou possuir tudo que gostaria. - Você pode engajar-se no mundo melhorando a si próprio e, por conseqüência, melhorando tudo que está a sua volta... Ou passar toda a vida à espera de que o mundo melhore para que você possa melhorar. - Você pode melhorar a vida e a energia universal que dela flui... Ou celebrar a morte, aterrorizado com a idéia de pecado e punição. - Você pode aprender o que ainda não sabe... Ou fingir que sabe tudo, não precisa aprender mais nada e viver na estagnação. - Você pode ser feliz com a vida como ela é... Ou passar todo o seu tempo a lamentar pelo que ela não é. A escolha é sua... só sua! Pondere bastante antes de decidir, pois é você quem vai carregar sozinho, e para sempre, o peso das escolhas que fizer!

NOSSAS ESCOLHAS DE TODO DIA -

Você já parou para pensar como a nossa vida é feita de escolhas? Tudo o que fazemos é fruto de escolha. Como a vida nos oferece muitas opções, estamos constantemente escolhendo. Antes mesmo do nosso nascimento, já começamos, por exemplo, a escolher a família na qual queríamos nascer e vivenciar a experiência dessa encarnação. É claro que nós não lembramos, mas a maioria das pessoas escolhe a família, os pais, os irmãos com os quais deseja conviver, muitas vezes, para acerto de experiências anteriores que nos causaram danos. Portanto, a vida de toda pessoa é formada de pequenas e sucessivas escolhas. Uma coisa tão simples como pousar o olhar sobre um local, por exemplo, já representa um ato de escolha porque, ao escolher aquele ponto, não optei por outro, deixei de lado outras alternativas, forçosamente. Não se pode ter tudo ao mesmo tempo, essa é a verdade. Toda e qualquer escolha que fazemos traz com ela ganhos e perdas. Ganhamos pelas novas possibilidades que se tornam possíveis, mas perdemos quando descartamos outras opções menos atraentes. Somos constantemente forçados a realizar estas escolhas. E muitas são as ocasiões em que sentimos receio de errar. Na verdade não existem escolhas erradas; o que acontece é que muitas vezes somos levados a optar por algo que naquele momento nos traz maior prazer. Nestes casos preferimos a satisfação imediata, não nos importando com seus efeito a longo prazo. Hoje, nós vivemos no mundo do imediatismo, onde o que vale é o prazer imediato.

domingo, 21 de abril de 2013

RESSENTIMENTO EM CHICO XAVIER - HISTÓRIA

Há muitos anos, Chico Xavier possuía um cachorro deficiente. Esse animal lhe dava um trabalho muito grande. Quando chegava em casa de madrugada, após o trabalho no centro espírita, tinha que limpar todo o quarto.Comprava, com seu diminuto ordenado, uma coberta que não chegava a durar um mês. Assim foi durante muito tempo. Certo dia, quando ele chegou, o cachorro estava morrendo. - Parecia que ele estava me esperando... — disse com tristeza — Olhou-me demoradamente de uma maneira muito terna, fez um gesto com a cauda, e morreu. Enterram-no no fundo do quintal,não sem antes derramar muitas lágrimas. Passaram-se alguns meses e, um dia, uma de suas irmãs lhe disse: — Chico, você se lembra daquele cachorro aleijado? — Claro, como poderia esquecê-lo? — Olha, vou contar uma coisa. Ele não morreu naturalmente não. Dona Fulana tinha pena de ver você chegar todo dia de madrugada e ter tanto trabalho. Então, querendo aliviá-lo, deu veneno para o cão. — Ah, meu Deus! Não me diga uma coisa dessas! — É verdade, Chico. Ele não sentiu raiva, pois em seu coração não havia espaço para isso. Mas uma tristeza invadiu-lhe a alma e uma sombra começou a envolver-lhe o coração. Passados alguns dias, o espírito Emmanuel lhe disse: — Chico, essa mágoa que você asila no coração está atrapalhando o trabalho dos Bons Espíritos.Você precisa se livrar dela. — Não consigo esquecer… — disse-lhe Chico, amargurado. — Mas é preciso. - Como fazer? — Você precisa dar uma grande alegria a ela. — Eu dar alegria a ela?! O ofendido fui eu! — A receita não é minha… É de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Fazei bem aos que vos aborrecem.” Leia o Evangelho. Obediente e resignado, Chico procurou descobrir o que a pessoa gostaria de ter e não tinha. Era uma máquina de costura. Chico comprou, então, uma máquina de costura, a pagar em longas prestações. Quando foi visitá-la, a pessoa estava tão feliz, tão feliz, que quando viu o Chico chegando, correu para ele e lhe abraçou com tanto amor, que uma luz intensa se desprendeu dela e o envolveu da cabeça aos pés. Quando ela soltou o abraço, a sombra havia desaparecido. Eis aí uma receita para quem ainda carrega mágoas no coração. E VOCÊ, JÁ DEU SUA "MÁQUINA DE COSTURA" HOJE?

