domingo, 15 de dezembro de 2013

INFELICIDADE -

Todas as pessoas falam da infelicidade, já a sentiram alguma vez e acreditam conhecer seus vários aspectos. Na verdade, quase todas as pessoas se enganam, pois a verdadeira infelicidade não é aquilo que as pessoas infelizes supõem. Elas vêem a infelicidade na miséria, na mesa sem comida, nas dívidas para pagar, no berço vazio do anjo que se foi, nas lágrimas, no caixão que se acompanha com o coração partido, na angústia da traição, na miséria do orgulhoso que gostaria de se vestir com roupas caras e que esconde com dificuldade sua nudez sob os farrapos da vaidade. A tudo isso e ainda a muitas outras coisas damos o nome de infelicidade na linguagem humana. Tudo isso é a infelicidade para aqueles que apenas vêem o presente. Precisamos compreender que a verdadeira infelicidade está mais nas conseqüências de um fato do que nele próprio. O acontecimento mais feliz para o momento, mas que depois resulta em conseqüências desastrosas, é na realidade mais infeliz do que aquele que à primeira vista causa uma viva contrariedade, mas acaba produzindo o bem. Por exemplo, a tempestade que inunda ruas e arranca árvores, mas que saneia o ar ao eliminar os vírus insalubres que causam a morte, não é antes uma felicidade do que uma infelicidade? Para que possamos julgar algo como sendo gerador de felicidade ou infelicidade precisamos perceber as conseqüências. É assim que, para avaliar o que faz o homem feliz ou infeliz, é preciso se transportar além desta vida, pois é lá que as consequências se fazem sentir. Muitas das nossas escolhas são geradoras de felicidade numa avaliação ligada aos prazeres do mundo físico, no entanto podem nos colocar numa situação de infelicidade em relação ao nosso futuro, depois de sairmos desse plano físico. Portanto, tudo o que chamamos de infelicidade, segundo nossa curta visão, cessa com a vida corporal e encontra sua compensação na vida futura. A infelicidade pode vir enganosamente disfarçada de felicidade, nos iludindo facilmente. A infelicidade é , por exemplo, essa alegria falsa, esse prazer egoísta, a fama enganadora, a agitação fútil, a louca satisfação da vaidade que faz calar a consciência, que perturba a ação do pensamento, que confunde o homem quanto ao seu futuro. A infelicidade é a droga do esquecimento que buscamos incessantemente. A maioria de nós passa a maior parte da vida em função de satisfazer as imposições do corpo físico e esquece o espírito que é. Não nos esqueçamos que ninguém transgride impunemente as leis de Deus; ninguém foge das responsabilidades de seus atos. As provações, essa credoras impiedosas e cruéis, com a sequência de desgraças que nos atinge na miséria, observam o nosso repouso enganador, para nos mergulhar, de repente, na agonia da verdadeira infelicidade, aquela que surpreende a alma enfraquecida pela indiferença e pelo egoísmo. A Coca-Cola bem que gostaria que os consumidores acreditassem que a felicidade poderia ser enlatada em uma latinha de 350ml com um delicioso liquido açucarado. Propagandas da empresa de refrigerantes relacionam seus produtos com os momentos mais agradáveis na vida - Sair com os amigos, Festas, Família etc. Monitorar o consumo de coca-cola que uma pessoa bebe, não é a forma mais científica para medir a felicidade. - Vejamos 5 sinais comprovados cientificamente que mostram que você não está feliz, espero que não seja o seu caso. ASSISTIR MUITA TV - Pessoas infelizes ficam na frente da TV 30% mais do que as pessoas felizes. Às vezes, depois de um dia estressante simplesmente muitos gostam de ficar vegetando na frente da TV, relaxando e deixando a mente se derreter no mar dos reality-shows, novelas, dramas etc. Se essa é sua rotina de noite após noite, é melhor abandonar o controle remoto por um tempo. Segundo estudos realizados desde de 2008, o tempo excessivo na frente da TV é um possível sinal da infelicidade. MAL RELACIONAMENTO - Pessoas infelizes podem ter mais dificuldade de resolver questões ou problemas de imediato. Eles não conseguem ampliar os círculos de amizade e conhecer novas pessoas. E normalmente, as novas amizades azedam rapidamente. Stress incontrolável. De acordo com a psicologia positiva, um ambiente de bem-estar desempenha um papel importante na busca das pessoas pela felicidade. Sentindo-se seguro e confortável, gera contentamento e satisfação. Por outro lado, um ambiente excessivamente estressante promove a ansiedade e insegurança. Um estudo que comparou estresses controláveis e incontroláveis constatou que este último proporcionou maior infelicidade. Embora o estresse nos obrigue a trabalhar mais eficientemente e alcançar objetivos maiores, pode afetar a felicidade a longo prazo. INSÔNIA - Após uma noite se revirando na cama, você finalmente consegue dormir, quando percebe o