segunda-feira, 21 de julho de 2014

AÇÃO DOS ESPÍRITOS INFERIORES JUNTO AO VICIADO -

A ação dos espíritos inferiores junto ao viciado pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e aqui vamos incluir desde o álcool até as drogas ilícitas, e das conseqüências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, ligado a regiões espirituais inferiores. Sabemos que, após a desencarnação, ou a morte, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que varia, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne. Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente, para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado, ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida. Assim como os sentimentos, os vícios são do espírito e não do corpo físico. Então, o espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de ter suas funções alteradas, com conseqüente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, "o viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daquelas, tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos". Cada espírito, encarnado ou desencarnado, tem o seu padrão vibratório. Isso significa que cada um tem uma faixa de sintonia, igual a um rádio, em que ele estabelece sintonia com espíritos que vibram nessa mesma faixa. O Espiritismo confirma que os semelhantes se atraem. O uso de álcool e outras drogas produz um atrativo irresistível para os espíritos que desencarnaram na condição de viciados nessas substâncias. Os desencarnados passam a acompanhar seus “amigos” encarnados quando estes fazem uso de drogas. Estimulam, neles, o uso cada vez mais contínuo e em maiores doses, enfraquecendo sua vontade, passando a ser dominados e agindo segundo as determinações desses espíritos que conseguem anular por completo sua vontade. Quem faz uso de álcool e outras drogas com frequência modifica seu padrão de pensamentos quase que instantaneamente quando se droga. É que nessas horas, o intercâmbio de ideias e sensações com os desencarnados se torna automático. Comungam os mesmos sentimentos, as mesmas ideias fixas, os mesmos desejos ou a ausência total de desejos, fora o uso da droga. Não faltam exemplos na literatura espírita, e na própria vida, de como os encarnados são utilizados docilmente pelos desencarnados viciados. Tornam-se verdadeiras marionetes em suas mãos. Ou, na expressão de Ramatis se referindo aos bebedores freqüentes, tornam-se “canecos vivos” dos desencarnados. O uso de drogas facilita o desprendimento do corpo astral. O usuário passa a ter um contato maior com o plano astral, embora não perceba. E esse contato, nestas condições, não é bom. Nunca estamos sós. Somos acompanhados, onde quer que estejamos, por espíritos desencarnados que se afinizam conosco. O problema de quem consome drogas é que atrai a companhia de espíritos muito perturbados, com a preocupação constante de satisfazer o seu vício. Eles se “colam” ao perispírito do usuário para inalar, aspirar, sentir os efeitos da droga como se estivessem encarnados. Mesmo drogas consideradas leves, como a maconha, provocam a despersonalização e a perda da vontade, tornando seu usuário apático e dócil companheiro de espíritos infelizes. O uso moderado do álcool, aceito pela sociedade e recomendado por alguns médicos (provavelmente os que gostam de beber), pode ser inofensivo para algumas pessoas, mas é fato que o uso do álcool acompanha o espírito há inúmeras reencarnações, pois o homem utiliza o álcool (ou é utilizado por ele) desde a pré-história. Um hábito de tanto tempo só pode ser considerado um vício. O pecado da bebida ou da droga ilícita está no mal e na ameaça ao corpo do que faz uso dela. Pode inclusive antecipar a morte dele, o que o fará um suicida e assim será tratado do outro lado da vida. Como diz o apóstolo Paulo, “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. O álcool não convém. A droga não convém. É um hábito que precisa ser abolido da sociedade pelos males que provoca. Assim como o cigarro foi banido dos costumes socialmente aceitos, da mesma forma esperamos que aconteça com o álcool. Há vinte anos havia propaganda de cigarro na televisão, fumava-se nos filmes e novelas. Há trinta anos fumava-se nos elevadores e nos ônibus. Hoje não se pode fumar nem em bares e restaurantes. É um grande avanço. Para quem não se ocupa das coisas do espírito, repito que o uso de qualquer droga é um convite aberto para que espíritos viciados se aproximem e compartilhem do hábito, que logo se torna um vício. Para os que se ocupam com as coisas do espírito, acredito que o canal que nos liga com a espiritualidade superior deve permanecer permanentemente desobstruído, livre de qualquer obstáculo. Quando os jovens conhecem sua finalidade na vida, reconhecem a força no seu coração e na sua intuição, não sentem necessidade de recorrer às drogas como meio de fuga. Podem compartilhar a ligação com o Eu Superior e sentir a energia criativa que emana através das palavras, imagens, quadros ou música. Falta a eles, falta a nós o conhecimento para que evitemos o sofrimento. A maioria dos nossos sofrimentos se origina da nossa ignorância, da nossa falta de conhecimento. Em comemorações, festas, não se comprometa com o vício; apenas um pouquinho pode ser uma picada de veneno letal que mesmo em pequenas doses pode ser fatal; Se você está feliz, fique feliz lúcido; Se está sofrendo, enfrente a dor sem o álcool ou a droga e fortaleça-se. O uso desses recursos pode deixá-lo em pior situação. Para qualquer situação recorra à prece. Ela é um remédio comprovadamente eficaz e sem contra indicação. Diante dos flagelos e das terríveis conseqüências provocadas pelas drogas, não poderia o Espiritismo, Doutrina comprometida com o crescimento integral da criatura humana na sua dimensão espírito-matéria, deixar de se associar aqueles segmentos da sociedade que trabalham pela preservação da vida e dos seus ideais superiores, em seus esforços de erradicação de tão terrível ameaça. O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas. Muitas informações há sobre os efeitos destruidores das drogas, sejam elas quais forem, lícitas ou ilícitas, que comprometem o corpo físico, a estrutura psíquica e o corpo espiritual daquele que se droga. Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuroniais. No livro "Missionários da Luz" - André Luiz ( pág. 221 - Edição FEB), lemos: "O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual." Em outro livro,"Evolução em dois Mundos", o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito. Comparando as informações dessas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual, em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que "o perispírito funciona, em relação a esse, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa. Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força. O mundo espiritual é povoado por uma população numerosíssima de Espíritos, quatro a cinco vezes maior que os sete bilhões de almas encarnadas em nosso planeta. Como a maior parte desta população de Espíritos deve estar habitando as proximidades dos ambientes terrestres, onde flui toda a vida humana, não é de se estranhar que esses Espíritos estejam compartilhando das nossas condutas. Podemos atraí-los como guias e protetores, que constantemente nos inspiram, mas também a eles nos aprisionar pelos vícios - o álcool, o cigarro, as drogas ilícitas, os desregramentos alimentares e os abusos sexuais. Pare todas essas situações, as portas da invigilância estão escancaradas, permitindo o acesso de entidades desencarnadas afins. Nesses desvios da conduta humana, a mente do responsável agrega em torno de si elementos fluídicos com extrema capacidade corrosiva de seu organismo físico, construindo para si mesmo os germens que passam a lhe obstruir o funcionamento das células hepáticas, renais e pulmonares, cronificando lesões que a medicina considera incuráveis. As entidades espirituais viciadas compartilham dos prazeres do vício que o encarnado lhes favorece e ao seu tempo estimulam-no a nele permanecer. Nesta associação, há uma tremenda perda de enrgia por parte do encarnado. Daí a expressão vampirismo ser muito adequada para definir esta parceria. A medicina humana não admite a existência do Espírito, não reconhecendo, conseqüentemente, as doenças espirituais. No passado, porém, durante séculos, o Espírito era considerado causa de doença, principalmente na loucura onde parecia evidente seu parentesco com o mal. Quando a Medicina começou a descobrir a fisiologia mecanicista dos fenômenos biológicos, excluiu dos meios acadêmicos a participação da alma, inclusive na criação dos pensamentos, que passaram a ser vistos como "secreção" do cérebro, e as doenças mentais, como distúrbios da química dos neurônios. O médico espírita que pretender retomar, nos dias de hoje, a discussão sobre as doenças espirituais precisa expurgar, em primeiro lugar, a "demonização" das doenças, um ranço medieval que ainda contamina igrejas e repugna o pensamento médico atual. A medicina moderna aprendeu a ajuizar os sintomas e os desvios anatômicos, usando sinais clínicos para fazer as classificações das doenças que conseguiu identificar. Para as doenças espirituais, porém, fica faltando conhecer "o lado de lá" de cada paciente para podermos dar um diagnóstico correto para cada necessitado. Já no século XVII, Paracelso atribuía causas exteriores ou perturbações internas aos doentes mentais, destacando oslunáticos (pela interferência das fases e movimentos da Lua), os insanos (pela hereditariedade), os vesanos (pelo abuso de bebida ou mau uso de alimentos) e os melancólicos (por um vício de natureza interna). Para as doenças espirituais também percebemos causas externas e internas. Por enquanto, nossa visão parcial nos permite apenas uma proposta onde constem as possíveis causas da doença espiritual, sem o rigor que uma avaliação individual completa exigiria, adotando-se para tanto a seguinte classificação: doenças espirituais auto-induzidas (por desequilíbrio vibratório e auto-obsessão), doenças espirituais compartilhadas (por vampirismo e obsessão), mediunismo e doenças cármicas. Precisamos compreender que estas e todas as outras manifestações de doença não devem ser vistas como castigos ou punições. O Espiritismo ensina que as dificuldades que enfrentamos são oportunidades de resgate, as quais, com freqüência, fomos nós mesmos quem as escolhemos para acelerar nosso progresso e nos alavancar da retaguarda, que às vezes nos mantém distantes daqueles que nos esperam adiante de nós. Mais do que a cura das doenças, a medicina tibetana, há milênios atrás, ensinava que médicos e pacientes devem buscar a oportunidade da iluminação. Os padecimentos pela dor e as limitações que as doenças nos trazem sempre possibilitam esclarecimento, se nos predispormos a buscá-lo. Mais importante do que aceitar o sofrimento numa resignação passiva e pouco produtiva é tentar superar qualquer limitação ou revolta, para promovermos o crescimento espiritual, através desta descoberta interior e individual.

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