RESSENTIMENTO, MÁGOA NÃO RESOLVIDA

Em nenhum momento devemos nos permitir guardar a mágoa. Quando a mágoa se instala, o indivíduo vai perdendo aos poucos a alegria de viver, avançando em direção aos estados depressivos e de melancolia – extinguindo-se o prazer pela vida. A mágoa cultivada aloja-se em determinado órgão e o desvitaliza, alterando o funcionamento normal das células. Quando dissimulada e agasalhada nas profundezas da alma, se volta contra o próprio indivíduo, em um processo de autopunição inconsciente. Neste caso, o indivíduo passa a considerar a si próprio culpado pelo ocorrido, e então se pune, a fim de expiar a sua culpa. Segundo Sigmund Freud, o grande psicanalista do século vinte, todos nós temos uma certa predisposição orgânica para cedermos à somatização de algum conflito. Esta se dá geralmente em algum órgão específico. Desta forma, muitos de nossos adoecimentos repentinos são fruto do que ele chamou de complacência somática. Nós guardamos a mágoa ou “fazemos de conta” que ela não existe. Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser, ferindo aquele que lhe deu abrigo. Devemos recorrer à racionalização do ocorrido. Precisamos refletir sobre o desequilíbrio da outra pessoa, sobre sua insensatez e situação infeliz, isso faz com que a mágoa vá perdendo terreno para a compreensão e impedindo que o acontecimento venha a repetir-se continuamente na nossa mente, através do ressentimento. O ressentimento é o produto direto da repressão da raiva. Não expressamos nossos sentimentos ao ofensor, não lhe demonstramos nosso desapontamento e desgosto e então passamos a guardá-la, a fim de cobrar por ela no momento oportuno. O ressentimento é fruto de nosso atraso moral. Nós guardamos a dor da ofensa a fim de esperar o momento oportuno da vingança, do revide, a fim de sobrepormos nosso ego ferido em relação ao ego do ofensor. Quando isto acontece, um sentimento de animosidade, de ódio, cresce dentro de nós a cada dia, até que a convivência com a outra pessoa se torne insuportável. Um olhar não suporta mais o outro e a relação cessa por completo. Muitas amizades terminam assim, por falta de diálogo, de sinceridade e humildade em reconhecermos para o outro que ficamos chateados com sua atitude. Casais acumulam memórias de brigas, guardando lembranças de atritos que já ocorreram há meses, sem trocarem sequer uma palavra sobre o assunto, criando um clima silencioso o qual vai tornando o ressentido amargo e infeliz. Assim, há pessoas que possuem sobre o olhar uma “máscara espessa”....que encobre qualquer sorriso...Chegam a nos causar quase medo! É a amargura...que vai retirando toda a alegria de viver da pessoa. Nós devemos reagir imediatamente ao ressentimento, impedindo o seu desdobramento. Sem dúvida que existem pessoas que sentem prazer com calúnia, em proferir ofensas e mentiras sobre toda e qualquer pessoa. Não devemos sintonizar com este tipo de faixa vibratória e aceitar-lhes os dardos infamantes. Quando escolhemos não guardar ressentimentos, estamos fazendo um bem a nós mesmos, impedindo a desarmonia e inquietação decorrentes da sua instalação nos painéis da emotividade. O outro, porque se encontra em desequilíbrio, receberá os frutos de suas ações, decorrente da faixa em que se encontra. A causa destes algozes da alma humana, tais como a raiva, a mágoa e o ressentimento, quase sempre é a mesma: a falta de auto-estima da criatura, ou seja, a falta de amor por si mesmo. Quando valorizamos em demasia o olhar de amigos, colegas e familiares, estamos nos apoiando em terreno movediço. Nos tornamos apegados e dependentes. Por outro lado, quanto mais nos descobrimos, quanto mais passamos a desenvolver nossas potencialidades, reconhecendo nossos valores e nossa beleza única, mais seguros nos tornamos, de maneira que a raiva e a mágoa não encontram espaço para sua instalação. Aquele que se ama e valoriza não se magoa facilmente e tampouco fica irado com qualquer palavra descabida de um colega de trabalho ou amigo. Dessa forma, trabalhar pelo desenvolvimento de nossa auto-estima é o melhor antídoto para evitarmos o acúmulo do lixo mental dos ressentimentos e mágoas. Aquele que persegue, ou seja, o provocador que faz gerar a mágoa, sofre desequilíbrios que muitas vezes desconhecemos e não é justo que nos afundemos, com ele, na lama de seu ódio. Seja qual for a dificuldade que nos impulsione à mágoa, procuremos reagir, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores. Através do cultivo de pensamentos saudáveis, nos manteremos acima das viciações mentais que agasalham esse magnetismo mortífero que, infelizmente, se alastra pela Terra de hoje, pestilencial, danoso, aniquilador. Incontáveis problemas que culminam em tragédias quotidianas são decorrência da mágoa, que virulenta se firmou, gerando o terrível comércio do sofrimento desnecessário. Buscando, através da fé sincera e raciocinada, os programas da renovação interior, é fundamental apurarmos aspirações e não nos afligirmos. Quando a provocação vier, por parte do ofensor, convém acionarmos todo o nosso empenho na direção do bem. Atrapalhados pela incompreensão, desculpemos. Feridos nos melhores brios, perdoemos. Se meditarmos na transitoriedade do mal e na perenidade do bem, não teremos outra escolha, além daquela: amar e amar sempre, impedindo que a mágoa estabeleça nas fronteiras da nossa vida as balizas da sua província infeliz. Lembremos como nos alerta o Divino Mestre Jesus Cristo, incomparável conhecedor da alma humana, em sua mensagem dirigida aos corações de todos os tempos, através de seu exemplo incomparável de perdão: ‘Quando estiverdes orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que vosso Pai que está nos Céus, vos perdoe as vossas ofensas’.”

