sexta-feira, 2 de novembro de 2012

" BAIXA AUTO ESTIMA"

Muitos de nós nos comportamos como se o amor não fosse um sentimento a ser aprendido e compreendido. Agimos como se ele estivesse guardado, parado em nosso mundo íntimo, e passamos a viver à espera de alguém ou de alguma coisa que possa despertá-lo do dia para a noite. Temos dado passos e até realizado alguns atos no amor, mas raras vezes, temos sabido amar a nós próprios. Precisamos conhecer a nossa parte sóbria, uma vez que nem tudo em nós é luz. Existirá amor maior a si que esse de saber lidar com essas sobras interiores que tentam ofuscar nossos desejos de Luz? Precisamos aprender esse amor e nos tornarmos mais felizes. Amar nossa “sombra”, conquistando-a e transformando-a aos poucos. Isso é possível se aprendermos a tolerar nosso passado, sem as impiedosas recriminações. Amar-nos, apesar do nosso passado de escolhas infelizes e decisões precipitadas, é fundamental para iniciarmos um recomeço de vida espiritual rumo à liberdade. Aprender o auto-amor é arar a terra mental para “ser”. Quando o conseguirmos, recuperaremos a serenidade, o estado de gratificação com a vida, a compreensão de nós mesmos, porque o sentimento será então um espelho translúcido das potencialidades excelsas depositadas em cada um de nós pela “inteligência suprema do universo”. É lamentável que tenha se formado em muitos de nós uma “cultura de sofrimento”, fundamentada na Lei de Causa e Efeito, espalhando a dor como situação insubstituível ao progresso. Acentua-se tal teoria com a supervalorização de fantasias sobre um passado de outras vidas no qual são destacados crimes e desvarios. As conseqüências de tal enfoque podem ser sentidas no quadro de baixa auto-estima e desacordo consigo mesmo em que se encontra grande parte dos cristãos. Alimentando crenças de desmerecimento e menosprezo mais não fazemos que desamarmo-nos e impedir o crescimento pessoal e do grupo. O pior efeito, a pior conseqüência, de semelhante quadro psicológico é acreditar que não merecemos ser felizes, automatizando um sistema mental de cobranças intermináveis e uma autoflagelação, ambas, em várias ocasiões, sustentadas e induzidas por adversários espirituais astutos e vampiros da morbidez das sensações, gerando situações neuróticas de perfeccionismo e puritanismo quase incontroláveis. Esse auto-desamor é um subproduto do tradicional religiosismo que construímos no psiquismo, em séculos de superficialidade moral, cuja imagem condicionada na vida mental foi a de um ser pecador e miserável, indigno daquele paraíso onde esperávamos refestelar-nos com as vantagens dos céus. Porque não aprendemos ainda o auto-amor, costumamos esperar compensações e favores do amor alheio, criando um alto nível de insegurança e dependência dos outros, pelo excessivo valor que depositamos no que eles pensam sobre nós. A auto-estima é fator determinante das atitudes humanas. Quando temos pouca auto-estima, somos sempre escravos de complexos de inferioridade atormentadores, por mais melhores que sejam as vantagens de nossas vidas. Passamos a cultivar hábitos que visam camuflar supostos “males” para que os outros não os percebam.No entanto, não conseguimos sempre nos enganar usando dessa espécie de “maquiagem” e, quando tomamos consciência dela, nos tornamos revoltados, indefesos, deprimidos e ofendidos. Essa situação tem um limite suportável até certo ponto em que nossas decisões e ações começam a ser comprometidas por estranhas formas de agir e, muitas vezes, podem criar episódios neuróticos de gravidade, com estreitos limites com as psicoses. Em muitos casos, necessário é que se diga, surgem interferências espirituais, aumentando o sofrimento desses corações, acentuando-lhes o sentimento de desmerecimento, de rejeição e desânimo, levando-nos a idéias terríveis e a escolhas infelizes. Na base de nossas escolhas infelizes está a baixa auto-estima. É ela que nos inspira a fazer escolhas que só nos causam danos em todos os aspectos. Escolher a droga, seja ela qual for, como fonte de prazer, é um grande atestado de que não nos amamos, de que somos conduzidos por caminhos tortuosos porque não