domingo, 26 de outubro de 2014

EMOÇÕES POSITIVAS E EMOÇÕES PREJUDICIAIS -

A palavra emoção origina-se do verbo latino “emovere”, que significa mover ou movimentar. Daí podermos entender emoção como qualquer tipo de sentimento que produza na mente algum tipo de movimentação, que tanto pode ser positiva, negativa ou mesmo neutra. Quando experimentamos a emoção, o importante são o seu propósito e as suas consequências. Quando se direciona ao bem-estar, à paz, à alegria de viver e de construir, contribuindo em favor do próximo, podemos considerá-la como positiva ou nobre, porque é edificante e realizadora. No entanto, se se trata de uma emoção inquieta, estimulando transtorno e ansiedade, conduzindo nossa mente a distúrbios de qualquer natureza, nós podemos considera-la negativa ou perturbadora, levando a pessoa que a experimenta a necessitar de orientação e equilíbrio. Os resultados das nossas emoções serão analisados pelos efeitos que produzam no indivíduo e naqueles com os quais convive, estabelecendo harmonia ou gerando conflitos e empecilhos. São as emoções responsáveis pelos crimes hediondos, quando transtornadas, assim como pelas grandes realizações da humanidade, quando direcionadas para os objetivos edificantes do ser. No primeiro caso, proporciona sofrimento e angústia, desespero e desgaste. No segundo, desfruta-se de alegria de viver e de produzir o bem. Para um, são necessárias ferramentas específicas, tais como a cólera, o ódio, o ressentimento, a desonestidade, que levam ao crime e a todas as ramificações do mal. Para o outro, no entanto, são necessários o amor, a bondade, a compaixão. No primeiro caso, constatamos a pequenez moral, o primarismo em que se detém o ser humano, enquanto que, no segundo encontramos a nobreza de caráter e dos sentimentos edificantes. As emoções, do ponto de vista psicológico, podem ser agradáveis ou desagradáveis, estabelecendo identidades, tais como aproximação, medo, repugnância e rejeição. O importante em relação às emoções é o esforço que deve ser desenvolvido a fim de que se possa transformas as emoções nocivas em úteis. Quando nossas emoções se mostram prejudiciais, é sinal de que precisamos trabalhá-las, porque algo em nós mesmos não se encontra saudável, nem bem orientado. Ao invés de dar expansão às nossas tempestades interiores, devemos procurar examinar em profundidade a razão pela qual assim nos encontramos e, em seguida, tentar alterar o direcionamento dessas emoções. As nossas emoções têm sua origem nas nossas experiências anteriores. Elas são reflexos das emoções que vivemos anteriormente e que nós permitimos, como consequência, o estabelecimento de paisagens internas de harmonia ou de conflitos. Em vez de lutarmos contras as nossas emoções, mesmo aquelas denominadas prejudiciais, precisamos nos esforçar para desviar-nos daquilo que possa significar danos em relação a nós mesmos ou a outras pessoas. Muitas vezes, não podemos evitar certos momento em que as emoções nocivas são mais do que as agradáveis. A indisciplina mental e de comportamento abrem espaços para que se elas aconteçam e até se expandam. No entanto, a vigilância, ao lado do desejo de evitar danos morais, vai nos oferece recursos para que possamos impedir as sucessivas consequências infelizes de certas emoções. Nem sempre é possível evitar ocorrências que desencadeiam emoções violentas. Podemos, no entanto, equilibrar o desenrolar de sua explosão e o direcionamento dos seus efeitos. Raramente alguém é capaz de permanecer emocionalmente neutro em uma situação conflitiva, especialmente quando o seu ego é atingido. Irrompe, automaticamente, a hostilidade, em forma de autodefesa, de acusação defensiva, de revide... Pode-se, no entanto, evitar que se expanda o sentimento hostil, administrando-se as reações que produz, mediante o hábito de respeitar o próximo. Desse modo, torna-se fácil superar o primeiro impacto e corrigir e bloquear as possíveis consequências de uma emoção de ira ou de raiva. É necessário que sempre assumamos nossas emoções. Precisamos deixar de lado a hipocrisia do faz de conta de que não sentimos determinadas emoções. A tão desejada paz interior só acontecerá quando deixarmos de negar o que circula na nossa própria vida.Negar os próprios sentimentos, sejam eles quais forem, é declarar uma guerra consigo mesmo. E aí a paz nunca será possível. O mais importante é a percepção constante e ativa sobre o que mais nos consome ou desgasta; assim como o quenos gera crescimento e sabedoria. Precisamos nos conhecer e o que há de mais interessante na questão do autoconhecimento é que, ao mesmo tempo em que se trata de uma busca essencialmente individual, o espelho de nossa alma só será revelado nos relacionamentos que criarmos. A solidão pode ser uma etapa de reflexão, mas é também algo gerador de imensa tristeza e dormência para o sujeito, sobretudo a solidão prolongada. Cada ser humano carrega potencial e, ao mesmo tempo, um número de dificuldades ou bloqueios que impedem o fluir de determinadas emoções ou etapas que potencializem a evolução da pessoa; então, a sabedoria é não amplificar a carga histórica das nossas experiências desagradáveis. A busca pelo autoconhecimento vai nos levar, de alguma forma, a um sentimento de misericórdia para conosco mesmos, o que poderá aplacar todas as consequências negativas de stress e ansiedade. De modo geral, vivemos mais mergulhados no passado e na expectativa do futuro do que mesmo no presente. E aí, o presente se torna apenas em espera, ansiedade e sofrimento. Por vivermos desligados de nós mesmos e, às vezes, em inteiro desconhecimento de quem somos, quase nunca conseguimos encarar ou atinar para o problema que nos aflige. Ou é uma saudade uma saudade corrosiva de algo ou alguém que perdemos, ou um desejo de segurança e retenção de algo quenos dá prazer, mas ao mesmo tempo sabendo que um dia irá cessar. Infelizmente repetimos a todo tempo experiências negativas e desagradáveis, e nos tornamos escravos de relacionamentos doentios. Quais são as razões que nos fazem aproximar-nos de outras pessoas? Entre outras razões, podemos citar medo da solidão, interesses, medo de ser enquadrados em conceitos, vazio. O amor não acontece com frequência porque não fomos educados para ele. Geralmente o que buscamos no outro é a realização ou concretização do companheiro idealizado, imaginário, da fantasia. O amor é o sentimento que acontece quando o outro toca nosso coração, quando sua mão é capaz de aquecer nossa alma. Não é fácil e muitos são os que passam toda uma vida nessa busca.

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