domingo, 14 de abril de 2013

RESSENTIMENTO - ANDRÉ LUIZ

Sim, você recebeu um tratamento péssimo daquele cliente, daquele vizinho, daquele namorado, do professor, do seu marido, dos seus pais, dos seus filhos, do seu chefe, dos seus colegas, dos amigos, críticos ... Você teve toda razão em ter sentido mágoa, tristeza e desapontamento quando isso aconteceu. Mas sentir tais coisas só tem sentido e lógica se for naquele momento. Nunca mais... Se você está, ainda hoje, sentindo essa decepção, essa tristeza, essa mágoa em relação a outra pessoa, então você está ressentido com ela. Veja com atenção o significado da palavra ressentimento. Qual a razão de usar sua mente e seu coração para sentir novamente coisas ruins, fragilidades e decepções? Sentir coisas ruins novamente não tem absolutamente nenhuma função, exceto prender você ao passado e tornar você eterna vítima de alguém que nem mesmo está tentando prejudicar você mais. Ao guardar qualquer ressentimento, você está se acorrentando a alguém que lhe fez mal, mesmo que essa pessoa não queira mais isso. Você está re-sentindo a dor que só existe em sua memória. A outra pessoa, por pior que tenha sido, não será prejudicada por seu ressentimento. Mas VOCÊ será. Você desperdiçará momentos únicos das suas vinte e quatro horas para pegar o punhal que alguém usou contra você há semanas, meses, anos ou décadas atrás e, acredite ou não, você mesmo estará se apunhalando dia- após-dia, com seu re-sentimento. Se o caso for tão grave que tenha que ser resolvido em tribunais, deixe advogados cuidando disso e se concentre em sua vida e sua felicidade. Não caia na armadilha do ressentimento. Viva o momento que estiver vivendo. Esqueça as coisas ruins do passado. Ele não existe mais. E, se mesmo com toda a lógica do mundo, você ainda estiver “sentindo re-sentimento” e mágoa de alguém, lembre-se do que disse William Shakespeare: “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”.

A RAIVA NOSSA DE CADA DIA -

Toda vez que alguém ou alguma coisa ameaça, interfere ou incomoda o bem-estar de outra pessoa, imediatamente faz acender a chama da raiva. Esta poderá, passados os primeiros momentos, diminuir ou abrandar-se logo ou virar incêndio, dependendo da área que tenha atingido. A raiva é a reação emocional imediata à sensação de se estar sendo ameaçado, podendo esta ameaça produzir algum tipo de dano ou prejuízo. A princípio, ela funciona como uma reação de defesa em relação a alguma ameaça. Não há quem já não tenha sido vítima da raiva. Todos os dias nos deparamos com diversas pessoas, no trabalho, no trânsito, nas conversações cotidianas... sendo estas as mais diversas, portadoras dos mais variados estados de ânimo. Não raro, alguma palavra mal empregada, algum tom de voz equivocado, e então nos sentimos ofendidos, tendo a raiva como reação imediata. Lembremo-nos, no entanto, que algumas vezes não há intenção da outra pessoa em nos ferir. Algumas vezes acontece por causa do nosso estado de sensibilidade, de fragilidade, de pré-disposição para a ofensa. Sentir raiva é atitude natural e normal no quadro das experiências aqui na terra. Canalizá-la bem, esclarecendo-a até que ela desapareça, é característica de uma pessoa que é saudável e lúcida. Mas como impedir que esta sensação inquietante se alastre e não ocupe tanto os espaços na nossa mente e sentimentos? O primeiro passo a ser dado é a aceitação de se estar sentindo raiva. Não há motivos para nos envergonhar da raiva e do fato de senti-la. Camuflá-la ou disfarçá-la com atitudes de falsa humildade e dissimulação são atitudes de quem ilude a si próprio, escolhendo parecer em vez de ser. Em seguida, devemos nos perguntar: “ Por que fiquei tão bravo ou brava com a atitude daquela pessoa? Por que me deixei atingir tanto? O que esta pessoa fez de tão desagradável a ponto de conseguir me desequilibrar o restante do dia?” Neste momento inicia-se a racionalização da raiva, e aí, então, é que percebemos que nós mesmos tivemos uma participação ativa na sua elaboração. Não foi o outro que produziu raiva em mim, pois somos nós que estamos sentindo raiva. Logo, nós mesmos a produzimos. Está em nós a sua origem e não no exterior. Como dissemos, a raiva é uma reação emocional que ocorre toda vez que alguém vai de encontro ao nosso bem-estar, de maneira que nos sentimos ameaçados. O que então nos deixou tão ameaçados? Que área do meu ser aquela palavra que foi dita pelo ofensor atingiu de maneira tão precisa? Por que aquilo que foi dito significou tanto para nós? A partir desse momento nós começamos a perceber que na verdade a sensação de inferioridade ou de ofensa não foi produzida pelo outro, ela já existia dentro de nós. Seria como se a palavra empregada fosse a chave certa para uma determinada ideia já existente dentro de nós mesmos –ela já estava ali – bastava acioná-la. Segundo Joanna de Ângelis, “a raiva é o lançamento de uma cortina de fumaça sobre nossos próprios defeitos, a fim de que eles não sejam percebidos pelos outros”, sendo que, quanto maior for o complexo de inferioridade da pessoa, mais vulnerável, mais sensível ela será a tudo o que for direcionado a ela do mundo exterior. Canalizar bem a raiva significa, assim, refletir sobre o porquê de nosso desequilíbrio momentâneo. Da mesma forma, outro recurso deve ser empregado: refletir sobre a origem do ato na outra pessoa. Isso significa perceber que a pessoa estava em desarmonia no momento em que agiu, de forma impensada, produzindo o conflito. Significa tentar perceber que o outro agiu sem nenhuma intenção de produzir o dano que nós agora sentimos. Isso não significa, de maneira alguma, que devamos ser coniventes e concordarmos com o desrespeito e ironia das pessoas ao nosso redor, as quais agem sem pensar nas conseqüências de seus atos. Mostrar-se ofendido, mostrar-se desgostoso com a situação, demonstrar os sentimentos de contrariedade e até mesmo a raiva inerente à ofensa são reações perfeitamente normais, de quem respeita a si mesmo e se considera merecedor do respeito e consideração dos seus semelhantes. Da mesma forma, dar uma corrida, realizar exercícios físicos ou algum trabalho que leve à exaustão, são recursos valiosos para se diluir ou fazer desaparecer a raiva. Extravasar, contar para os amigos como se sente, também são atitudes saudáveis e terapêuticas. O que não se deve fazer é camuflá-la, reprimi-la, disfarçá-la, pois então estaremos dando oportunidade para o surgimento da mágoa e do ressentimento.

