domingo, 18 de maio de 2014

PARA ONDE VAMOS QUANDO MORREMOS?

Quando nosso corpo físico morre, no final do período de uma vida terrena, ou encarnação, nossa alma nasce para o mundo espiritual, sua morada original. Em outras palavras, quando nascemos para cá, morremos para o mundo espiritual. E quando morremos para o mundo físico, nascemos para o mundo espiritual. A morte é apenas mudança de dimensão. "A cada um será dado conforme suas obras", frase do apóstolo Paulo, resume de forma brilhante o que ocorre após nossa morte. Há uma distorção grande em relação à construção da imagem de um Deus que castiga e pune seus filhos pecadores. Isso porque o livre-arbítrio nos é de direito, é uma verdade incontestável, entretanto, a lei do retorno -ou karma- mostra, não só pelos olhos da espiritualidade, que toda ação gera consequências. Essa é uma lei universal que nós seres humanos precisamos compreender bem antes de colocar a culpa em Deus, ou ainda temer sua fúria... Isto é um grande erro! Deus nos criou por amor, e é por isso que quer que evoluamos, que nos aperfeiçoemos. Castigo não existe! Existem consequências aos nossos atos. Sim, sempre há o retorno para qualquer atitude; no entanto, isso não é castigo... O que chamamos de castigo é tão somente uma reação aos nosso atos. Se você joga um tijolo para cima, em menos de um segundo, ele cai. Se você estiver embaixo, provavelmente, ele irá bater com força em seu corpo podendo lhe machucar. Quanto mais força você coloca para arremessar o tijolo, maior será o impacto na queda. Lembre-se: o tijolo estava parado, foi você quem quis jogá-lo para cima. Aí, perguntamos: foi Deus quem castigou? Não! Foram as leis do universo que se manifestaram. E qual a diferença em relação aos nossos atos? Nenhuma, a não ser pelo fato de que as coisas acontecem em um tempo um pouco diferente! Com isso, a máxima "A cada um será dado conforme suas obras" segue valendo. Você pode até dizer que essa comparação não tem qualquer relação com nossas vidas, mas tem sim. O grande erro humano é não compreender as leis universais que regem a evolução de nossa espécie. Isso nos atrapalha muito, nos rouba tempo, nos aprisiona. Precisamos ir ao encontro dessas verdades que nos libertarão. Existe céu e inferno? Sim, mas são estados de consciência, criados por nós mesmos. Quando desencarnamos, a nossa sintonia espiritual, resultante de nossos atos, padrão moral, caráter, ética, nos leva por atração magnética, para dimensões de mesma sintonia. Mais uma vez reiteramos: não existe castigo de Deus, existem consequências aos nossos atos! Quer saber se vai para o inferno ou umbral quando você desencarnar no final dessa existência? Não precisa chegar até esse dia para saber, pergunte-se agora, avalie-se: - O que eu estou emitindo para o Universo? É amor, ódio, alienação e lixo psíquico? - Como me sinto agora? - Quais são as minhas atitudes, meu padrão moral e minha ética? - Tenho amor dentro de mim e o expresso aos meus semelhantes e ao mundo à minha volta? - Amo o meu próximo como a mim mesmo? - Faço para o outro somente aquilo que quero que façam comigo? É isso! O tipo de morada que sua alma imortal irá encontrar após sua passagem no final dessa vida depende muito das respostas a estas perguntas... Reflita. É típico da sabedoria universal nos levar para a morada que melhor for adaptada ao nosso estado de consciência. Por exemplo: Se você não compreende o grave erro que é cometer suicídio, ou seja, abreviar a sua experiência terrena, sem que nenhum benefício seja conquistado com isso, é quase lógico que a pessoa será atraída para zonas do plano espiritual em que a dor e o sofrimento serão companheiros de caminhada. Não porque há um Deus que pune. Ao contrário, há uma sabedoria suprema que proporciona ao ignorante das verdades universais a ferramenta pedagógica precisa que o leve a um aprendizado necessário ao seu nível evolutivo. Aprenderemos pelo amor ou pela dor, só não temos como trancar a lei máxima de evolução constante, ou seja, temos que aprender, de um jeito ou de outro. "Há as conseqüências que são comuns a todos os casos de morte violenta; as que decorrem da interrupção brusca da vida. Observa-se a persistência mais prolongada e mais tenaz do laço que liga o Espírito ao corpo, porque este laço está quase sempre em todo o vigor no momento em que foi rompido (Na morte natural, ele enfraquece gradualmente e, às vezes, se desata antes mesmo da extinção completa da vida). As conseqüências desse estado de coisas são o prolongamento do estado de perturbação, seguido da ilusão que, durante um tempo mais ou menos longo, faz o Espírito acreditar que ainda se encontra no mundo dos vivos. A afinidade que persiste entre o Espírito e o corpo produz, em alguns suicidas, uma espécie de recuperação do estado do corpo sobre o Espírito (ou seja, o espírito ainda sente, de certa forma, as ações que o corpo sofre), que assim se ressente dos efeitos da decomposição, experimentando uma sensação cheia de angústias e de horror. Este estado pode persistir tão longamente quanto tivesse de durar a vida que foi interrompida. Nesse caso citado, a exposição de um suicida em condições tão adversas, acaba qualquer orgulho, vaidade, materialismo, arrogância, pela reflexão provocada com profundidade ("na base da força"), o que na vida terrena, lhe foi dada a chance de ter feito por espontânea vontade, pelo caminho da consciência e do amor. Todavia, como a opção pelo amor não surtiu efeito, a dor se faz necessária. Lembremos sempre que o gesto máximo de desistir da vida começa a partir dos nossos pequenos desânimos não solucionados. Começa nos dias em que nós vamos acumulando a descrença, a tristeza, a insaturação das alegrias que achamos que nunca temos e que nunca teremos. Os amigos espirituais nos têm reiteradamente transmitido mensagens chamando-nos a atenção para o fortalecimento do nosso coração, da nossa consciência, do nosso espírito aguerrido, porque dizem que os próximos quatro anos na Terra serão de enormes lutas e dificuldades para todos nós, pessoal e coletivamente. A verdade é que a morte física nos faz de novo recuperar a memória eterna. Extraordinário pensar que todos nós fomos criados por Deus para essa beleza que às vezes mal percebemos, mas que um dia será toda nossa, a verdade da Vida Maior. E mais generoso e sábio é também percebermos que os nossos adversários, aqueles que não nos amam, aqueles que não nos entendem, aqueles que até nos prejudicam, foram criados pelo mesmo ato divino, foram criados para a mesma destinação. E, portanto, respeitar a Deus e às forças do Bem que protegem o universo é também respeitar o outro, mesmo quando esse outro não tem o necessário equilíbrio e nem maturidade para praticar respeito. Se nós vamos acusar alguém, se vamos apontar alguém, verifiquemos se não estamos em situação igual ou até mais difícil do que aquele companheiro que estamos apontando. Por quanto tempo teremos que sofrer, quando a opção pelo amor não foi aceita? Até que as leis que regem os acontecimentos se cumpram... Até que a vontade de Deus prevaleça... Até que os níveis de consciência, mesmo que de forma modesta, sejam elevados... Até que a luz clareie a escuridão... Até que da lama nasça a Flor de Lótus... E é assim... O plano divino, com essa paciência e amor incondicional por todas as criaturas, promove condições para que vida após vida possamos ainda seguir evoluindo. Ir para o céu ou para o inferno depende exclusivamente de nós mesmos. A todo o momento podemos tomar decisões que nos sintonizem com essas duas frequências opostas. E, mais uma vez: "Orai e vigiai" torna-se uma das mais importantes ferramentas que temos. Existem cidades astrais, tanto de luz ou de trevas, para onde somos literalmente tragados após nosso desencarne, sempre pela nossa sintonia energética... Tudo se dá pela lei de afinidade. Contudo, o que importa na prática desse importante tema é o aprendizado. E para trazer para a prática, para a realidade do dia-a-dia de sua vida, basta que você olhe para a realidade atual do Planeta. O que ocorre por aqui, de alguma forma é a extensão do que acontece nos planos mais sutis. São áreas de guerra e de paz. Não nos referimos apenas aos países em conflito e guerrilha. Pense também no caos urbano, no trânsito, na falta de respeito entre os semelhantes. Não deixe para pensar na morte apenas quando a idade avançar. Pensar na morte com olhar da evolução espiritual não é pessimismo, é consciência! Quantos de nós já estão no inferno, em suas depressões, egoísmos, materialismos, doenças e vícios das mais diferentes espécies. Quantos de nós já vivem no céu em seus estados de paz, harmonia, paciência, bem querer e plenitude! São tantos exemplos, olhe à sua volta... O inferno é ilusão, dor, controle, apego, medo, egoísmo, negligência, fascínio, vaidade, futilidade. O céu é o amor, a entrega espiritual, a paciência, a tolerância, o respeito, o perdão, a gratidão. Onde você está hoje? No céu ou inferno? Para onde você vai amanhã? Depende de você! Acredite, é possível estarmos no céu. Acho que estamos no caminho...