nos amamos o suficiente para buscar fontes de prazer que não tragam prejuízos para nossas vidas, que coloquem nossas vidas em risco. Quando enchemos nossas vidas com coisas ou pessoas que em nada contribuem para o nosso crescimento, que só nos causam danos os mais variados, é indício de baixa auto-estima, de que não nos amamos o suficiente. Vivemos um sistema de compensações pela nossa falta de amor a nós mesmos. E ainda há as opiniões sobre nós com as quais tantas vezes temos que lidar. Essas opiniões são valorosas e merecem ouvidos atentos, quando se tornam críticas construtivas. E uma crítica para ser construtiva precisa de sinceridade fraterna, “olhos nos olhos”, sentimento de solidariedade e, sobretudo, quem critica para ajudar apresenta alternativas de melhoria ou solução. Fora isso, opiniões sobre nós não passam de palavras ao vento, maledicência ou inveja. A auto-estima é muito importante, mas você é capaz de perceber como ela influencia sua vida? Muitas pessoas expressam insegurança e inadequação para adotar as atitudes necessárias para ser feliz na vida. Esse comportamento pode ser conseqüência de baixa auto-estima, definida como a avaliação que o indivíduo faz de sua experiência de vida e do juízo de valor que faz de si mesmo. Expressam insegurança e inadequação para adotar as atitudes necessárias para ser feliz na vida. Esse comportamento pode ser conseqüência de baixa auto-estima, definida como a avaliação que o indivíduo faz de sua experiência de vida e do juízo de valor que faz de si mesmo. A ideia que temos de nós mesmos condiciona em grande parte as nossas ações. Por isso, muitas vezes as pessoas procuram evitar situações e desafios que consideram acima de sua capacidade, praticando sempre aquelas ações que conseguem manejar com mais facilidade. Assim, deixam de realizar algumas coisas que poderiam ser de grande importância para sua vida e para sua realização pessoal. Quem acredita na sua capacidade de enfrentar desafios, consegue se recuperar mais depressa dos fracassos, pois confia no seu poder de promover mudanças. O sentimento decorrente da própria eficácia é muito estimulante, sendo acompanhado de uma sensação de segurança que motiva e conduz a outras ações eficazes e estimulantes. A capacidade de desenvolver habilidades no dia-a-dia abre caminho para a solução de situações imprevisíveis, confusas e estressantes. Ser otimista com relação à própria capacidade produz atitudes que impedem de cair na apatia, no desespero e na tristeza diante das adversidades. Os otimistas, aqueles com boa auto-estima, consideram que seus fracassos se devem a algo que pode ser mudado, e que na próxima oportunidade obterão melhores resultados. Acreditam que as situações mais difíceis não duram para sempre. As pessoas com tendência dominadora e centralizadora, que precisam se sentir no controle de tudo o que está à sua volta, estão sujeitas a altos níveis de estresse. Essas características podem ser uma manifestação de baixa auto-estima. É uma forma de esconder as próprias imperfeições. Se essas características da personalidade forem bem resolvidas, a pessoa terá mais tranqüilidade, com bons resultados para si e para suas relações com as outras pessoas. Para alguém com baixa auto-estima, estar acima do peso ideal pode constituir um fator de ansiedade. É necessário melhorar a própria imagem, e isso pode exigir mudança no estilo de vida. É mais difícil atingir e manter o peso desejado quando o equilíbrio emocional precisa ser aprimorado. Se você perceber que está na hora de promover mudanças para aumentar sua auto-estima, lembre-se que nunca é tarde para isso. Lute para restabelecer seu amor-próprio e se necessário procure ajuda especializada. Lembre-se sempre que a pessoa mais importante para você deve ser você mesmo! CONSEQUÊNCIAS DA BAIXA ESTIMA