domingo, 7 de abril de 2013

INCOMPREENSÕES E PERÍODOS DE CRISE

Ser feliz não é um acaso do destino, mas uma conquista de quem sabe ver-se, querer-se, aceitar-se. Corremos o risco de não sermos felizes porque assumimos o papel de vítimas dos nossos problemas. Precisamos, sim, nos tornar autores da nossa própria história. Capacitar-se para atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua própria alma. E agradecer, a cada manhã, pelo milagre da vida. Seremos felizes quando aprendermos a não ter medo dos nossos próprios sentimentos. Aprender a falar de si mesmo. Aprender a ter coragem para ouvir um “não” com a mesma serenidade de quando ouvimos um “sim “. Tente fazer de sua vida um canteiro de oportunidades. Que nas suas primaveras você seja amante da alegria. Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria. Aprenda a amar o sol quando o sol sair e a chuva quando ela cair. E, quando você errar o caminho, comece tudo de novo. Assim você será cada vez mais apaixonado pela vida e descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas é aceitar as imperfeições da vida, inclusive as próprias imperfeições. É feliz quem é tolerante consigo e com os outros. Quem aprende a ser tolerante com seus próprios erros para sê-lo com os dos outros. Desistir de ser feliz é desistir de seu próprio objetivo de vida. É desistir da própria vida.

