domingo, 21 de dezembro de 2014

ESTAR ONDE A FELICIDADE ESTÁ -

Se acreditamos nesta religião ou naquela; a verdade é que todos nós estamos procurando algo melhor na vida. Por isso, o próprio movimento da nossa vida é no sentido da felicidade... Não são as nossas conquistas, o nosso esforço, as nossas realizações que nos tornam felizes. É o contrário: é a felicidade que, em grande parte, determina nossas conquistas. Pessoas felizes têm mais capacidade de perseguir seus objetivos e adquirir os meios de conquistá-los. Elas são em geral consideradas mais sociáveis, flexíveis, criativas e capazes de suportar as frustrações diárias com maior facilidade do que as infelizes. Elas também costumam ser mais amorosas e dispostas ao perdão, confiantes, otimistas, energéticas e sociáveis, e estão mais preparadas para enfrentar situações difíceis.' Além disso, pessoas felizes tendem a ter relacionamentos mais longos, casamentos melhores, ser mais saudáveis e viver mais. Já pessoas infelizes, segundo pesquisas, costumam ser mais centradas em si mesmas e, em termos sociais, com frequência são retraídas, mais voltadas para si mesmas e até mesmo hostis. Pessoas felizes têm sistema imunológico melhor, e há alguma evidência de que vivem mais; Elas são mais criativas e ajudam mais os outros e faltam menos ao trabalho. São mais bem sucedidas, ganham mais e têm casamentos melhores. Têm relações sociais mais profundas, lidam melhor com situações difíceis e gostam mais de si mesmas e dos outros. Como podemos, então, alcançar esse contentamento íntimo? Existem dois métodos. Um consiste em lutar e, quem sabe, conseguir tudo o que se quer e deseja. A desvantagem está em colocarmos nossa vida em função de realizar desejos materiais que, quando concretizados, podem nos trazer mais insatisfação. O segundo método, que é mais confiável, consiste em não ter tudo o que queremos, mas, sim, em querer e apreciar o que temos. A felicidade que depende principalmente do prazer físico é instável. Um dia, ela existe, no dia seguinte, pode não mais existir. Existe mesmo a felicidade? E quando concordamos que ela existe, normalmente aparece uma outra pergunta: Eu sou feliz? Para a primeira podemos usar da teoria reversa com uma outra pergunta: Se a felicidade não existe, por que a procuramos incessantemente? Ora, se procuramos por algo, este algo deve existir... Para a segunda pergunta podemos nos fazer mais uma pergunta: Eu estou feliz? Esta se refere a algo temporário. Não podemos esquecer que nós estamos num mundo que não nos oferece a felicidade plena, portanto costumamos ter momentos de felicidade... Muitos de nós reconhecem o prazer no arroubo frenético das drogas, no êxtase do álcool, na delícia do sexo sem restrições e irresponsável. A diferença está em que esses são prazeres destrutivos e para evitá-los precisamos nos lembrar de que o que estamos procurando na vida é a felicidade. Precisamos lembrar de que eles podem comprometer a nossa felicidade. Se abordarmos nossas escolhas na vida tendo isso em mente, será mais fácil renunciar a atividades que acabem nos sendo prejudiciais, mesmo que elas nos proporcionem um prazer momentâneo. A toda hora precisamos, diante de qualquer decisão, nos perguntar “Será que isso me trará felicidade?”, dessa forma certamente faremos melhores escolhas. Essa simples pergunta pode ser uma poderosa ferramenta para nos ajudar a administrar com habilidade todas as áreas da nossa vida, não apenas na hora de decidir se vamos nos permitir o uso de drogas ou aquele terceiro pedaço de torta. Ela permite que as coisas sejam vistas de um novo ângulo. Lidar com nossas decisões e escolhas diárias com essa questão em mente desvia o foco daquilo que estamos nos negando para aquilo que estamos buscando – a máxima felicidade. Uma felicidade estável e persistente. Um estado de felicidade que, apesar dos altos e baixos da vida e das flutuações normais do humor, permanece como parte da própria matriz do nosso ser. A partir dessa perspectiva, é mais fácil tomar a “decisão acertada” porque estamos agindo para dar algo a nós mesmos, não para negar ou recusar algo a nós mesmos – uma atitude de movimento na direção de algo, não de afastamento, uma atitude de união com a vida, não de rejeição a ela. Essa percepção escondida de estarmos indo na direção da felicidade pode exercer um impacto profundo. Ela nos torna mais receptivos, mais abertos, para a alegria de viver. Outro aspecto, ao qual precisamos estar atentos, é a necessidade de cultivar estados mentais positivos como a generosidade e a compaixão que decididamente conduz a uma melhor saúde mental e à felicidade. O ódio, o ciúme, a raiva, entre outros, são prejudiciais. São estados mentais negativos porque eles destroem nossa felicidade mental. Uma vez que abriguemos sentimentos de ódio ou rancor contra alguém, uma vez que nós mesmos estejamos cheios de ódio ou de emoções negativas, outras pessoas também nos parecerão hostis. Logo, disso resultam mais medo, maior inibição e hesitação, assim como uma sensação de insegurança. Essas sensações se desdobram e, com elas, a solidão em meio a um mundo visto como hostil. Todos esses sentimentos negativos derivam do ódio. Por outro lado, estados mentais como a bondade e a compaixão são decididamente positivos. São muito úteis e capazes de nossos fazer felizes. Está bastante claro que os