domingo, 8 de março de 2015

ADIANTAR OU ESTACIONAR -

O afeto está intimamente relacionado à nossa saúde, à nossa capacidade de pensar com discernimento. A medicina só avançará, quando os médicos não nos virem mais apenas como um corpo, mas como um todo complexo. É por isso que os amigos espirituais nos afirmam que, num futuro não muito distante, na Terra, os médico terão, inclusive, acesso às nossa vidas anteriores, para que possam entender, junto conosco, o porquê de situações como a de quem nunca fumou, mas traz uma enfermidade pulmonar; a situação de quem nunca provou álcool, mas tem o fígado problemático,ou a situação de quem, por exemplo, nunca está bem, ou nunca cometeu excesso, mas traz insuficiência renal inexplicável. Somos o passado em forma de presente! Somos, sim, o o passado em forma de presente! E trabalharemos sempre pela nossa recuperação, viveremos para isso,não para ocultarmos o nosso passado, mas para transformá-lo, porque fomos criados por Deus, para a beleza e perfeição que nós vamos alcançar de alguma forma, um dia. Conseguiremos, no máximo adiar, com atitudes menos dignas e nobres, a chegada triunfal do nosso coração totalmente belo e digno à verdadeira morada de todos nós. Lá, haverá, sim, trabalho porque nós vamos passar a ajudar aqueles que ainda estão no caminho, como hoje nos ajudam os mentores espirituais, aqueles seres que estiveram conosco, que foram nossos amigos, nossos namorados, nossos filhos, mas que, por motivos diversos à sua própria intenção, se adiantaram, foram à frente, mas que hoje não podem ser totalmente felizes, porque nós permanecemos na estrada. Enquanto não estivermos todos unidos aos corações que mais amamos, não seremos completamente felizes. Há uma frase, não se sabe de que autoria, que diz assim: "Ó Senhor dos grandes recomeços, aqui estou eu, mais uma vez!...". No fundo, todos nós fazemos a mesma coisa: a cada encarnação, a cada retorno à Terra, nós somos aqueles que, à frente de Deus, dizemos aqui estou, Senhor, mais uma vez, para recomeçar... Por isso, o que nos importa, se as pessoas não nos amarem como queremos? O que nos importará, se as pessoas duvidarem de nós, se as pessoas nos invejarem, se não nos compreenderem, se não observarem a vida como nós observamos? Todos nós amadureceremos, todos nós chegaremos a esse grande final que é a felicidade, sem nenhuma mácula e, quando lá estivermos, nós vamos querer fazer todas as criaturas felizes também. Por isso, também pensemos: as coisas da Terra são tão pequenas, são tão passageiras, e nós nos deixamos envolver por elas, ficamos totalmente amargurados, paralisados, passamos as semanas, os meses, os anos, reclamando que a vida não é aquilo que nós sonhamos, quando crianças ou adolescentes, não aquilo que pretendíamos, mas, muitas, vezes, nada fazes para nos modificar e modificar o nosso destino, não vamos em busca das grandes transformações, ficamos mesmo sem coragem para os grandes desafios, permanecemos com medo de encarar de frente aquilo que nós etmos adianto, muitas vezes há várias vidas, para solucionarmos. Se quisermos, nós sempre encontremos uma desculpa, sempre haverá uma justificativa, um "ah, eu não posso", ou "ah, eu não tenho forças", "não é do jeito que eu queria..." e, assim, a vida irá passando, porque "100 anos", segundo Emmanuel, "é um relâmpago na eternidade...". Um exemplo de equilíbrio emocional é o Chico Xavier. Certa feita, ele recebeu uma senhora que, em grave perturbação, foi até ele e lhe disse: "Chico, eu vim te dizer uma coisa: essa história de Doutrina Espírita não serve para nada. No dia-a-dia não adianta! E Chico, muito tranquilamente lhe respondeu: "Minha amiga, provavelmente você tenha toda a razão..." A mulher ficou frustradíssima, foi