BAIXA AUTO ESTIMA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Há muitas pessoas que expressam insegurança e incapacidade para adotar as atitudes necessárias para ser feliz na vida. Esse comportamento pode ser conseqüência de baixa auto-estima. Não esqueçamos que auto-estima diz respeito a como a avaliação que o indivíduo faz de sua experiência de vida e do juízo de valor que faz de si mesmo. A ideia que temos de nós mesmos condiciona em grande parte as nossas ações. Por isso, muitas vezes as pessoas procuram evitar situações e desafios que consideram acima de sua capacidade, praticando sempre aquelas ações que conseguem manejar com mais facilidade. Assim, deixam de realizar algumas coisas que poderiam ser de grande importância para sua vida e para sua realização pessoal. A vida é formada de sucessos e fracassos e quem acredita na sua capacidade de enfrentar desafios, consegue se recuperar mais depressa dos fracassos, pois confia no seu poder de promover mudanças. O sentimento decorrente da própria eficácia é muito estimulante, sendo acompanhado de uma sensação de segurança que motiva e conduz a outras ações eficazes e estimulantes. A capacidade de desenvolver habilidades no dia-a-dia abre caminho para a solução de situações imprevisíveis, confusas e estressantes. Ser otimista com relação à própria capacidade produz atitudes que impedem de cair na apatia, no desespero e na tristeza diante das adversidades. Os otimistas, aqueles com boa auto-estima, consideram que seus fracassos se devem a algo que pode ser mudado, e que na próxima oportunidade obterão melhores resultados. Acreditam que as situações mais difíceis não duram para sempre. As pessoas com tendência dominadora e centralizadora, que precisam se sentir no controle de tudo o que está à sua volta, estão sujeitas a altos níveis de estresse. Essas características podem ser uma manifestação de baixa auto-estima. É uma forma de esconder as próprias imperfeições. Se essas características da personalidade forem bem resolvidas, a pessoa terá mais tranqüilidade, com bons resultados para si e para suas relações com as outras pessoas. Se você perceber que está na hora de promover mudanças para aumentar sua auto-estima, lembre-se que nunca é tarde para isso. Lute para restabelecer seu amor-próprio e se necessário procure ajuda especializada. Lembre-se sempre que a pessoa mais importante para você deve ser você mesmo! CONSEQUÊNCIAS DA BAIXA ESTIMA A baixa auto-estima pode desenvolver nas pessoas sentimentos como a angústia, a dor, o desânimo, a rejeição de si mesmos, a preguiça, a vergonha, e outros sentimentos. Assim, é fundamental ajudá-las a manter a auto-estima positiva, alta, para seu crescimento saudável. Isso também se aplica às crianças. A família é o principal influenciador na auto-estima. É lá que as crianças vão crescer e formar sua personalidade. Em razão disso, é recomendável que os pais valorizem as conquistas dos seus filhos, e não vivam apontando seus defeitos e dificuldades, mas que deem apoio e ajuda para que eles possam superá-los. Se pensarmos então nos pré-adolescentes e adolescentes, rapidamente iremos entender o quanto serão drásticas e “dramáticas” as conseqüências. Levando muitos a se envolverem com o álcool e para as drogas o passo é mínimo. O importante em todo o processo de crescimento dos nossos filhos é que demos a eles a possibilidade de sentir-se bem com eles mesmos. Que nosso esforço esteja vinculado ao afeto, ao carinho, à observação, a valorizar suas qualidades e apoiá-los quando algo vai mal. E para isso é necessário conhecê-los a cada dia, criando oportunidades de conversas, de interação e o contato físico para maior compreensão. Existem sentimentos que muitas vezes não percebemos, que desconhecemos em nós. Sentimentos como a dor, a tristeza, o rancor, a mágoa, a culpa e outros, se não remediados, se não resolvidos, acabam convertendo-se e ganhando dimensões incontroláveis. Esses sentimentos podem levar uma pessoa, não somente a sofrer depressões contínuas, como também a ter complexo de culpa, mudanças repentinas de humor, crise de ansiedade, de pânico, reações