domingo, 22 de setembro de 2013

FELICIDADE POSSÍVEL -

Você ESTÁ feliz? Melhoremos a pergunta: você É feliz? O que você tem feito para ser feliz? A felicidade existe? Ora, se todos nós buscamos a felicidade é porque ela deve existir. Se não existisse, não haveria tanta gente em busca dela. Nos últimos tempos, felicidade tem sido uma das principais condições para conferir sentido à vida humana. O próprio objetivo da vida é perseguir a felicidade. Isto está bem claro. Se acreditamos em religião, ou não; se acreditamos nesta religião ou naquela; todos nós estamos procurando algo melhor na vida. Por isso, o próprio movimento da nossa vida é no sentido da felicidade... Agora repitamos a seguinte pergunta : Existe a felicidade? E quando pensamos se ela existe, normalmente trazemos a outra: Eu sou feliz? Para a primeira podemos usar da teoria reversa com uma outra pergunta: Se a felicidade não existe, por que a procuramos incessantemente? Ora, se procuramos por algo, este algo deve existir... Para a segunda pergunta podemos usar uma variação, pequena, para começarmos de uma forma mais amena: Eu estou feliz? Podemos notar que estar traduz algo relacionado ao tempo, ao momento, enquanto ser diz respeito a algo permanente. Temos que lembrar que nós estamos num mundo, que é o planeta terra, que não nos oferece a felicidade plena, portanto costumamos ter momentos de felicidade... Todos os dias nos deparamos com inúmeras decisões e escolhas. E por mais que tentemos, é freqüente não escolhermos aquilo que sabemos ser “bom para nós”. Em parte, isso está relacionado ao fato de que “a escolha certa” costuma ser a difícil – aquela que envolve algum sacrifício do nosso prazer. Ora, segundo Sigmund Freud, a força motivadora fundamental de todo o aparelho psíquico é o desejo de aliviar a tensão causada por impulsos instintivos não realizados. Em outras palavras, nossa motivação oculta é a busca do prazer. De uma coisa precisamos nos convencer: precisamos estar atentos à necessidade de cultivar estados mentais positivos como a generosidade e a compaixão que decididamente conduz a uma melhor saúde mental e à felicidade. O ódio, o ciúme, a raiva, entre outros são prejudiciais. São estados mentais negativos porque eles destroem nossa felicidade mental. Uma vez que abriguemos sentimentos de ódio ou rancor contra alguém, uma vez que nós mesmos estejamos cheios de ódio ou de emoções negativas, outras pessoas também nos parecerão hostis. Logo, disso resultam mais medo, maior inibição e hesitação, assim como uma sensação de insegurança. Essas sensações se desdobram e, com elas, a solidão em meio a um mundo visto como hostil. Todos esses sentimentos negativos derivam do ódio. Por outro lado, estados mentais como a bondade e a compaixão são decididamente positivos. São muito úteis e capazes de nos fazer felizes. Está bastante claro que os sentimentos de amor, afeto, intimidade e compaixão trazem sim a felicidade. Cada um de nós dispõe, portanto, da base para ser feliz, para ter acesso aos estados mentais de amor e compaixão que produzem a felicidade. Procuramos a felicidade, normalmente, nas coisas exteriores, fora de nós mesmos, enquanto podemos encontrá-la, e até mesmo devemos encontrá-la, no nosso íntimo. A felicidade reside em nós mesmos e costumamos procurá-la fora... Seria esta uma inverdade?! Ou será que podemos admitir isto como um fato? Primeiro vamos definir felicidade. Alguns acham que é uma revolução ou algo muito grande que acontece conosco, mas não é. Às vezes somos felizes e não sabemos que somos. A felicidade é um estado de contentamento, de completude, é quando sentimos que nada nos falta. É uma sensação de bem estar, é estar de bem consigo mesmo. Felicidade é capacidade de imaginar um futuro satisfatório – de acreditar no futuro e esperá-lo com alegria. Mas nosso cérebro insiste em imaginar o futuro sempre pior do que realmente será. E a isso se chama de ansiedade. A ansiedade nasce quando você não acredita no futuro e no sucesso do que vai fazer. E não esqueçamos que felicidade é capacidade de ter controle sobre a própria vida. É perceber que a sua vida é resultado dos seus atos, e não se sentir refém do mundo. Ter controle sobre uma situação provoca impacto positivo sobre a felicidade. Você tem controle sobre as situações de sua vida? Ou você deixa que outras pessoas controlem sua vida e nela interfiram? Você permite que outras pessoas decidam por você o que você vai vestir, estudar, onde vai trabalhar? O que tem na sua casa são escolhas suas? Porque, se não for, aí está uma causa para começar a entender porque você não é tão feliz como gostaria. Logo, sempre que fazemos nascer um desejo em nós por algo ou alguém, e não concretizamos, começamos um estado de infelicidade, de insatisfação. Por outro lado, o estado de felicidade não significa ausência de problemas. Podemos sim ser felizes mesmo com os problemas que nos desafiam. Não podemos permitir que os problemas ameacem nosso estado de contentamento íntimo. Como podemos