embora, mas dois anos depois, retornou ao mesmo Chico Xavier e lhe disse: "Chico, a Doutrina Espírita é tudo! Chico, estava doida! Chico, a Doutrina Espírita resolve tudo na vida da gente...! E aí Chico voltou a responder: "É verdade, minha amiga, provavelmente você tenha toda a razão!" "Por isso que o Chico nunca ficava doente das emoções!", comentavam seus amigos. Chico Xavier tinha todos os problemas de saúde no corpo físico, mas, emocionalmente, ele era perfeito. E era perfeito também porque ele sabia que a loucura dos outros tem de ficar com os outros, não conosco... Às vezes, temos aqueles amigos tão queridos, amados, que nos lançam os seus xingamentos, que nos lançam toda a sua mágoa, que nos lançam a sua inveja, toda a sua desfaçatez e, depois de tudo, saem ótimos e ainda nos dizem: "Nossa! Eu adoro conversar com você! Eu fico ótimo!" E você, ali, desmaiado; a sua samambaia morta, o seu cachorro no veterinário... Todo mundo pega um pedaço da carga e, o pior, ainda tem gente que acaba se achando "médium" daqueles, porque pegou a rebarba e aguentou firme. O fato é que também é preciso ter cuidado para ajudar porque, muitas vezes, de tanto pegar a carga emocional dos outros e sofrer junto, chorar junto, se amargurar munto, nós podemos acabar adoecendo também da nossa emoção, da nossa vontade, do nosso desejo de sermos melhores e, consequentemente, da nossa disposição para sermos mais felizes. Não nos esqueçamos, meus amigos, que, dia-a-dia, os anos vão passando - e como passam rápido! Então, felizes de nós se tivermos a sabedoria de tudo aceitar para transformar, não para nos conformarmos. Porque nós precisamos nos indignar sempre com a injustiça, com as maldades, com o que não é certo. Nós devemos, sim, discutir em sociedade, questões que afetam a todos nós e sobre as quais, muitas vezes, nós fingimos, por causa talvez da religião, que não temos "nada a ver com isso..." A Doutrina Espírita é maravilhosa e não podemos ter nenhuma vergonha de dizermos que dela somos amantes, mesmo que não sejamos de fato espíritas e professemos outra religião. Essa Doutrina que nos diz que somos imortais, que voltaremos à Terra quantas vezes forem necessárias para refazermos o nosso destino e o destino de todas as pessoas que estiverem à nossa volta. Se você ainda não assistiu ao filme "Nosso Lar", assista. Você vai apender muito com ele. Os camelôs cariocas, quando vendiam DVDs de "Nosso Lar", anunciavam: "Comprem "Nosso Lar"! Agora você não precisa mais morrer para saber como é o céu!" O jornal O Globo, há um tempo atrás, trazia uma nota, numa coluna social muito pitoresca que dizia: "Agora no Rio de Janeiro não se diz mais "fulano morreu, nem que "fulano faleceu". O bonito é dizer que "fulano partiu para o Nosso Lar". Felizes de nós, meus amigos, se pudermos voltar um dia para lá, porque dizem os espíritos que muitos de nós viemos de lá, de Nosso Lar. E prometemos nos encontrar, quem sabe, dentro de uma casa espírita para, ao menos de vez em quando, sermos cutucados pela nossa própria consciência. Estamos aqui, todos nós, sob a tutela absoluta e querida das almas que nos amam desde sempre e que nunca se esquecem de nós. Avançaram, mas não conseguem ser de todo felizes, porque nós não avançamos ainda e elas precisam que estejamos lá com elas. Então, façamos tudo para que isso aconteça o mais breve possível. Se optarmos por ficar 200, 300 anos como estacionários, ficaremos, nada nos impedirá, porque também o livre arbítrio é sagrado, Ainda que quisessem, os amigos espirituais não poderiam tomar decisões que são só nossas. Eles não podem nos tomar as mãos e nos fazer correr, quando queremos estacionar, às vezes, por longo tempo.

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