sentimentos de amor, afeto, intimidade e compaixão trazem sim a felicidade. Cada um de nós dispõe, portanto, da base para ser feliz, para ter acesso aos estados mentais de amor e compaixão que produzem a felicidade. "A felicidade está onde nós a pomos; e nunca a pomos onde nós estamos." Procuramos a felicidade, normalmente, nas coisas exteriores, fora de nós mesmos, enquanto podemos encontrá-la, e até mesmo devemos, no nosso íntimo. A felicidade reside em nós mesmos e costumamos procurá-la fora de nós... Não precisamos complicar para definir o que é a felicidade. É simplesmente se sentir bem. Sensação de bem estar, estar de bem consigo mesmo. A felicidade é o sentimento que temos de que tudo está bem. É o sentimento de completude que nos faz sentir que não nos falta nada. Ela é ausência de medo, de perturbação e de conflito. É um lugar de tranquilidade, satisfação e prazer. É paz de espírito. Teimamos em não perceber no dia-a-dia, mas a felicidade não é uma sensação eterna, é um estado de êxtase, daqueles que se atingem nos momentos de extremo prazer. Estar feliz ou triste é um ir e vir. Apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam como um momento para amadurecer, pensar e repensar as nossas atitudes, pensar o que temos feito de nossa vida. Não há respostas concretas, mas há pistas do que poderá nos levar até a felicidade. O filósofo grego Aristóteles afirmava, há mais de 2 mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse. Temos, no entanto, feito o contrário. Temos nos dedicado extremamente à posse e isso não nos tem trazido a felicidade que tanto desejamos. A alegria de viver é compreender que dentro de nós próprios, no mais profundo de nós, há uma inteligência enorme, simples, natural que sabe sempre o que fazer e onde nos levar. Trata-se de não bloqueá-la, mas sim deixá-la fluir, para que ela nos indique o caminho. Ao ouvirmos e acolhermos tudo o que surge em nós: tristeza, alegria, coisas boas ou más, bonitas ou feias, sem preconceitos, sem bloqueios e sem nos opormos, descobriremos o contato com o nosso espaço interior e com a nossa essência. Observar os incômodos e as inquietudes que invadem o nosso espaço interior e acolher tudo o que é nosso, o que gostamos e o que não gostamos, é a via mestra para estarmos bem com nós próprios. Tentar nos aceitarmos e deixarmos a nossa essência nos guiar, a desabrochar e a realizar o nosso caminho sem esforços e sem guerras interiores pela vida. Felicidade é a capacidade de ter controle sobre a própria vida. É perceber que a sua vida é resultado dos seus atos, e não se sentir refém do mundo. Ter controle sobre uma situação provoca impacto positivo sobre a felicidade. Você tem controle sobre as situações de sua vida? Ou você deixa que outras pessoas interfiram? Você permite que outras pessoas decidam por você o que você vai vestir, estudar, onde vai trabalhar? O que tem na sua casa são escolhas suas? Porque, se não for, temos uma boa dica pra você começar a entender porque você não é tão feliz como gostaria. E o que não é felicidade? Fazer coisas que sabe que não devia e mesmo assim não consegue parar de fazer, como por exemplo, comer demais e o que não deve, fumar, comprar coisas de que não precisa. Não é felicidade ser impulsivo, falar coisas e se arrepender depois. Não é felicidade ter medo, medo da morte, medo de ser criticado, medo que pensem mal de você. Não é felicidade deixar de fazer coisas por motivos banais, deixar de ir à festa porque não tem a roupa certa, deixar de procurar emprego porque não se acha tão qualificado, deixar de estudar porque acha que você não merece tanto investimento. Quando a felicidade não aparece, o que você deve fazer? Sentar num canto e chorar? Não. Felicidade pode e deve ser buscada, trabalhada, conquistada. E como é que se consegue ser mais feliz? Não dá pra ser feliz simplesmente porque eu mereço? Tenho que me esforçar até pra ser feliz? Sim. Tem que se esforçar sim. Como já disse uma vez o Dalai Lama, o chefe dos budistas, quando perguntado sobre qual seria a fórmula da felicidade, ele respondeu: Dedicação, esforço e tempo. Até pra ser feliz você precisa se dedicar, mas uma coisa eu lhe garanto, é um esforço que vale muito a pena. É por isso que, se alguma coisa não está legal na sua vida, você tem que se dar o direito de separar um tempo pra resolver isso. Você pode mudar como você se sente, mudando o modo como você pensa. Quando você perceber que pode mudar o modo como você se sente, com certeza você será mais feliz, você não sentirá angústias. Você pode e deve mudar esses sentimentos, a fórmula é: Mudar o modo como você pensa. Seus pensamentos dão origem aos seus sentimentos. Enquanto você estiver pensando que os outros só abusam e falam mal de você, que sua vida é muito chata, que seus problemas são difíceis demais pra você, sua vida se torna um tanto quanto difícil. Para mudar os pensamentos, você precisa mais do que força de vontade. Não é só decidir mudar sua cabeça que, de uma hora para outra, você vira uma nova mulher, ou um novo homem. Esse é um trabalho terapêutico, na terapia você tem acompanhamento, você aprende a fazer essas mudanças. Não seja um refém das suas emoções, não se deixe levar por seus sentimentos, perceba que você pode levar os seus sentimentos para onde você quiser.

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