alarme toca e já é hora de levantar. Sem dúvida essa não é a melhor maneira de começar o dia. Em uma pesquisa da revista "Science", 909 mulheres que trabalharam de bom humor e mantiveram um bom relacionamento durante o dia. Ao pedir para que não dormissem o suficiente, no dia seguinte elas apresentaram um elevado nível de estresse e consequentemente, infelicidade. Busca constante por prazer. Na década de 1970, uma equipe de psicólogos liderada por Philip Brickman chegou a uma conclusão surpreendente sobre os seres humanos e a felicidade. A pesquisa comparou o nível de felicidade de um grupo de vencedores de loteria com a de um grupo de recém-paraplégicos e descobriu que ambos os grupos não tiveram mudança de felicidade a longo prazo. Os investigadores atribuíram esse fenômeno à capacidade de adaptação do ser humano. Com o tempo as pessoas irão adaptar-se às circunstâncias, sendo elas positivas ou negativas. No caso dos ganhadores de loteria, o fato de se tornar milionário da noite para o dia não os trouxe felicidade a longo prazo. Em vez disso, as pessoas podem ficar presas no que Brickman chamou de "esteira ergométrica", ou seja, uma busca incessante por melhores bens materiais e prazer. O problema com esta busca é seu vazio interior. Por definição, o prazer é momentâneo - nos deixa sempre querendo mais. O contentamento, por outro lado, significa apreciar as circunstâncias presentes. Infelicidade é viver para impressionar os outros. Nós nascemos com um potencial infinito de realização. Porém, à medida que vamos sendo educados, durante a infância e adolescência, perdemos a reta original de nossa própria existência. Deixamos de fazer aquilo que nos realiza e passamos a agir em função dos outros: pais, professores e, depois, toda a sociedade. Nosso objetivo de vida nos é imposto e passamos a condicionar nosso sucesso ao aplauso das pessoas que nos cercam. Para continuar essa aprovação, progressivamente abandonamos nossas vocações e passamos a realizar os desejos alheios. A maioria das pessoas vive para ser admirada por uma multidão de olhos vorazes que, muito provavelmente, não se cruzarão mais. Quando elas param para perceber o rumo dado a suas vidas, verificam que apenas colecionaram cupons que não servem para nada. Quem consegue realizar as metas de sua alma é feliz e desperta admiração devido a sua integridade como pessoa. Ao contrário, quem vive para ser admirado sempre será infeliz, porque está deixando de lado o compromisso consigo mesmo. Não se consegue ser feliz valorizando mais a opinião dos outros do que seus próprios sentimentos. Alguns se sentem infelizes, mas raciocinam: "Se os outros estão aplaudindo é porque estou no caminho certo". E avançam nas suas frustrações. Você é mais importante do que qualquer julgamento alheio. Para ser feliz, viva para surpreender a si próprio, e não aos outros. Infelicidade é desperdiçar a vida. Infelicidade é acumular desperdícios. A maioria das pessoas costuma jogar fora as oportunidades. Não conseguem aproveitar o tempo, não valoriza o amor, não desenvolve a capacidade criativa. Fala-se muito em desperdícios materiais, como energia elétrica, água, dinheiro. Mas o pior de todos é o desperdício da vida. É triste ver pessoas que não sabem utilizar seus talentos, pois qualquer tipo de aptidão exige dedicação para desabrochar, assim como o amor requer cuidados constantes para acontecer em toda a sua plenitude. A maioria das pessoas, no entanto, passa pelas oportunidades sem lhes dar atenção. Muitas se arrependem por não ter se dedicado ao grande amor de suas vidas; outras, por ter jogado fora oportunidades profissionais. Quando alguém se dedica a alimentar ilusões, perde oportunidades. Quem se propõe a apenas acumular dinheiro perde a oportunidade de conviver com o filho, com a pessoa amada e consigo próprio. Quem se preocupa muito com segurança ignora as oportunidades profissionais e amorosas. Muitos reclamam dos impostos municipais, estaduais e federais, que consomem parte dos seus rendimentos. Principalmente quando o governo não aplica bem o dinheiro arrecadado, nós encaramos os impostos como um grande desperdício. Mas o pior imposto que existe na vida é o Imposto Sobre Falta de Visão. Alguém com falta de visão, que não percebe o que realmente é importante na vida, perde amores, empregos, amigos e, o que é pior, a própria vida. É comum ouvirmos: "Ah, se eu soubesse... se eu tivesse ... se eu pudesse..." Precisamos aprender que as oportunidades são poucas e que não podemos desperdiçá-las; por isso, não podemos perder muito tempo com nossas escolhas. Muitas vezes, a questão resume-se em pegar ou largar, e para isso devemos estar preparados. Quanto mais rápida for nossa capacidade de analisar e decidir, mais plenamente viveremos.

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