alcançar esse contentamento íntimo? Existem dois métodos. Um consiste em conseguir tudo o que se quer e deseja – todo o dinheiro, todas as casas, os automóveis, o parceiro perfeito e o corpo perfeito. Tudo isso nos trará um contentamento momentâneo, passageiro e logo nos frustramos porque coisas nos trazem uma satisfação passageira. O segundo método, que é mais confiável, consiste em não ter tudo o que queremos mas, sim, em querer e apreciar o que temos. A felicidade que depende principalmente do prazer físico é instável. Um dia, ela está ali, no dia seguinte, pode não estar. Na verdade, é difícil dizer o que é felicidade, mas percebemos quando eu a vemos. Porque é simplesmente se sentir bem. No dia-a-dia, podemos perceber que a felicidade não é uma sensação eterna, é um estado de êxtase, daqueles que se atingem nos momentos de extremo prazer. Há um estado de alternância em estar feliz ou triste. Hora estamos felizes, hora estamos tristes. Mas, precisamos aprender que, apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam como momentos para amadurecer, pensar e repensar as atitudes, os projetos. E, se bem pensarmos, chegaremos à conclusão que aprendemos muito mais com a tristeza do que com a felicidade, ou felicidade. Uma dói e por isso nos transforma. A outra só nos deixa em paz e por isso não provoca as mudanças de que necessitamos para sermos melhores. Embora não existam respostas concretas que nos possa levar até a felicidade, há pistas do que nos poderá levar até ela. O filósofo grego Aristóteles afirmava, há mais de 2 mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse. Por isso, não nos angustiemos quando colocarmos como condição de felicidade ter coisas e não conseguirmos. As coisas e pessoas não podem nos fazer felizes. Nós é que podemos. Por ser a felicidade um estado de satisfação, vai depender somente de nós, de estarmos satisfeitos com o que somos e com o que temos. Precisamos compreender que dentro de nós próprios, no mais profundo, há uma inteligência enorme, simples, natural que sabe sempre o que fazer e onde nos levar. Trata-se de não bloqueá-la, mas sim deixá-la fluir, para que nos indique o caminho. Ao ouvirmos e acolhermos tudo o que surge em nós: tristeza, alegria, coisas boas ou más, bonitas ou feias, sem preconceitos, sem bloqueios e sem nos opormos, descobriremos o contacto com o nosso espaço interior e com a nossa essência. Observar os incômodos e as inquietudes que invadem o nosso espaço interior e acolher tudo o que é nosso, o que gostamos e o que não gostamos é a via mestra para estarmos bem com nós próprios. Nos aceitarmos e deixarmos a nossa essência nos guiar, a desabrochar e a realizar o nosso caminho sem esforços e sem guerras interiores pela vida. O terapeuta e escritor, Roberto Shinyashiki, nos diz que "Felicidade não é o que acontece na nossa vida, mas como nós lidamos com esses acontecimentos. A diferença entre o sábio e o ignorante é que o primeiro sabe aproveitar suas dificuldades para evoluir, enquanto o segundo se sente vítima de seus problemas." Você pode mudar como você se sente, mudando o modo como você pensa. Quando você perceber que pode mudar o modo como você se sente, com certeza você será mais feliz, você não sentirá angústias. Você pode e deve mudar esses sentimentos, a fórmula é: MUDAR O MODO COMO VOCÊ PENSA. Seus pensamentos dão origem aos seus sentimentos. Enquanto você estiver pensando que os outros só abusam e falam mal de você, que sua vida é muito chata, que seus problemas são difíceis demais pra você, sua vida se torna um tanto quanto difícil. Para mudar os pensamentos, você precisa mais do que força de vontade. Não é só decidir mudar sua cabeça que, de uma hora para outra, você vira uma nova mulher, ou um novo homem. Você precisa aprender a fazer as mudanças de que necessita em sua vida. Não seja um refém das suas emoções, não se deixe levar por seus sentimentos, perceba que você pode levar os seus sentimentos para onde você quiser. Se definirmos a felicidade como um estado de perfeição, com tudo correndo exatamente como esperávamos, jamais seremos felizes. Se dependermos de outra pessoa para sermos felizes, estaremos destinados ao sofrimento e à dor sempre que essa pessoa deixar de fazer o que queríamos ou que esperávamos que ela fizesse. E, pior, quase morreremos quando ela nos deixar. Se definirmos a felicidade como prazer, excitação ou aventura, ela será, na melhor das hipóteses, passageira e transitória. Além de poder nos trazer doenças, perigos ou tragédias. E o que é realmente a FELICIDADE? A felicidade é o sentimento que temos de que tudo está bem. É o sentimento de completude que nos faz sentir que não nos falta nada. Ela é ausência de medo, de perturbação e de conflito. É um lugar de tranqüilidade, satisfação e prazer. É paz de espírito. A coisa mais importante que temos de aprender sobre a felicidade é que ela é uma escolha. Está sempre ao nosso alcance; está dentro de cada um de nós.

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