Um comentário:

  1. Prezado irmão Aluízio, Você revelou sabiamente o verdadeiro estado de espírito que se deve percorrer nesse mundo. O livre arbítrio é uma dádiva de Deus que nos concede o poder de decisão na mais plena consciência humana. Ninguém mata um irmão pelo desconhecimento da lei dos homens e/ou da Lei de Deus, ou pelo estado inconsciente momentâneo. A percepção do ato é bem visível a nossa matéria e espirito. A nossa consciência (inteligência) é a nossa energia plena original pela qual fomos criados, por Deus, para evoluirmos junto com as energias dos cósmicos. A condição de estarmos encarnados ou desencarnados, não nos tira a responsabilidade de aprendermos mais conosco e com nossos semelhantes, A sensibilidade energética que trazemos nesta vida é o resultado de experiências passadas, e que podemos melhorar nosso Ser, gradativamente, com atitudes e aprendizagem que Jesus deixou para nós. O que realmente buscamos o tempo todo em nossas diversas vidas é a Luz Divina, é a Energia Suprema que clareia e alimenta o mais infinito lugar do universo, por mais obscuro que possa parecer. Ora, como chegar à Luz se ainda estamos em estágio de desenvolvimento energético prematuro, ainda insuficiente para conseguirmos sincronizar com a energia do Criador ? Para isso é que precisamos trabalhar muito em qualquer esfera de vida quer seja material ou espiritual para ganharmos o bônus de luz, de acordo com nosso merecimento, e subirmos os nosso degraus na escalada espiritual, porém, sem esquecermos dos irmãos que se encontram em estados menos favorecidos e que também precisam dessa luz. O segredo do sucesso é compartilhar tudo o que nós temos de melhor, é doar-se o tempo inteiro para ajudar seu irmão necessitado, é perdoar mesmo sabendo que pode não ser correspondido. Como minha querida mãe (falecida) fala, é amar o próximo com o coração aberto sem rancor. Podemos sempre dividir um pouco do que nós temos com o próximo, mas se você pensa que não tem nada, engano. Doe um pouco da sua luz e com certeza ela retornará mais forte do que foi.
    Meu amigo, um grande abraço!
    Aníbal França

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