domingo, 6 de julho de 2014

TEMPO DE DROGAS -

Um dos problemas mais graves da nossa sociedade, isto é, de muitas pessoas com as quais convivemos, na atualidade, é o consumo indiscriminado, e cada vez mais crescente, das drogas, e aqui devo incluir desde o álcool às drogas ilícitas. A droga é proporcional à necessidade do usuário. Se a minha necessidade é satisfeita com o álcool, essa droga representa perigos idênticos aos que têm necessidade da maconha e assim por diante. Atualmente, esse consumo se dá por parte não só dos adultos, mas também dos jovens e, lamentavelmente, até de crianças, principalmente nos centros urbanos das grandes cidades. A situação é tão preocupante, que cientistas de várias partes do Planeta, reunidos, chegaram à seguinte conclusão: "Os viciados em drogas de hoje podem não só estar pondo em risco seu próprio corpo e sua mente, mas fazendo uma espécie de roleta genética, ao projetar sombras sobre os seus filhos e netos ainda não nascidos." Isso significa que uma pessoa pode trazer uma pré disposição genética às drogas por herança dos antepassados. Só o amor não basta para tirar um jovem das drogas. É preciso conhecimento. Aliás, o conhecimento é essencial e imprescindível em relação a tudo em nossas vidas. O conhecimento é a verdade que pode nos libertar de tudo o que nos oprime: do medo à opressão do outro. A falta do conhecimento é o que nos causa sofrimento. O jovem desprovido de maturidade emocional, vivendo a complexidade da vida humana, o medo de enfrentar dificuldades, as frustrações e o modismo é um forte candidato para as drogas. Ele usa droga para reduzir tensão emocional ou ansiedade, remover o aborrecimento, alterar o humor, facilitar encontrar amigos, remover problemas, acompanhar os colegas, ficar na moda, expandir a consciência, transcender, buscar o auto-conhecimento, atingir o prazer imediato, etc. O jovem usuário de drogas tem dificuldade de formar um "eu" adulto e fica sempre com uma sensação de incompletude, a droga age como um cimento nas fendas da parede que completa seu "eu", é a conhecida fase do "estágio do espelho quebrado". As carências constituídas na primeira infância acarretam esta "falta" ou "incompletude" e a droga vem como tentativa de completar. O início do uso de drogas é uma lua de mel. Os pais ficam longos anos desconhecendo que o filho as utiliza. Depois da lua de mel vem o desconforto de estar sem o produto, aumenta a "tolerância" (necessidade de mais doses para o mesmo efeito) e a "dependência" (dificuldade de controlar o consumo). Geralmente, encontramos jovens que usam drogas legais e ilegais nos shows e festinhas, mas não se consideram dependentes delas. "Brincam com fogo" e desprezam toda informação científica que alerta sobre os perigos da "tolerância" e da "dependência". A experiência internacional constata a existência de três fatores que, juntos, favorecem o desenvolvimento da "toxicomania" ou "dependência química", são eles: a droga, o jovem e sua personalidade e o momento dele dentro da família e da sociedade. O que leva o jovem a fazer uso de droga é a busca do prazer, da alegria e da emoção. No entanto, este prazer é solitário, restrito ao próprio corpo, cujo preço é a autodestruição. Tudo isto faz esquecer a vida real e se afundar num mar de sonhos e fantasias. Esta é uma opção individual, se bem que, muito condicionada ao papel do grupo. O uso de drogas pode ser uma tentativa de amenizar sentimentos de solidão, de inadequação, baixa auto-estima ou falta de confiança.

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