inexplicáveis, indecisões, inveja excessiva, medos, hipersensibilidade, pessimismo, impotência e outros males. A baixa auto-estima também pode levar uma pessoa a desenvolver o sentimento de “menos-valia”, sente-se desvalorizada, e, em razão disso, a estar sempre comparando-se com os demais, supervalorizando as virtudes e as capacidades dos outros. Como também pode levá-la a viver menosprezando-se constantemente e não acreditando em si mesma. Ignora que pode ter capacidades a desenvolver tanto quanto qualquer outra pessoa . As pessoas que desenvolvem a “menos-valia” passam a ver a vida em “preto e branco”, a não ver sentido na vida e tão pouco a ter objetivos e a convencer-se de que é incapaz de conseguir qualquer coisa a que se proponha. Tem dificuldade de compreender que todos nós somos diferentes e únicos, e que ninguém é perfeito. Que todos temos virtudes e defeitos, que erramos , acertamos e a ideia é que recomecemos sempre. O constante sentimento de rejeição, de menos-valia, que sempre “andam” juntos, levam a uma série de sentimentos negativos que acabam por causar uma série de situações negativas e frustrantes. A baixa auto-estima leva até a sentimentos de violência, desde a verbal até a física. Seja tanto a violência contra o outro quanto a violência praticada contra si mesmos. A pessoa dita “violenta” está ferida de alguma forma, se frustra por não acreditar que vá obter o que quer, e por isso se vira contra os outros e/ou contra si mesma. Sendo comum também ocorrer a auto violência . Quando uma pessoa está com baixa-estima, geralmente espera que o “outro” faça aquilo que ela mesma não faz por si mesma. Geralmente para “compensar” o mau trato que faz a si mesmo, a pessoa começa a supervalorizar ainda mais o outro, fazendo absolutamente “tudo” para esse outro, o que esse outro quer, o que sem dúvida leva essa pessoa a se anular como pessoa. Passa a ter medo de “perder” a atenção, o afeto e a consideração do “outro”. Culpa-se, acreditando nunca ser capaz o suficiente, de ser bom o suficiente, sendo assim o primeiro ou a primeira a se por para baixo. Passa a ter uma exigência absurda para consigo mesmo. O importante é que as pessoas possam ter coragem de, como jovens adultos e adultos, compreender que podem fazer a diferença, a partir desse momento de suas vidas. Que o que já aconteceu em suas vidas até então já passou e não pode mais aterrorizá-los, não fazer do que já passou uma sentença de infelicidade, que esses fantasmas do passado precisam ser exorcizados. Precisamos entender que o mais importante na vida somos nós mesmos, até para poder nos relacionarmos bem com as outras pessoas. Que quanto mais estamos bem por dentro, mais fácil fica enfrentarmos o que de ruim acontecer fora CARACTERÍSTICAS DA BAIXA AUTO ESTIMA: - insegurança - inadequação - perfeccionismo - dúvidas constantes - incerto do que se é - sentimento vago de não ser capaz de realizar nada - depressão - não se permite errar - necessidade de agradar - aprovação - reconhecimento O QUE DIMINUI A AUTO ESTIMA: - críticas e autocríticas - culpa - abandono - rejeição - carência - frustração - vergonha - inveja - timidez - insegurança - medo - humilhação - raiva - e, principalmente: perdas e dependência (financeira e emocional) PARA ELEVAR A AUTO ESTIMA, É PRECISO: - autoconhecimento - manter-se em forma física (gostar da imagem refletida no espelho) - identificar as qualidades e não só os defeitos - aprender com a experiência passada - tratar-se com amor e carinho - ouvir a intuição (o que aumenta a autoconfiança) - manter diálogo interno - acreditar que merece ser amado(a) e é especial - fazer todo dia algo que o deixe feliz. Pode ser coisas simples como dançar, ler, descansar, ouvir música, caminhar. RESULTADOS DA AUTO ESTIMA ELEVADA: - mais vontade em oferecer e receber elogios, expressões de afeto - sentimentos de ansiedade e insegurança diminuem - harmonia entre o que sente e o que diz - necessidade de aprovação diminui - maior flexibilidade aos fatos - autoconfiança elevada - amor-próprio aumenta - satisfação pessoal - maior desempenho profissional - relações saudáveis - paz interior