domingo, 13 de outubro de 2013

APRENDI... -

Naquele dia tomei um tombo... E aprendi. E, assim, naquele dia que parecia com outro qualquer, decidi que a minha maior vitória seria sobre mim mesmo. E, assim, naquele dia que parecia com outro qualquer, meu mundo tornou-se cinzento. Aprendi que as quedas são estímulos para que aprendamos a levantar, com dignidade e com coragem. Que não há problema em cair, o importante é não ficar no chão Aprendi que para olhar melhor o mundo, às vezes é preciso estar no chão, pois muitos só o conhecem do alto da sua arrogância. Aprendi que nada nos acontece por acaso. Sempre há um “para que”. Descobri que nunca tinha questionado se minhas ambições incluíam a ética, o respeito ao outro. Descobri que as caras feias que eu estava vendo nada mais eram do que meus reflexos em milhares de espelho. O reflexo da minha própria cara feia. Naquele dia descobri que meus rivais e meus desafetos eram apenas ameaças à minha insegurança. . As sombras que me seguiam nada mais eram do que o reflexo negro da minha alma opaca. Descobri que carregava em mim um Ego muito maior que eu. Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido. Descobri que as minhas ambições eram fruto da minha enorme falsa onipotência, da minha prepotência e arrogância. Aprendi também que de nada serve ser luz se não posso iluminar o caminho dos demais. Naquele dia, deixei de ser um propagandista dos meus triunfos passados e passei a ser a minha luz do presente. Naquele dia, deixei de ser o comercial do meu falso conhecimento e passei a aprender um pouco mais. Aprendi também que de nada serve saber se não posso compartilhar e transmitir aos outros o conhecimento. Que para multiplicar o pão de cada dia, é preciso dividi-lo. Que preciso exercitar o desapego se eu quiser ter uma vida de paz depois da morte. Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim continuar a subida. Aprendi que a vitória duradoura não vem rápido, de sopetão. Ela é conquistada por etapas. Vi que na luta pelos meus objetivos, o maior deles é lutar. E que são os caminhos sofridos que nos amadurecem e moldam. Aprendi que posso fazer qualquer coisa, fazer qualquer escolha, mas terei que arcar com a responsabilidade das conseqüências e das quedas. Deixei de me importar com quem ganha ou perde, e passei a me importar simplesmente com quem faz. Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las. Decidi ver cada problema como uma oportunidade para aprender a achar soluções. Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de recomeçar. Decidi ver cada noite como um mistério a resolver. Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis. Aprendi que as palmeiras altas e eretas nos dão uma lição de dignidade e postura, diante das dificuldades da vida. Aprendi que o melhor triunfo que posso ter é conquistar o direito de chamar alguém de "amigo". Descobri que o amor é mais que um simples estado enamorado, "o amor é uma decisão de vida”. Percebi que não estava protegendo aqueles que eu amo. Quando o bem é precioso demais, todo zelo é pouco. E que eu não sou o bem mais precioso! Aprendi que a compaixão não é sentimentalismo e sim humanidade. Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para fazer a realidade. Aprendi que a imagem do inatingível é o que nos impulsiona para que o busquemos. Até então, tudo para mim tinha sido facilmente atingível. E desde aquele dia já não batalho para triunfar e sim para lutar no combate. E desde aquele dia já não durmo para descansar simplesmente... durmo para sonhar! E desde aquele dia já não vivo mais para ganhar e sim para viver. Para cair... Para levantar... Para continuar... Para chorar... Para perdoar... Para respeitar... Para amar... ... Para aprender e para decidir sobre QUEM eu quero ser.

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