domingo, 8 de fevereiro de 2015

MAIS TOLERÂNCIA ENTRE NÓS -

Em nosso dia a dia, costumamos reclamar de algumas pessoas que nos atendem em repartições públicas, lojas, supermercados, ao telefone, na escola do filho, enfim, as pessoas com quem, de alguma forma, mantemos algum contato. O que não nos damos conta é que também estamos entre essas pessoas. E que, como elas, estamos nos relacionando com várias outras pessoas. A vida em sociedade, a vida com as outras pessoas, cria essa teia de relações. E quantas vezes não nos aconteceu de nos irritarmos porque não fomos atendidos como desejávamos. Porque alguém não nos foi simpático como achamos que merecemos ou desejamos. E aí partimos para o revide, para a agressão. Devemos, entretanto, pensar duas vezes antes de nos irritarmos. A irritação, A INTOLERÂNCIA, fazem com que provoquemos males ainda maiores na sociedade em que vivemos. Não esqueçamos que é a partir dos pequenos desentendimentos que os grande conflitos da humanidade são gerados. Por isso, não negue compreensão, tenção, gentileza e consideração diante de balconistas fatigados ou irritadiços. Pense nas provações que, sem dúvida, os atormentam no meio da família ou do lar. A pessoa que se revela mal humorada em seus contatos públicos, provavelmente carrega um fardo pesado de inquietação ou doença. Qual de nós se mostraria simpático vivendo uma situação de doença de um filho ou de si mesmo? Quantos dos atendentes em lugares públicos não estampam um sorriso ensaiado para segurar as lágrimas de experiências trágicas de doença de um filho, de um pai, de uma mãe ou de si mesmo? Pensemos um pouco nisso. Aprender a pedir “por favor” aos que trabalham em repartições públicas, armazéns, lojas ou bares é obrigação nossa. Embora estejam sendo pagos para cumprir tarefas, ou sejam subordinados a nós, são seres humanos como nós mesmos. Lembre-se que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhes são próprias, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas. Vale lembrar aquelas quatro palavrinhas mágicas: “por favor”, “com licença”, “obrigado” e “desculpe”. Não duvide: elas são capazes de fazer coisas que você nem imagina. Muitas vezes, nós mesmos, atormentados por algum problema que precisa ser resolvido, tratamos mal alguém que nos venha pedir um favor com delicadeza. O que nos aconteceria se essa pessoa nos tratasse mal? Ficaríamos mais irritados, é claro. No entanto, se essa pessoa apesar de nossa má vontade, nos tratasse bem, com cortesia e gentileza, pesaríamos melhor no que estivéssemos fazendo, podendo até mudar de atitude. Lembremos das palavras do Divino Mestre Jesus Cristo quando nos aconselha fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem. Na maioria dos casos, o que nos falta é um pouco de tolerância. E o que significa TER TOLERÂNCIA? Ter tolerância é compreender os problemas alheios e ter paciência para com o outro. A tolerância deve ser aplicada indistintamente entre todos e em qualquer lugar. É lição viva de fé e elevação espiritual e nunca pode ser esquecida. Tolerar, no entanto, não significa ser conivente, estar de acordo com o erro. Desculpar o erro não significa concordar com ele. Entender e perdoar a ofensa não representam dar apoio a ela ou aceitá-la, mas sim ser compreensivo e caridoso. É indispensável não entrar em área de atrito, quando puder contornar o mal aparente a favor do bem real. Perdoe as ofensas e tente entender os problemas alheios sem julgá-los preconceituosamente. Repito, com o Cristo, faça aos outros o que gostaria que fizessem a você. Seja uma pessoa amistosa, amável para com todos. Contribua sempre com um pouco de amor para vencer o mal do mundo. Isso, sim, é espiritualidade. Tolerância é caridade em começo. Exercitando-a em regime de continuidade, você se defrontará com excelentes resultados do bem onde quer que esteja, com quem conviva. Tolerância é uma das tantas virtudes necessárias para elevar o ser humano à condição de civilizado. Ela faz parte do processo de desenvolvimento da maneira ideal de comportamento entre as pessoas e grupos, cuja objetivo é levá-los a manter a “disposição” firme e constante para praticar a tolerância; é exercício necessário para se conquistar a Sabedoria. É uma virtude necessária para o exercício das coisas pequenas do cotidiano. Nela, na tolerância,existe uma espécie de “prontidão” e também de atividade. “Prontidão” a favor de ideias e atos de Tolerância e atividade contra tudo que se reprime, oprime, discrimina, que não respeita as diferenças humanas, sejam de raça, de cultura, de religião, de situação econômica, de orientação sexual, etc. Quem se pretende possuir “a verdade”, ou melhor, “a certeza”, termina sendo intolerante em aceitar outros posicionamentos, se fechando a escuta de tudo que se apresente como diferente ou incompreensível ao seu esquema conceitual de fala e ação. E essa postura de “certeza” que muitos carregam traz sempre consigo uma atitude de prejulgamento e de preconceito.

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