domingo, 28 de setembro de 2014

PERTURBAÇÃO OBSESSIVA -

Você já percebeu que muitas vezes nós encontramos uma pessoa e que o encontro trás um certo prazer a ponto de ela dizer “que bom ter encontrado você!” e saímos renovados, como se tivesse acontecido em nós uma cura? Na verdade, a pessoa que encontramos irradiou uma energia poderosa e capaz de mudar a nossa situação, no mínimo nos transmitindo paz. Por outro lado, quando encontramos alguém desequilibrado, portador de energia extremamente negativa, pode desarticular o campo vibratório da pessoa saudável. Uma pessoa pessimista que de tudo reclama pode nos causar uma influência tal que entramos na mesma faixa de vibração dela e desanimamos. Não devemos excluir essas pessoas do nosso convívio, é claro, mas usar de compaixão e considerar a pessoa como alguém infeliz e nos esforçar para que ela saia daquela faixa perturbadora. Precisamos nos libertar da situação de doentes, diferenciar os verbos e usar o mais adequado. Eu não “sou” doente, mas eu “estou” doente. Enquanto o primeiro verbo expressa algo definitivo, o segundo exprime temporalidade, algo passageiro. Quem é, estruturalmente, não tem jeito; quem está, condicionalmente, se encontra em trânsito. Lembre-se de que você é o que você considera ser. Se compreendermos isto, passaremos a dizer: “eu estou doente, estou com uma infecção, um transtorno.” Vivemos a época dos transtornos neuróticos. Setenta por cento de nós estivemos, estamos ou estaremos com depressão. Um estatístico americano disse que em cada dez cidadãos americanos, sete são depressivos. A depressão é um transtorno e, eventualmente, pode transformar em uma doença mais profunda. Um distúrbio com caráter psicótico mais profundo é um transtorno neurótico. Quando se trata de um estado crepuscular que periodicamente nos abate, é até saudável. Porque uma vida psicologicamente saudável não se desenrola em uma linha reta, monótono. É uma linha sinuosa em que o medial é o equilíbrio. Nós teremos piques para a exaltação e teremos os decessos para a depressão. A situação de perigo é quando nós começamos a negar-nos a alegria. E aí nos transformamos no que se chama de portadores do distúrbio. O nosso caráter de neuropeptídios muda e nós passamos a absorver muitas enzimas perturbadoras e necessitamos de terapia médica. E o que são neuropeptídios? Trata-se de uma classe de neurotransmissores importantes na rotina do nosso corpo. São cadeias de aminoácidos usados para comunicação intercelular. Eles controlam, por exemplo, a fome, a dor, o prazer , a memória e a capacidade de aprendizado. As várias escolas no campo da Psicologia aí estão para atender à variedade de distúrbios. É muito comum as pessoas procurarem nas doutrinas religiosas da paranormalidade, no mediunismo, como na Umbanda, na Quimbanda, no Espiritismo, na Teosofia e noutras doutrinas, uma maneira simplista de examinar questões profundas. Alguém está com depressão e deve-se dizer “É depressão!” Essa depressão pode ser obsessiva. Há interferências de agentes do mundo espiritual. Mas não esqueçamos que o campo vibratório é nosso. Para que uma luz mande sua mensagem luminosa, o plugue deve estar na tomada. Se me retiram todos os aparelhos de telefone, é claro que eu não poderei me comunicar. Isso significa que, se nós nos tornamos receptivos é porque caímos vibratoriamente, por erros nesta existência ou em existências passadas, atraímos aqueles a quem prejudicamos e que, por sintonia, passaram a nos perturbar. Mesmo neste caso, a terapia médica é importante: o conselho do psicanalista ou psicólogo, a terapia do psiquiatra, de acordo com o caso. A análise do psicanalista, a ajuda do grupo, porque, às vezes, há resistência em nós. Terapia de vidas passadas, quando necessária e com uma pessoa credenciada, que haja feito o curso médico ou psicológico, ou psicanalítico e que haja feito um curso de especialização em terapia de vidas passadas. Não é para que médiuns ou presidentes de grupos façam. Entrar no nosso inconsciente é uma viagem muito delicada e que pode ser muito dolorosa. Jung dizia que a visão de um iceberg é apenas cinco por cento que está à vista. Esses cinco por cento é a nossa consciência, mas os noventa e cinco por cento submersos são o nosso inconsciente. Freud exagerava um pouco mais, ou dizia mais verdades. O nosso inconsciente pode ser considerado o Oceano Pacífico e nossa consciência uma casca de noz. Ainda temos muito que descobrir sobre nós mesmos. Não se entreguem a pessoas inaptas e inescrupulosas. Pessoas que se acham credenciadas apenas porque cumpriram os anos de estudo acadêmico. Resguardem sua saúde mental e não se deixem influenciar por pessoas que se comprazem em prognósticos trágicos, em médiuns ou religiosos do fim do mundo. Muitas pessoas só veem o lado negativo. Se alguém está com uma perturbação obsessiva, a terapia não vai piorar-lhe o estado. A melhor saída, no entanto, é mudar de atitude mental, desligar a energia perturbadora. Aí sem dúvida você melhorará. Mude de faixa vibratória, através do Evangelho no lar, da prece e de ações no bem, e a vibração baixa não o alcançará. O problema não é de obsessores. É de nós mesmos sermos uma obsessor encarnado, de sermos um espírito atribulado. Mude de pensamento, pense no bem. À medida que você pensar no bem, o bem lhe fará bem. Há sim obsessões lamentáveis que produzem estados patológicos. Allan Kardec estudou com sutileza e, no Livro dos Médiuns, capítulo 23, nos diz que nem toda obsessão é obsessão. Muitas vezes é loucura. Mas nem toda loucura é loucura, invariavelmente é uma obsessão. Os sanatórios, no tempo de Kardec, tinham mais obsidiados do que de loucos no nosso tempo. A depressão pode ser mudada com a disposição do paciente. A família e os amigos têm um papel muito importante para retirar o deprimido da situação da falta de motivação para a vida. Os hospitais mundiais constataram que no quarto que tem uma janela para o jardim, por exemplo, o doente fica melhor mais rapidamente. Nos quartos sem janela, os doentes deprimem mais facilmente. Comece abrindo as janelas de sua casa e a olhar para fora por alguma delas, observe o desabrochar de uma flor, o bailado das borboletas, dos pássaros, das abelhas. Esse é o primeiro passo para a cura da depressão. Muitas pessoas deixam as janelas e portas de casa onde moram fechadas durante dias e mais dias. Por esquecimento ou por medo. Deixe que o sol invada sua casa e expulse toda energia estagnada e, por isso, viciada e doentia.

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