domingo, 25 de maio de 2014

TRANSTORNO DE ANSIEDADE -

Imagine uma buzina que se mantém ligada ininterruptamente... Assim é o que a psicologia chama de transtorno de ansiedade. Estado de alerta constante, como se houvesse uma ameaça pairando no ar, como se houvesse um perigo constante. Ficar ansioso diante de algo novo em sua vida, como uma entrevista, uma viagem, um teste, etc. é normal e, na maioria das vezes, saudável, benéfico. Ansiedade é um termo um pouco indefinido. Nós dizemos “ansiosos” com diversas conotações, inclusive positivas. “Estou ansioso pela sua chegada”. Agora, viver em estado constante de alerta, é causa de muito sofrimento. Ansiedade é um intenso mal-estar físico e psíquico, acompanhado de aflição e agonia. É como se você sentisse ininterruptamente um desejo forte, veemente e impaciente. Tecnicamente ansiedade pode ser definida como uma emoção subjetiva, voltada para o futuro, (pode ser considerada como uma tentativa de preencher o intervalo de tempo entre o momento presente e o futuro), semelhante à sensação de medo, com manifestações físicas (taquicardia, respiração mais rápida, sensação de sufocação, tremores, sudorese, ondas de frio ou calor, etc), psíquicas (apreensão, expectativa, apreensão, insegurança, inquietação, etc.) e comportamentais (evitação ou fuga da situação que provoca a ansiedade). É considerada “normal” ou “positiva” quando leva à ação adequada, como estudar para uma prova ou preparar-se com antecedência para uma palestra. É negativa quando leva ao desespero, a não conseguir fazer uma prova nem estudar para a mesma, evitando-a ou tendo “branco”. Segundo a Psicologia, a ansiedade pode variar de simples apreensão aos ataques de fobias, melancolia e síndrome de pânico. Pode-se dizer que é um estado de agitação motora(dos movimentos) e excitação intelectual, provocado por sentimentos de natureza penosa, que se revela por movimentos desordenados, mas pouco variados, indicando medo, angústia, desespero, pavor etc. A ansiedade e os termos relacionados a ela, tais como, medo, angústia, melancolia, síndrome de pânico, não é somente de nossos dias, embora a correria do mundo moderno possa provocá-la mais intensamente do que no passado. Se você observar as pessoas quando estão em lugares de muita aglomeração, como dentro do ônibus ou metrô, aeroporto, etc., perceberá que a maioria não para de mexer nos seus aparelhos eletrônicos: parece que todos estão fugindo de si mesmos. Inconscientemente, provocam os sintomas da ansiedade. As diversas preocupações de subsistência, por exemplo de relacionamentos, de compromissos assumidos. Quando não são devidamente administradas, elas geram ânsia, que é a pressa para tudo resolver. Todos, em menor ou maior grau, estamos sujeitos à ansiedade: uns preferem racionalizá-la, outros narcotizá-la e outros ainda evitá-la. Diante de uma adversidade, devemos nos preparar para “lutar-ou-fugir”. A fuga pode gerar problemas futuros; a luta, embora penosa, pode gerar grandes benefícios. O medo é uma emoção mais específica que a ansiedade e ocorre diante de uma situação ou objetos definidos. A ansiedade é mais difusa, ligada a um perigos imaginários . Ambos, medo e ansiedade, podem levar à fuga ou evitação. O medo de elevador faz a pessoa ficar tão ansiosa que evita usá-lo, indo a determinado andar de escada ou não indo. “Tenho medo de elevador”. ”Fico ansioso só de pensar em me aproximar dele”. Quando a ansiedade vem, portanto, sem causa aparente ou em intensidade exagerada torna-se prejudicial. Aí é hora de buscar socorro médico. Primeiro, porque os sintomas são desagradáveis. Em seguida, porque nossa capacidade intelectual é atingida. Realmente, a ansiedade diminui a capacidade de pensar com clareza, de julgar apropriadamente, de aprender com eficiência ou de recordar coisas com precisão. Finalmente, ela altera uma série de funções vegetativas do organismo (que ocorrem de modo independente da vontade). Passamos a apresentar suores internos, tremores, tonturas, batedeiras, sudoreses, aumento no número de micções, dificuldade para dormir e uma terrível e persistente sensação de cansaço. Mas, afinal, por que temos ansiedade em excesso? Provavelmente, esse sentimento é uma manifestação de conflitos não resolvidos. Ou porque conhecemos o problema e não temos segurança ou clareza para resolvê-lo ou porque trazemos, inconscientemente, problemas não resolvidos de infância em relação a emoções como hostilidade, insegurança etc. Assim, a auto-ansiedade se alimenta, porque à medida que a sentimos em função de um sintoma tornamo-nos mais ansiosos. O estresse, no entanto, é o desgaste emocional. Não é uma doença, como a pneumonia e nem mesmo um sintoma, como a tosse. Ele é um processo do qual a pessoa pode entrar e sair. O estresse se apresenta em três fases: alerta, resistência e exaustão. Frequentemente, a pessoa entra e sai da fase de alerta. Mas se o fator psicológico, ou ambiental, que desencadeia a reação de estresse persiste, a pessoa pode progredir para os estágios seguintes. Se esse processo não for interrompido, ela poderá chegar à fase de exaustão e desenvolver doenças crônicas como hipertensão ou diabetes, precocemente. Os sintomas mais comuns, nesse caso, são queda de cabelo, constipação, alterações na pele, alergias freqüentes, disfunção erétil, esofagites, gastrites, infecções das vias aéreas superiores, sintomas depressivos, enxaquecas, labirintites, além da perda de neurônios. O organismo reage à ansiedade crônica com mudanças fisiológicas que incluem a liberação de cortisol, produzido pela parte superior da glândula suprarrenal e que está diretamente envolvido na resposta ao estresse. Esse hormônio atinge níveis bastante elevados e depois cai rapidamente. A função da liberação do cortisol, na ansiedade intensa, é aumentar rapidamente a glicose sanguínea para permitir ao animal mais energia para lutar ou fugir numa situação de ameaça. Quando a pessoa está na fase de alerta, atinge vários picos. O quadro se torna preocupante quando o indivíduo permanece cronicamente estressado. Além disso, na ansiedade crônica e elevada ocorre a desregulação do Sistema Nervoso Autônomo, que leva aos sintomas da fase se exaustão. Parte do oxigênio que respiramos transforma-se em radicais livres, substâncias que lesam as moléculas, e os tecidos aceleram o envelhecimento. Esses radicais são a base de muitas doenças. Quando estamos muito ansiosos, o ritmo respiratório aumenta, com maior consumo de oxigênio, há maior produção de radicais livres, o que pode acelerar o envelhecimento e dificultar o controle de doenças. Objetivamente, podemos dizer que fisicamente os sintomas são: palpitações, rigidez do tórax, suor, sequidão da boca, aumento da vontade de defecar ou urinar, dores de cabeça, tonturas. Psicologicamente, sentimentos de medo, pânico e tendências para temas de desgraças dominando os seus pensamentos.

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