A “baixa auto-estima” pode desenvolver nas crianças sentimentos como a angústia, a dor, o desânimo, a rejeição de si mesmos, a preguiça, a vergonha, e outros sentimentos. Assim, é fundamental ajudá-las a manter a auto-estima positiva, alta, para o crescimento saudável das crianças. A família é o principal influenciador na auto-estima. É na família que as crianças vão crescem e formam sua personalidade. Em razão disso, é recomendável que os pais valorizem as conquistas dos seus filhos, e não vivam apontando seus defeitos e dificuldades, mas deem apoio e ajuda para que eles possam superá-los. Se pensarmos então nos pré-adolescentes e adolescentes, rapidamente iremos entender o quanto serão drásticas e “dramáticas” as conseqüências. Levando muitos a se envolverem com o álcool e para as drogas o passo é mínimo. O importante em todo o processo de crescimento dos nossos filhos é que demos a eles a possibilidade de SER, de sentir-se bem com eles mesmos. Que nosso esforço esteja vinculado ao afeto, ao carinho, à observação, a valorizar suas qualidades e apoiá-los quando algo vai mal. E para isso é necessário conhecê-los a cada dia, criando oportunidades de conversas, de interação e o contato físico para maior compreensão. Existem sentimentos que muitas vezes não percebemos, que desconhecemos em nós. Sentimentos como a dor, a tristeza, o rancor, a mágoa, a culpa e outros, se não remediados, se não resolvidos, acabam convertendo-se e ganhando dimensões incontroláveis. Esses sentimentos podem levar uma pessoa, não somente a sofrer depressões contínuas, como também a ter complexo de culpa, mudanças repentinas de humor, crise de ansiedade, de pânico, reações inexplicáveis, indecisões, inveja excessiva, medos, hipersensibilidade, pessimismo, impotência e outros males. A baixa auto-estima também pode levar uma pessoa a desenvolver o sentimento de “menos-valia”, sente-se desvalorizada, e, em razão disso, a estar sempre comparando-se com os demais, supervalorizando as virtudes e as capacidades dos outros. Como também pode levá-la a viver menosprezando-se constantemente e não acreditando em si mesma. Ignora que pode ter capacidades a desenvolver tanto quanto qualquer outra pessoa . As pessoas que desenvolvem a “menos-valia” passam a ver a vida em “preto e branco”, a não ver sentido na vida e tão pouco a ter objetivos e a convencer-se de que é incapaz de conseguir qualquer coisa a que se proponha. Tem dificuldade de compreender que todos nós somos diferentes e únicos, e que ninguém é perfeito. Que todos temos virtudes e defeitos, que erramos , acertamos e a ideia é que recomecemos sempre. O constante sentimento de rejeição, de menos-valia, que sempre “andam” juntos, levam a uma série de sentimentos negativos que acabam por causar uma série de situações negativas e frustrantes. A baixa auto-estima leva até a sentimentos de violência, desde a verbal até a física. Seja tanto a violência contra o outro quanto a violência praticada contra si mesmos. A pessoa dita “violenta” está ferida de alguma forma, se frustra por não acreditar que vá obter o que quer, e por isso se vira contra os outros e/ou contra si mesma. Sendo comum também ocorrer a auto violência . Quando uma pessoa está com baixa-estima, geralmente espera que o “outro” faça aquilo que ela mesma não faz por si mesma. Geralmente para “compensar” o mau trato que faz a si mesmo, a pessoa começa a supervalorizar ainda mais o outro, fazendo absolutamente “tudo” para esse outro, o que esse outro quer, o que sem dúvida leva essa pessoa a se anular como pessoa. Passa a ter medo de “perder” a atenção, o afeto e a consideração do “outro”. Culpa-se, acreditando nunca ser capaz o suficiente, de ser bom o suficiente, sendo assim o primeiro ou a primeira a se por para baixo. Passa a ter uma exigência absurda para consigo mesmo. O importante é que as pessoas possam ter coragem de, como jovens adultos e adultos, compreender que podem fazer a diferença, a partir desse momento de suas vidas. Que o que já aconteceu em suas vidas até então já passou e não pode mais aterrorizá-los, não fazer do que já passou uma sentença de infelicidade, que esses fantasmas do passado precisam ser exorcizados. Precisamos entender que o mais importante na vida somos nós mesmos, até para poder nos relacionarmos bem com as outras pessoas. Que quanto mais estamos bem por dentro, mais fácil fica enfrentarmos o que de ruim acontecer fora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário